De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ciclo

Continuando no clima da Grande Guerra que se desenrola nesse mundo desde tempos remotos, vou falar dos períodos de calmaria, do silêncio sempre presente após a retumbante tempestade. O Senhor dos Exércitos chamou-nos para a batalha, mas não permitirá que fiquemos em demasia exaustos e desgastados. Lutamos apenas uma batalha de cada vez e, quando a certa vitória chega, nossa fé e nosso esforço são recompensados com um merecido descanso, quando despojamos dos frutos do último conflito. Salmos 23:2 é muito inspirador e nos remete a isso! -Segue a música sugerida-
Analisando, mais uma vez, a história dO Senhor dos Anéis, decididamente embasada no cristianismo, pude perceber um paralelo bacana com a mensagem que quero passar. Ao longo da história se percebem duas "águas de descanso", dois momentos essenciais para as personagens, que, talvez, sejam alguns dos mais importantes e insubstituíveis momentos do romance. São as casas dos elfos, Valfenda e Lothlórien.
A importância de Valfenda é óbvia. Foi lá o primeiro paradeiro seguro para o Um Anel e para Frodo, onde, na paz local, puderam raciocinar devidamente e planejar como fariam para destruir o Anel. Aproveitando o silêncio, continuaram se fortalecendo e almejando a desturição do Mal. Foi ali, também, que Frodo pôde respirar depois de sua primeira grande batalha após iniciar a empreitada do Um, ali que recebeu a espada Ferroada e a cota de mitrhil, que foram extremamente úteis nas batalhas que seguiram. Foi ali que Frodo teve certeza de sua missão e, também, uniu-se com guerreiros formidáveis que o auxiliariam no que viria ela frente.Lothlórien tem um papel um pouco diferente, é um divisor de águas já dentro do conflito. Nessa altura tudo já está planejado, basta prosseguir... E como é difícil manter a disciplina e marchar para a destruição do Mal! Enfrentar a tentação que o Um fomenta nos membros da comitiva, desafiar as alturas gélidas e as profundezas da terra, com seus demônios caóticos e sedentos. Enfrentar um inimigo decidido a evitar que o Mal se destrua é uma tarefa árdua. Lothlórien serve como um consolo, alguns momentos de refrigério após traumatizantes perdas. Ali, na eminência da verdadeira guerra que estava para eclodir, os membros da comitiva recebem alguns presentes, cada um segundo sua habilidade mais marcante, o que é decisivo para a vitória.Gandalf foi uma das traumatizantes perdas a serem consoladas em Lothlórien. Enquanto os companheiros descansam, ele enfrentava sua batalha particular, mergulhado nas trevas de um abismo profundo. Ali desafiou o Balrog. Ali ele o venceu, sim, mas caiu desfalecido......Para reaparecer logo mais, com os despojos do conflito que travou. Se via honrado, trajado de branco, com o poder ampliado. O aprimoramento e amadurecimento é o mínimo que a mais dura batalha pode trazer!
No final do livro 3, há o descanso definitivo. Após destruído o Mal, Frodo, seu tio Bilbo e Gandalf recebem uma honraria élfica: são convidados para navegar em direção às Terras Imortais e jamais perecer. Deixam para trás o legado inegável da batalha descomunal que venceram.
Creio que há muito o que aprender com o que fora dito. Em nossa vida de batalhas seguidamente adentramos as terras seguras, "Valfenda ou Lothlórien", cada qual essencial em relação ao tipo de conflito que travamos e aquilo que nosso emocional necessita para se restabelecer com mais força. O problema é que, às vezes, achamos tão agradáveis os ares do refúgio em que nos abrigamos que desistimos da vida de guerra que fomos feitos para seguir e ficamos ali, sugando da boa vontade de Deus. Deus não é bobo!! Se isso tivesse acontecido nO Senhor dos Anéis, o Mal teria vencido, pois, enquanto os heróis estivessem dormindo, ele cresceria sem paralelo e, rapidamente, dominaria tudo, atingindo, por fim, os preguiçosos, já sem saída, aprisionados com o cerco oponente.
Eu mesmo, na calmaria, muitas vezes acabo me aconchegando em demasia, até que o Inimigo vem ao meu encontro, e, com o susto, retomo a caminhada, fazendo o que é certo: novamente atacando as trevas e não o inverso. Essa minha memória fraca... Que vergonha! Ainda bem que ultimamente tem sido diferente!

Se Deus te permitiu lutar uma batalha, Ele tem um objetivo com isso! Teu crescimento, teu fortalecimento... E Ele não quer que tu te fortaleça para, depois de vencida tal batalha, deitar numa grande almofada e viver o resto de teus dias engordando. Pra isso o Pai jamais iria te fortalecer! Ele te fortalece para te possibilitar o enfrentar de batalhas ainda maiores! -Batalhas maiores proporcionam uma retribuição proporcionalmente grande.
As 'águas de descanso' não são o presente definitivo de Deus pra ti, teu paradeiro final nesse mundo, local onde tu deva construir uma casinha de campo e envelhecer. Não!! São tempos destinados para o fortalecimento, para maquinar estratégias, alimentar-se e nutrir-se, afim de ser ainda mais destrutivo na próxima batalha contra o Maligno. Teu grande presente será o Paraíso Eterno, após a morte terrena. Aqui, na curta estadia, tu vive uma verdadeira saga!
Se Deus envia pessoas para te orientar, se Deus te dá armamentos novos e dons especiais quando tu descansa diante do córrego cristalino, não é para ficar de papo ou praticar tiro-ao-alvo até o fim dos teus dias. Deus não te dá a espada e a armadura para que enferrujem! Se tua indumentária de guerreiro ficar atirada num canto, traças e ratos logo darão conta dela... ou salteadores aparecerão nas trevas da noite e, saqueando tua cabana de campo, levarão teu armamento. Despido tu nada poderá fazer para se defender. Isso acontece com muitos cristãos, tornam-se escravos do Malingo, que requisita a propriedade indefesa e toma-a como seu território.
Ora, Os Decaídos sempre foram territoriais. Veja bem: existem várias castas entre eles, varias funções, inclusive. Algumas mais compatíveis com determinado grupo cultural humano. Eu creio que, para expandirem-se no mundo que se passou, enviaram seus escravos carnais para guerras, afim de ampliar suas terras e seus domínios, onde haveriam subordinados seus, conseqüentemente haveriam moradias para eles, já que os demônios consideram os incrédulos como sendo suas casas. Hoje não é tão diferente. Ataques intelectuais ocorrem a todo instante. Se você estiver dormindo há muito tempo... Logo esses ataques surtirão efeito, não havendo armadura para se defender deles, e você entrará no território das grandes postestades e principados que dividem esse mundo em verdadeiros impérios, indo além das fronteiras nacionais. Não será muito mais do que uma tenda para os demônios acamparem em meio às suas campanhas militares.
Pense nisso: até a Vitória Final de Deus, a tua vida compreenderá uma espécie de ciclo. Os dias de batalha são parte do ciclo, assim como os de descanso. Sempre após a batalha há o merecido refrigério, sempre após o refrigério há a batalha! Desanimador? Jamais! Tua eternidade está em jogo! A eternidade de bilhões de homens depende da disposição desses poucos que ainda lutam pela Causa! Pense, analise a importância que tem a salvação eterna de uma unica alma humana, a honra que tu receberá e o presente que tu estará levando para o que salvar. Sem esquecer que esse que for salvo, fazendo parte dO Exército, poderá salvar outros tantos e aumentar significativamente essa corrente que se mantém desde os dias de Adão, ligada diretamente ao Pai e que terminará nEle, logo mais.
Natanael Castoldi

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2 comentários:

  1. O Senhor dos Anéis é uma mina de ouro, mesmo! xP
    Bacana a divagação! Eu absolutamente não tinha pensado nisso. Muito bom!

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  2. DE fato! O SDA já se tornou material de estudo pra mim HAUAHUAHAU
    Vlw mesmo!!!! Fico muito feliz com o comentário construtivo!

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