De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

quarta-feira, 30 de março de 2011

Desafio profético

Bom, aqui estou eu. Felizmente o curso de teologia que estou fazendo ainda não tem me tomado todo o tempo e posso vir dar uma passeadas aqui - e, felizmente, o curso tem me tomado uma parcela bem grande do dia, suficiente para suprir toda a minha sede por conhecimento bíblico (Na montanha). A questão é que vim para escrever uma outra postagem, mas, dando uma perambulada por outros blogs, encontrei uma imagem ridiculamente macabra e que vinha a concordar com uma idéia de post que, até então, estava incompleta.
O fato é que, ao contrário do que é dito por aí sobre "quanto mais se conhece a Bíblia menos se crê nela", a cada aula de diferentes matérias que tenho, mais firmemente creio no Senhor do Universo. Até onde estudei do Velho Testamento não vi um Deus mal e falho, mas um Pai amoroso, extremamente atencioso e presente, além de ríspido e justo em relação às transgressões e aos inimigos de Israel. A própria Lei do Velho Testamento me deixou ofegante, mostrando o quão altos são os padrões de justiça divinos, só alcançáveis com o auxílio do próprio Deus; também vi na sua complexidade e profundidade a evidente inspiração divina, pois não há código de leis da época tão abrangente e justo.
Toda a evidência arqueológica, profética, histórica, científica, filosófica, literária... cooperam com a autenticidade bíblica. Não existe obra mais bem planejada, bela e respaldada de evidências. Também não existe obra literária mais atacada, estudada e questionada em nosso mundo, sobrevivendo intacta após milênios de luta. O mais engraçado disso tudo é que a Bíblia não foi inspirada com o objetivo de se defender e defender a idéia de Deus, foi inspirada para levar ao mundo a mensagem do Pai para os filhos... imagine, então, se ela tivesse sido planejada também para este fim!
Para mim não há evidência mais sólida do que a profética. No livro "Perguntas que sempre são feitas", Werner Gitt, diz-se que há mais de 6.408 versículos bíblicos com indicações proféticas, sendo que 3.268 já se cumpriram e se tornaram história -já citei isso na postagem: "Perdidos no pântano". O cético que crê que, por acaso, explodiu matéria do vazio e, por acaso, um planeta perfeito se formou no local perfeito do Universo e, por acaso, a vida se auto-criou no local perfeito desse planeta perfeito, localizado no perfeito centro do Universo e, depois, por acaso, se reproduziu e evoluiu perfeitamente, chegando, por acaso (já estou cansado dessa expressão), ao ser humano -que nem com a mais alta tecnologia científica pode ser estudado e compreendido completamente-, não teria dificuldades de imaginar que essas 3.268 passagens proféticas se consumaram... por acaso, por mais insano que isso possa parecer. Mas, convenhamos, aquele que trabalha de forma sóbria há de concordar: isso é impossível, assim como a origem do universo e da vida, complexa ou não, de forma cética, o é.
Para os céticos é muito fácil supor o que não se pode analisar e falsear... e também é muito fácil forjar meia-dúzia de evidências para dar um respaldo mínimo às suas proposições -até porque os leigos, a massa, não têm acesso ao material para, por ventura, tê-lo como a fraude que é. Também é muito fácil questionar e atacar a Bíblia sem levar consigo alguma comprovação evidente. E, sejamos honestos, não há como desafiar a evidência profética! Bom, se o cético pensa que pode, vamos dificultar um pouco e tratar das mais evidentes e inquestionáveis profecias bíblicas: as messiânicas de Isaías. Nem preciso citar a consumação profética em Cristo no Novo Testamento em relação ao capítulo 53 de Isaías. Eu, particularmente, tremi ao lê-la.
"Isaías é contemporâneo ou posterior à Cristo", alguém, obviamente sem evidência e com base na ignorância, poderia vir me dizer. Primeiro: por que questionam tanto o livro de Isaías? Porque suas profecias são tão evidentes e inquestionáveis que, para quem não quer crer em Deus, é impossível conceber tão certeiras previsões de forma casual.
O fato é que entre os Manuscritos do Mar Morto há um rolo do livro de Isaías, datando de pelo menos um século antes de Cristo. Além disso há narrativas de reis assírios que comentam sobre Isaías, a prisma hexagonal de Senaqueribe, nas ruínas da antiga Babilônia há um testemunho escrito do cumprimento de Isaías 13:17-22 e, se já não bastasse, o próprio Messias o citou como profeta doutros tempos, assim como outros escritores e figuras do Novo Testamento: Mateus 3:3; Mateus 13:14; Mateus 15:7; Mateus 8:17; Marcos 7:6; Lucas 3:4; João 1:23; João 12:38; Atos 8:30; Atos 28:25; Romanos 9:27; Romanos 10:16 e 20; Romanos 15:12... (Mais aqui). Note que existem citações do mesmo fato nos evangelhos, comprovando que o que Jesus dissera fora concebido por mais de uma testemunha. Perceba mais: há citações de Isaías noutros livros do Antigo Testamento (2Reis 20:4; 2Crônicas 26:22) e nomes de reis bíblicos no próprio livro de Isaías (capítulo 39), dando uma ampla argumentação histórica. 10% do Novo Testamento cita ou faz alusão ao Antigo Testamento - do AT, apenas 9 livros não são comentados por personagens e escritores do NT.
E o cético pode, então, questionar: "E se Isaías profetizou sobre alguém que nem ao menos existiu?" Primeiro: não há evidência alguma de que Jesus não existira. Segundo: "dificilmente" alguém que não existe falará sobre alguém que existiu -Jesus citando Isaías-. Terceiro: os evangelhos são frutos da observação e convivência com alguém que existiu. Quarto: existem mais de 5.000 manuscritos do Novo Testamento em grego e mais de 9.000 noutras línguas mediterrâneas datando de poucos séculos depois de Cristo (Jesus fora extremamente famoso e revolucionário para dar tantos frutos imediatos). Quinto: a idéia de questionar a existência de Jesus é recente. Os inimigos do cristianismo que vieram pouco depois de Cristo nunca colocaram em questão sua existência física, basicamente zombaram dos cristãos, pois não se podia questionar o evidente. Como disse Lúcio, comediante grego (120-180 d.C): "Os cristãos, você sabe, adoram um homem até hoje, uma pessoa distinta que introduziu novos rituais e foi crucificado por isso" (A Morte do Peregrino, 11-13). Ou Tácito, historiador romano (115 d.C): "Cristo, de onde deriva o nome cristão, sofreu pena extrema durante o reinado de Tibério, nas mãos do procurador Pôncio Pilatos, e uma superstição mortal se espalhou não só na judéia, o primeiro foco deste mal, mas também na Cidade". (Anais XV.44.2-8). Sexto: não teriam ido pro Coliseu e sido martirizados milhares de cristãos sem a motivação de um Cristo real.
Desde Gênesis há uma espera do Povo de Deus pelo primogênito a pisar na cabeça da Serpente, a vencer a morte, que é fruto do pecado. Desde a morte de Abel, Eva ansiou por um varão a quebrar essa maldição. Noé foi concebido com essa esperança e toda a descendência de Abraão e a nação de Israel esperou pelo Messias salvador. Só uma constatação óbvia do fim dessa espera através do nascimento, vida e morte de Jesus, faria um movimento tão forte e ousado como o cristianismo se originar subitamente - e muitos judeus, gregos e romanos tradicionais largarem da religião dos seus ancestrais e enfrentarem um mundo inteiro de perseguidores. O cristianismo não tardou a abalar o Império Romano e chegar, até mesmo, à Guarda Pretoriana. Só uma pessoa real a ser evidente comprovação de uma espera milenar causaria tamanho alvoroço e produziria tanto impacto repentino, fazendo chegar sua mensagem, inclusive, aos aposentos do palácio do Imperador e ao seu trono.
Jesus existiu, há registros de historiadores, há fatos históricos, há reflexos. Mas pode-se provar históricamente ser o poderoso Messias citado por Isaías? Sim. Talo, outro historiador romano, citou o dia em que houve extrema escuridão, o dia da morte de Cristo: "No mundo inteiro houve uma escuridão tenebrosa, as rochas se fenderam com um terremoto e muitos lugares da Judéia e outros distritos foram destruídos. Esta escuridão foi considerada por Talo, no seu terceiro livro de História, como um eclipse solar, mas sem ter boas razões para isso." (Júlio Africano, Cronografia 18:1). Josefo, historiador judeu (37-100 d.C), também fez suas observações: "Por essa época, Jesus, um homem sábio, se é que é justo chamá-lo do homem, pois ele fez coisas maravilhosas; e o que ele ensinava era recebido com alegria. Ele atraiu para si muitos judeus e muitos gentios. E quando Pilatos, seguindo a sugestão das autoridades do nosso povo, condenou-o à cruz, aqueles que o amavam não o abandonaram, e a tribo dos cristãos, assim chamados por causa de Cristo, existe até hoje." (Antiguidades XVIII, 63f). Há, ainda, o famoso ossuário de "Tiago, filho de José, irmão de Jesus", encontrado na Palestina. A própria existência dos apócrifos -livros de autoria e intenções questionáveis- fala de Jesus. Convenhamos: quem questionaria a existência de um líder famoso da antiguidade se mais de 14.000 mil documentos manuscritos o professassem? Só contando manuscritos aceitáveis do Novo Testamento. Por que com Jesus seria diferente? Porque Ele é "Deus demais" para o cético engolir.
Bom, minha apologia culmina aqui: um profeta real, cuja profecia fora testada e confirmada em diversos eventos, lançou profecias sobre o esperado Messias e, bons séculos depois, elas todas se cumprem evidentemente numa pessoa real. Isaías não fora como Nostradamus, que profetizou "guerra e caos", o que obviamente ocorreria. Isaías não lançou palavras sugestivas e com lacunas, sua descrição de Jesus e da vida do mesmo fora detalhada e inerrante. A chance de algo desse tipo ter acontecido casualmente é ínfima. Evidencia-se a ação de Deus na profecia.
Bom, vou completar a argumentação em favor da inspiração divina da Bíblia e sua inerrância com algumas outras profecias messiânicas, retiradas das 700 listadas num apêndice da minha Bíblia de Estudo das Profecias:

-Gênesis 3:15 - o Messias será um homem, descendente da mulher = Lucas 1:31-33.
-Gn 49:10 - o Messias descenderá da linhagem de Judá = Mateus 1.1-16.
-Deuteronômio 18:15, 18-19 - se levantará um profeta como Moisés = João 3:34; Atos 3:20-23.
-2Samuel 7:12 - o Messias descenderá da linhagem de Davi = Mt 3:1-16.
-2Sm 7:14 - o Messias será o Filho de Deus = Mt 3:17; Lc 1:35.
-Salmos 2:1-3 - povos e reis se levantarão contra o Messias = Lc 23:1-25; At 4.25-28.
-Sl 16:10 - o Messias ressucitará dos mortos = At 2:22-32, 13:35.
-Sl 22:6-8 - o Messias será desprezado e zombado =Mt 26:67, 27:27-31; Lc 23:35; Jo 1:10-11.
-Sl 22:12-21 -os inimigos do Messias o cercarão e ele sofrerá muito = Mt 27:27-50; Jo 19:28.
-Sl 22:16 - os pés e as mãos do Messias são traspassados = Jo 19:18, 20:25-27.
-Sl 22:18 - as vestes do Messias serão repartidas = Mt 27:35.
-Sl 34:20 - nenhum osso do Messias será quebrado = Jo 19:31-36.
-Sl 41:9 - o Messias será traído por um amigo = Lc 22:47; Jo 13:18 e 21-30.
-Sl 69:9 -o zelo do Messias pela Casa de Deus o consumirá = Jo 2:13-17. -Perceba que os próprios discípulos citam o cumprimento da profecia.
-Isaías 7:14 - uma virgem conceberá e dará à luz um filho = Mt 1:22-23; Lc 2:6-7.
-Is 40:3-5 - a Voz do Deserto anunciará a chegada do Messias = Lc 3:3-6; Jo 1:23-27
-Is 49:7 - o Messias será desprezado e aborrecido = Mt 26:67; Jo 14:31.
-Is 50:6 - Ele será afrontado e cuspirão nele = Mt 26:39, 27:30.
-Is 52:14, 53:2 - Ele será visto como indesejável =Marcos 15:32.
-Is 53:1 - não se dará crédito à Sua obra = Jo 12:38; Romanos 10:16.
-Is 53:3 - o Messias será desprezado e rejeitado =Mt 26:67; Jo 1:10-11.
-Is 53: 4-6, 12 - o Messias morrerá pelo pecado dos outros e levará suas enfermidades =Rm 4:25; 1Pedro 2:24-25; Mt 8:16-17.
-Miquéias 2:5 - o Messias nascerá em Belém da Judéia = Mt 2:1; Lc 2:4-6.
-Malaquias 3:1 - o mensageiro de Deus preparará o caminho do Messias = Mt 11:7-10.
Para não tornar ainda mais exaustivo, deixarei assim, por mais que esteja tentado a escrever mais algumas das outras muitas profecias messiânicas do Antigo Testamento e dos Evangelhos -até porque na lista de 700 de que disponho, há 108 que se cumpriram na Primeira Vinda de Cristo - no total há 300 profecias messiânicas no Antigo Testamento, todas cumpridas em Cristo. Por curiosidade: a chance de isso ter ocorrido casualmente com uma pessoa qualquer é de 1 em um número com 125 zeros. Creio que isso já basta para o bom entendendor, que, também, há de conceber que as profecias messiânicas relativas ao nosso futuro hão de, sem dúvida alguma, se cumprir, assim como já estão se cumprindo outras profecias relacionadas ao caos político e climático - você pode ler mais em "Cataclismo" e "O Fim".
A questão, leitor, tanto para o crente de pouca fé como para o incrédulo de fé alguma é: com uma evidência tão ampla e inquestionável de profecias que se interligam na Bíblia inteira, há algum questionamento realmente viável quanto à autoridade da Palavra? Sua coerência? Seu verdadeiro autor?! Para mim também é coerente, ao ver o quão inquestionáveis são as Escrituras, submeter-me à todo o ensino bíblico relativo às origens do Universo e do homem, basear minha ciência no que é incorruptível e, jamais, em hipótese alguma, fixar-me nas idéias e concepções destrutivas do mortal e errôneo homem caído. Bom, vamos usar de uma versão alternativa da lei de Hess que, convenhamos, deveria ser mais freqüentemente usada pelos que desafiam a Palavra: de um lado a "tese" e do outro a "antítese" para, após uma subtração ou uso pleno da razão, conceber a "síntese". Minha "tese" é de que a profecia bíblica é superior à profecia daquele que a ataca, o homem, sendo, portanto, a profecia humana a "antítese". Como a tese já está exposta acima, vamos direto ao que profetizou o opositor:

-"O mundo no ano 2000", gravuras do início do século passado:
-"A vida no Sistema Solar", gravuras da década de 30:
-"O mundo acabará no ano 2000", Nostradamus.
-"Visita massiva de aliens em 2008", um bando de loucos.

-E a imagem a que antes me referi, "O homem no ano de 2768", Dr. W. S. Goker, URSS:
Como a imagem acima trata de evolução, não poderia deixar de lembrar que essa teoria humana é mais antiga do que todas as "previsões" acima...
Bom, leve a última profecia, do ser humano em 2768, como um desafio profético. Será como Goker diz ou como a Bíblia diz? A própria Bíblia já desafiou: Isaías 46:9-10; Isaías 41:21-14:

Apresentai a vossa demanda, diz o SENHOR; trazei as vossas firmes razões, diz o Rei de Jacó.

Tragam e anunciem-nos as coisas que hão de acontecer; anunciai-nos as coisas passadas, para que atentemos para elas, e saibamos o fim delas; ou fazei-nos ouvir as coisas futuras.

Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; ou fazei bem, ou fazei mal, para que nos assombremos, e juntamente o vejamos.

Eis que sois menos do que nada e a vossa obra é menos do que nada; abominação é quem vos escolhe.

---/---
A questão é óbvia! O ser humano é extremamente falho e precipitado! Lança hipóteses como verdades, para se quebrar depois, assim como prediz com certeza um futuro incerto. Compare, previsões humanas com menos de cem anos arruinam-se, enquanto as previsões bíblicas mantém-se firmes e se constatam há milênios!
As imagens acima deixam bem claro: é extremamente complicado prever algo para o futuro. O homem não tem um conhecimento amplo do tempo, apenas conhece um pouco do passado e vive o presente e, só com base nisso, é "capaz" de "imaginar" o futuro. Isaías, Miquéias, Davi, Malaquias, todos esses profetas do Antigo testamento, eram humanos como nós o somos e, caso suas previsões fossem meramente baseadas em estipulações humanas, padeceriam do mesmo problema temporal que nossos "profetas" atuais padecem e suas profecias seriam bem mais restritas e limitadas (2Timóteo 3:16-17; 2Pedro 1:20-21). Não há como conceber uma inspiração que não seja do próprio Deus nessa história!
Quero que você reflita: quem tem mais moral? Quem está acertando mais? A Bíblia, nitidamente planejada por Deus, ou o homem? Em quem se deve confiar?! Leitor, pense: somente essa questão profética pode abranger toda a área de disputa entre a Palavra e o ceticismo: o acerto inquestionável das profecias fundamenta a Bíblia toda como confiável; o erro nítido dos "sacerdotes" do ateísmo torna questionável toda a atmosfera da ciência cética. Onde mais estão errando? Que doutrinas "científicas" ruirão logo mais, seguindo a tendência? Bom, nos últimos tempos até a crença nos dinossauros de milhões de anos caiu por terra...
Eu vou mais longe: de que adianta para o cético depositar sua confiança no desconfiável e constatadamente errôneo? De que adianta lutar bravamente e basear todo o esforço em algo que está morrendo lentamente? É aqui que paro e questiono: "por que estes dão risada dos cristãos bíblicos, se eles é que estão se quebrando?" A menos que a risada seja uma arma psicológica ou uma fuga, eu não compreendo. O problema é que a maioria das pessoas se limitará apenas ao que leu aqui, não pensará além, não verá quantas implicações essa simples reflexão traz ao ceticismo e, se cético for, continuará pregando contra a existência de Deus, sem compreender que a inerrância das profecias bíblicas só é explicável com a existência dO Próprio.
Pense além, pense mais! Eu não tenho diploma algum e, tampouco, li uma quantidade considerável de livros, mas, por contra-partida, sou um pensador livre! E me orgulho de ser assim numa sociedade que só permite que pense sobre determinado assunto aquele que tem o diploma relativo à ele... ou pior, só permite que pense sobre aquilo que a maioria e os líderes pensam! Desapegue-se da falsidade, desapegue-se da mentira, desapegue-se!! O mundo é muito mais interessante e empolgante do que ensinam por aí...
Natanael Castoldi

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segunda-feira, 28 de março de 2011

A visão de um jovem

Na seqüência da postagem anterior, trarei uma solução mais consistente para o problema do cristianismo atual - ou melhor, não o problema do "cristianismo", o problema dos "cristãos. Trata-se do trabalho que fiz para a aula de História da Igreja, que visa a formulação de uma Nova Reforma Protestante, desde o princípio do movimento até a consolidação de uma igreja reformadora e espelhada na Igreja Primitiva. Inspirei-me e, como nada custa, compartilharei aqui o resultado. Vale constar que sou desfavorável à nomenclatura "apóstolo" para o pastor da igreja, o nome do movimento dá-se devido ao nome do período da igreja em que os apóstolos ainda viviam.

A Nova Reforma Protestante

Nova Igreja Apostólica – Movimento Primitivista

A Idade Média é, reconhecidamente, o período mais negro da história humana e, logo, da igreja, que, infelizmente, foi a causadora das “trevas”. Hoje, com a libertinagem, humanismo, ceticismo e capitalismo tomando e envenenando as igrejas evangélicas, que há muito deixaram de opor, uma Segunda Igreja Medieval está sendo erguida, perdida em corrupção, ganância e promiscuidade. Quando a Igreja Medieval chegou ao extremo, Lutero iniciou a Reforma Protestante, portanto cabe a algum cristão de hoje seguir esses passos reformadores no caos atual!

Há um passado dourado na História da Igreja: a igreja do Novo Testamento, de Atos, aquela que, perseguida e oprimida, mantinha-se pura, aquela que, com a memória recente de Jesus, tinha ousadia e ânimo para enfrentar os grandes gigantes do mundo. Se fosse feita uma Nova Reforma, essa igreja deveria servir de espelho. Pontos principais a serem analisados na Igreja Apostólica:

Atos 2:3-4 –Fundamento e liberdade de ação do Espírito Santo.

Atos 2:40-43 –Batismo, ir no rumo oposto aos caminhos e obras mundanas, manter-se firme, ter temor de Deus.

Atos 2:44-47; 4:32-37 –Igreja como comunidade, auxílio mútuo entre irmãos. Humildade e simplicidade, “várias casas”. Perseverança nos cultos. Jesus como Messias.

Atos 6:3-4 –Formação de um grupo de liderança para trabalho de mais qualidade com cada “ovelha”. Firmeza na fé.

Atos 7:58-59 –Postura firme e cristã mediante, até mesmo, o martírio.

Atos 14:8-10 –Preocupação social para com os necessitados.

Atos 14:12-15 –Mostrar a liderança como sendo muito mais humana do que divina, o único mestre elevado é o próprio Jesus.

Tão bela igreja, genuinamente de Cristo! E não é impossível haver um regresso, mesmo que incompleto, ao que a igreja já fora, um retorno ao cristianismo de fato. Para se reestabelecer em equilíbrio os fundamentos acima, sugiro algumas posturas imediatas, que poderiam fazer parte da doutrina básica dos novos reformadores:

1º: Reconhecer Jesus como Senhor e Salvador de fato. A palavra “senhor” significa, literalmente, “dono”, até porque Ele nos pagou com o Seu sangue vertido na cruz e, ao aceitarmos esse pagamento, somos comprados por Ele. Um cristão que reconhece que Jesus é o seu dono não pode, simplesmente, ir contra aquilo que Ele pregou e instruiu, aquilo que fundamentou a Igreja Primitiva. Reconhecendo Jesus como dono e seguindo-o de fato, os alicerces para a volta da Igreja Primitiva são lançados. 2 Pedro 1:11.

2º: Cristão também significa “pequeno cristo”. Jesus, então, vai muito além de “dono”, torna-se, também, mestre. O discípulo não deve apenas obediência ao mestre, como ao dono, mas deve respeito, deve honrá-lo e sempre se prostrar perante seus ensinamentos sábios e vitais. Alguém que se diz “pequeno cristo” precisa, necessariamente, seguí-Lo e ser seu discípulo, além de possuir alguma semelhança com Ele, já que é uma “versão pequena” dEle. Se adquire semelhança no convívio intenso, buscando ser como o Mestre e absorvendo todos os ensinamentos que Ele mesmo praticou quando esteve na Terra. Quem se diz cristão, mas caminha fora dos trilhos de Jesus, não o é de fato. Quem não atenta, em seus atos, para “o que Jesus faria”, é senhor de si mesmo, egocentrista. Atos 1:8; João 10:3-4.

3º: A Bíblia estimula o pensar, o uso da razão, da lógica, do cérebro. Provérbios 1:1-7 e 2:2-5, deixa isso muito claro. Ora, a Bíblia é inspirada pelo Altíssimo Deus e, se feita uma análise da Palavra, com um bom fundamento lógico, ela é coerente. Jesus não nos direciona a fazer nada sem sentido, para toda a “lei” há alguma lógica, um conceito. Pela lógica, também, poderemos conceber que a moda atual de desmembrar a Bíblia e utilizar partes dela, apenas, a anula inteiramente, pois como ela é um livro ÚNICO, não pode ser seguido ou analisado apenas pela metade, veja só: uma verdade dividida ao meio resulta em duas mentiras. O cristão que trabalha com a cabeça no lugar não se deixará levar por algum fanatismo infundando, pelo sincretismo religioso de nossos dias, por ondas “espirituais” que são fruto de pura emoção humana, também terá o senso crítico para discernir o que é heresia e antibíblico no que pastores dizem e movimentos pregam.

Pela lógica, também, tal cristão conceberá o fato de que é realmente impossível servir a dois senhores, pois Deus não disputa espaço com Satanás e, muito menos, partilha com ele. Pela lógica saberá analisar se fatores em sua vida estão tomando o lugar de Deus e quem reina, portanto, em seu ser. Mateus 6:24.

4º: Ver prioridades. Aqui se tem, também, um pouco da lógica: o que, como cristão, me vale construir nesse mundo? O que, como cristão, devo ter como prioridade? Analisando que tudo o que é material morre em uma ou duas gerações, o cristão jamais pode deixar um legado estritamente físico, as futuras gerações cristãs precisam de exemplos vivos de fé e ousadia. Da mesma forma, assim o construirá para si: lutará por tesouros materiais, que em nada contribuirão quando morrer fisicamente ou lutará pelos tesouros celestiais? Assim, também, preservará seu espírito do pecado e da perdição, pois ele será eterno. Concebendo as prioridades, também será ousado cristão, desafiando o "mundo" e resistindo até o fim. Mateus 6:19-23; Lucas 9:25; João 16.

5º: Sola Scriptura (2Samuel 7:28; Tito 1:2; Hebreus 6:18). A Bíblia é autoridade infalível e máxima em questões de fé e prática. A tradição pode existir, isso se for filtrada pela Palavra e, também, se estiver em posição de autoridade muito abaixo das Escrituras. O cristão deve se submeter à Palavra e creditar nela e na revelação do Espírito Santo, em seguida, então, pode se apegar a traços de sua tradição cristã e nos irmãos em Cristo. Aqui entra a fé individual, do cristão para com Cristo, diretamente, deve-se evitar ter o pastor como o pai que alimenta e sem ele não há vida. O cristão deve se submeter e buscar auxílio no pastor, mas sua vida espiritual só pode depender daquele que o salvou, Jesus. Lucas 4:4; Josué 1:7-9.

6º: Sua situação degradante. O Pecado Original, Gênesis 3:6-7; Romanos 5:12, transmitido de geração em geração, deve colocar o cristão numa posição de humildade e anseio por mais de Deus. Um cristão humilde também respeitará e auxiliará mais os outros, já que estão o seu nível e situação, também caminhará com mais temor e ousadia nos propósitos de Cristo. Lucas 9:23. Um cristão humilde é preferência para Deus, pois Ele tem livre acesso para trabalhar nessa vida, moldá-la, já que tal cristão, em sua fraqueza, não se sente senhor de si mesmo, mas dependente do Pai. Para a Obra de evangelismo, de missões, de ação social, um cristão simples e submisso a Deus é o ideal. Um cristão que se considera extremamente ligado a Cristo e que vê o sacrifício de Jesus como última e única alternativa para sua humana vida decadente, terá coragem e disposição para enfrentar esse mundo e resgatar os cativos. Lucas 14:11. Lucas 9:26.

Esses seis pontos podem, sim, ser colocados como padrão na vida de qualquer cristão. Para uma Nova Reforma necessariamente deve haver, primeiro, mudança individual. Submeter-se mais a Deus, aceitar de fato o senhorio de Cristo, privar-se do pecado, compreender e ter sede da Palavra, levar o nome de Cristo ao mundo, ajudar o próximo, compreender sua situação de pecado e se humilhar. O início de uma reforma na igreja começa pelos seus membros, individualmente.

Como iniciar essa reforma interna? Os meios de comunicação de que disponibilizamos atualmente facilitam a divulgação massiva de idéias, mas, superior a palavras frias, é a postura no ambiente em que vive, na igreja que participa e na sociedade que o cerca. Ser um exemplo daquilo que prega é o começo, divulgar verbalmente as opiniões e, quem sabe, angariar partidários com mesma visão, pode iniciar um movimento. Reuniões com tais podem levar a idéia a mais partes da cidade ou região. Se a igreja em que participa for solo propício para semear as mudanças, há um alicerce bem sólido para se iniciar a Nova Reforma, muito mais fácil será se o reformista for pastor ou líder de algum grupo ou discipulado. Se a igreja não for um solo propício, um grupo separado pode iniciar reuniões próprias e, quando o grupo tomar corpo, quem sabe pode-se fundar uma outra igreja e pregar a verdadeira fé cristã.

O ensinamento correto da Palavra, o estímulo a uma vida reta e exemplar em uma comunidade inteira irá, certamente, chamar a atenção da comunidade e aqueles perdidos que querem mudar sem dúvida buscarão o lugar onde a mudança é evidente. Pessoas que conhecem a Palavra e possuem opiniões fortes, regadas de ousadia, farão a diferença em suas famílias e vizinhança. Se mais igrejas aderirem ao movimento, uma região inteira se afeta. Desse ponto, auxiliados pelo Espírito Santo, evangelistas, pregadores, escritores e palestrantes podem iniciar cruzadas em prol de mudanças na sociedade incrédula e cristã. Pequenos grupos podem ser enviados a outras cidades e regiões para abrir novas igrejas reformadoras.

Uma questão interessante, ao meu ver, seria, além das células pequenas espalhadas por vastas áreas, impor um limite de membros para cada igreja da congregação. Quando uma igreja cresce para trezentos membros, pode-se tomar dois pastores locais e enviá-los à outra parte da cidade ou na cidade ao lado, junto com cinqüenta ou cem membros para, então, iniciar uma nova igreja, com suas respectivas células e áreas de atuação. As igrejas não devem ser muito grandes, para que os pastores e membros não se gloriem dos feitos e tal se torne gananciosa e corrompida pelo poder, dinheiro e influência política, para que não se envaideça com sua própria imagem, com milhares de membros num templo suntuoso e, também, para que pastor principal não se torne a figura essencial e exclusiva do movimento (Juízes 7:2; Atos 17:24).

Menos igrejas grandes e muitas igrejas menores, onde os cultos se tornam mais envolventes e simples e a comunidade mais afetivamente ligada, onde mais partes da região se afetam e o trabalho com as “ovelhas” se torna de maior qualidade. Imagine uma cidade inteira repleta de igrejas, num domingo à noite, louvando ao mesmo tempo, com o culto ao Senhor ecoando em todos os bairros... e no resto da semana inteira, dezenas ou centenas de residências pregando Evangelho.

O foco em células, ou cultos familiares, seria a base principal para a formação de novos líderes, sempre haveria foco em liderança e aprendizado. As células deveriam se multiplicar ao atingir, no máximo, dez membros. Toda a liderança de um conjunto de células seria vistoriada e estaria submetida ao pastor da igreja local e esta, intimamente ligada à igreja central da cidade, mas com a oportunidade de trabalhar com liberdade e independência. A liderança se desenvolveria da seguinte forma: pastor, líder de célula, discipulador, aprendiz.

A “sucessão apostólica” da igreja se daria de tal maneira: o aprendiz seria instruído até ser discipulador, o discipulador até ser líder de célula (e, possivelmente, ainda discipulador) e o líder de célula para ser pastor (se tiver um chamado para tal e um curso de teologia). Essa sucessão seria possível com o ritmo de crescimento da igreja, a formação de novas congregações e células e, é claro, com um ensinamento correto e zeloso da Palavra.

Com algum poder e influência, a nova denominação poderia divulgar, massivamente, críticas à postura errônea de muitas igrejas evangélicas atuais e posturas seculares, refletir sobre uma vida reta em Cristo e levar a mensagem de salvação por meio de artigos em jornais, programas de rádio, folhetos, teatros de rua, ação social e, quem sabe, livros e CDs musicais. Num período ainda posterior, lançar DVDs de pregações ou ter algum programa televisivo, tudo divulgado, espera-se, sem almejar grandes lucros financeiros.

Um enfoque em missões seria interessante, pois nações pouco ou nada evangelizadas seriam solo propício para o pregar do cristianismo verdadeiro, aliado à todo o sistema médico, alimentar e educacional, de que um povo carente necessita. Haveria estímulo ao trabalho missionário, com cultos bimestrais derecionados, exclusivamente, a missões, com testemunhos de missionários ou palavras direcionadas a isso. Se enviaria interessados e indicados pelo Espírito Santo para missões a cursos relacionados ao dito trabalho e a igreja investiria parte de seu financeiro para auxiliar missionários e igrejas nos países carentes. Mateus 28:18-20.

Em relação ao dinheiro: seria evitado enfocar ou falar de dinheiro nos cultos e celebrações. Cada membro batizado seria instruído individualmente. Os não batizados, mas freqüentadores da igreja há tempos, seriam incentivados e orientados gradativamente a contribuir. Questões financeiras delicadas seriam colocadas em reuniões apenas com os membros batizados da igreja.

Dia da Igreja Primitiva: se algum membro da igreja tiver alguma propriedade em área rural, podem-se fazer programações mensais ou trimestrais nessa área, com celebrações de um dia inteiro, cada membro levando alguma oferta em alimento para repartir. Um culto rústico e muito simples se faria, ao lado de atividades esportivas e recreativas, promovidas entre uma, duas ou três igrejas.

Acampamentos: o ministério de acampamentos e retiros necessariamente seria incluso e promovido em propriedades rurais ou casas alugadas, consumando-se em feriados, afim de proporcionar dias intensos de ensino, mudança e convívio.

A temática dos cultos de domingo envolveria, basicamente, a retidão em Cristo, a Salvação e reflexões sobre questões delicadas da vida cristã, aquilo que, inicialmente, a Nova Reforma se propôs a fazer. Seria evitado o “culto show”, focando, nas pequenas igrejas, um louvor livre e alegre, acompanhado de um violão, teclado e, quem sabe, uma bateria. O cristão teria liberdade de se expressar, mas também não seria estimulado um neopentecostalismo insano, haveria um equilíbrio entre a igreja tradicional e a pentecostal, nada extravagante e irritante, mas também, em hipótese alguma, morto e depressivo.

O culto seria totalmente bíblico e seguiria um esquema ordenado, organizado, mas possibilitando a participação dos membros com testemunhos, pedidos de oração e mensagens. Concebendo ser Cristo o único e suficiente salvador (João 14:6), que o Espírito Santo habita em nós (1 Coríntios 3:16) e que não se deve cultuar ou santificar imagens e objetos (Êxodo 20:3-5), nada na celebração será em volta de algum ícone, exceto a Palavra e, em dias de Ceia, o “pão e o vinho”, mas de maneira memorial. 1 Coríntios 11:23-25; Salmos 119:32-34.

A teologia da denominação seria completamente embasada na Bíblia, direcionada conforme a interpretação mais correta das Escrituras. Basear-se-ia, principalmente, no arminianismo:

Pecado original: deprava o homem, influenciando-o em demasia. Romanos 3:23.

Vontade humana: o homem tem poder de exercer sua vontade, o livre-arbítrio. Deuteronômio 30:19; Romanos 10:9-10.

Graça salvífica: disponibilizada a todos, mas efetiva apenas nos cristãos verdadeiros. Efésios 2:8; João 20:30-31; 1 João 5:13.

Predestinação: o homem escolhe o caminho a seguir e, com base nisso, Deus predestina-o a uma conseqüência relativa à opção individual. João 3:16; João 20:30-31; Deuteronômio 30:19.

Regeneração: Deus é o maior agente de mudança, mas nós também temos influência. João 3:16; 1 Coríntios 3:9; Êxodo 19:5.

Espiação: a morte de Cristo veio como sacrifício em lugar da pena. João 3:16.

Aplicação: pelo poder do Espírito Santo, que age apenas quando o pecador permite através de atos e anseios. Apocalipse 22:17.

Perseverança: segundo a obediência do cristão. Postura terrivelmente mundana resulta em perda da salvação. João 3:36; João 15:1-10; Mateus 5:20; 1 João 2:28-29; Apocalipse 2:10.

Quanto às obras: são importantes para o evangelismo, mas não salvam. Tiago 2:14-22.

Salvação: chamado, resposta, arrependimento, regeneração, justificação, perseverança e glorificação. Romanos 3:21-28; João 3:7.

Em suma seria uma igreja simples, uma denominação inovadora, feita por sobre a modificação de uma igreja existente ou a partir da fundação de uma totalmente nova. O movimento seria ousado e, até certo ponto, radical, a fim de se opor firmemente à postura mundana da igreja evangélica hoje e levar uma palavra genuína aos incrédulos. Por amor a Deus, a Palavra, ao cristianismo, em respeito o trabalho árduo de cristãos que deram seu tempo e suas vidas pela Obra, por amor aos incrédulos que padecem nesse mundo, por amor a mim e a ti, por amor. Essa seria a motivação principal da Nova Reforma e todos os passos do movimento caminhariam com essa intenção.

É um ideal, beirando a utopia, mas se um grupo de cristãos sérios e comprometidos se comprometesse e a vontade de Deus fosse essa, não haveria limites à reforma, pois Deus não precisa de cristãos capacitados, ele precisa de cristãos ousados e motivados.

Natanael Castoldi

Sim, esse modelo é o sonho de um jovem inexperiente, mas ávido por mudanças. Esse é o meu sonho, mas pode ser, também, minha utopia... pois hoje, como Habacuque, mediante a ameaça tenebrosa do Império Assírio e a sombra da destruição de tudo o que era conhecido em Israel, estou sem grandes esperanças para meus dias, nos quais não sinto prazer algum... Leia Habacuque 1. Segue Eclesiastes 12:1-6:

Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;

Antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;

No dia em que tremerem os guardas da casa, e se encurvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas;

E as portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as filhas da música se abaterem.

Como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;

Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço

O fato é que confio nos planos de Deus e, como finaliza o livro de Habacuque, pra a minha ou gerações vindouras, a resposta positiva de Deus se dará - e que reposta mais positiva do que a volta de Jesus?

Sei que o temor que tenho, a desesperança, os grandes e opressores inimigos, me farão crescer, sendo eu, constantemente desafiado e atacado. A visão triste de meus dias e minha condição de aparente impotência, me farão apegar-me mais à Deus, me humilhar perante Ele. Sim, crescerei e não desistirei dessa minha luta até o fim...

... Como ouvi de um amigo que lera Coração Selvagem: todo o homem precisa de uma aventura em sua vida, de uma donzela e de uma luta a que se dedicar. Enfim, encontrei o que me faltava: a LUTA!