De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

segunda-feira, 28 de março de 2011

A visão de um jovem

Na seqüência da postagem anterior, trarei uma solução mais consistente para o problema do cristianismo atual - ou melhor, não o problema do "cristianismo", o problema dos "cristãos. Trata-se do trabalho que fiz para a aula de História da Igreja, que visa a formulação de uma Nova Reforma Protestante, desde o princípio do movimento até a consolidação de uma igreja reformadora e espelhada na Igreja Primitiva. Inspirei-me e, como nada custa, compartilharei aqui o resultado. Vale constar que sou desfavorável à nomenclatura "apóstolo" para o pastor da igreja, o nome do movimento dá-se devido ao nome do período da igreja em que os apóstolos ainda viviam.

A Nova Reforma Protestante

Nova Igreja Apostólica – Movimento Primitivista

A Idade Média é, reconhecidamente, o período mais negro da história humana e, logo, da igreja, que, infelizmente, foi a causadora das “trevas”. Hoje, com a libertinagem, humanismo, ceticismo e capitalismo tomando e envenenando as igrejas evangélicas, que há muito deixaram de opor, uma Segunda Igreja Medieval está sendo erguida, perdida em corrupção, ganância e promiscuidade. Quando a Igreja Medieval chegou ao extremo, Lutero iniciou a Reforma Protestante, portanto cabe a algum cristão de hoje seguir esses passos reformadores no caos atual!

Há um passado dourado na História da Igreja: a igreja do Novo Testamento, de Atos, aquela que, perseguida e oprimida, mantinha-se pura, aquela que, com a memória recente de Jesus, tinha ousadia e ânimo para enfrentar os grandes gigantes do mundo. Se fosse feita uma Nova Reforma, essa igreja deveria servir de espelho. Pontos principais a serem analisados na Igreja Apostólica:

Atos 2:3-4 –Fundamento e liberdade de ação do Espírito Santo.

Atos 2:40-43 –Batismo, ir no rumo oposto aos caminhos e obras mundanas, manter-se firme, ter temor de Deus.

Atos 2:44-47; 4:32-37 –Igreja como comunidade, auxílio mútuo entre irmãos. Humildade e simplicidade, “várias casas”. Perseverança nos cultos. Jesus como Messias.

Atos 6:3-4 –Formação de um grupo de liderança para trabalho de mais qualidade com cada “ovelha”. Firmeza na fé.

Atos 7:58-59 –Postura firme e cristã mediante, até mesmo, o martírio.

Atos 14:8-10 –Preocupação social para com os necessitados.

Atos 14:12-15 –Mostrar a liderança como sendo muito mais humana do que divina, o único mestre elevado é o próprio Jesus.

Tão bela igreja, genuinamente de Cristo! E não é impossível haver um regresso, mesmo que incompleto, ao que a igreja já fora, um retorno ao cristianismo de fato. Para se reestabelecer em equilíbrio os fundamentos acima, sugiro algumas posturas imediatas, que poderiam fazer parte da doutrina básica dos novos reformadores:

1º: Reconhecer Jesus como Senhor e Salvador de fato. A palavra “senhor” significa, literalmente, “dono”, até porque Ele nos pagou com o Seu sangue vertido na cruz e, ao aceitarmos esse pagamento, somos comprados por Ele. Um cristão que reconhece que Jesus é o seu dono não pode, simplesmente, ir contra aquilo que Ele pregou e instruiu, aquilo que fundamentou a Igreja Primitiva. Reconhecendo Jesus como dono e seguindo-o de fato, os alicerces para a volta da Igreja Primitiva são lançados. 2 Pedro 1:11.

2º: Cristão também significa “pequeno cristo”. Jesus, então, vai muito além de “dono”, torna-se, também, mestre. O discípulo não deve apenas obediência ao mestre, como ao dono, mas deve respeito, deve honrá-lo e sempre se prostrar perante seus ensinamentos sábios e vitais. Alguém que se diz “pequeno cristo” precisa, necessariamente, seguí-Lo e ser seu discípulo, além de possuir alguma semelhança com Ele, já que é uma “versão pequena” dEle. Se adquire semelhança no convívio intenso, buscando ser como o Mestre e absorvendo todos os ensinamentos que Ele mesmo praticou quando esteve na Terra. Quem se diz cristão, mas caminha fora dos trilhos de Jesus, não o é de fato. Quem não atenta, em seus atos, para “o que Jesus faria”, é senhor de si mesmo, egocentrista. Atos 1:8; João 10:3-4.

3º: A Bíblia estimula o pensar, o uso da razão, da lógica, do cérebro. Provérbios 1:1-7 e 2:2-5, deixa isso muito claro. Ora, a Bíblia é inspirada pelo Altíssimo Deus e, se feita uma análise da Palavra, com um bom fundamento lógico, ela é coerente. Jesus não nos direciona a fazer nada sem sentido, para toda a “lei” há alguma lógica, um conceito. Pela lógica, também, poderemos conceber que a moda atual de desmembrar a Bíblia e utilizar partes dela, apenas, a anula inteiramente, pois como ela é um livro ÚNICO, não pode ser seguido ou analisado apenas pela metade, veja só: uma verdade dividida ao meio resulta em duas mentiras. O cristão que trabalha com a cabeça no lugar não se deixará levar por algum fanatismo infundando, pelo sincretismo religioso de nossos dias, por ondas “espirituais” que são fruto de pura emoção humana, também terá o senso crítico para discernir o que é heresia e antibíblico no que pastores dizem e movimentos pregam.

Pela lógica, também, tal cristão conceberá o fato de que é realmente impossível servir a dois senhores, pois Deus não disputa espaço com Satanás e, muito menos, partilha com ele. Pela lógica saberá analisar se fatores em sua vida estão tomando o lugar de Deus e quem reina, portanto, em seu ser. Mateus 6:24.

4º: Ver prioridades. Aqui se tem, também, um pouco da lógica: o que, como cristão, me vale construir nesse mundo? O que, como cristão, devo ter como prioridade? Analisando que tudo o que é material morre em uma ou duas gerações, o cristão jamais pode deixar um legado estritamente físico, as futuras gerações cristãs precisam de exemplos vivos de fé e ousadia. Da mesma forma, assim o construirá para si: lutará por tesouros materiais, que em nada contribuirão quando morrer fisicamente ou lutará pelos tesouros celestiais? Assim, também, preservará seu espírito do pecado e da perdição, pois ele será eterno. Concebendo as prioridades, também será ousado cristão, desafiando o "mundo" e resistindo até o fim. Mateus 6:19-23; Lucas 9:25; João 16.

5º: Sola Scriptura (2Samuel 7:28; Tito 1:2; Hebreus 6:18). A Bíblia é autoridade infalível e máxima em questões de fé e prática. A tradição pode existir, isso se for filtrada pela Palavra e, também, se estiver em posição de autoridade muito abaixo das Escrituras. O cristão deve se submeter à Palavra e creditar nela e na revelação do Espírito Santo, em seguida, então, pode se apegar a traços de sua tradição cristã e nos irmãos em Cristo. Aqui entra a fé individual, do cristão para com Cristo, diretamente, deve-se evitar ter o pastor como o pai que alimenta e sem ele não há vida. O cristão deve se submeter e buscar auxílio no pastor, mas sua vida espiritual só pode depender daquele que o salvou, Jesus. Lucas 4:4; Josué 1:7-9.

6º: Sua situação degradante. O Pecado Original, Gênesis 3:6-7; Romanos 5:12, transmitido de geração em geração, deve colocar o cristão numa posição de humildade e anseio por mais de Deus. Um cristão humilde também respeitará e auxiliará mais os outros, já que estão o seu nível e situação, também caminhará com mais temor e ousadia nos propósitos de Cristo. Lucas 9:23. Um cristão humilde é preferência para Deus, pois Ele tem livre acesso para trabalhar nessa vida, moldá-la, já que tal cristão, em sua fraqueza, não se sente senhor de si mesmo, mas dependente do Pai. Para a Obra de evangelismo, de missões, de ação social, um cristão simples e submisso a Deus é o ideal. Um cristão que se considera extremamente ligado a Cristo e que vê o sacrifício de Jesus como última e única alternativa para sua humana vida decadente, terá coragem e disposição para enfrentar esse mundo e resgatar os cativos. Lucas 14:11. Lucas 9:26.

Esses seis pontos podem, sim, ser colocados como padrão na vida de qualquer cristão. Para uma Nova Reforma necessariamente deve haver, primeiro, mudança individual. Submeter-se mais a Deus, aceitar de fato o senhorio de Cristo, privar-se do pecado, compreender e ter sede da Palavra, levar o nome de Cristo ao mundo, ajudar o próximo, compreender sua situação de pecado e se humilhar. O início de uma reforma na igreja começa pelos seus membros, individualmente.

Como iniciar essa reforma interna? Os meios de comunicação de que disponibilizamos atualmente facilitam a divulgação massiva de idéias, mas, superior a palavras frias, é a postura no ambiente em que vive, na igreja que participa e na sociedade que o cerca. Ser um exemplo daquilo que prega é o começo, divulgar verbalmente as opiniões e, quem sabe, angariar partidários com mesma visão, pode iniciar um movimento. Reuniões com tais podem levar a idéia a mais partes da cidade ou região. Se a igreja em que participa for solo propício para semear as mudanças, há um alicerce bem sólido para se iniciar a Nova Reforma, muito mais fácil será se o reformista for pastor ou líder de algum grupo ou discipulado. Se a igreja não for um solo propício, um grupo separado pode iniciar reuniões próprias e, quando o grupo tomar corpo, quem sabe pode-se fundar uma outra igreja e pregar a verdadeira fé cristã.

O ensinamento correto da Palavra, o estímulo a uma vida reta e exemplar em uma comunidade inteira irá, certamente, chamar a atenção da comunidade e aqueles perdidos que querem mudar sem dúvida buscarão o lugar onde a mudança é evidente. Pessoas que conhecem a Palavra e possuem opiniões fortes, regadas de ousadia, farão a diferença em suas famílias e vizinhança. Se mais igrejas aderirem ao movimento, uma região inteira se afeta. Desse ponto, auxiliados pelo Espírito Santo, evangelistas, pregadores, escritores e palestrantes podem iniciar cruzadas em prol de mudanças na sociedade incrédula e cristã. Pequenos grupos podem ser enviados a outras cidades e regiões para abrir novas igrejas reformadoras.

Uma questão interessante, ao meu ver, seria, além das células pequenas espalhadas por vastas áreas, impor um limite de membros para cada igreja da congregação. Quando uma igreja cresce para trezentos membros, pode-se tomar dois pastores locais e enviá-los à outra parte da cidade ou na cidade ao lado, junto com cinqüenta ou cem membros para, então, iniciar uma nova igreja, com suas respectivas células e áreas de atuação. As igrejas não devem ser muito grandes, para que os pastores e membros não se gloriem dos feitos e tal se torne gananciosa e corrompida pelo poder, dinheiro e influência política, para que não se envaideça com sua própria imagem, com milhares de membros num templo suntuoso e, também, para que pastor principal não se torne a figura essencial e exclusiva do movimento (Juízes 7:2; Atos 17:24).

Menos igrejas grandes e muitas igrejas menores, onde os cultos se tornam mais envolventes e simples e a comunidade mais afetivamente ligada, onde mais partes da região se afetam e o trabalho com as “ovelhas” se torna de maior qualidade. Imagine uma cidade inteira repleta de igrejas, num domingo à noite, louvando ao mesmo tempo, com o culto ao Senhor ecoando em todos os bairros... e no resto da semana inteira, dezenas ou centenas de residências pregando Evangelho.

O foco em células, ou cultos familiares, seria a base principal para a formação de novos líderes, sempre haveria foco em liderança e aprendizado. As células deveriam se multiplicar ao atingir, no máximo, dez membros. Toda a liderança de um conjunto de células seria vistoriada e estaria submetida ao pastor da igreja local e esta, intimamente ligada à igreja central da cidade, mas com a oportunidade de trabalhar com liberdade e independência. A liderança se desenvolveria da seguinte forma: pastor, líder de célula, discipulador, aprendiz.

A “sucessão apostólica” da igreja se daria de tal maneira: o aprendiz seria instruído até ser discipulador, o discipulador até ser líder de célula (e, possivelmente, ainda discipulador) e o líder de célula para ser pastor (se tiver um chamado para tal e um curso de teologia). Essa sucessão seria possível com o ritmo de crescimento da igreja, a formação de novas congregações e células e, é claro, com um ensinamento correto e zeloso da Palavra.

Com algum poder e influência, a nova denominação poderia divulgar, massivamente, críticas à postura errônea de muitas igrejas evangélicas atuais e posturas seculares, refletir sobre uma vida reta em Cristo e levar a mensagem de salvação por meio de artigos em jornais, programas de rádio, folhetos, teatros de rua, ação social e, quem sabe, livros e CDs musicais. Num período ainda posterior, lançar DVDs de pregações ou ter algum programa televisivo, tudo divulgado, espera-se, sem almejar grandes lucros financeiros.

Um enfoque em missões seria interessante, pois nações pouco ou nada evangelizadas seriam solo propício para o pregar do cristianismo verdadeiro, aliado à todo o sistema médico, alimentar e educacional, de que um povo carente necessita. Haveria estímulo ao trabalho missionário, com cultos bimestrais derecionados, exclusivamente, a missões, com testemunhos de missionários ou palavras direcionadas a isso. Se enviaria interessados e indicados pelo Espírito Santo para missões a cursos relacionados ao dito trabalho e a igreja investiria parte de seu financeiro para auxiliar missionários e igrejas nos países carentes. Mateus 28:18-20.

Em relação ao dinheiro: seria evitado enfocar ou falar de dinheiro nos cultos e celebrações. Cada membro batizado seria instruído individualmente. Os não batizados, mas freqüentadores da igreja há tempos, seriam incentivados e orientados gradativamente a contribuir. Questões financeiras delicadas seriam colocadas em reuniões apenas com os membros batizados da igreja.

Dia da Igreja Primitiva: se algum membro da igreja tiver alguma propriedade em área rural, podem-se fazer programações mensais ou trimestrais nessa área, com celebrações de um dia inteiro, cada membro levando alguma oferta em alimento para repartir. Um culto rústico e muito simples se faria, ao lado de atividades esportivas e recreativas, promovidas entre uma, duas ou três igrejas.

Acampamentos: o ministério de acampamentos e retiros necessariamente seria incluso e promovido em propriedades rurais ou casas alugadas, consumando-se em feriados, afim de proporcionar dias intensos de ensino, mudança e convívio.

A temática dos cultos de domingo envolveria, basicamente, a retidão em Cristo, a Salvação e reflexões sobre questões delicadas da vida cristã, aquilo que, inicialmente, a Nova Reforma se propôs a fazer. Seria evitado o “culto show”, focando, nas pequenas igrejas, um louvor livre e alegre, acompanhado de um violão, teclado e, quem sabe, uma bateria. O cristão teria liberdade de se expressar, mas também não seria estimulado um neopentecostalismo insano, haveria um equilíbrio entre a igreja tradicional e a pentecostal, nada extravagante e irritante, mas também, em hipótese alguma, morto e depressivo.

O culto seria totalmente bíblico e seguiria um esquema ordenado, organizado, mas possibilitando a participação dos membros com testemunhos, pedidos de oração e mensagens. Concebendo ser Cristo o único e suficiente salvador (João 14:6), que o Espírito Santo habita em nós (1 Coríntios 3:16) e que não se deve cultuar ou santificar imagens e objetos (Êxodo 20:3-5), nada na celebração será em volta de algum ícone, exceto a Palavra e, em dias de Ceia, o “pão e o vinho”, mas de maneira memorial. 1 Coríntios 11:23-25; Salmos 119:32-34.

A teologia da denominação seria completamente embasada na Bíblia, direcionada conforme a interpretação mais correta das Escrituras. Basear-se-ia, principalmente, no arminianismo:

Pecado original: deprava o homem, influenciando-o em demasia. Romanos 3:23.

Vontade humana: o homem tem poder de exercer sua vontade, o livre-arbítrio. Deuteronômio 30:19; Romanos 10:9-10.

Graça salvífica: disponibilizada a todos, mas efetiva apenas nos cristãos verdadeiros. Efésios 2:8; João 20:30-31; 1 João 5:13.

Predestinação: o homem escolhe o caminho a seguir e, com base nisso, Deus predestina-o a uma conseqüência relativa à opção individual. João 3:16; João 20:30-31; Deuteronômio 30:19.

Regeneração: Deus é o maior agente de mudança, mas nós também temos influência. João 3:16; 1 Coríntios 3:9; Êxodo 19:5.

Espiação: a morte de Cristo veio como sacrifício em lugar da pena. João 3:16.

Aplicação: pelo poder do Espírito Santo, que age apenas quando o pecador permite através de atos e anseios. Apocalipse 22:17.

Perseverança: segundo a obediência do cristão. Postura terrivelmente mundana resulta em perda da salvação. João 3:36; João 15:1-10; Mateus 5:20; 1 João 2:28-29; Apocalipse 2:10.

Quanto às obras: são importantes para o evangelismo, mas não salvam. Tiago 2:14-22.

Salvação: chamado, resposta, arrependimento, regeneração, justificação, perseverança e glorificação. Romanos 3:21-28; João 3:7.

Em suma seria uma igreja simples, uma denominação inovadora, feita por sobre a modificação de uma igreja existente ou a partir da fundação de uma totalmente nova. O movimento seria ousado e, até certo ponto, radical, a fim de se opor firmemente à postura mundana da igreja evangélica hoje e levar uma palavra genuína aos incrédulos. Por amor a Deus, a Palavra, ao cristianismo, em respeito o trabalho árduo de cristãos que deram seu tempo e suas vidas pela Obra, por amor aos incrédulos que padecem nesse mundo, por amor a mim e a ti, por amor. Essa seria a motivação principal da Nova Reforma e todos os passos do movimento caminhariam com essa intenção.

É um ideal, beirando a utopia, mas se um grupo de cristãos sérios e comprometidos se comprometesse e a vontade de Deus fosse essa, não haveria limites à reforma, pois Deus não precisa de cristãos capacitados, ele precisa de cristãos ousados e motivados.

Natanael Castoldi

Sim, esse modelo é o sonho de um jovem inexperiente, mas ávido por mudanças. Esse é o meu sonho, mas pode ser, também, minha utopia... pois hoje, como Habacuque, mediante a ameaça tenebrosa do Império Assírio e a sombra da destruição de tudo o que era conhecido em Israel, estou sem grandes esperanças para meus dias, nos quais não sinto prazer algum... Leia Habacuque 1. Segue Eclesiastes 12:1-6:

Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;

Antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva;

No dia em que tremerem os guardas da casa, e se encurvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas;

E as portas da rua se fecharem por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as filhas da música se abaterem.

Como também quando temerem o que é alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua casa eterna, e os pranteadores andarão rodeando pela praça;

Antes que se rompa o cordão de prata, e se quebre o copo de ouro, e se despedace o cântaro junto à fonte, e se quebre a roda junto ao poço

O fato é que confio nos planos de Deus e, como finaliza o livro de Habacuque, pra a minha ou gerações vindouras, a resposta positiva de Deus se dará - e que reposta mais positiva do que a volta de Jesus?

Sei que o temor que tenho, a desesperança, os grandes e opressores inimigos, me farão crescer, sendo eu, constantemente desafiado e atacado. A visão triste de meus dias e minha condição de aparente impotência, me farão apegar-me mais à Deus, me humilhar perante Ele. Sim, crescerei e não desistirei dessa minha luta até o fim...

... Como ouvi de um amigo que lera Coração Selvagem: todo o homem precisa de uma aventura em sua vida, de uma donzela e de uma luta a que se dedicar. Enfim, encontrei o que me faltava: a LUTA!

2 comentários:

  1. Acho que não dá pra começar o meu comentário sem um elogio, dá muita segurança ler o que tu escreves porque os versículos, os detalhes, e até o que tu estás vivendo agora no ATOS mostram que isso é algo que tu realmente acredita, e deseja lutar.

    Bom, mas na verdade eu só vim comentar que foi importante ler esse teu texto, ando devorando Eclesiastes e me desafiando a mudar as "posturas", como tu disse. Acredito que os pontos que tu citastes realmente são essenciais a uma vida cristã, e certamente são o que Deus espera de nós.

    Sobre a denominação inovadora que tu falas, eu te admiro por essa visão, mesmo sendo tão novo, é claro que alguns pontos são mesmo radicais (pra mim), mas ficou bem claro no texto o objetivo dessa reforma, e os resultados.

    Deus te abençoe, aí! :)

    ResponderExcluir
  2. Opa!
    Muito obrigado pelo comentário, pelo apoio e pela força!

    Fico feliz em saber que meu texto te foi importante, que ele te tenha servido para algo! ^^ Isso me traz muita satisfação.

    Obrigado pelo comentário, pelo tempo dedicado aqui!
    Abraço! Que Deus te abençõe!

    ResponderExcluir