De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

terça-feira, 10 de abril de 2012

O Lado Oculto da Vida

Na televisão paga se vê de tudo... e foi num daqueles programas que você não entende como vieram a existir, que ouvi uma história interessante. O programa, não me lembro o nome e, tampouco, o canal, tratava do serviço dos limpadores de forro, sótãos e todo o tipo de ambiente que fica entre a área de convívio da família e o teto, mostrando quantidade de coisas, muitas estranhas, que vão se acumulando bem acima da cabeça das pessoas sem que percebam ou, até mesmo, saibam. A sujeira está lá, mas ninguém vê e ninguém se preocupa com ela até que algum cheiro ou líquido escorra pelas paredes - tecnicamente, a sujeira nem existe aos olhos de quem não a vê até o momento em que ela não se evidencia. Num dado momento, um dos profissionais relatou uma história irônica e engraçada envolvendo essa questão: numa antiga igreja, por cem anos morcegos se multiplicaram acima das cabeças dos fiéis e entupiram, gradativamente, toda a parte superior do edifício, sem que ninguém percebesse ou desse atenção aos pequenos sinais de que, nas alturas, havia um imenso depósito de detritos suspendido sobre o salão principal, ninguém notou até que... no meio de uma missa a estrutura chegou no seu limite e rompeu-se, fazendo os enormes montes de excrementos caírem por sobre os membros da congregação, que perceberam o problema tarde demais e da maneira mais difícil. Dessa rara história, consegui tirar três lições fundamentais, uma sobre a existência de Deus e o juízo divino, outra sobre a nossa conduta perante O Criador e, por fim, uma terceira, relativa ao nosso relacionamento com as outras pessoas.
Por que cargas d'água só existe aquilo que conseguimos ver?! Tocar com as mãos, sentir com o olfato ou audição? Por quê?! Ora, os antigos astrônomos nunca viram os dois lados da lua e nem por isso disseram que ela era um disco ou uma bacia, pelo contrário: os mais sábios, pela análise da única face visível, compreendiam se tratar de uma esfera quase perfeita, com outro lado idêntico. Não é porque você nunca tocou ou analisou de perto a grande árvore que cresce no topo da montanha ao longe que ela seja somente uma ilusão, que você não possa provar a sua existência e, tampouco, que só exista o lado que você vê, já que o outro nunca foi visto nem provado por ti. O ser humano não está em posição de determinar verdades com base em seu ponto de vista, em sua percepção, segundo as ferramentas que dispõe, o pensamento predominante e as ganâncias que possui, existe uma verdade que transcende o que se pode ver, uma outra face da vida, o lado oculto do Universo, onde o próprio se enraíza, de onde o próprio brota e se fundamenta, o corpo oculto do iceberg, o enterrado alicerce da cabana, o invisível lençol de onde surge o córrego.
Assim como entendemos que existe uma nascente quando vemos o rio, que existe um alicerce quando vemos a cabana e que existe um grande corpo submerso quando vemos o iceberg, com base em química e física, podemos entender que, com o Universo expandindo-se em "algo", exista uma "nascente", um corpo maior por detrás, um alicerce fundamental constituído de elemento, não um absoluto vazio, mas uma causa de imensurável poder como fonte do efeito colossal que podemos ver. Essa é uma questão elementar e ignorar a existência inquestionável desse que é Deus está mesmo no nível de alguém ignorar a existência de seu próprio cérebro, pois não pode vê-lo -"apenas" senti-lo- e não importam a lógica, as evidências e, tampouco, a opinião dos demais. "Mas o cérebro nós conhecemos, estudamos e, com a tecnologia, podemos vê-lo dentro do crânio, com Deus não é assim!" Quando entendemos que tudo o que acontece hoje é regido pela causa e efeito, pela ação e reação, numa quantidade decrescente de energia, não temos outra alternativa senão a de ver nas Origens o mesmo padrão -o que é impossível hoje, também há de ter sido impossível ontem-, sendo assim, ignorar Deus, mediante tantas evidências científicas e lógicas,  é o mesmo que ignorar a existência do cérebro mediante o mesmo grau de evidências científicas e lógicas,  o que se torna ainda mais forte quando entendemos que o próprio cérebro é assombrosamente complexo demais para ter se originado de uma evolução casual, por tentativa e erro, à partir de seres absolutamente inferiores. "Mas", você pergunta, "no que isso se relaciona ao tema em questão?"
Não gosto da ideia de usar a sujeira escondida como figura para a existência de Deus, pois, como já disse outrora -"Inescapável" e "Pandemia"-, o que é construtivo, benéfico, puro, amigável, amoroso e etc, precisa possuir ou vir de uma fonte intelectual, enquanto o oposto é apenas a degradação do que já existe - e, existindo organização, beleza e amor no universo visível, podemos entender que Deus existe e é extremamente benigno, perfeito. O que posso extrair da história e relacionar com a postagem é que nem tudo o que não vemos, não sentimos ou não conhecemos só por isso inexiste, pois nosso ponto de vista, ridiculamente pequeno, não é capaz de determinar existência ou inexistência pela mera análise de observação, experimento e repetição - não é porque não vemos o outro lado de uma montanha que ele não existe, não é porque ainda não chegamos ao cume da mesma, observando-o, experimentando-o e tornando a experimentá-lo, que ele seja uma ilusão - tudo tem o seu "outro lado" e o cosmos não é exceção! Existe muita coisa acima do teto do Universo que não somos capazes de ver ou compreender! Mas o que existe acima da imensa vastidão desse cenário extremamente complexo e belo, faz-se evidente pela própria complexidade e beleza que observamos, entendendo que nada entra em movimento sem um agente externo fazê-lo, entendo que nenhuma obra de arte coesa se forma sem a existência de um artista, compreendendo que uma complexa máquina não pode ser construída sem a existência de um engenheiro, que um organizado sistema não pode formar-se em a existência de um arquiteto, que aquilo que possui energia não pode existir sem uma fonte -"Pelo que luto"... Sem dúvida, do Teto do Universo escorrem rios de evidências de que existe alguém no andar de cima! E ninguém, pela mais simplória ou profunda filosofia e ciência é capaz de não percebê-lo, como é dito em Romanos 1:20. O Criador quer fazer-se o mais evidente possível, até os limites de nosso livre arbítrio para, em amor, mostrar-se inquestionável aos incrédulos para, quando se prostrarem voluntariamente, virem a conhecê-Lo mais profundamente. O homem que descrê em Deus não é muito diferente de um feto que descrê na existência da mãe ou no mundo exterior, por não vê-la ou vê-lo. C.S. Lewis tem duas frases que se encaixam perfeitamente nesse parágrafo: "O homem orgulhoso está sempre olhando de cima para baixo, para as coisas e pessoas: é evidente que enquanto você estiver olhando de cima para baixo não pode ver o que está acima de você"; "O homem que tenta diminuir a glória de Deus, recusando-se a adorá-Lo, é como um lunático que deseja apagar o sol escrevendo a palavra 'escuridão' nas paredes de sua cela".
É aqui que entra o ponto central dessa parte do artigo: o homem, voluntariamente, tem ignorado a existência inquestionável dO Criador. Isso, de fato, é algo que tenho percebido há algum tempo: nenhum -ou quase- neo-ateu que argumenta contra a ciência e moral cristã, está disposto a ouvir ou ler uma resposta coerente da parte da oposição, simplesmente não dando atenção nenhuma ao dizer, entendendo apenas uma parcela do todo, desvirtuando a verdade dita ou mudando de assunto, rumando para ataques morais nos cristãos ou trazendo mais questões. Não parece haver interesse nenhum, nenhum mesmo, de conhecer a verdade, de conceber o que é mais coerente, de mudar ou de, compreendendo honestamente os valores bíblicos, estimular uma reforma na fé cristã, para fazer valer o seu melhor, em nome do bem geral! Eles querem argumentar a sua incredulidade, que gera conforto e egoísmo, sem abrir mão de cegueira, desonestidade, parcialidade ou hipocrisia. Eles querem é ver a Igreja pegando fogo, arruinada, cada vez mais suja e condenável, eles querem o fim completo do cristianismo e ponto final, independendo de qualquer argumento ou verdade, sendo o que considero como uma postura voluntária e incondicional, completamente irredutível. Se eles desejassem ver com honestidade, certamente perceberiam as razões científicas e morais contidas nas Escrituras e valorizariam o que há de bom na Igreja, mas não querem, provando que o seu anticristianismo não parte do desacordo com a Bíblia, com Deus, com a Igreja ou qualquer outra coisa, mas, sim, pura e simplesmente de si mesmos - eles são os culpados, culpados que põem a culpa nos outros. Eles sabem, simplesmente ao se olharem no espelho ou vislumbrarem uma belíssima paisagem, que Deus existe... eles sabem que a existência de Deus, inquestionável com base no mínimo esforço filosófico e científico, não pode entrar em xeque por intermédio da má conduta humana! Portanto, são indesculpáveis e O Pai sabe disso. Diante de uma situação assim, discutir não adianta, principalmente quando partimos do ponto de que o próprio ateu sabe, no seu coração, que está numa situação perigosamente incerta - não precisamos argumentar em demasia, ele sabe! O que devemos fazer é seguir o conselho de Chesterton: "Para responder ao cético arrogante, não adianta insistir que ele deixe de duvidar. É melhor estimulá-lo a continuar a duvidar, para duvidar um pouco mais, para duvidar a cada mais das coisas novas e loucas do universo, até que, enfim, por alguma estranha iluminação, ele venha a duvidar de si próprio".
A humanidade, atualmente, pode ser dividida em quatro perante Deus, o bíblico: os Seus filhos fiéis e obedientes -não perfeitos nem excelentes, mas dispostos-, a quem já reservou uma morada no Paraíso -João 14:2-; os "cristãos" por tradição, cultura, herança familiar ou vaidades, que se dizem "filhos de Deus", mas não seguem absolutamente nada do que Jesus orientou, sendo, portanto, o mesmo que qualquer incrédulo -ou pior, pela hipocrisia-; os membros doutras religiões diversas, que, pelo fato de não terem O Cristo como Salvador, então numa situação perigosa; e os ateus, que são religiosos doutra categoria, já que, quase que na totalidade, descreem em Deus, no cristão, por livre, espontânea e irredutível vontade. Deus é amor -1 João 4:16- e justiça -Salmos 7:9-, portanto, trabalha de modo particular com cada categoria: os primeiros, já salvos, encontrar-se-ão com O Pai assim que morrerem -Lucas 23:43-; os cristãos hipócritas que, tendo acesso à verdade não a desejaram conhecer, pecando voluntariamente, serão julgados severamente, segundo a perversidade de seus corações -João 15:2, 6-; os crentes noutras religiões serão julgados segundo as intenções de seu coração, pois Deus inseriu, conforme já descobriu a neurociência, os valores morais numa parte específica do cérebro, e todos, universalmente, entendem o que é certo e errado -Lucas 12:48-; os ateus, no âmbito da incredulidade voluntária, serão julgados por sua rebeldia aberta e ilegítima contra Deus e, se morrerem nessa situação, jamais poderão ser perdoados -Provérbios 19:29. Para essas quatro categorias existem três mundos: o Céu, para onde vão diretamente os verdadeiros filhos de Deus, o Mundo dos Mortos, onde estão, temporariamente, todos os que morreram na condição de iniquidade, e o Inferno, para onde irão os que forem julgados para tal condenação. A ideia é a seguinte: por Cristo os cristãos verdadeiros são justificados e salvos para o Paraíso, mas os que não se converteram, por não optarem por Jesus, rumam o Hades. No Hades, no Dia do Juízo, todos os ímpios serão severamente julgados segundo o seu coração e todos os que, conhecendo a Deus, O negaram ou praticaram voluntariamente a iniquidade, serão lançados no Inferno, enquanto aqueles que, desconhecendo a Verdade, se portaram de modo coerente com o padrão moral que nos é inato, que viveram regidos pelo caráter, serão privados da condenação e salvos em Jesus - acontece que será muito difícil qualquer homem conseguir justificação dessa forma, portanto o melhor caminho é O Filho, escolhido ainda em vida, vide Hebreus 9:27-28. Trabalhei com essa questão para alicerçar melhor o que segue:
O Pai criou o homem e a mulher, dando-lhes liberdade e opção - do contrário, se fossem máquinas programadas, seriam nada mais do que espelhos ou algo como cartas de amor que Deus escreveria para si mesmo - e, nessa opção, desobedeceram, isso mesmo depois de Deus ter alertado -Gênesis 2:17. O Pai não aniquilou a humanidade, permitiu a sua sobrevivência em pecado, falando a homens e usando homens para falar a Sua verdade salvífica, isso em palavra e em escrita. Deus levantou profetas para alertar, ergueu alianças -Deuteronômio 4:31-, fundamentou estatutos -Salmos 19:7-, prometeu bênçãos -Deuteronômio 30:19- e, de antemão, alertou para os perigos da iniquidade -Romanos 6:23. Ele correu atrás do homem, sabendo que este, sozinho, não conseguiria agradá-Lo. O Pai, mesmo diante da transgressão, sempre deu mais uma chance e um novo aviso, teve paciência, suportou o pecado e só julgou depois de selados contratos, devidamente avisadas as conseqüências e exauridas as chances e o temor dos povos. O Pai quer promover salvação, por isso deixou-Se evidente na Criação -Salmos 19:1-, permitiu ser encontrado -Jeremias 29:13-, levantou profetas, inspirou a confecção de um grande livro e, por fim, enviou o Seu Filho -Hebreus 1:1-, em carne humana, para ser o humano necessário para, em justiça, pagar o preço de morte exigido desde Gênesis 2:17. Jesus, inclusive, desceu ao Hades para pregar a Boa Nova aos cativos e dar-lhes uma nova chance, já que morreram antes de Ele vir ao mundo -2 Pedro 3:18-19.
Deus precisa, até hoje, julgar a iniquidade humana, principalmente daqueles que não foram redimidos da pena pelo sacrifício de Cristo, isso com base em três princípios: o homem deve colher o que semear -Gálatas 6:7-, o próprio afastamento de Deus traz caos e dor -Gálatas 5:19-21- e o Reto Juiz precisa condenar o ato de rebeldia contra a Sua autoridade e santidade -1 Coríntios 6:9-, sendo, atualmente, o maior juízo a própria condenação ao Inferno, para onde vão, voluntariamente, os que, em vida, disseram: "eu não quero Deus, por isso zombo dEle em ceticismo e devassidão". O livre arbítrio impede Deus de obrigar os homens a segui-Lo - e se alguém não quer Deus, pra onde irá? Para onde Ele não está em plenitude! O fato é que O Criador também precisará destruir esse mundo corrompido, afim de renová-lo, restaurá-lo segundo o Seu padrão de perfeição e, para tal, não irá poupar ninguém que carregue consigo, voluntariamente, a marca do pecado -2 Crônicas 24:20-, e não mudará de planos por causa da insatisfação de uns poucos. Deus precisará destruir para dar um basta definitivo em todo o caos do pecado, em prol de algo maior e melhor, mas isso não significa que Ele quer, que Ele tenha prazer em destruir, senão não avisaria com antecedência -Malaquias 2:2-, senão não teria enviado O Cristo para nos avisar e salvar -João 3:15-17- e, muito menos, teria inspirado a Bíblia -2 Timóteo 3:15. Se Ele avisa é porque quer arrependimento -Atos 3:19- e quer arrependimento para evitar a nossa destruição -Hebreus 5:9-, afim de ter uma eternidade maravilhosa com os que optaram por Ele -1 Coríntios 2:9!
Essa é a questão! Deus avisa. Ele vai destruir e reconstruir! Os homens sabem disso, mas não querem ouvir... E Deus não muda, por isso Seu juízo se acumula, já que, cada vez mais, tornamo-nos, como humanidade, indesculpáveis e passíveis de tremenda destruição. Toda a oposição voluntária à Deus está enchendo as taças de Sua ira -Apocalipse 15:7-, Ele, cada vez mais, está vendo uma humanidade irredutível em sua devassidão -2 Timóteo 4:3-4-, uma humanidade irremediável -Romanos 1:21-22-, mesmo tendo acesso a toda a revelação de Deus e Sua disciplina. Ele sabe que as coisas não irão mudar -Jeremias 17:9-, por mais que se mostre e faça visível -até o ponto em que não burla o livre arbítrio-, portanto, tendo homens que não aceitarão a restauração por si mesmos, para restaurar terá que destruir e, sim, destruirá! A Sua ira está crescendo, acumulando-se sobre os tetos do Universo, alimentada, incentivada e requisitada por uma humanidade que comete a transgressão, que zomba, que se idolatra e que já declarou inimizade explícita contra Deus. Tudo o que o homem semeia, colhe... se pede para ser aniquilado, ao fazer exatamente o que a Bíblia diz para não ser feito, exatamente aquilo que produz juízo, será destruído! Ora, é o livre arbítrio: quer a aniquilação por livre e espontânea vontade? Assim sucederá -Romanos 1:24! Leve em conta que tudo o que Deus nos pede promove a vida -Mateus 5-, pois Ele é o criador e mantenedor da vida -João 1:3-4- e, portanto, o que é transgressão, na verdade, trata-se de um atentado à sobrevivência física e espiritual -Romanos 1:28-32 e 2 Timóteo 3:2-7! Ao desferir juízo, portanto, Deus só potencializa uma realidade de morte já imperante e escolhida por aquele que decidiu permanecer como Seu inimigo.
Então, brincando com fogo, cutucando o perigo, enfiando dinamites em todos os seus fundamentos, o homem, sem saber -ou já sabendo-, está no limiar de sua destruição -está pedindo-a, está promovendo-a. E o Deus que muitos dizem inexistir, Aquele que mora no "andar de cima", está entupindo o teto do Universo com Seu ardor, com Seu juízo e segurando-o até o limite que conseguir suportar -a iniquidade é insuportável para o santo Deus-, afim de preservar a humanidade, que ama, o máximo possível -2 Pedro 3:9-, mas chegará um momento em que as estruturas se fenderão e o julgamento cairá sobre o mundo!! O estrume que a humanidade depositou voluntariamente ao longo da história por sobre sua cabeça, pela transgressão e indiferença, cairá todo por cima dela, soterrando-a no produto de seu próprio e consciente pecado. Quando a humanidade menos perceber, os explosivos que depositou "de brincadeira" em seus alicerces, explodirão e promoverão a sua queda! Nessa hora, então, os homens finalmente olharão para cima e dirão: "Era verdade! Havia alguma coisa além do alcance de nossa visão, coisa que ignoramos por milênios..." E antes de o pensamento se concluir, o estrume encherá a sua boca. O juízo que não viam, provindo do Deus que ignoravam, se fará visível do modo mais doloroso e mortal, sem ninguém estar esperando -afim de preservar o livre arbítrio e testar o coração humano- e, fazendo-se visível, mostrará um Deus irado dando o golpe final no velho monstro chamado Pecado. E será tarde para os servos desse monstro!! Os céticos, que hoje afirmam que Deus não existe sem ter certeza e, assim, zombam dEle, da mesma forma que fazem os falsos cristãos, certamente se surpreenderão quando o esterco que tentaram -sem sucesso- lançar contra Deus, cair por sobre eles -Malaquias 2:3! É impossível, obviamente, ferir Deus, portanto, quem quiser tentar fazê-lo, não sendo Ele uma opção para tal, já que o Tudo é infinitamente superior ao "meio-termo" -leia "Filosofia Simples"-, acabará ferindo a si mesmo, pois, havendo apenas dois lados, se um lado, na defensiva, está invulnerável, e alguém for ferido, só poderá ser o lado de quem atacou, não é? Inimizade contra Deus é o mesmo que alguém, voluntariamente, direcionar um canhão contra a sua própria casa!
Da mesma forma que existe um lado oculto no Universo, uma realidade maior que não conseguimos ver, também existe uma faceta oculta em nossa vida: a esfera espiritual. Esse ponto trata da célula responsável, em conjunto, pelo mal da humanidade, já que os homens, individualmente, a constituem. A lição da história contada no princípio da postagem também cabe muito bem aqui: quando entendemos que Deus existe, mas que também existe um mal pútrido no Universo -1 João 5:19-, que podemos perceber nitidamente por intermédio de traições, dor, mentiras, vícios, morte... também entendemos que podemos nos encher do que é maligno -Mateus 6:22-23- ou do que é de Deus e, portanto, benigno -Filipenses 4:8. Existem três formas de enchermos nossa vida do esterco do pecado: o que não se entregou ao Filho e não aceitou o Seu sacrifício salvífico, já nasce imerso na iniquidade (1) herdada física e espiritualmente de Adão -Romanos 3:10-, mas pode poluir-se e perverter-se ainda mais (2) pelo ato do pecado, através do adultério, bebedeiras, violência... não podemos esquecer que o cristão, mesmo já salvo, pode, voltando ao ato contínuo do pecado, encher-se e perverter-se nessa mesma podridão -2 Pedro 2:20-22- e, por fim, a própria omissão -Tiago 4:17-, mornidão -Apocalipse 3:16-, paralisia do cristão (3), pois o relacionamento com Deus só se desenvolve de modo diário e contínuo e o descanso espiritual só permite que os braços da carne agarrem mais firmemente a nossa vida, à ponto de poluir pelo destemor, pela preguiça, pelo egoísmo e vaidades, a nossa alma, afastando-nos do Pai. Cada passo pecaminoso que damos, numa realidade sem Deus ou sem a confissão de pecados diante dEle -1 João 1:9-, insere um pouco mais de sujeira em nossa alma e, de modo gradativo, nos enchemos de lixo e obstruímos todas as saídas, reduzindo cada vez mais as nossas chances de libertação, cegando-nos cada vez mais em vícios e prazeres. Aos poucos, sem percebermos, quando pensamos que temos o controle da situação -1 Coríntios 10:12-, somos dominados e acorrentados -2 Pedro 2:19-, até que o teto de nossa vida espiritual, entupido de trevas -1 Pedro 5:8-, arrebenta e tudo vêm à tona: reconhecemos que estamos totalmente imersos na iniquidade -2 Pedro 2:9-10-, que não conseguimos mais nos libertar por conta - isso quando o ruir do teto de nossa vida não vem num ato de adultério, traição, roubo e outros atos repulsivos e escandalizantes -Lucas 6:45. Quando ignoramos a integridade da nossa alma, quando negligenciamos o seu cuidado -Mateus 23:25-26-, preocupando-nos mais com o exterior -coisa muito bem pregada pela teologia da prosperidade-, nos entupimos, cada vez mais, de detritos que nós mesmos produzimos e colocamos, voluntariamente, para dentro de nossa alma, chegando a um ponto insustentável. É claro que Deus condenará à morte aquele cujos genes espirituais estiverem abarrotados de coisas mortais! Na verdade, O Pai só irá oficializar uma situação já imperante -1 Tessalonicenses 4:7!! A vida com Deus exige santidade e santidade exige integridade, esforço, caráter -Tiago 1:21; 2 Coríntios 7:1!
O terceiro ponto, para concluir, está na nossa relação com os demais. Falamos sobre a relação da humanidade com Deus, do "eu" com Ele e, agora, do "eu" com o próximo, o que também determina obediência ou desobediência para com Deus -Mateus 22:39. A lei que rege a sociedade atualmente é a da selva, a do mais forte: ninguém realmente se preocupa com a integridade dos demais, obrigando-os a aceitar a imposição da sua vontade, dos seus prazeres e dos seus gostos, tudo em nome da "liberdade de expressão". Ninguém mais pensa no bem geral, ninguém mais tenta melhorar em nome do todo, ninguém mais se priva de algo em prol do bem estar dos próximos, ninguém! Então todos buscam exercer domínio ideológico e comportamental por sobre os outros, afim de determinar, pela força, um maior poder, acontece que essa conduta, geral, faz de todos, enquanto "livres", escravos, prisioneiros, pois cada um, enquanto invade a liberdade e soberania do outro, tem a sua própria liberdade e soberania invadida, fazendo do teoricamente benéfico cenário anarquista, um verdadeiro campo de concentração, onde todos se prendem e caminham para a morte geral. Essa filosofia, do prazer extremo, incondicional, imediato e egoísta, tem promovido uma troca de estrume sem precedentes entre os indivíduos. Um invade a liberdade do outro e, rompendo os tetos de sua vida, despeja toda a imundície verbal, auditiva, visual... que o domina, poluindo ainda mais a vítima que, por sua vez, despejará essa sujeira, juntamente com a sua particular, noutra pessoa e assim por diante. Todos se enchem de podridão através da televisão, rádio e internet e, nas ruas, saem espalhando e recebendo a sujeira que os toma. O problema maior é que esse egoísmo todo não tem poupado as crianças que, na inocência, recebem uma quantidade insuportável de lixo dos mais velhos, poluindo-se extremamente, tornando-se precoces, perdendo a infância e caminhando para um negro futuro de vícios, sexo e morte. Quase todas as relações humanas têm se desenvolvido com base na troca de lixo, com um, baseado no seu pior, procurando o mais sujo do próximo e dando-lhe em troca aquilo que também lhe é mais sujo - relacionamentos fundamentados em inveja, egoísmo, interesses materiais, sexo casual e prazer momentâneo, tudo em prol do "eu", usando os outros e sendo usado e abusado por eles. É uma troca sem fim, sem precedentes e sem paralelo de pecados e, infelizmente, os que querem manter sua integridade acabam se tornando vítimas passivas de tão grande bombardeio de estrume. Sim, vivemos numa humanidade literalmente enfiada em esterco! Vivemos numa sociedade tão imersa nele que o próprio cérebro de seus indivíduos parece ter se tornado como tal!! O sistema que se formou é simples: você oferece estrume em troca de estrume, morte por morte, se somando exponencialmente, um sugando e sendo sugado pelo outro, numa relação de pecados que só pode terminar com todos, de tão sugados, atirados ao chão como sacos vazios - "eu me sugo", "eu te sugo", "você me suga" e "nós lançamos num abismo sem fim tudo o que temos de bom".
Essa é a realidade de nosso mundo para com Deus, para com os próximo e para conosco. Somente morte e juízo! Mas é claro que existe uma alternativa benigna: abrir mão do egoísmo, prostrar-se de joelhos e olhar para cima, reconhecendo a soberania e a glória do Pai, confessando a nossa podre condição e aceitando o que Deus fez por nós através de Seu Filho. Uma vez livres do pecado, basta-nos, em esforço, viver dignamente, em santidade, protegendo-nos do bombardeio pecaminoso que nos cerca -Efésios 6:11-18- e levando  virtude aos que só sabem sugar, baseando as nossas forças em Deus, permitido-nos levar a Palavra da Vida aos que estão se matando, para que não se suguem até a morte ou façam cair o juízo do Pai sobre as suas cabeças, mas para tal precisamos estar dispostos a abrir mão de nós mesmos, permitindo-nos sugar até que for necessário para que os incrédulos que nos cercam se rendam diante do Senhor. Dessa forma poderemos mudar a realidade deprimente em que vivemos e, sabendo da vindoura ira de Deus, tirar do Salão do Juízo os que nos ouvirem antes que o teto fende e tudo se cubra do dito excremento - O Pai quer salvar e nos enviou como sentinelas, para que alertemos para o perigo que se aproxima, como faróis, para indicarmos o caminho correto em meio às trevas, afim de os que nos ouvirem e verem, se salvem da grande tempestade que virá, vide Mateus 5:13-16 e Filipenses 2:15! Uma vez lavados e rotineiramente purificados -João 13:10-, esperando pelo vestir de roupas brancas e puras no Céu -Apocalipse 3:4-, por que não procurar o mesmo bem para os que, sem perceber, estão mergulhados até o pescoço num fétido esgoto -Romanos 6:20?! Reanalisemos a bondade inquestionável de Deus, que precisa restaurar o Universo, e nos comprometamos! Ele avisa -Deuteronômio 30:19-, Ele se deixa encontrar -Jeremias 29:13-, Ele enviou o Seu Filho para promover nossa salvação -João 3:16-, Ele se faz evidente na Criação -Romanos 1:20-, Ele se faz evidente na Bíblia -2 Timóteo 3:15-, Ele envia homens para pregar a Sua verdade -2 Timóteo 4:1-2-, Ele dá chances -Malaquias 2:2-, Ele sempre perdoa -1 João 1:9-, Ele enviou o Espírito Santo para nos ajudar -João 14:26-, Ele nos julga pelo nosso caráter -1 Samuel 16:7! Como não ser salvo?! Só um louco é capaz de dizer "não" a Deus diante disso tudo! Ninguém tem como dizer que Ele é injusto ou não quer salvar... Então, entendendo a Sua existência e a situação crítica em que nos metemos, mudemos de postura!
Natanael Castoldi

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