De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Obediência

Eis um dos temas mais relevantes da vida cristã: obediência. A obediência é uma obrigação de todo o cristão e ela, sem dúvida, é essencial para o cumprimento de toda a promessa na vida do seguidor de Cristo -Apocalipse 2:10-, para a formação do caráter de Jesus em nós -1 Coríntios 11:1-, para o cumprimento da Grande Comissão -Mateus 28:19-20- e, principalmente, para agradar a Deus, fazendo aquilo que O satisfaz, aquilo que Ele faz ou faria em nosso lugar, segundo a Sua natureza santa, amorosa e justa -João 15:14. Nós temos a consciência de que sem obediência não existiríamos como cristãos, padecendo de eterna condenação, pois João Batista teria cedido, Cristo sucumbido, os discípulos se dispersado, Paulo permanecido como Saulo... isso sem levar em conta todos os milhares de cristãos ao longo de toda a história da Igreja cuja obediência e ousadia mantiveram vivo e ativo o Corpo de Cristo -1 Coríntios 12:270-, sendo assim, a nós cabe obedecer, primeiramente afim de agradarmos a Deus, em seguida para alicerçarmos bom e eterno futuro para nós e, em terceiro lugar, para cooperar com a sobrevivência da integridade da Igreja no amanhã, já que, assim como somos resultado do esforço e sacrifício de muitos no passado, a posteridade dependerá de nosso caráter e entrega. Não parece haver espaço para discussão: a obediência deve estar no cerne de nossa vida, pois, me diga, é possível ser cristão sem fazer aquilo que compreende a identidade de um seguidor de Cristo? Não, assim como não posso me considerar marceneiro se não faço coisas próprias de um marceneiro, se não o for na prática! Seguem tópicos relevantes sobre o assunto em questão:
1º) Por que obedecer?
Repetindo um pouco do que já foi dito na introdução, falarei sobre os motivos a fazer da obediência algo necessário. Em primeiro lugar, a obediência promove a salvação eterna, partindo do ponto de que todo aquele que aceita a Cristo como Senhor e Salvador está aceitando, obedecendo, a vontade de Deus para a sua vida -Efésios 1:13. A questão que entra em atrito aqui vem na seqüência: você, uma vez salvo, ouvindo o chamado de Cristo, precisa manter-se em obediência para permanecer na situação de salvação?
O lado que diz que obedecer não é essencial trabalha com a predestinação, onde você não escolheu obedecer a Deus nenhuma vez, mas foi escolhido por Ele para ser salvo, aceitando-O sem opção, pelo simples fato de ter sido selecionado por Ele, o que, obviamente, não trata-se de obediência, trata-se de mero fatalismo -e não adianta argumentar o contrário com belas filosofias, pois a idéia é essa-, ou, se analisarmos de outro âmbito, todos obedecem a Deus, os escolhidos para fazer a Sua vontade, pois obedecem a condição lhes imposta pelo Pai, e os não-escolhidos, desagradando-O também em obediência a uma condição lhes imposta pelo Senhor. Os que pensam dessa forma precisam, então, questionar qual a necessidade de a Bíblia existir, se todo o processo de salvação ou condenação é mecânico, automático, instantâneo, promovido por Deus sem qualquer interferência humana, o que me é duro de aceitar, pois creio que O Criador nunca faz nada inútil e um manual de instruções, com ordens e condições sobre as quais não temos poder de aceitar ou discordar, já que estamos predispostos, ou não, pela escolha seletiva de Deus e Sua habitação voluntária na vida de uns poucos que Ele quer, e conseqüênte abandono irremediável daqueles que Ele não aceitou antes de -ou sem- dar-lhes chance alguma de escolher, acertar ou aceitar, a agradá-Lo ou desagradá-Lo. Os que pensam que somos salvos por fatalismo divino, repudiam toda a citação de salvação por obras -Efésios 2:8-9-, o que inclui a obediência, então não podemos ser salvos porque obedecemos ao Chamado ou aos posteriores critérios de Cristo, mas simplesmente porque Ele nos fez O obedecermos, de antemão nos salvando, anulando o livre-arbítrio presente em toda a Bíblia. Então, uma vez salvo, sempre salvo, independente do que faça ou não faça, pois tudo é "obra" e "obra" não salva, portanto, se estou salvo é porque fui Escolhido, verdade evidenciada pela obediência, e se não obedeço, não significa que perdi a salvação, mas simplesmente que não fui escolhido para ser salvo. Isso nos paralisa, nos deixa a mercê de um determinismo imutável e anula toda a necessidade de buscarmos, por vontade própria, a obediência -já que ela não influência em nada em nossa eternidade: ou queremos obedecer naturalmente porque estamos salvos, ou não queremos porque estamos condenados, não é algo que parte de nós, mas está gravado em nosso predestino. Então, se não obedeço, não estou salvo, mesmo que tenha me convertido seguindo o exemplo de Efésios 1:13. Tudo isso soa-me estranho!
O outro lado, porém, diz que a obediência, vinda voluntariamente de nós, é essencial tanto para a salvação, condizendo com a vontade de Deus, quanto para a perseverança nela -Hebreus 3:4-6; 2 Timóteo 3:14-15. A questão então é: como aliar salvação não comprada, mas dada pela Graça de Deus, sem obras, com a necessidade salvífica das obras, ambas expressas na Palavra? Ora, é simples, por mais que não pareça! Como não posso ignorar nenhum dos lados, já que a Bíblia, inspirada por Deus, é infalível, encontrei uma forma de conciliá-los, tomando da parte que trabalha com a necessidade das obras o livre arbítrio, a nossa ação voluntária e o desapego do dito determinismo fatalista e da parte que diz que as obras não servem para a salvação, a questão de que não se pode comprar, bajular, subornar Deus para adquirir favores, pois Ele vê o coração, a sinceridade -1 Samuel 16:7: sem Cristo não há salvação, sem Cristo não há nada que possamos fazer para agradar a Deus, pois somente O Filho, em Sua perfeição, pode agradar aO Perfeito Deus, portanto fica óbvia a inquestionável necessidade de aceitação da salvação e senhorio de Jesus e aceitá-Lo não é obra, pois se o fosse, a salvação após aceitá-Lo viria como o mérito, o salário merecido pelo trabalho, mas não o é, tratando-se de Graça imerecida, que recebemos ainda na posição de inimigos dO Pai, ainda imersos em trevas -João 14:6-, trata-se apenas de "abrir a porta" para Jesus, que está a bater -Apocalipse 3:20. Lembre-se de que Ele está batendo nas portas de todos -Mateus 22:9- e de que você não está "consumando uma obra" quando lhe abre a porta de sua vida, mas apenas aceitando a Sua presença, por isso o livre arbítrio combina bem com a Graça. Aqui, então, entra o ponto em questão, vide Tito 1:15-16:
"Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados. Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda a boa obra." 

O primeiro ponto a levarmos em conta está no verso 15: somente em Cristo podemos agradar a Deus naquilo que fazemos e, portanto, longe dEle, tudo o que de melhor venhamos a fazer não tem valor nenhum, pois somente Ele é suficiente para colocar-nos diante de Deus. O próprio Jesus disse ser a "porta" -João 10:7-, pela qual entramos sem merecimento algum, simplesmente porque, ainda impuros e inimigos dO Pai -Colossenses 1:21-, decidimos nos prostrar diante dEle e, entrando, pela Graça, finalmente somos colocados diante do Senhor, do Deus Pai, e é agora que a obediência em obras pode agradá-Lo, já que é a perfeição de Seu Filho que está agindo em nós. O Espírito Santo, então, nos habita, capacitando-nos para as boas obras, mas não nos obrigando a consumá-las, cabendo a nós, reconhecendo o estímulo que o Espírito de Deus nos põe e a vontade dO Pai -seja a Sua vontade universal, explícita em conceitos bíblicos, seja a Sua vontade específica, revelada diretamente para nós e em relação ao que Deus quer em e com nossas vidas-, a realização delas. Pelo livre arbítrio escolhemos agradar ou desagradar a Deus, isso depois de salvos pela Graça. É aqui que entra o segundo ponto da passagem de Tito: colocados diante dO Pai por meio de Cristo, decidimos, pelas obras, se permaneceremos ou não nessa posição - a "Porta Estreita" é Jesus, mas o "Caminho Apertado", que vem depois, somos nós que trilhamos pela obediência, Mateus 7:14. 2 Crônicas 15:2 expressa uma verdade eterna que parece inquestionável: "O SENHOR está convosco, enquanto vós estais com ele, e, se o buscardes, o achareis; porém, se o deixardes, (Ele) vos deixará." Com isso podemos concluir que a obediência, compreendida no ardente amor -voluntário- por Deus -Marcos 12:30-, no auxílio aos necessitados -Tiago 1:27; Mateus 10:8-, no evangelismo -Mateus 10:27-, na ousadia perante o Mal -Mateus 10:22- e na busca por santidade -Mateus 5:8; 1 Coríntios 6:10-, fazem-nos perseverar no caminho salvífico -João 15:1-6- onde entramos por intermédio de Cristo - vale lembrar que estamos salvos desde o momento em que nos entregamos a Jesus e a obediência, que vem na seqüência, não garantirá nada além do que já temos, porém a sua ausência, segundo as condições em que nos encontramos -Lucas 12:48-, pode resultar na condenação, 2 Pedro 2:21-22; Hebreus 6:4-6. *Mais sobre isso, leia: "Evidente", "Pedindo pra morrer" e "Anticristianismo cristão". Assim como a justiça de Deus pune a impiedade com juízo, galardoa a obediência com bênçãos, sejam terrenas ou eternas.

2º) A Natureza da Obediência
Segue o esboço de uma pregação minha sobre o assunto:

Obediência
Na perspectiva de Noé 
1ª Parte
Obediência:
Ato ou efeito de obedecer; submissão à autoridade legítima; sujeição; disposição para obedecer; hábito de obedecer; autoridade, domínio; dependência.

Na Bíblia:
Submissão incondicional à vontade de Deus.
Mitos sobre obediência cristã:
É fácil, revogável, descartável, negociável, descontínuo. “Deus, sendo bom, não nos exigiria sofrimento, luta, esforço, basta pedir em oração que todas as bênçãos de prosperidade cairão do céu.”

A verdade sobre Deus:
Ele não é bobo, não quer filhos interesseiros e mimados, usa de dificuldades para que venhamos a depender dEle, nos fortalecer e lapidar, valorizar o que temos, valorizá-Lo. Pela dor e entrega vencemos a carne, o pecado.
2ª Parte
Mundo em caos –Gênesis 6:5-; Deus precisa julgar -7-; um pedido para um homem justo -13-17. 

1º- Exige mudança, entrega, abrir mão

-Noé tinha mais de quinhentos anos -5:32-, portanto, teria que abrir mão de sua rotina de séculos –hábitos, prazeres, serviços costumeiros.

-Noé teria que trabalhar em algo totalmente novo, abrindo mão do comodismo.

-Noé também abriu mão do mais belo que tinha em suas propriedades, tendo de tornar lenha a cobertura vegetal que ele mesmo preservava por séculos.

-Noé poderia argumentar com Deus: “Mas eu já planejo há anos fazer “tal” coisa...”; “Eu tenho outra idéia...”
2º- Exige coragem e iniciativa

-Noé poderia, nos muitos anos que imaginava que teria para trabalhar, procrastinar o serviço.

-Teve que ter coragem para ser diferente de todos os demais, abrindo mão de sua reputação, sendo tido por louco.

-Coragem e iniciativa para começar um serviço descomunal, sabendo das dificuldades vindouras – a Arca teria (+ -) 150x25x15m = 40.500m³ de volume e 40.000m² de área somando os 3 pisos, suficiente, com sobra, para 120 mil animais do tamanho de uma ovelha.

-Se tivesse tido medo da reação da família, do povo e adiado o início da obra, por comodismo, não teria saído do lugar.
3º- Exige continuidade

-Uma vez iniciado o imenso trabalho, Noé só obteria êxito indo até o fim – um barco só navega quando concluído.

-Noé poderia ter tirado férias no meio da obra e desistido de continuar ou atrasado mortalmente todo o processo. Mas não o fez.

-Se o trabalho fosse realizado de pouco em pouco, a parte final seria concluída quando a parte inicial já estivesse totalmente apodrecida.

-A pausa poderia promover a tentação de desistir, visando o conforto ou a manutenção dos laços com o restante da sociedade.
4º- Exige zelo, qualidade

-Noé poderia ter levado essa ordem difícil como uma difícil obrigação e feito de qualquer jeito.

-Deus exigia qualidade não simplesmente para agradá-Lo, mas por amor à vida dos tripulantes de uma arca firme.

-Noé, por comodismo, poderia ter feito um serviço ruim, mas isso custaria a sua própria vida – e a de sua família.
5º- É cansativo, árduo, demanda esforço e tempo

-Noé, vendo a dimensão da obra, poderia questionar: “Eu, que sou um homem justo, por que tenho que sofrer? Por que tenho que passar por isso? Por que Deus não envia ímpios ao meu serviço para fazê-lo?!” Afinal, teria que cortar, trabalhar, encaixar e pregar a madeira, além de impermeabilizá-la, isso sem contar a estocagem de alimentos e outros muitos detalhes.

-Noé poderia argumentar: “Eu sou um homem muito velho para isso, delegue para outro mais jovem do que eu. Além disso, pouco entendo sobre embarcações.” –Deus não torna dispostos os capazes, mas capacita os dispostos.

-Temendo o serviço doloroso e a posterior temporada com milhares de animais “fedorentos e barulhentos”, poderia procurar argumentos para não trabalhar: “Eu estou velho, talvez ficando louco. Não foi Deus quem me pediu, tudo não passou de viagem da minha cabeça, de insobriedade minha. Os outros tem razão.”
6º- Gera vida em nós e para os outros

-Nós só estamos aqui hoje por causa da obediência de Noé, que garantiu a própria vida, a vida de sua família, de toda a fauna animal e de toda a humanidade, culminando, inclusive, em Cristo.

-Noé poderia ter pensado: “Eu já tenho meio milênio de vida, não vou durar mais muitos séculos, então vou fingir que não ouvi nada de Deus e aproveitar ao máximo meus últimos anos até o Dilúvio, pois, de qualquer forma, não vou mais muito longe.” Ainda bem que ele dedicou sua vida pela vida dos outros.

-Noé tinha em suas mãos o poder para matar ou promover a vida.

-A omissão gera atraso e até morte para si e para os outros.
6.1º- Deus exige obediência para o nosso próprio bem

Imagine essa cena: um dia de manhã você recebe uma carta de Deus dizendo: “O monstro chamado Pecado está aniquilando o mundo inteiro, sua influência já penetrou o coração de quase todos levando a humanidade ao caos. Eu preciso acabar com o Pecado, para as coisas voltarem ao normal e, para tal, vou destruir esse mundo, pois ele já se vê mergulhado no influência pecaminosa. Se você aceitar receber a marca de meu Filho e passar a lutar contra o Pecado, tornando-se diferente dele, será resgatado e retirado desse mundo quando meu Filho lhes visitar. Isso te exigirá esforço, persistência e o abrir mão de ti mesmo, de pessoas, de coisas e projetos pessoais. Você decide: obediência, para que Eu possa salvá-lo, ou desobediência, para que Eu me obrigue a destruí-lo juntamente com o Pecado, que será teu dono.”

-Nosso mundo hoje parece estar no limiar do caos, da destruição e Deus está perdendo a paciência. O que Ele te pede para fazer, assim como pediu para Noé, é cooperar com a tua própria vida e com a vida dos outros. Não se tratam de caprichos e vaidades.
7º- Cada um deve fazer a sua parte

-Noé não teria conseguido sozinho, pois tratava-se de cortar, trabalhar, tratar e estruturar a madeira, além de todo o planejamento e logística. 

-Os filhos de Noé certamente ajudaram no serviço –v 18-, uns lenhando, outros carregando, outros erguendo e encaixando as vigas. As mulheres certamente cuidaram das vestes e da alimentação.

-No meio do Dilúvio somente com o trabalho em equipe, numa divisão de tarefas eficiente, poderia esse número reduzido de tripulantes alimentar e tratar todos os animais e a si mesmos e ainda promover a manutenção da embarcação.
8º- O fruto pode ser póstumo

-Se vivemos para os outros, a nossa obediência pode resultar em vida para tais, mas não necessariamente para nós.

-Logo após o Dilúvio, Noé se viu tão infeliz que embebedou-se – Gn 9:20-23 – o mundo pós-diluviano era cinzento, lamacento, frio e desprovido de belos bosques e exuberante fauna, por isso, depressivo.

-Não há relatos de que a vida de Noé fora mais feliz depois do Dilúvio. Nos seus 350 anos pós-diluvianos, num mundo vazio e inóspito, provavelmente sofreu muito, mas o resultado de sua obediência veio com o passar de milênios, onde temos Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Davi, Jesus... Nós.

-A obediência de Noé o levou a uma espécie de sacrifício em prol dos outros.
9º- O real prêmio é eterno

-Noé morreu sem ver o resultado de sua obediência, mas certamente no Céu foi grandemente recompensando.

-Apocalipse 2:10 - "Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida." 

-1 Coríntios 3:13-14 - "A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão."

-Você obedece a Deus por interesse? De modo condicional?!
Lembre-se:

-Deus usa de problemas e desafios para te fazer crescer.

-Se Deus quer te dar pães, ou se você os pedir, após lhe dar os grãos, provavelmente te fará limpar e arar o solo, semear o trigo, protegê-lo, colhê-lo, moê-lo, torná-lo massa e da massa fazer o pão, no forno que você construir e com o fogo que você ascender e alimentar, pois o processo gera mais frutos do que o produto.

-Se Deus quer que você dê pão a alguém, não o fará cair do céu diante de ti, mas te cobrará dos recursos que Ele mesmo te deu, exigindo o teu serviço.

-O obediência no pouco, na vontade universal de Deus –Bíblia- te fará saber a vontade específica dO Pai pra tua vida. Obedecendo no pouco, você será colocado para obedecer em questões mais difíceis e assim por diante. É uma jornada.

Em resumo: abrir mão - iniciativa - coragem - continuidade - zelo - esforço. Gera vida - exige cooperação - pode ser esforço “Ingrato” - reflete na eternidade - é uma jornada.
3º) Como proceder

Como ponto de término da reflexão, colocarei na íntegra o esboço de um estudo que dei em um encontro de jovens durante o ano que cursei teologia em Gramado, sobre parâmetros bíblicos, em relação ao que fazemos, para identificar a voz de Deus e a voz do "mundo".

Um só caminho, uma só salvação. Ou a ovelha escuta a voz de Cristo e o segue, ou não escuta e não o segue. Não existe meio termo, não existe alternativa, não existe escapatória, ou é céu ou é inferno, ou é Deus ou é Satanás. A Bíblia é muito, muito clara quanto a isso – passagens: Mateus 7:13-14; 7:24 e 26; 12:30.

Só existe um caminho para Deus, que é a santidade depois de uma entrega a Cristo. Mas como identificar a voz de Deus nesse mundo barulhento? Há várias passagens bíblicas que nos dão bom fundamento sobre isso. O que é de Deus? O que não é de Deus? O que posso fazer? O que não posso fazer? 
Realmente é perigoso sermos curiosos e arriscarmos, pois, ouvindo a voz de Satanás, poderemos vir a cair, portanto, é bom levarmos em conta alguns conceitos Bíblicos. 2 Coríntios 11:14.

- Antes de tudo, devemos entender que não somos de aço, indestrutíveis, e que Deus não irá nos proteger das conseqüências de nossos próprios atos e escolhas. 1 Coríntios 10:12; Jeremias 17:9.
- Temos liberdade de escolha e ação, mas se escolhermos errado, colheremos os resultados do pecado. Gálatas 6:7.
- Temos liberdade de escolha e ação -1 Coríntios 10:25-27; Atos 10:9-16-, mas Deus quer continuar sendo O Primeiro em nossas vidas, O ÚNICO SENHOR, a quem dedicamos toda a nossa devoção e amor. Se algo O tira da posição de supremacia em nós, então é satânico. Mateus 6:24.
- Temos liberdade de ação e escolha, mas é pecado tudo o que nos destruir ou destruir o próximo, o que evidencia falta de amor. Também inclui-se aqui tudo o que nos vicia e tira o predomínio de Deus em nós. 1 Coríntios 6:12 e 10:23 -> Salmos 1:2.
- Nós temos liberdade de gostar e fazer, mas tudo o que escandalizar os próximos e que puder fazer-lhes cair, deve ser evitado. Mateus 18:6; 1 Coríntios 10:28-29 e 32.
- Olhe o fruto social daquilo que está pendendo a gostar, pois o fruto evidencia a árvore e se o fruto for maligno, provavelmente a árvore é Satanás, ou o homem, caído. Mateus 7:17-20.
- A boca fala daquilo que está cheio o coração – Lucas 6:45-, o justo não aceita o conselhos dos ímpios – Salmos 1:1-, logo, aquilo que evidencia mau caráter, deve ser descartado - 1 Coríntios 10:20-22.
Finalizando: nós temos liberdade de escolher e agir, mas tudo o que ferir os Dois Maiores Mandamentos não deve entrar em cogitação. Mateus 22:37-39.
- Nosso dever nesse mundo é disseminar o Evangelho, essa é a prioridade. Tudo o que ferir esse princípio é ruim. 1 Coríntios 10:33.
- Nós não devemos nos conformar com o padrão desse mundo, que jaz do Maligno, logo, tudo o que for padrão mundano, deve ser questionado. Nós devemos ser diferentes dos mundanos, sal e luz! Romanos 12:2, 11 e 21 e Mateus 5:13-16.
Pergunte-se: "Onde está o meu tesouro?" Mateus 6:19-22. "Busco em primeiro lugar o Reino de Deus?" Mateus 6:33.

Conclusão:

Aqui concluo a postagem, esperando ter esclarecido alguns pontos determinantes sobre aquele que é um dos assuntos mais pertinentes da fé cristã: essencial para a salvação, exige esforço e entrega, sempre gera vida e não vem como ritual ou mera obrigação, mas fruto da lógica, baseada na liberdade - sim, a obediência a Deus liberta, pois passamos a ter opção de dizer "não" aos anseios carnais, podemos escolher pelo diferente, sermos diferentes, nos tornarmos oposição voluntária do "mundo", vide João 8:32.
Natanael Castoldi

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Um comentário:

  1. Ei Natanael veja este site abaixo:

    www.TrumpetCallofGodOnline.com (este site está em inglês são As Cartas o de português e o logo abaixo)
    www.ATrombetaTemSoado.blogspot.com

    É A Palavra dO Senhor Falada para esta Geração Moderna!

    Apenas Compartilhando contigo! :)

    Deus te Abençoe! Shalom Aleichem!

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