De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O Lago Trevoso

Um reino escandinavo é duramente atacado por um ogro poderosíssimo e um herói é chamado para matá-lo, fazendo-o com maestria. Porém, a mãe do monstro passa a buscar vingança e tal herói ruma para seu covil, no interior de um pântano, afim de pôr um fim nessa história. É até aqui que quero chegar no relato breve de uma das lendas mais antigas escritas no inglês arcaico, Beowulf -tenho a versão editada pelos gaúchos Carmen Seganfredo e A.S. Franchini. Quero, na seqüência, relatar parte do acontecimento do pântano, que me deu agonia quando li, escreverei aqui partes íntegras dos capítulos que o envolvem, afim de fazer uma analogia com nossa realidade:
"O pântano tornava-se um lugar cada vez mais nefasto e assombroso. Os galhos imensos e desfolhados das árvores entrelaçavam-se de tal modo ao alto que a luz desaparecia até quase converter tudo em uma única treva. Os guerreiros, por força disto, viram-se obrigados a ascender seus archotes substituíndo a luz do dia pelos seus pequenos sóis portáteis. (...) através dos lodaçais nevoentos (...). O ar parado e o odor gélido da morte enjoava e arreiava os cavalos (...). Uma bruma gélida começara a tomar conta do solo, envolvendo-se nas patas das montarias como serpentes esfumadas a ponto de fazer a paisagem parecer quase irreal."(...)
"(...)o lençol espesso de bruma, expondo um solo repleto de buracos e depressões na gosma verde e lamacenta, enquanto, montado sobre eles, os homens tinham de lutar contra os cipós encharcados de uma barba fria e pegajosa.(...) Beowulf, por sua vez, estava mais atento às vozes que pareciam cruzar ao alto, bem acima de sua cabeça, como se os espíritos das trevas estivessem a confabular algo acima do teto de galhos entrelaçados."(...)
"(...)-Como chamam isto de lago?-disse Hrothgar, com um muxoxo de escárnio. -Um poço infernal, eis o que é!

Como um grande espelho negro e movente, tal era o poço que servia de esconderijo a Grendel e sua pérfida mãe. Repleta de detritos a boiarem na superfície, sua água tinha a viscosidade do óleo. Do alto de uma escarpa descia um jato escuro de água, trazendo consigo pedaços soltos de vegetação apodrecida do pântano, além de dezenas de cadáveres de animais pequenos e outros maiores, como se algum cozinheiro infernal estivesse permanentemente a acrescentar novos ingredientes à sua sopa amaldiçoada. Na verdade, Hrothgar tinha razão ao dizer que aquilo que todos viam se assemelhava pouco a um lago. Era mais um enorme poço, negro, denso e malcheiroso, cercado por uma espuma espessa, feita de linfa animal apodrecida. Perto deste, os demais charcos não passavam de pequenas e inofensivas poças de água, habitadas por seres singelos como sapos e cobras d'água."(...)
"Beowulf caminhou decididamente até a orla do palude nauseabundo. Pequenas labaredas erguiam-se em pontos esparsos da superfície, produto da fermentação contínua da matéria orgânica, iluminando o cenário sinistro com pequenos e repetidos relâmpagos. O geat (...) pôs-se a estudar-lhe a profundidade. Pelo adensamento e movimento que a água fazia na superfície, intuiu que a parede submersa descia a uma profundidade incalculável."(...)

"Antes de mergulhar, Beowulf fez um breve discurso ao rei, pedindo-lhe que honrasse seu nome, caso ele não pudesse retornar das profundezas do abismo infernal." (...)
"O geat mirou uma última vez, sem qualquer destemor, o abismo no qual estava prestes a se engolfar. Vestido em ouro e prata, o herói preparava-se para afundar na sentina do mundo.
Beowulf pulou e, num piscar de olhos, as águas negras fecharam-se sobre o brilho da sua armadura.
Os círculos de água ainda ficaram se produzindo por um bom tempo sobre as águas negras do lago depois de Beowulf ter mergulhado nelas para ir enfrentar a fera que habitava o abismo." (...)
"Depois viu o herói descendo às profundezas do lago para realizar algo que o tempo iria se encarregar de tornar tão grande quanto aqueles círculos perfeitos e infinitos que o seu mergulho havia dado origem."

"Segundo os bardos e cronistas, Beowulf esteve a descer nas águas pútridas durante um dia inteiro. Embrenhou-se por entre águas repletas de seres totalmente alheios À espécie humana e que não pareciam nutrir por ela a menor simpatia (a não ser, talvez, aquela forma pouco convidativa, associada ao apetite). Estas criaturas, entretanto, estavam ocultas por uma verdadeira floresta de algas e liquens e, mais que tudo, por uma treva que mais e mais se adensava à medida que o herói se afundava no lago. Uma calma opressiva pairava ao redor. De vez em quando, uma pequena horda de estranhos animais aproximava-se, roçando o corpo de Beowulf, dando-lhe a impressão claustrofóbica de estar sendo enredado ou conduzido por um túnel hermeticamente fechado.

Mas que tais seriam estes seres?
Havia-os de diversas classes, formatos, tamanhos e cores. Alguns semelhavam-se a grandes mamíferos obesos, como leões-marinhos, mas sem serem, deveras, leões-marinhos. Seus focinhos alaranjados lembravam o das antas e cutias, sem serem, deveras, os focinhos de antas ou cutias. Os olhos, por sua vez, eram totalmente redondos e desprovidos de quaisquer pálpebras, como os de seres votados à perpétua insônia. (...)
... Outros animais, ao contrário destes, eram esguios como serpentes, embora tivessem cabeças extraordinariamente pronunciadas. Estas cabeças eram dotadas de duas enormes nadadeiras laterais, que davam ao estranhíssimo ser a aparência de possuir duas orelhas gigantescas. Não possuíam olho algum, entretanto, mas duas longas antenas recobertas de pilosidades negras em toda a extensão, a se moverem o tempo todo, como a captarem o menor movimento no elemento líquido. Uma terceira classe de seres - para ficarmos na última das centenas de outras que Beowulf viu (...)- apresentava-se de maneira mais insólita que seria dado a um homem imaginar. Vista de longe a criatura já era enorme. Possuía todos os membros identificáveis com os do corpo humano, acrescidos, porém, de cerca de quinze outros absolutamente desconhecidos de nossa anatomia. Seria um homem-mais-que-homem ou, antes, uma sua amplificação bizarra. Beowulf nunca sentira-se tão tentado a sacar sua espada como no momento em que vira a criatura crescer desumanamente. Mas o que mais o surpreendera fora vê-la desmembrar-se em um milhar de outras pequenas criaturas, não compondo, assim, o multifacetado ser uma verdadeira unidade, mas um bando cerrado de milhares de criaturas perfeitamente autônomas, que o instinto fazia, quando exigido, unirem-se num mural artificialmente uno."
A viagem de Beowulf segue tão horripilante quanto já fora descrita aqui, mas até esse ponto basta. O que é preciso saber da seqüência é que Beowulf acaba sendo levado a uma gruta submersa repleta de riquezas e morada da mãe de Grendel, o seu pior inimigo.
O agonizante acontecimento tem muito com a realidade, mas referida ao espiritual, em especial. Eu vejo o mundo como o Lago Trevoso, toda uma humanidade está mergulhada nessas águas intermináveis, é o tesouro oculto na caverna submersa, completamente sufocado, enegrecido pelas trevas e cuidadosamente vigiado pelo mais terrível monstro. O cristão tem mais sorte, está onde a luz, o fogo da tocha, pode existir, está fora do Lago, mesmo ainda não estando na absoluta luz do Pai, pelo menos está caminhando na superfície do pântano...
... Mas, como Beowulf mergulhou, após saber que existe uma realidade melhor do que a do Lago Trevoso, devemos tomar coragem e, vestidos de "prata e ouro", nosso Deus, mergulhar para onde estão que agonizam. É aqui que o mundo espiritual se atiça.
À princípio eu queria escrever sobre o mundo espiritual e seus habitantes, o Lago Trevoso me veio na hora. Quando eu li no livro, realmente fiquei com agonia. Imaginei o sufoco de estar sem respirar, mergulhado num mundo cheio de trevas e seres insólitos. O interessante é que, apesar de cutucado, Beowulf, de forma alguma, fora mortalmente atacado pelos seres gigantescos, assim somos nós que, simplesmente, não podemos ser abatidos pelo Inimigo, que apenas deseja nos amedrontar. Beowulf, de forma alguma, deixou o medo ser forte o suficiente para perder o fôlego e prosseguiu para o fundo daquela cratera abissal, lá estava o cenário de sua missão e deveria cumprí-la.
Bom, o enfoque dessa postagem está nas criaturas e no Lago. Se eu fosse usar uma passagem que exemplificasse o que consigo reproduzir do mundo espiritual, que mais se assemelha ao que imagino, ao que penso que veria caso meus olhos fossem devidamente abertos para uma realidade visível dele, usaria a passagem citada. A profundidade do relato, os adjetivos do cenário e das criaturas, em muito condiz com o que concebo de mundo espiritual e seus habitantes.
Quando comecei a ter mais experiências espirituais, refleti muito sobre o assunto. Confesso que fiquei com nojo de ter sido tocado por demônios, como já disse numa postagem. Pensar nessas criaturas decaídas me dá repulsa e estimula a cada vez mais repelí-las.
Eu fui salvo por Cristo, ele me tirou do Lago Trevoso, me ensinou o caminho de saída e hoje volto, bem preparado, para dentro dele, afim de levar a palavra que me salvou para outros que jazem. Hoje eu estou no mundo, no Lago, e, sabendo disso, não posso, de forma alguma, fazê-lo sem a devida armadura, sem o devido fôlego, sem a devida coragem e determinação. Caso falte-me armadura ou, pelo medo de afogar, agite-me em demasia, os seus habitantes gigantescos podem abocanhar-me e levar-me mais fundo do que outrora estive. Jamais gostaria de beber, no desespero, dessa água pútrida.
É isso que me deixou com repulsa e me deixa até hoje: os demônios têm lá sua dezena de milhares de anos, imagine a podridão de sua natureza de tão largo período de pecado e distância de Deus. Imagine então, ou não, que atos terríveis já cometeram ou estimularam, todos eles. Pior ainda, pense nas suas intenções, na maldade que levam consigo e no que querem te tornar -lembre-se de que eles são "seres", não "forças". Isso, pra mim, é um grande estímulo para manter-me forte e não deixar que tomem liberdade em relação à minha vida. Sem dúvida só querem destruir-me, humilhar-me sem medida, tornar-me sujo como eles... e condenado eternamente, assim como eles o são. Não compreendo como há cristãos que, mesmo sabendo disso, aceitam a condição de "meio cristianismo", "um pecadinho aqui e ali", deixado-se expostos ao Mal dentro de terras que ele domina! Isso é perigosíssimo!
A questão é: antes, sim, ser atacado volta e meia por estar se aproximando do "tesouro humano" no fundo do Lago, do que não ser atacado, mas estar completamente afogado e inerte nas águas pútridas, que, há milênios, apodrecem sem interrupção. Tenhamos piedade dos que jazem nesse ambiente tenebroso... não deixemos a náusea nos tomar e mergulhemos para tirá-los do fundo onde estão ancorados, sem realmente compreender a imundície em que estão metidos. O pior não é o local onde estão agora... O pior vem depois, quando o tempo de os resgatarmos terminar, quando virá a condenação eterna no Inferno.
Pense também no Inferno: ele não é terrível porque Deus o criou cheio de armas de tortura. Ele é terrível, pois Deus criou-o para servir de "recinto" aos que não querem viver com Ele, aos que não O aceitam. Assim como o Inimigo é tão terrível, pois, distante da glória de Deus, tornou-se o completo oposto da perfeição do Pai, o Inferno o é: completamente avesso à todos os atributos maravilhosamente benignos de Deus, -por isso- o Inferno só pode ser o lugar mais terrivelmente repulsivo e ardente de todos. Quem não quer viver na glória de Deus, tendo livre arbítrio para tal, então "viverá" num local onde não há traço algum da glória e dos atributos dEle, o que, por si, torna tal local insuportável, maligno.
... Pensemos nisso! Não merecemos a salvação, mas fomos salvos, então tenhamos a vergonha na cara de levar a Boa Nova aos que ainda não a conhecem!! Já lhe passou pela cabeça a possibilidade de um amigo teu morrer amanhã sem ter conhecido a Deus por culpa TUA, pela tua omissão, e, dentro de algum tempo, estar gemendo na pior tortura imaginável? Além do que podemos imaginar? Se tu não professa a fé que salva, então não ama teus amigos, muito menos a Palavra. Se tu não amas a Palavra, tu amas teu Deus? EU NÃO CONSIGO NÃO AMAR O SENHOR DO UNIVERSO! Mas amo o suficiente?
Natanael Castoldi

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

"Poucos são os escolhidos"

Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha. -Mateus 12:30
Olhando a situação da Igreja e da grande maioria dos cristãos, percebe-se um gigantesco descomprometimento com a essência da Palavra, com a Obra, com o Reino. Perdeu-se muito do temor de Deus, um legalismo demasiado e insano adentrou as portas do templo, aliado à repulsiva libertinagem, às vezes escancarada, noutras muitas camuflada, mascarada por detrás da vergonha, do medo ou de uma fatal e perigosa falsidade, baseada num duplo interesse: aproveitar-se da perdição mundana, enquanto se busca status na congregação.
O que leva a esse ponto lamentável e tão largamente disseminado nas igrejas nacionais e mundiais? Uma imagem completamente deturpada de Deus é uma das causas. A ignorância na teologia e na vida espiritual, a tradição, a perda do real sentido e objetivo da existência da Igreja e seus membros. Outra causa está puramente no desinteresse dos cristãos que, mesmo sabendo, mesmo tendo os olhos abertos para a realidade, simplesmente não querem fazer o que é certo, preferem o comodismo, serem salvos no limite, apenas para não serem condenados ao Inferno -como se Deus fosse burro, facilmente enganável.
O cenário para tal desolação espiritual só é tão vasto, pois pouquíssimas pessoas realmente pensam profundamente sobre Deus, tentando vê-lo de forma mais sóbria e, também, porque pregar a favor dessa reflexão não é proveitoso fisicamente para as grandes igrejas, já que a questão abrange as estratégias de crescimento e suas motivações. Passagens como a de Juízes 7 falam de algumas questões não vantajosas aos "empresários da fé" e retratam o Eu Sou como um deus muito mais seletivo, sério e comprometido com Sua obra do que estamos acostumados a conceber. Segue a passagem.
Então Jerubaal (que é Gideão) se levantou de madrugada, e todo o povo que com ele havia, e se acamparam junto à fonte de Harode, de maneira que tinha o arraial dos midianitas para o norte, no vale, perto do outeiro de Moré.

E disse o SENHOR a Gideão: Muito é o povo que está contigo, para eu dar aos midianitas em sua mão; a fim de que Israel não se glorie contra mim, dizendo: A minha mão me livrou.

Agora, pois, apregoa aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for medroso e tímido, volte, e retire-se apressadamente das montanhas de Gileade. Então voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram.

E disse o SENHOR a Gideão: Ainda há muito povo; faze-os descer às águas, e ali os provarei; e será que, daquele de que eu te disser: Este irá contigo, esse contigo irá; porém de todo aquele, de que eu te disser: Este não irá contigo, esse não irá.

E fez descer o povo às águas. Então o SENHOR disse a Gideão: Qualquer que lamber as águas com a sua língua, como as lambe o cão, esse porás à parte; como também a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber.

E foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos homens; e todo o restante do povo se abaixou de joelhos a beber as águas.

E disse o SENHOR a Gideão: Com estes trezentos homens que lamberam as águas vos livrarei, e darei os midianitas na tua mão; portanto, todos os demais se retirem, cada um ao seu lugar.

E o povo tomou na sua mão a provisão e as suas buzinas, e enviou a todos os outros homens de Israel cada um à sua tenda, porém os trezentos homens reteve; e estava o arraial dos midianitas embaixo, no vale.

E sucedeu que, naquela mesma noite, o SENHOR lhe disse: Levanta-te, e desce ao arraial, porque o tenho dado na tua mão.

E, se ainda temes descer, desce tu e teu moço Purá, ao arraial;

E ouvirás o que dizem, e então, fortalecidas as tuas mãos descerás ao arraial. Então desceu ele com o seu moço Purá até ao extremo das sentinelas que estavam no arraial.

E os midianitas, os amalequitas, e todos os filhos do oriente jaziam no vale como gafanhotos em multidão; e eram inumeráveis os seus camelos, como a areia que há na praia do mar.

Chegando, pois, Gideão, eis que estava contando um homem ao seu companheiro um sonho, e dizia: Eis que tive um sonho, eis que um pão de cevada torrado rodava pelo arraial dos midianitas, e chegava até à tenda, e a feriu, e caiu, e a transtornou de cima para baixo; e ficou caída.

E respondeu o seu companheiro, e disse: Não é isto outra coisa, senão a espada de Gideão, filho de Joás, varão israelita. Deus tem dado na sua mão aos midianitas, e todo este arraial.

E sucedeu que, ouvindo Gideão a narração deste sonho, e a sua explicação, adorou; e voltou ao arraial de Israel, e disse: Levantai-vos, porque o SENHOR tem dado o arraial dos midianitas nas nossas mãos.

Então dividiu os trezentos homens em três companhias; e deu-lhes a cada um, nas suas mãos, buzinas, e cântaros vazios, com tochas neles acesas.

E disse-lhes: Olhai para mim, e fazei como eu fizer; e eis que, chegando eu à extremidade do arraial, será que, como eu fizer, assim fareis vós.

Tocando eu a buzina, eu e todos os que comigo estiverem, então também vós tocareis a buzina ao redor de todo o arraial, e direis: Espada do SENHOR, e de Gideão.

Chegou, pois, Gideão, e os cem homens que com ele iam, ao extremo do arraial, ao princípio da vigília da meia noite, havendo sido de pouco trocadas as guardas; então tocaram as buzinas, e quebraram os cântaros, que tinham nas mãos.

Assim tocaram as três companhias as buzinas, e quebraram os cântaros; e tinham nas suas mãos esquerdas as tochas acesas, e nas suas mãos direitas as buzinas, para tocarem, e clamaram: Espada do SENHOR, e de Gideão.

E conservou-se cada um no seu lugar ao redor do arraial; então todo o exército pôs-se a correr e, gritando, fugiu.

Tocando, pois, os trezentos as buzinas, o SENHOR tornou a espada de um contra o outro, e isto em todo o arraial, que fugiu para Zererá, até Bete-Sita, até aos limites de Abel-Meolá, acima de Tabate.

Então os homens de Israel, de Naftali, de Aser e de todo o Manassés foram convocados, e perseguiram aos midianitas.

Também Gideão enviou mensageiros a todas as montanhas de Efraim, dizendo: Descei ao encontro dos midianitas, e tomai-lhes as águas até Bete-Bara, e também o Jordão. Convocados, pois, todos os homens de Efraim, tomaram-lhes as águas até Bete-Bara e o Jordão.

E prenderam a dois príncipes dos midianitas, a Orebe e a Zeebe; e mataram a Orebe na penha de Orebe, e a Zeebe mataram no lagar de Zeebe, e perseguiram aos midianitas; e trouxeram as cabeças de Orebe e de Zeebe a Gideão, além do Jordão.

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A opinião geral não muda a Verdade, não importa para Deus o fato de a maioria dos cristãos não levarem a sério Sua vontade - Ele continua levando-a com a mesma seriedade com que levou no Princípio. Em um mundo tão enegrecido, só os cristãos mais entusiasmados, dispostos e firmes persistem no serviço.

... A verdade é que cristianismo nunca existiu para ser seguido pela metade, mas o livre arbítrio, que permite o homem de se relacionar ou não com o Pai, conforme quiser, possibilita a criação dessa doutrina mentirosa de vida - dividir a Verdade ao meio é como criar duas mentiras. Se o homem quer enganar-se a si mesmo, assim fará... Mas dizer que segue à Deus através de uma mentira não tem validade alguma, Ele, certamente, reconhece falsos servos e falsos servos são os que não querem servir - aquele que não serve não O tem como senhor. Não O tendo como Senhor, então se submete à outros: si mesmo, o mundo e Satanás. Aquele que não quer servir -trabalhar-, logo, não pode ser salvo... Estando nas mãos doutros senhores, Deus nada tem para com ele.

Romanos 10:9 diz: "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos serás salvo."

Reforço, agora com base no versículo: quem não obedece à Deus, quem não quer compromisso com Ele e na Obra dEle, não sendo Seu servo, não o tem como Senhor e, logo, não necessariamente será salvo. Servir à Deus é uma decisão diária e a salvação de um dia pode ser perder, caso a servidão seja anulada pelo orgulho. Infelizmente a maioria dos cristãos busca, mais do que tudo, a salvação e pouco atenta para o serviço. Antes é preciso ser servo, para, assim, ser salvo. Seria ousadia em demasia dizer-se servo do Senhor do Universo, mas, deliberadamente mentindo, não agir como tal e, ainda por cima, exigir um espaço no Paraíso. No Céu só haverá lugar para os que, por livre vontade, trabalharam de todo o coração em nome do Pai!

Mateus 22:14 é bem direto ao dizer que "são muitos os chamados, mas poucos os escolhidos". Deus, em sua onisciência e onipresença, reconhece os cristãos realmente convertidos à Obra, dispostos, de verdade, a trabalhar, a servir naquilo que Ele desejar, onde Ele achar necessário. Sim, toda a humanidade foi convidada para ser salva, mas apenas uma mísera parte, ao ter ciência dos critérios para a salvação, não nega o convite -sim, os cristãos que não seguem um cristianismo íntegro, mesmo sem ter ciência disso, negaram o convite, pois "cristão" não é só nomenclatura, é postura. São os que sobram, aqueles que estão dispostos a servir ao Senhor da Eternidade, que Ele escolhe. Analise bem e perceba o quanto é óbvio. Quem, conhecendo à Deu e dizendo-se convertido, não quiser dedicar-se verdadeiramente ao Reino e abrir mão doutros senhores, não se converteu de fato.

Jesus e o jovem rico (Marcos 10:17-30)

O texto de Juízes 7 é essencial para compreendermos o quanto nosso Deus é rígido, seletivo e sério em relação às Suas leis e Seus planos. Dos 32mil guerreiros iniciais, sobraram, após a filtragem, apenas 300.

A verdade é que Deus tem tudo sob controle e nós não somos essenciais nem imprescindíveis para que Ele faça Sua vontade. Mas Deus decidiu usar o homem como meio de atingir esse mundo, afim dar-nos algum serviço em Seu nome, como prova de nossa entrega e devoção - se você não se dispuser ao serviço que Deus preparou pra ti, Ele simplesmente o designará para outro, mais dispoto. Esse é o primeiro ponto. Por esse motivo, exatamente por ele, Deus não quer o número acima da qualidade, pois Ele é capaz de abrir um mar com apenas um único homem disposto - e nisso a Igreja falha, visando mais número do que consistência. O problema com o demasiado número e a parca experiência sólida com Deus é o mesmo que se lê no primeiro versículo de Juízes 7: é comum vermos pastores atribuíndo os milagres presenciados ao poder da "sua igreja", ao deus da "nossa igreja" e vêem a obra realizada ali como fruto exclusivo de seu esforço e dedicação, Deus perde o posto. Outros deuses sentam no trono.

Por esse motivo, para que Israel não se achasse o exclusivo vencedor da batalha, Deus preferiu abrir mão de 31.700 soldados para usar apenas os 300 que, de coração, estavam dispostos, aptos a recebê-Lo e serem largamente usados. A filtragem foi simples:

*"Quem for medroso e tímido, volte". Deus quer coragem, ousadia, segurança. Quem tem fé nEle, certamente não teme o inimigo, como Davi que, mesmo antes de atacar Golias, desafiava-o, dando certeza de que o mataria com o poder de Deus.

*"Qualquer que lamber as águas com a sua língua, como as lambe o cão, esse porás à parte". O valor desse ato indica dois atributos essenciais para o cristão que anseia pela Obra: atenção e simplicidade. Como o cão, predador, sempre atento, aquele que bebeu levando a água com as mãos até a boca não precisou curvar-se inteiramente perante do rio, mantendo-se em posição de alerta e, ainda, pôde manter o olhar para frente, isso é vigilância. Simplicidade, pois não houve frescura alguma, fez-o de forma prática e sem artifício.

O que não constou na peneira:

*"Todo o nobre seja escolhido". Sim, o nobre, além de valor político, tendo mais bens, portava armadura e armas de melhor qualidade e, certamente, era mais bem alimentado. Porém, esse não foi um critério usado por Deus, o que prova que beleza e fartura material não estão nos quisitos divinos para sermos usados. Da mesma forma, não deve ser alvo primordial da Igreja e seus membros.

*"Aquele que tiver maior força física, seja selecionado". Um bom guerreiro deveria aguentar horas de manuseio incessante de pesadas armas e suportar o peso da armadura, a força também seria essencial para abater mais rapidamente o inimigo. Mas Deus não levou em conta esse atributo, pois Ele poderia tornar o mais fraco dos guerreiros o mais forte, bastava tal desejar isso. Como diz Paulo: quando sou fraco, então é que sou forte. Não esqueçamos de Sansão, a quem Deus deu toda a força!

A única coisa que Deus quer é serviço, vontade. A diposição de ir até o lugar certo, no tempo certo e com a fé suficiente é tudo o que um cristão precisa fazer, Deus faz o resto, tornado o fraco como o mais forte de todos (IICoríntios 12:10), fazendo fogo brotar na água (1Reis18) e gigantes serem derrubados com fundas (1Samuel 17). Apenas se submeta, ouça e sirva. Assim Deus trabalhará contigo, assim Deus poderá cumprir em tua vida todos os Seus planos! E olha que não são pequenos e poucos!

E você, do jeito que está se portando, de acordo com teu entusiasmo, merece ser um escolhido? Pense nisso. Não ser um escolhido, é um passo muito próximo de não se nem ao menos salvo, como o homem que, indo vestido de forma incoerente nas bodas do senhor, fora amarrado e lançado nas trevas, para fora da festa. Mateus 22. -Facilita se usada a Bíblia Online ->aqui<-

João 6:37 - "Aqueles que o pai me der em minhas mãos, jamais lançarei fora"

--Como está fraco o cristianismo de nossos dias! Às vezes os cristãos precisam de argumentos teológicos para não cometerem o que sabem ser errado, pois MAIS DO QUE TUDO querem pecar! Isso é um absurdo. Isso é uma vergonha!--

Natanael Castoldi

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-No calor da batalha

sábado, 23 de outubro de 2010

"Guerra? Sim. Ela nos afeta a todos"

No título está uma das falas de Barbárvore no segundo filme dO Senhor dos Anéis, quando, após dar uma pausa do entebate -raro encontro de ents (pastores de árvores) para discutir algum assunto importante-, se dirige aos hobbits que o acompanham -Merry e Pippin. Nessa noite escura os ents conversavam sobre a traição de Saruman e a Guerra do Anel, os hobbits teriam dado o estímulo para tal, já que, mais do que nunca, desejavam lutar, como lutavam seus amigos naquele exato momento.
Como chegamos a esse ponto da história: quando a Sociedade do Anel fora desmembrada nas margens do Grande Rio, Merry e Pippin deixam-se capturar pelos uruk-hai de Saruman, fazendo-os crer que um deles se tratava do portador do anel. Raptados, rumam pelas terras de Rohan, quase que completamente dominadas pelo Mal, porém, uma divisão inteira de cavaleiros errantes, expulsos da Corte por Gríma, Língua de Cobra, intercepta os malignos e mata todos, possibilitando, no meio do caos, a fuga dos pequenos que, adentrando a floresta de Fangorn, acabam despertando Barbárvore. Não tarda e se vêem no entebate, ansiosos para entrar na Guerra.
E nesse ponto, ao fim da reunião dos ents, que quero chegar. Quando os seres anscestrais terminam sua longa conversa, seu líder, Barbárvore, aproxima-se dos pequenos e lhes informa, iniciando o diálogo:

"-Os ents não podem impedir essa tempestade. Devemos suportar o mau tempo como sempre fizemos." Merry questiona, decepcionado:
"-Como podem tomar essa decisão?!" Barbárvore prossegue:
"-Essa guerra não é nossa." Logo sendo retrucada pelo pequeno:
"-Mas vocês fazem parte desse mundo! Não fazem?! Vocês precisam ajudar, por favor! Precisam fazer alguma coisa."-E Merry escuta algo que eu mesmo já ouvi, devido às minhas palavras ousadas:
"-Você é jovem e corajoso, Sr. Merry. Mas seu papel nessa história já acabou. Volte para sua casa."

O entebate termina com um silêncio perturbador. O que segue na história é interessante. Barbárvore se prontifica a levar os pequenos para fora da floresta e eles lhe induzem a seguir para o sul, onde veria com os próprios olhos o caos que Saruman já tinha instalado. É vendo a parte sul da floresta desolada, as árvores que ela cultivara todas cortadas e feitas lenha para a indústria da guerra, que, tomada de fúria, chama seus companheiros e principia um brutal ataque na casa do traidor.
Bom, o ponto principal dessa postagem é baseado numa fala de Barbárvore: "-Os ents não podem impedir essa tempestade. Devemos suportar o mal tempo como sempre fizemos." Vi, claramente, um cristão falando isso. Sim. É mais do que comum em nossos dias, estimulados pela idéia moderna de Estado, em que a religião deve ser colocada de lado, independente de todas as outras questões, ouvir a seguinte frase: "Não acho que deve-se misturar religião com política." Ou essa: "Isso não é assunto em que devemos nos meter." Sim, isolar a religião e se proibir de, como cristão, envolver em determinados assuntos, é cômodo... "Deus vai fazer o que acha melhor nessa questão", também é cômodo. Bom, é mais do que necessário esperar em Deus, mas Ele não vai fazer por nós o que podemos fazer em nome dEle. Deixar que Ele vá primeiro resolver TODAS as coisas é PURO comodismo, já que Ele escolheu nos usar para atingir esse mundo.
Fico orgulhoso em ver o levante conjunto de protestantes e católicos nessas eleições nos movimentos anti-Dilma, candidata que, escancaradamente, apóia idéias anticristãs, como o aborto e a supremacia gay, e tem ao seu lado um vice satanista. Eu, que andava desacreditado do cristianismo dessas terras, me alegrei ao ver esse despertar da Igreja, que mostrou sua força como nunca antes. Daí aparecem os desmotivadores: "Não devemos nos envolver com política, temos que dividir as coisas". "É Deus que escolhe as autoridades, não cabe a nós interferir." Essa postura é péssima para a Igreja. Os ents de Fangorn pensaram assim e, sem perceberem, a sua própria casa, a sua floresta, estava sendo corroída pelas bordas...
... Querendo ou não, a questão política envolve, e muito mais do que pensamos, a Igreja que, sendo parte da nação, é regida pelo governo.

"Esperar até a tormenta passar", na maioria das vezes, não termina bem. O fogo de Saruman teria consumido toda a floresta de Fangorn se todos lá tivessem prosseguido irredutíveis na postura de "espera". Esse fogo, por fim, consumiria também os tais acomodados. Não sobraria nada pelo que lutar. Não sei o que pensam esses cristãos que "não querem se envolver". Seu cristianismo é cômodo, de fato, não merecendo ser defendido - o cristianismo NUNCA pode ser cômodo. Regredindo ao Antigo Testamento, tendo como exemplo Israel: os inimigos de Israel eram impuros, como a política, mas, nem por isso, Israel desistiu de enfrentá-los, não deixou de resistir aos filisteus, enfrentas babilônicos, romanos, egípcios, assírios. Deus não destruiria os inimigos de Israel com raios e terremotos, como, certamente, muitos israelitas desejavam. Deus queria ver a atitude do Seu povo, que, com fé nEle, caminhou para os campos de batalha. Ali Ele agiu largamente. 1Samuel 17; Juízes7, 15; Josué6.
A Bíblia diz para honrarmos as autoridades, mas, primeiro, quando condizem com o que seguimos biblicamente. Depois, se envolver em política nas épocas de eleição não é enfrentar uma autoridade, é lutar contra um aspirante a autoridade antes dele, devidamente, se tornar tal. Sim, não devemos deixar de lutar contra os que sabemos que serão, de uma forma ou outra, inimigos da Igreja. Permanecer inerte é estupidez. Ver todo um cenário de caos se erguendo e não preparar uma resistência, é indiscritivelmente TERRÍVEL! Somos nós, que conseguimos ver as coisas com mais clareza, que temos o DEVER de dar o chamado de guerra. Seria como a sentinela de uma pequena cidade, ao ver uma vasta tropa inimiga se aproximando, não dar o alerta. No final, quando o inimigo, sem ser interceptado, se aproximar e atacar a cidade, nem a sentinela sobreviverá. Ninguém sobreviverá. A não ser que a sentinela, sozinha, fuja, como uma vergonha, mergulhada na covardia! E é isso que, no final, farão os cristãos omissos ao inimigo: fugirão. Se não são capazes de lutar quando ainda está razoavelmente fácil, quem dirá no dia da real batalha!
Como diz o Pr. Silas Malafaia, noutras palavras: há o tempo de orar e o tempo de lutar. Orar, sim, já oramos e ainda estamos orando. Mas, quando a falange inimiga está há poucos metros de nossas tropas, temos, acima de tudo, o dever de lutar, ou seremos todos dominados. Nesse mundo darwinista...
... onde o mais forte domina o mais fraco em todas as áreas imagináveis, uma Igreja dormente logo será cercada pelos chacais e, não tarda, abocanhada na jugular e asfixiada. Acima de tudo, esse mundo quer destruir a Igreja... e tal não deve, em hipótese alguma, deixar os abutres se aproximarem!
Pesemos em algo além da Igreja. Somos luz para esse mundo enegrecido. Se nós, que vemos o Mal crescendo, não fizermos nada, tornamo-nos, além de egoístas, assassinos desse mundo. Aquele que vê alguém sendo assassinado e nada faz, também é culpado pela morte. Quanto mais permitirmos que a cegueira do mundo se amplie e que a Igreja seja amordaçada, mais dificuldades de levar a Palavra aos incrédulos enfrentaremos, o que colocará muitos desses, sem uma boa oportunidade de ouvir sobre Deus, no Inferno.
Acima de tudo, devemos lutar. A luta começa desde o momento em que nos preparamos. Lutemos com o que podemos. Um levante de oposição às pútridas idéias de nosso mundo atual, baseado em protestos e palavras, depois da oração, é claro, é uma ótima forma de lutar. Evitemos, como conseguirmos, que um Estado decididamente anticristão se forme, para não precisarmos nos esconder em porões para pregar a Palavra. Para que não precisemos, quem sabe, montar uma resistência que vá além das palavras escritas. Bom, se não houver mais como viver nessa suposta liberdade, se for proibido levar o nome de Deus ao mundo, então é que o faremos... Mas muita coisa perderá o sentido caso sejamos aprisionados. Se não for pra cumprir devidamente nosso papel como cristãos, nosso papel de vida aqui, não vale a pena continuar vivendo.
Aquele que deu a vida por nós merece que defendamos esse feito até a morte. Vale a pena lutar até o fim por uma atitude que nos garante a VIDA ETERNA! Sim, quando o cristão morre aqui, imediatamente acorda na presença explícita do Pai... e é após da morte física que a vida do Filho de Deus realmente começa! Aquela vida para qual o ser humano, à princípio, foi criado para viver.
Eu não quero ver, futuramente, uma perseguição à Igreja ser implantada no Brasil e me sentir culpado por não ter feito nada enquanto presenciava o cenário para tal sendo construído. Mas, se a perseguição vier, terei prazer de continuar lutando, mesmo contra todas as expectativas e, na hora de morte, se vier pela espada, gritar com fervor: "LIBERDADE!" -Coração Valente é, realmente, um filme inspirador.- Porque é quando saímos da realidade desse mundo opressor e estamos a um passo do Paraíso é que nos vemos livres! Penso em como está CS Lewis agora, Luther King, Lutero. Todos salvos, eu creio. Vale a pena lutar para, um dia, em pouco tempo, estar, com eles, outros heróis da fé e juntamente com Deus, no Paraíso!
-Observação: não digo para profanar o bom cristianismo levando-o a mergulhar em ideologias e práticas horrendas desse mundo, mas, sim, digo para, protegidos pelo Pai, tentarmos dar um jeito na sujeira que nos atinge e atinge os incrédulos próximos, que não têm culpa de não conhecerem, devidamente, a Verdade. Nós que temos tal culpa, pois sentimos "nojinho" de entrar no pântano pútrido em que se encontram para resgatá-los.

Natanael Castoldi

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