De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Simplesmente incontestável

Há poucas horas postei o artigo "Paradigmas" e, surpreendentemente, meu pai acabou publicando no mesmo dia um artigo de tema semelhante, que pretendo divulgar nessa postagem. Boa leitura!
Natanael Pedro Castoldi

O PAPEL DA IGREJA

“Jesus, aproximando-se falou-lhes, dizendo: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século”. Essas são as últimas palavras registradas no Evangelho de Mateus. (Mateus. 28.18-20)
Os primeiros discípulos entenderam claramente a ordem de Jesus. Quatro realidades deveriam impregnar a consciência deles: 1º) A tarefa que haviam recebido estava  claramente definida; 2º) A autoridade que estavam recebendo era delegada; 3º) Mesmo que já não estaria fisicamente presente, eles poderiam contar constantemente com a presença real de Jesus.   Por isso o Evangelho de Marcos, vai um pouco além e termina assim: “De fato, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à destra de Deus. E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam”. (Marcos 16.19-20)
Quando lemos o livro de Atos dos Apóstolos, ficamos impressionados com a clareza de foco que a Igreja Primitiva possuía. Jesus, o messias prometido, o salvador do mundo viera. Sua vida, suas obras, sua morte, sua ressurreição, sua ascensão, a vinda do Espírito Santo operando visivelmente em suas próprias vidas, constituía-se no conjunto de provas incontestáveis que levariam fé e consequente salvação a inumeráveis multidões de pessoas.
Mas outro aspecto que não podemos deixar de considerar,  é que Jesus deixou essa grande comissão na mão dos homens. Assim como o Pai fizera no jardim do Éden,  Jesus agora fazia o mesmo. Cheios do poder do Espírito Santo, os homens cumpririam, sim sua nova missão. Mas eu e você sabemos como são os homens. Nossa conduta diária deixa exposto o quanto somos contraditórios e instáveis. As circunstâncias que se nos apresentam provam constantemente nossa suscetibilidade ao pecado. É essa duplicidade do nosso ser que até hoje compromete a obra de Deus. E, sempre que a Igreja se fundiu ou confundiu com o poder político, então o estrago foi ainda maior.  
Por isso hoje, quando o ateísmo e o liberalismo moral tentam pulverizar todos os valores da herança cristã, usam como argumento essas contradições encontradas ao longo da história da Igreja. E, quando os seus argumentos são legítimos, como muitos deles são, há uma só causa: Os homens que fizeram-se representantes de Deus, desviaram-se da sua missão, perderam o foco, desconsideraram que sua autoridade era delegada, abdicaram do poder do Espírito Santo e passaram a agir pelo poder humano e muitas vezes até diabólico. 
De tempos em tempos parece que a Igreja se depara com o mesmo impasse: Ou ela retorna à sua missão original, cumprindo a Grande Comissão que recebeu  do Senhor Jesus, ou irá se desviar em caminhos secundários e perder sua relevância.
No domingo passado recebemos um casal de missionários de Havana, Cuba. O testemunho deles nos impactou profundamente. Sim, pois em Cuba os cristãos  não têm as “mordomias” que temos aqui. As condições de vida por lá são precárias para a grande maioria da população. E, em razão do regime político, o espaço de atuação da Igreja é  extremamente limitado. O que eles fazem então? Pregam o Evangelho puro e simples. E, como na Igreja Primitiva, eles nos relataram coisas as extraordinários que Deus está realizando entre eles. Sem muitas alternativas, eles simplesmente se ocupam em praticar  o amor fraternal,  evangelizar e fazer discípulos. O restante, Deus tem feito.  
Prezado leitor: Se você é um cristão sincero, não corra atrás de fantasias; não se deixe levar por toda novidade que surge por aí. Simplifique, e Deus será contigo.
JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!
Pr. Armando Castoldi

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Paradigmas

"Paradigma" se resume no sistema de princípios e ideias que serve para orientar a busca de conhecimento do indivíduo, como um mapa, dizendo-lhe no que acreditar, o que questionar e como obter as respostas para as suas dúvidas. Em todas as esferas do conhecimento humano e em todo o tipo de cultura e ideologia, há um paradigma dominante, que supera e inibe novas percepções ou teorias - na maioria dos casos, o paradigma ensina o indivíduo a questionar todas as ideologias e percepções que entrem em desacordo com o consenso, mas quase nunca o estimula a verificar a razoabilidade do próprio paradigma, como se o mesmo fosse uma inquestionável e irredutível verdade. O fato é que o paradigma, quase sempre, exclui, deturpa ou censura a ameaça, a verdade que o denigre ou ofende, militando por um comportamento de mente-fechada, de andar tendencioso e parcial, não exortando para uma busca sincera pela Verdade, seja ela inconveniente ou não, mas predefinindo o que é "verdadeiro" e conveniente e, através da meta, do fim, forçar os meios, as formas, impondo viseiras, rédeas, cordas e correntes, levando ao andar por uma trilha cercada de paredões intransponíveis, que obrigam o indivíduo a seguir do modo desejado e para onde o "paradigma" quer que ele vá.
Alguns exemplos de paradigmas são: a Teoria da Evolução, nos ramos científicos, o marxismo, nas ciências sociais do mundo acadêmico, o "Politicamente Correto", nas veredas morais, a tradição católica (um mapa definido pela História), a teologia reformada (especialmente a questão da Predestinação) e o movimento pentecostal (o "falar em Línguas", por exemplo), nos átrios da Igreja. É claro que "Paradigma" não é, necessariamente, algo ruim, uma vez que padrões de conduta, métodos de busca e cercados ideológicos, podem ser obtidos através da tentativa e erro ou com base em experiências iniciais fortíssimas e inquestionáveis, de modo que o mapa serve para se evitar a falta e o sofrimento, porém a abertura para o questionamento e a análise deve ser dada, sem culminar em exclusão, a todos os pensadores, a todos os seres humanos, uma vez que aquilo que os antigos definiram pode ter sido fruto de noções e perspectivas do momento; uma vez que as experiências espirituais podem ter como base apenas a ação do Espírito Santo de determinado modo em um indivíduo específico e uma vez que determinadas teologias podem ter como base o histórico de vida do teólogo e o seu contexto cultural e histórico. É igualmente sabido que teorias naturalistas podem ter se fundamentado no desconhecimento de determinado período histórico e bandeiras políticas podem ter sido hasteadas mediante períodos de desordenada transição - é reconhecido que o início da Revolução Industrial, por exemplo, foi caótico, pois houve uma explosão populacional, grande êxodo rural e um misto da mentalidade do antigo sistema econômico com o novo, coisa que, em um punhado de décadas, foi satisfatoriamente resolvida. Todos nós nascemos envoltos em paradigmas, já inseridos em vários deles, segundo nossos pais almejaram ou o ambiente que nos cerca de antemão definiu, de modo que, aquele que não se interessar em refletir sobre a veracidade e coerência das "verdades" que o cercam, simplesmente seguirá inerte a corrente, mudando de cosmovisão somente decorrência do interesse social e/ou familiar. Devemos, sim, questionar e entender se os paradigmas nos quais estamos inseridos são dignos ou não de aceitação.
Os seres humanos e seus pontos de vista: o problema em analisar e ter a minha perspectiva como definição para o que é verdadeiro está no fato de que eu nunca, jamais, conseguirei ver as coisas por completo, fazer uma análise coerente e coesa, unindo todas a peças e possibilidades, pois a minha personalidade, o meu histórico de vida, as influências derredores e outros diversos aspectos, já me configuraram emocional e intelectualmente para discernir e engolir apenas determinadas coisas e de determinados modos - ninguém é totalmente imparcial e mente-aberta, por mais que tenha sinceras intenções de sê-lo. O desânimo pode levar ao relativismo, que também depende de um paradigma filosófico para ganhar força - o pior é que não se consegue encontrar um paradigma suficientemente eficaz para unir numa coerente cosmovisão os paradigmas religiosos, científicos, morais e políticos, havendo severas dissenções dentro de cada esfera e entre elas. Parece não haver uma verdade única.
Noutro dia, enquanto estava numa das cadeiras da graduação em psicologia, observei o reflexo das lâmpadas do teto na tampa do meu notebook, que é polida e ligeiramente cuva nas bordas: conforme eu movimentava os meus olhos na direção das bordas, as lâmpadas mudavam de lugar, se comprimiam, se esticavam, se afastavam ou aproximavam - é claro que eu já conhecia esse fenômeno, mas dentro do tema "paradigma" refleti melhor sobre ele. De qualquer lugar que eu observasse, qualquer centímetro longe ou para os lados, veria os reflexos de uma forma diferente - e qualquer pessoa, a menos que estivesse exatamente no mesmo lugar que eu e fosse da minha altura, veria o reflexo de uma maneira particular. A luz das lâmpadas estava no todo, mas eu só era capaz de discernir uma forma e um local de reflexo por vez, nunca podendo unir numa mesma imagem todas as possibilidades e analisar a questão segundo aquilo que ela integralmente é, pois eu sou limitado mental e fisicamente. Três eram os absolutos: havia lâmpadas, havia luz e havia reflexo no meu notebook, o mais, porém, estava suscetível aos mais variados pontos de vista - havendo uma óbvia exclusão de qualquer ideia que pregasse não existir lâmpada, nem luz e nem notebook. A análise da História do Mundo, o pensamento filosófico, a observação científica, a bandeira política... tudo é vislumbrado, pelo menos em parte, do ponto de vista exclusivo e sem paralelo do indivíduo. Qualquer cientista que observa uma folha vai afirmar que aquilo é, absolutamente, uma folha, porém a sua interpretação do cenário vai depender de onde ele observa: um pode ver a folha enquanto está próximo do desenho de um esquema evolutivo e outro pode observá-la estando ao lado de uma Bíblia - quem está inteiramente certo e inteiramente errado, só com base nisso não podemos saber, pois, embora o paradigma dominante de antemão exclua o segundo, não existem evidências suficientes nem para sustentar a perspectiva do primeiro.
Existem absolutos: o paradigma existe apenas porque o ser humano, como observador do Universo, se interessa em interpretá-lo e, assim, cada interpretação discrepante, constitui um paradigma. Mas a natureza, por si só, é imparcial - ela existe e acontece, independentemente de qualquer interpretação. A força da gravidade na Terra não depende de interpretação, ela é e acontece; a existência do frio e do calor não é passível de interpretação, pois simplesmente é e acontece; a Lei da Causa-e-Efeito, em termos gerais, não é passível de interpretação: as coisas que surgem são frutos de uma causa maior (em diversos sentidos) do que elas. Existem absolutos: o elemento se desgasta com o tempo, de modo que o Universo material não pode, por si só, ser eterno e, portanto, em sua configuração atual, deve ter tido uma origem, um princípio. Conforme se observa pelo afastamento das galáxias, esse princípio do Universo se deu num lugar específico, num momento específico e de uma só maneira. Esses são absolutos - a observação crua da natureza nos aponta, indiscutivelmente, para isso. Podemos não saber as formas, os meios, mas podemos ter certeza absoluta do "onde" e, com base nisso, sugerir o "fim" - podemos afirmar que as coisas se originaram um dia com a mesma certeza que temos de nossa existência, do fato de eu estar aqui escrevendo e do fato de você estar, nesse exato momento, lendo esse artigo.
Outros absolutos são: as coisas nascem e morrem, todas elas, os seres vivos só surgem de um outros seres vivos, todos os seres vivos se alimentam de alguma forma... Como podemos ter certeza dessas coisas, mesmo sendo ofuscados por nossos paradigmas? Todas as pessoas sãs, independentemente de seus históricos de vida, de suas configurações mental, física e emocional, de seus contextos, entram em consenso indiscutível com base na crua observação e na experiência de vida. Se as coisas surgiram de um único lugar e de uma só maneira inicial, então existe uma Verdade Absoluta, embasada no andamento das coisas desde antes das Origens, Verdade essa que compreende todas as pequenas verdades observadas, de modo que o que é verdadeiro não é relativo, é preexistente, atemporal e maior do que todas as coisas verdadeiras juntas, pois engloba todas as verdades numa só Verdade Absoluta - o que é relativo é o nosso limitadíssimo ponto de vista. Sendo assim, ninguém deve se lançar cegamente em nada que nenhum ser humano tenha pensado (nem nesse artigo) sem questionar, ninguém deve ter como verdade inquestionável nada que parta da mente humana comum - creio eu que, em algum momento da vida, toda pessoa deva sentar e refletir, tentando banir momentaneamente tudo aquilo que simplesmente foi incutido em sua mente e reanalisar todas as coisas. 
Talvez uma das mais seguras fontes da Verdade está na imparcial natureza: o que os seres humanos, desde os tempos mais remotos e primitivos, já incutiam em suas mentes? O que, por natureza instintiva, os seres humanos já consideravam, mesmo que inconscientemente, verdadeiro? Por dezenas de milênios, ou mais (dependendo de quando o ser humano surgiu), a ideia de um mundo espiritual acompanhou-nos: todos os povos, de todos os cantos do mundo e de todas as épocas nutriram uma crença espiritual - nenhum esforço humano pode ser comparado ao esforço religioso. Pouquíssimas pessoas podem ser consideradas realmente ateístas, pouquíssimas, pois mesmo a maioria dos nominados "ateus" crê em algo além do natural e se esforça tremendamente, com base na razão, para tentar afastar de si o instinto, a propensão genética, histórica e cultural, mais do que multimilenar, de uma fé no Desconhecido. O maior problema para o cético é que não se observa nenhuma fonte natural para os "genes divinos" incutidos em nós e que nos incentivam a procurar por algo espiritual, de modo que tal particularidade humana parece ter sido simplesmente colocada em nós. Talvez afirmar que o próprio Sobrenatural o colocou em nós não seja interpretação, uma vez que é verdade absoluta que as coisas que existem não surgem, simplesmente, do nada. O que não é interpretação é que o ser humano, na absoluta maioria, crê em algum ser espiritual. Simples e, assim como a força da gravidade, fruto da imparcial natureza.
Ora, por que mesmo entendemos determinadas questões como verdades inquestionáveis? Observação crua e experiência. Gostaria, então, de fazer uma pergunta: o ser humano é um ser racional e a razão é a força mais eficaz para o controle de nossas vontades ou propensões, de modo que, mesmo havendo influência genética para a crença no divino, sem nenhuma experiência sobrenatural genuína ao longo da História, algo observado e sentido, em nome da coerência, o ateísmo teria crescido exponencialmente há um punhado de milênios. O fato é que coisas inexplicáveis acontecem diariamente, em todo o tipo de ritual religioso, nos quatro cantos do mundo, em todos os povos e de todos os tempos, o que sustenta racional e emocionalmente a perene e universal crença no sobrenatural - só truques, frenesis e ignorância, só emoção e manipulação, não seriam capazes de manter o ser humano de todo o mundo alinhado há dezenas de milênios nas veredas religiosas. Quando o cético diz que é "Deus não existe e isso é inquestionável", ele o está fazendo com base em seu esforço intelectual de não crer, está se baseando na sua falta de experiência e observação da realidade que despreza e repetindo o discurso doutras pessoas, totalmente limitado pelo paradigma que protege a sua descrença. A maioria absoluta crê no espiritual, isso é absoluto - paradigma é a interpretação que cada pessoa dá ao objeto espiritual observado e estudado, culminando em diversidade religiosa.
Até mesmo a moralidade humana está, em essência, além dos pontos de vista - apesar de presenciarmos um atual esforço filosófico para tentar relativizá-la. Independentemente do período histórico, da cultura e do povo, determinados padrões de conduta são aceitos: roubar é errado, assassinar é errado e trair é errado. Mesmo os transgressores desses padrões morais, ao longo de toda a história, reconheciam a sua condição criminosa. A moral, assim como a fé em Deus, é igualmente complicada para o cético, pois não encontra fontes naturais fora do ser humano, parecendo vir do... nada! O mais estranho é que a própria neurociência está estudando uma área física do cérebro que armazena esses elementares padrões morais, de modo que não se trata de uma universal convenção social, mas de algo simplesmente incutido no ser humano - nesse sentido, a própria moralidade é fruto da imparcial natureza, simplesmente existindo em nós, independentemente dos pontos de vista e esforços intelectuais. Você pode perguntar sobre o "amor" pra qualquer pessoa de qualquer lugar do mundo, até nos mais isolados, e, pelo menos em parte, todas irão falar as mesmas coisas - isso se repete ao longo de toda a História, não sendo fruto de influências sociais.
No que acreditar? O ser humano sabe que as coisas não surgem do nada, que a vida não surge da matéria bruta, que existe um mundo espiritual e que os elementos fundamentais da moralidade humana são mais do que aprendizagem. Somente com base nos absolutos imparciais, sem atenção para as pequenas exceções, é que poderemos encontrar a Verdade Absoluta, que poderemos encontrar o "Paradigma do Universo", a interpretação verdadeira de todas as coisas. Some todos esses aspectos citados e tente chegar a uma conclusão. Tentando ser realmente imparcial, podemos concluir que Algo existia antes de nosso Universo, que esse Algo vivo foi o originador da vida, que esse Algo espiritual foi o responsável por nosso universal interesse pelo sobrenatural e que esse Algo moral foi o responsável pela moralidade em nós incutida. Sendo Ele Eterno, Vivo, Espiritual e Moral, está além de todos os politeísmos, está além de todas as religiões que pregam uma eternidade impessoal, está numa religião de um Eterno Deus presente, pois colocou em nós o interesse por buscá-Lo, doador da Vida e da Moral, o único Criador - trata-se de um monoteísmo bastante conhecido, que se encaixa perfeitamente bem na essência bruta, desapegada de interpretações, desses padrões fundamentais e imparcialmente naturais.
Cristo, a Verdade Absoluta: o que torna o cristianismo assombrosamente verdadeiro está, além do caráter monoteísta em concordância com o parágrafo acima, nalguns dos seus fundamentos revelados em Cristo Jesus: trabalha com uma moral absoluta e com a morte sob a análise das mais diferentes perspectivas.
A moral cristã, na essência, concorda com todos os padrões elementares da moralidade universal e, como a religião verdadeira, do Deus Perfeito, apresenta-a de modo mais radical do que todas as demais culturas apresentam, sendo fruto imediato do Elevadíssimo Deus, para além das diluições interpretativas e adaptações culturais: fala de um amor profundíssimo e para além da razão e do instinto humano, um amor que sofre e caminha até a morte pelo outro, um amor que vai além da teoria e, pela influência do próprio Deus, leva o homem a abrir mão dos interesses enraizados de sua sobrevivência em nome do bem comum, em nome da vida do próximo. Foi exatamente isso que o Seu fundador fez, numa perfeitíssima harmonia entre a teoria e a prática, ricamente fortalecidas com sinais inexplicavelmente miraculosos. Quando Cristo fala de moralidade, Ele está pisando em um solo comum a toda a humanidade, citando verdades inquestionáveis e constrangedoras - constrangedoras, pois a radical conduta cristã é impraticável sem o auxílio do próprio Criador.
O cristianismo também caminha em solo seguro quando fala sobre a morte. Todo mundo reconhece a existência da morte, sabe o que pode levar alguém a morrer, sabe o que acontece com o corpo do morto, sabe sobre o caráter irreversível do desligamento do corpo. Quando Cristo morreu na Cruz, inclusive sendo perfurado por uma lança que atingiu-Lhe o coração, todos os espectadores sabiam o que isso significava, todos os judeus de Jerusalém, em frenesi com a presença do Messias, tiveram notícias romanas, judaicas e cristãs da morte de Cristo - ninguém era capaz de duvidar de Seu óbito mediante as severas torturas, a Cruz e a lança. A Verdade Absoluta era, sim, que Jesus estava morto - essa é a natureza e não importa a interpretação. O Messias morreu justamente no lugar onde pregou, onde foi frequentemente visto e largamente conhecido - morreu diante de discípulos que queriam poder duvidar da Sua morte, diante de céticos que engoliram perfeitamente bem o Seu falecimento e diante de inimigos que festejaram e se certificaram de Seu término. Ele morreu e os discípulos se esconderam, desamparados, decepcionados e amedrontados. A morte de Cristo é um evento histórico que nenhum historiador sério há de questionar, pois, independentemente das interpretações e teorias que surgiram ao longo dos últimos dois mil anos, temos em mãos documentos, inclusive de judeus, inimigos de Cristo, de poucas décadas depois da Sua morte, atestando para o Seu julgamento mortal na Cruz. É indiscutível! Cristo morreu, foi enrolado em sufocantes e bem atados metros de tecido e aprisionado num sepulcro selado por uma pesadíssima pedra e vigiado por guardas, onde permaneceu por três dias, tempo mais do que suficiente para reconhecer uma morte como irreversível e absoluta. Jesus morreu, o cristianismo trabalha com isso e os documentos históricos da mais alta antiguidade apontam para o mesmo evento.
Certo, Jesus morreu, mas algo ímpar em toda a História Humana, cooperando com uma série de profecias muito antigas, cooperando com a própria pregação do Messias, aconteceu depois de dada como inquestionável e irreversível a morte de Jesus: Ele ressuscitou! Não há nenhum relato histórico em toda a História Humana que ateste para a ressurreição de um homem e, principalmente, para o fato de alguém ressuscitar sem a interferência de ninguém. Isso está além da interpretação! Esse foi um evento imparcialmente observado e experimentado: Jesus foi vastamente reconhecido como Ressuscitado justamente na cidade na qual Ele foi indiscutivelmente dado como morto! Foi justamente ali que o cristianismo começou e esse começo dependia de uma fortíssima e inquestionável experiência: os discípulos não teriam se permitido martirizar com base numa mentira. Se a pregação da Ressurreição fosse mentirosa, facilmente os inimigos de Cristo encontrariam o corpo que, por sua vez, dificilmente teria sido roubado pelos poucos discípulos que restaram e os judeus que viram o Messias morto - e pediram por Sua morte -, dificilmente acreditariam se não lhes fossem apresentadas evidências concretas, já que a Ressurreição era algo que eles mesmos não queriam. Jesus Ressuscitou, foi tocado pelos discípulos, comeu e bebeu, pregou, apareceu para indivíduos e multidões de até 500 pessoas, sendo elas judias, cristãs ou romanas, e Ascendeu aos Céus diante de várias testemunhas! Lembrando que os judeus teriam algumas dificuldades de aceitar o Cristo Ressuscitado como Messias se não associassem a Sua impecável conduta, a Sua mensagem maravilhosa e os Seus inexplicáveis milagres com a Sua Ressurreição. Jesus Ressuscitou assim como a força da gravidade atrai os objetos para o solo, de modo que isso simplesmente aconteceu, independentemente do ponto de vista.
O mesmo sob todas as perspectivas: a mais magnífica de todas as pregações do livro de Atos dos Apóstolos é a do Apóstolo Pedro, no capítulo 2, que se resume numa das mais poderosas apologéticas cristãs da Bíblia e um dos mais eficazes sermões evangelísticos de que temos notícia:

- Versículos 1-4: um evento espiritual fortíssimo, semelhante à entrega dos 10 Mandamentos no Monte Sinai, sucedeu a pregação de Pedro. Os poucos galileus estavam falando em línguas estrangeiras que desconheciam.
- V. 5: o evento se deu durante o Pentecostes, festa na qual judeus de toda a bacia do Mediterrâneo iam para Jerusalém. O evento foi testemunhado por milhares de pessoas não-cristãs, no caso, judeus - muitos certamente helenizados. Indivíduos de todas as classes sociais, níveis intelectuais e conscientes das mais variadas filosofias, alguns, certamente, influenciados pelo pensamento greco-romano, estavam no local e presenciaram o evento - um punhado deles certamente viu Jesus na Cruz, presenciou-O Ressuscitado ou ouviu notícias fervilhantes do espantoso acontecimento.
- V. 7-8 e 13: o fato de serem os galileus desprezados por viverem no fim do mundo, na maioria camponeses analfabetos, tornou o evento ainda mais miraculoso aos olhos dos demais judeus.
- 14-21: Pedro corajosamente se levanta e inicia o seu discurso associando o evento com uma profecia de Joel conhecida por todos os judeus presentes.
- 22-24: Pedro começa a falar de Cristo Jesus, que era conhecido, pelo menos em notícia, de todos os judeus presentes, assim como os Seus feitos miraculosos, a Sua morte e a notícia da Sua Ressurreição - ele fez questão de apontar os conhecimentos comuns de todos os presentes em relação a Cristo, pois, querendo ou não, todos ali sabiam dessas verdades.
- 25-31: aqui Pedro explica profeticamente os motivos que levaram Cristo, O Filho, a ressuscitar, aludindo a uma profecia de Davi.
- 32-36: unindo a verdade observada, de que Cristo Ressuscitou, ao testemunho profético, Pedro mostrou às multidões que Jesus só poderia ser o Messias e que, Ressuscitado, está assentado à destra de Deus, sendo Ele também Senhor.
- 37-40: unindo a experiência inquestionável, com o evento retumbante ocorrido no Pentecostes, com as sóbrias palavras de Pedro, muitos da multidão se sensibilizaram e, conscientes das suas transgressões, se arrependeram.
- 41: três mil pessoas se converteram naquele dia. Ora, se tal conversão em massa, em Jerusalém, não tivesse de fato ocorrido, seria difícil para Lucas ter desferido tão descarada mentira, uma vez que o evento era do conhecimento de judeus de todo o Mediterrâneo. Todas as pessoas, independentemente dos pontos de vista, dos paradigmas, acabaram reconhecendo a mesma coisa.
O mais interessante na pregação de Pedro é que ele desafiou judeus de Jerusalém, desafiou judeus gregos e romanos, sabendo que o Império Romano iria se opôr, sabendo que as autoridade judaicas iriam persegui-lo, sabendo que os filósofos gregos iriam tentar destruir as suas ideias. Somente com uma certeza inquestionável, de quem viu o que pregou, e na certeza de que muitos outros no local tinham tido experiências semelhantes, isso sem contar com a certeza de que as notícias espalhadas pelos judeus do Mediterrâneo eram carregadas de confiabilidade ocular, é que Pedro poderia ter falado dessa forma e com tal ousadia. O cristianismo se expandiu pelo Império, mesmo perseguido, foi aceito por filósofos gregos, foi largamente aceito por judeus e com relativa facilidade adentrou nas vias pagãs doutras culturas, isso porque o Verdadeiro Deus o esteve acompanhando, isso porque a Mensagem da Cruz é de aceitabilidade universal, mesmo que, num primeiro momento, segundo os paradigmas mais comuns, pareça loucura, e também porque a sua mensagem moral é discernível, mesmo que dura, para quase toda a humanidade - o fato de ser dura indica que ele não foi inventado segundo as conveniências humanas.
O mais interessante é que o cristianismo é a religião que melhor se assenta nos ramos científicos, políticos, morais e filosóficos, como a representação mais clara da Verdade Absoluta.

Conclusão: com base na necessidade da existência de Deus, veracidade moral e no advento da Ressurreição de Cristo, posso entender que o cristianismo é a Verdade Absoluta, independentemente de pontos de vista, de interpretações - são eventos concretos, inquestionáveis, inescapáveis que o constituem, não apenas filosofias e tratados teóricos, o que o torna diferente de todas as demais religiões. Além disso, é a única religião que reconhece a incapacidade humana, com base em suas falhas perspectivas e limitadíssimos esforços, de alcançar por conta própria a plenitude, uma vez que reconhece que Deus, o único que, sendo Eterno, é capaz de ver todas as coisas como elas realmente são, é também o único que pode nos levar à salvação, coisa que também é um anseio universal.
E quanto ao que não entendo sobre Deus e o mundo? Posso continuar procurando respostas, mas sempre lembrando que eu só consigo ver as coisas e interpretá-las limitadamente, com base nos meus pontos de vida, de modo que, se não consigo compreender verdadeiramente nem mesmo um grão de areia, jamais irei compreender integralmente o infinito Deus ou a plenitude do Universo. Deus é o único que vê todas as coisas simultaneamente como elas realmente são e, portanto, o que Deus visivelmente faz ou permite em nosso mundo pode até se interpretado como algo negativo, mas nós só vemos "em parte", não vemos o todo, não sabemos tudo o que se passa na Plenitude Divina, não temos consciência dos planos da Mente de Deus - julgamos pequeno o iceberg apenas observando a sua ponta. 
"Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus e Pai, e de Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência. E digo isto, para que ninguém vos engane com palavras persuasivas." Colossenses 2:2-4

"Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor." 1 Coríntios 13:10-13
Resumo:
- Verdades Absolutas: fenômenos ou objetos naturais que observamos e experimentamos (gravidade, frio ou calor). Aqui as coisas são isentas e imparciais.
- Paradigmas: a interpretação que damos ao Universo, segundo nossas configurações mentais e intenções (teorias, filosofias). Tendencioso, parcial.
- Cristianismo: única religião que se baseia essencialmente em eventos, acontecimentos observados e experimentados, como a Ressurreição de Cristo, que foi anteriormente pregada (profetizada) e interpretada pelo próprio Ressuscitado, o que lhe dá ainda mais credibilidade - a pregação tem como base o evento. Sendo Cristo Deus, Ele É o que É, sendo , portanto, a própria definição de Verdade.
- Paradigmas cristãos: teologias mil, movimentos, denominações diversas... Estariam errados todos os paradigmas? Não, pois a maioria se trata de aprendizado, rica maquinação intelectual ou experiências de vida, aptas a proteger a Igreja e os cristãos, validados pela liberdade que a Bíblia nos dá - o problema surge com as heresias, com aquilo que tira a suficiência de Cristo e enaltece o homem.
A Igreja, definitivamente, precisa se preocupar menos com aquilo que é passível de interpretação e suscetível aos mais variados pontos de vista, e fixar-se mais nos eventos históricos e proféticos inquestionáveis que a sustentam!
Natanael Pedro Castoldi

Leia, para complemento, sobre:
A credibilidade da Bíblia:

Sobre Jesus:

domingo, 25 de agosto de 2013

A História Misteriosa

Um dos temas bíblicos que mais me traz fascínio é aquele que se refere ao mundo pré-diluviano, sobre o qual já falei nas seguintes postagens: "Dilúvio no Planeta dos Outros? Esse pode!"; "Mistério". São duas postagens completas e coerentes e é aconselhável que sejam lidas antes de seguir na leitura desse breve artigo que, na primeira análise, vai parecer esquisito, coisa de louco - mas quem não carrega umas ideias meio insanas na mente? A diferença é que algumas das minhas eu não temo divulgar. Vamos começar com o facilmente aceitável e seguir para o mais incerto.
1 - Gênesis pode ser levado literalmente?
Como uma história multimilenar, incluída em um dos livros mais antigos da humanidade, é insanidade sugerir que o relato de Gênesis sobre as Origens seja algo literal, científico. Não é! É lógico que contém verdades ou princípios verazes, seja em termos de ciências naturais, seja em termos espirituais, mas jamais podemos examinar o mundo sob uma ótica literal, ao pé da letra, de Gênesis, que antes ensina como viver nesse mundo do que descreve o próprio mundo. Uma história atemporal, que precisa divulgar a Mensagem Divina para a humanidade em toda a sua história e suas culturas, evidentemente apresenta-se de modo que tanto o homem mais antigo quanto o mais recente consigam entender na essência.
- Como Moisés recebeu o relato das Origens e como isso influenciou na redação de seu livro? Quando falamos de um profeta de Deus descrevendo um evento de, quem sabe, dezenas de milênios no passado, podemos estar falando de uma visão divina, tida em êxtase, tida em sonho, tida no momento da redação ou da própria pregação. O fato é que, em visão, Moisés não viu todo o processo criativo em tempo real e literalmente, muito certamente as informações do conto poético de Gênesis 1 brotaram num turbilhão de imagens frenéticas e retumbantes, cheias de simbolismos carregados de verdades. Existem ainda sugestões de que Moisés teve acesso, em seus estudos como príncipe do Egito, aos mais antigos documentos da história humana e a uma herança multimilenar de tabletes de argila herdados de Abraão que, por sua vez, herdou de seu pai, Tera, habitante de uma das civilizações pós-diluvianas mais antigas, os sumérios, sobre os quais falarei posteriormente, de modo que o relato de Gênesis, advindo originalmente do povo que desenvolveu uma das mais antigas formas de escrita, seria mais antigo que os politeístas relatos babilônicos. De qualquer modo, tanto uma tradição recebida e divinamente protegida por Deus quando uma visão fervilhante, dificilmente trariam todos os detalhes dos eventos descritos.
É possível que, além das visões e/ou relatos mais antigos, Moisés tivesse adaptado partes da história para o entendimento hebreu: ao falar sobre as "águas de cima", por exemplo, poderia estar apontando para as nuvens ou fazendo referência à crença comum de que a Terra estaria coberta por um domo e, sobre o domo, cercada de água, o que não invalida o texto de Gênesis, uma vez que seu objetivo primordial estava na transmissão da vontade divina e na configuração de uma cosmovisão e de uma identidade particular de Israel, para varrer a influência egípcia e proteger o povo da cultura cananeia.
2 - Qual é a idade do Universo?
Parece-me loucura afirmar que a Terra tenha apenas 6 mil anos de idade, pois, além de tal informação ir severamente contra as observações mais óbvias sobre a idade da Terra, a própria Bíblia não o afirma. Com base numa outra gama de evidências, também não sou capaz de crer num Universo com um punhado de bilhões de anos, porém a Bíblia não nos levanta um limite de idade para o Universo.
- Antes do Primeiro Dia: um dos fatos mais notáveis de Gênesis 1 está num princípio anterior ao Primeiro Dia, de um período de tempo indeterminado que se deu entre a Origem do Universo e a proclamação da gigantesca explosão de luz que tirou tudo do estado de gélida estabilidade para o dinamismo criativo. "No princípio criou Deus o céu e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas." Gênesis 1:1-2. Com base nessa informação, é impossível definir uma idade para o Começo.
- A Primeira Criação: A Bíblia em Ordem Cronológica, Vida, começa o seu relato com uma Primeira Criação, antes dos Seis Dias da Criação da qual fazemos parte. Esse período começa com a eternidade de Deus, o Gênesis 1:1, segue com a Queda de Satanás (Isaías 14:12-17; Ezequiel 28:13-18) e termina com a destruição da Primeira Criação, corrompida por Lúcifer (Gênesis 1:2; Jeremias 4:23-26). Com base nessa teologia, também temos uma dificuldade maior em definir a idade do Universo.
- Dias Era: primeiramente, Gênesis 1 é um canto poético, portando o "dia" pode indicar uma figura. De qualquer modo, houve "dia" antes de a Terra iniciar sua órbita entorno do Sol, o que pode levar ao entendimento de que "dia" indica, apenas, um período de tempo caracterizado por determinados eventos criativos. A questão parece ser satisfatoriamente solucionada quando se compara Gênesis 1 e Gênesis 2 em termos da criação do homem e da mulher: no primeiro, Adão e Eva são criados, ambos, no Dia 6, enquanto no segundo, Adão é criado primeiro, tendo tempo de observar e nomear parte dos animais, sentir-se solitário e até mesmo procurar por uma semelhante entre as demais criaturas, tendo sido Eva criada, quase que evidentemente, vários dias depois de Adão. Se os Dias da Criação forem Dias-Era, torna-se ainda mais difícil definir uma idade para o Universo com base nas Escrituras.
- Genealogias: as genealogias do Antigo Testamento, seguindo os padrões hebraicos, são lacunosas, dando evidência aos heróis mais proeminentes de períodos relativamente grandes - Jesus, por exemplo, era considerado filho de Davi, mil anos de diferença. Entre Jarede e Enoque várias gerações podem ter se desenvolvido, já que é da tradição dos hebreus ressaltarem apenas os nomes mais significativos de sua história. Os termos hebraico “gerar”, “filho” e “filha”, encontrados nas genealogias do início de Gênesis, podem indicar tanto descendentes distantes quanto imediatos; as 10 gerações de Adão até Noé e as 10 de Noé até Abraão são mais um recurso simétrico, que enaltece a beleza do texto; na genealogia de Lucas 3, verso 36, vemos que entre Afraxade e Salá houve Cainã, entretanto Cainã não aparece na genealogia de Gênesis 10, por exemplo. Fonte: Manual Bíblico Unger, Merril Frederick Unger, Edit. VidaNova, pg 45.Com base nisso, não podemos saber com clareza por quanto tempo desenvolveu-se a humanidade pré-diluviana.
- Conclusões: não se pode datar a idade do Universo com base na Bíblia e também não se pode precisar adequadamente qual teria sido a configuração geológica que antecedeu do Dilúvio.

3 - O homem pré-diluviano:
A Bíblia nos dá indicações de que, num estágio de excelência genética (física e intelectual) e espiritual, o ser humano pré-diluviano deve ter sido o responsável pela produção de tecnologias estranhas, capazes de erguer as mais colossais e precisas obras arquitetônicas, de modo que algumas gerações depois de Noé ainda carregassem certo grau dessa geniosidade - isso fica claro na construção da Arca e da Torre de Babel. O interessante é que a história humana realmente aponta para uma tecnologia poderosa nos primórdios - vide os livros: A Incrível Tecnologia dos Antigos, David Hatcher Childress, Aleph, 2013, e A História Secreta da Raça Humana, Michael A. Cremo e Richard L. Thompson, Aleph, 2012. Evidências mais acessíveis sobre a grandiosidade do Homem Antigo você pode ler nos meus seguintes artigos: "Ufologia?"; "A História Fabulosa - Parte 1: Grandes Obras"; "Sapiens"; "Pneumo".
4 - O Dilúvio:
Não quero me concentrar na abrangência do Dilúvio e nem na questão da Arca de Noé, sobre isso você pode ler nos artigos "Mistério" e "A Arca de Noé Era Grande o Suficiente?" - evidências do Dilúvio podem ser encontradas na já citada "Mistério" e na "Dilúvio no Planeta dos Outros? Esse pode!". Nesse tópico eu pretendo desenvolver uma teoria que formulei noutro dia e que achei digna de ser divulgada, encaixando a grandiosidade do ser humano primordial com uma das causas mais razoáveis do Dilúvio. Verifiquemos:
- De onde veio a água do Dilúvio? Do Criador, provavelmente veio e foi, mas não necessariamente essa seja a reposta mais completa. Os sumérios, que já citei anteriormente, além doutros povos primitivos, conheciam, ou lembravam, de um Sistema Solar com mais planetas do que atualmente vislumbramos - leia mais sobre isso aqui e aqui. O que isso significa? Significa que, ou eles estavam precipitados, embora tenham acertado noutras profundidades da astronomia, ou que, de fato, observações ou memórias realmente tenham identificado planetas próximos hoje extintos - e a forma mais comum de ter um planeta desaparecendo é através de uma imensa explosão capaz de espalhar asteroides por todo o sistema derredor.
Vários estudos em asteroides identificaram água em sua composição, de modo que algum planeta ter explodido em nosso Sistema Solar pode ter enviado água em abundância, juntamente com os meteoros, para diversos planetas próximos, provocando, em especial, dois dilúvios: um em Marte e outro na Terra. Analisemos as evidências:
a - Imensa chuva de meteoros: Meteoritos do dilúvio?,
Criacionismo.com.br, Michelson Borges, 03/05/2008:
"Essa notícia faz pensar na 'grande catástrofe' descrita pelo geólogo Nahor Neves de Souza Jr., em seu livro Uma Breve História da Terra (SCB). No livro, o Dr. Nahor conta que nas seis missões do Projeto Apollo (1969 a 1972), desenvolvidas pela Nasa, foram coletados mais de 380 kg de amostras de solos e rochas da superfície da Lua. Quando os cientistas analisaram as amostras retiradas das crateras de impacto, perceberam que todas tinham a mesma 'idade'. A conclusão mais provável é a de que os impactos de meteoritos na Lua ocorreram praticamente todos ao mesmo tempo. Ou seja, a Lua foi vítima de um gigantesco e violento episódio, conhecido como o “grande bombardeamento”, que, na verdade, afetou todo o Sistema Solar."
b - Um planeta extinto: da notícia acima.
"Lembra-se da ordem dos planetas no Sistema Solar? Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter... Entre Marte e Júpiter parece que falta um planeta. O espaço é ocupado pelo cinturão de asteroides. Há muitas evidências de que a Terra também passou por um tremendo bombardeamento de meteoritos no passado, só que aqui existem as intempéries que acabam mascarando ou mesmo eliminando as marcas de impacto. Uma cratera famosa dessas está no deserto do Arizona e tem 175 metros de profundidade.
O mesmo fenômeno que causou os impactos na Lua pode ter atingido a Terra. Se realmente houve um planeta entre Marte e Júpiter e se por algum motivo ele explodiu, isso explicaria muito bem esse bombardeamento de meteoritos e até mesmo os cometas." Leia mais aqui: Encontrados sinais de água liquida em cometas, Criacionismo.com.br, Michelson Borges, 08/05/2011.
c - Cometas com água: da mesma notícia.
"Um estudo internacional, do qual participou o Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), da Espanha, demonstrou a influência da água em um asteroide cuja origem data de mais de 4,5 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira [e noticiada pelo portal Terra], estudou 11 meteoritos cuja composição 'extraordinariamente similar' apontava que pertenciam a um mesmo asteroide 'progenitor'."
d - Meteoros e Dilúvio em Marte: Chuva de meteoros causou dilúvio que inundou Marte, diz pesquisa, Homenews, 06/12:
"Pesquisadores da Universidade do Colorado em Boulder e do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, ambos nos EUA revelaram que há 3,8 bilhões de anos, Marte teria enfrentado um dilúvio com duração de uma década e que tal fato talvez tenha sido o episódio que deu à vida uma oportunidade mínima no planeta vermelho.
A evolução do planeta parece juntar dois grandes episódios astronômicos do Sistema Solar em uma única cadeia de eventos. O primeiro diz que o planeta vermelho um dia já foi coberto por rios caudalosos, grandes lagos e oceanos. O outro conta que os planetas internos do Sistema Solar (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) foram bombardeados por uma violenta chuva de asteroides há 3,8 bilhões de anos." - Independentemente da data que estipularam, os cientistas viabilizaram dilúvios na Terra, em Marte, em Mercúrio e em Vênus por decorrência de uma imensa chuva de meteoros por decorrência de um catastrófico evento cósmico que, na verdade, se encaixa muito bem com a explosão do antigo planeta que os sumérios conheciam ou do qual lembravam.
e - Os Anéis de Saturno: os anéis de Saturno estão sendo rapidamente bombardeados por meteoritos, de modo que alguns cálculos estimam que uma pulverização em tal nível destruiria completamente os anéis em cerca de 10 mil anos - como os anéis estão lá, entende-se que são jovens. Fonte: 301 Provas e Profecias Surpreendentes, Peter e Paulo Lalonde, Actual, 1999, pg 31. Ora, é altamente improvável que o Universo seja tão jovem, porém os Anéis o são, o que indica que eles surgiram dalgum evento cataclísmico decorrido há menos de 10 mil anos. Que tal a explosão de um planeta, que produziu incontáveis asteroides, muitos absorvidos pela superfície gasosa de Saturno e outros agarrados por sua força gravitacional? Faz, de fato, sentido.
5 - Ligando os pontos:
Deus criou um ser humano profundamente intelectual, enquanto imortal - leia mais sobre isso em "Sapiens", "A Máquina do Tempo" e "Dia de tigre" -, de modo que nosso mundo, o Planeta Terra, seria insuficiente para sua habitação eterna. Há anos penso que Deus já planejava que o homem, extremamente capaz, colonizasse outros planetas de nosso Sistema Solar, uma vez que uma vida imortal culminaria em superpopulação - e, colonizando outras terras, tornar-se-ia co-criador do Universo, expandindo o Jardim para onde quer que fosse - Gênesis 1:11-12, 29, 2:5, 8-9 e 15. O homem ficou incumbido de fazer de toda a Terra um belo jardim e, depois, quem sabe, fazer o mesmo noutros planetas. O que torna essa teologia, ou teoria, de fato coerente, está na verdade de que o planeta que explodiu há um punhado de milênios e que banhou vários outros planetas em nosso Sistema Solar certamente era uma esfera repleta de água e, portanto, de certo modo habitável, embora fria. Assim que Deus se arrependeu de ter criado o homem, vislumbrando a sua corrupção, explodiu justamente o único planeta do Sistema Solar que, além da Terra, seria capaz de receber uma duradoura e expansiva colônia humana e, assim, impedir que o ser humano, em sua maldade, contaminasse outras partes da Criação - esse foi um duplo juízo: uma barreira cósmica para a colonização, de modo que hoje só se observam planetas amistosos há distâncias astronômicas, e um juízo sobre a própria humanidade pré-diluviana, inundada com uma intensa chuva de meteoros repletos de água.
Natanael Pedro Castoldi

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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Sapiens? - A Morte da Civilização

Estamos vivendo dias estranhos. Estamos adentrando nos piores dias da História Humana. Estou exagerando? Bom se fosse! Desde a mais remota Antiguidade sempre houve uma cultura humana interessada em descobrir a Verdade, em estudar esse mundo e aceitar as conclusões mais claramente obtidas, sempre houve uma cultura ou grupo minoritário de influência que realmente procurava entender como funciona o nosso Universo e o que é mais adequado, diante das considerações racionais, de se crer e fazer. Isso, além de ser um inato interesse humano, é instinto: o homem só saberá se comportar adequadamente diante da natureza e em civilização se compactuar com as conclusões mais lógicas sobre a origem e preservação do Universo e da Vida e, com base na compreensão racional sobre o que é necessário para se preservar a vida em sua plenitude, é que se fortalece e Moral, é que se fortalece a Lei: a Civilização só se sustenta se as bases para a sobrevivência da espécie humana forem colocadas acima dos interesses individuais, senão desaba a natalidade, espalham-se doenças, as cidades se dividem em facções, as pessoas se tornam propriedades, as crianças se tornam descartáveis... E é exatamente por ter lançado fora essa Moral essencial que o Comunismo matou aproximadamente 100 milhões de pessoas em meio século, é por isso que nenhuma nação comunista sobreviveu ao testo do tempo: o homem só consegue conviver se uma Moral superior ao indivíduo for a coluna dorsal da sociedade. O homem precisa de Lei e Moral, pois, no fundo, é uma besta incontrolável, que racionalmente entende o que é melhor, mas que quase sempre costuma pender para o imediatismo autodestrutivo de seus instintos animalescos e irracionais, de modo que, se não houver o poder do Estado para manter a ordem, mesmo que pela força da espada, e a autoridade Celestial como Juiz supremo, de quem os homens temem, a tendência é a Moral  se diluir e a Lei se afrouxar - o homem é rebelde por natureza e apenas o interesse coletivo, um tribunal de fria racionalidade em prol da vida, é capaz de mantê-lo nos eixos. E é também por ter excluído a fonte dessa Moral, Deus, o Juiz Supremo, que o Comunismo fracassou. É também por isso que a nossa sociedade vai naufragar.
O maior problema com nossos dias é o relativismo. Outro grande problema é o antropocentrismo exacerbado. O indivíduo relativista e egoísta, doutrinado desde sempre, poderá definir, como quiser, a sua moral, a sua conduta e as suas leis de vida, pois "cada um tem a sua verdade". A questão é que o indivíduo egoísta, o típico ocidental do Século XXI, sempre militará para o seu próprio ganho e interesse, em detrimento dos interesses coletivos, em detrimento da manutenção da Civilização. Se ele for de uma "minoria", usará de todos os recursos legais, de todas as filosofias e toda a espécie de vitimação para pôr de joelhos a Maioria e o interesse do Todo, o que, obviamente, prejudicará a sociedade, na qual o militante está inserido, em todas as suas esferas. A Moral e a Lei, com um toque inato no ser humano e através das orientações externas, do Observador Divino, foram os recursos básicos que levantaram a Civilização e fizeram a humanidade trilhar de uma forma diferente na "luta pela sobrevivência": a Moral e a Lei possibilitaram que o ser humano garantisse a sua sobrevivência como espécie, sua sobrevivência coletiva, não somente a sobrevivência de indivíduos selváticos isolados. Nesse sentido o relativismo e o egoísmo têm feito a humanidade retroceder em suas mais significativas conquistas, nalguns dos aspectos que mais a distinguem dos outros seres vivos: quando o coletivo se dilui, quando o interesse se foca apenas o indivíduo, a "lei da sobrevivência" será levada na base da "lei da selva", na lei do indivíduo mais forte, culminando no caos social, de homens incivilizados e incapazes de abrir concessões em nome do bem comum, sempre pondo a vontade irracional, a empolgação emotiva, à frente do Todo. Seremos ursos na floresta de concreto. É isso que vai acontecer com o relativismo: sem Deus, sem Lei, sem Moral, tudo distorcido, customizado, dinamitado, cada um por si, ou os grupos com interesses comuns unidos em facções hostis, como já estão se organizando as nossas agressivas minorias militantes. Estamos na Era do Relativismo, na Era do Egoísmo, na Era da Emoção. O Comunismo consegue se instalar nesse tipo de ambiente, mas, sendo constituído desses mesmos pilares, sempre se arruinará com o tempo.
Talvez o problema maior do relativismo está no assunto referente à Verdade. "Cada um tem a sua verdade", de modo que as pessoas não estão mais se interessando em pender para aquilo que parece mais razoável científica e filosoficamente, obtido através de observação e experimentação, não estão mais interessadas em trilhar pelas vias da coerência, em militar em prol daquilo que melhor garantirá a sobrevivência física e intelectual do ser humano como sociedade. Razão, evidência, coerência, nada disso parece significar alguma coisa, até porque "tudo é relativo", principalmente o relativismo. Quando digo que o homem adentrou na Era da Emoção, falo sério: ele vai inventar a "sua verdade" e lutar ferozmente por aquilo que ele quer, que supostamente lhe "faz bem", que lhe "faz feliz", que lhe dá sensações boas, que fará das suas poucas décadas de vida algo "interessante". E assim, de indivíduo em indivíduo, de geração em geração, o homem, desapegado da razão, vai emburrecendo, vai se destruindo, mais se bestializando, se reduzindo cada vez mais para dentro de si, tornando suas casas em cavernas e o seu amor apenas em sexo, sem atenção para números, gêneros ou idades. Filhos se tornam cabides da emotiva vaidade, pais se tornam apenas mantenedores. A arte vira rabisco, pintura rupestre, a música vira barulho, tambor tribal, amizade vira sexo, instinto incontrolável, a donzela vira primata pintado e nu (em ambiente público), o homem vira o esquelético e delicado "colorido", diálogo vira bárbaro urro, porretes tomam o lugar das idéias, racionalidade vira intolerância, paz vira submissão inquestionável, o questionável vira verdade absoluta e "verdade absoluta" vira relativismo. O que eu não quero não pode mais existir, precisa ser censurado, precisa ser ridicularizado, não é digno de tolerância e tampouco de respeito, mas o que eu quero, bom, todos são obrigados a amá-lo, divulgá-lo, respeitá-lo, tolerá-lo. Eu sou minoria? Pouco importa. Alguém se incomoda? Retrógrado, intolerante, preconceituoso! Vou fazer teatro, mentir, manipular a lei, exagerar, vou fazer de tudo para derrubá-lo. Estamos no Século XXI, afinal! O auge da humanidade... auge coisa nenhuma. O Ocidente está virando um imenso zoológico, ou uma imensa floresta, repleta criaturas descontroladas e traiçoeiras, que costumam andar em bandos, marcando o seu território. O Ocidente está criando monstros. As falanges mercenárias do egoísmo, as incontáveis minorias, incluído aqueles que consideram que a aranha tem uma vida de valor igual a de um bebê (e que, por coincidência, apoiam o infanticídio pré-natal), estão dividindo a sociedade, estão aniquilando a ordem, a Moral, a Lei, a Religião, a Civilização. Qual será o limite disso? Até o caos não se generalizar, as coisas piorarão.
Os caminhos que vejo, daqui pra frente, são dois: um regime ditatorial se instalando por sobre o caos social, com promessas de salvação e reestruturação, provavelmente de cunho comunista ou algo do tipo, pois irracionalmente as minorias e as massas influenciadas continuam culpando as instituições tradicionais, a Igreja, a Lei e a Moral Cristã, como as grandes responsáveis pelos problemas sociais (e somos proibidos de questionar os motivos de tais alegações). Aí a coisa vai piorar de vez. Outra possibilidade é que, mediante a decadente fragilidade ocidental, alguma cultura forte, como a muçulmana, que sustenta com poder a sua moral, a sua lei e a sua religião, se infiltrará e subjugará os atordoados e depravados ursos urbanos de nossa sociedade ocidental. Certamente essa segunda opção será melhor: o homem ocidental precisa, urgentemente, ser embrutecido, ser traumatizado, ver seu mundinho de fantasia, a sua utopia existencialista, cair por terra. Foi exatamente isso que aconteceu com o Império Romano que, entre outros fatores, enfraqueceu juntamente com o enfraquecimento da Lei, da Moral e da Religião, diante de uma sociedade fútil e consumista, regida por modas e tolas competições - uma das modas que se alastrou, inclusive, era a de homens efeminados, que depilavam todo o corpo e se vestiam escandalosamente, com o objetivo de sempre serem "joviais". Nesse contexto foi fácil para os povos bárbaros subjugarem Roma. Base: Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo, Leandro Narloch, leYa, 2013, pg 19. Vivemos em uma sociedade na qual todos querem ser "jovens para sempre", num mundo infantil no qual a infância está morrendo - num mundo de eternos e imaturos, porém promíscuos, adolescentes. 
Como forma de concluir esse artigo, de modo a validar-lhe, vou compartilhar dois pequenos textos que divulguei no facebook.com nos últimos anos, referentes ao feminismo:

A Primavera da Estupidez
Integrante do grupo Femen, com apenas 21 anos (2012), usando de pretexto político e falsa moralidade para mostrar-se publicamente e ter alguns momentos de fama. Que sem vergonha! Uma menina de apenas 21 anos acha que sabe alguma coisa? Realmente teve alguma experiência de vida que venha a validar esse comportamento hostil? Há apenas 5 anos fez o título de eleitor, há apenas 4 se formou no Ensino Médio, há apenas 3 fez a carteira de motorista e atingiu a maioridade. Será que já teve algum filho? Será que realmente sofreu com aquilo que está condenando? Será que viveu o bastante para que seu comportamento não seja baseado em mera vaidade, emotividade, egoísmo, rebeldia?! Tem mal 21 anos, deve saber fazer torrada há uns 9, se limpar há uns 17, amarrar os tênis há 16 e andar de bicicleta há uns 15 anos, mas pretende destruir o sistema tradicional que rege o mundo há um punhado de séculos... Quantos livros ela já leu? Será que já se formou na faculdade? Por quanto tempo realmente filosofou sobre as coisas da vida?! Isso chega a ser ridículo!
Posso chamar esse movimento, juntamente com a Marcha das Vadias, de Primavera da Estupidez... momentos em que argumentos tolos são largamente divulgados e aceitos por sua validade estética, por sua proposta reconfortante, mas não por seu fundamento racional e benéfico. Nesse caso, a dita está defendendo o aborto, ao que parece, dizendo: "Sua criança, sua decisão". Agora eu gostaria de saber qual a razão desse argumento: se o filho é seu, a decisão de permitir que morra ou sobreviva também é sua?! A decisão de fazê-lo o foi, e se ele foi feito, a decisão de sobrevivência depende exclusivamente dele, ou não? Ou um organismo humano em pleno funcionamento é propriedade de alguém?! Esse tipo de argumento é tão idiota que pode ser usado por pais que matam seus filhos depois do nascimento, por pedófilos, por estupradores... ou não? "Se o filho é meu, eu decido o que fazer com ele!" Então, por consequência, todo o restante do movimento perde o sentido, pois essas meninas que militam por liberdade de expressão -em promiscuidade e vulgaridade-, deveriam se submeter aos que as geraram, pois "são suas filhas e, portanto, propriedade deles".
Daí vejo outra bobagem dita pela Marcha das Vagabundas -ops, desculpa, das Vadias: "Meu corpo, minhas regras". Porém não existe nada de científico que considere o corpo do bebê como extensão do corpo da mãe... ou uma gestante tem quatro pulmões, dois cérebros e duas colunas vertebrais? Uma vida se define pela posse de um código genético completo e exclusivo - e o feto tem isso! Mas elas também usam esse sofisma pra argumentar seu comportamento vulgar e desrespeitoso em público: "o corpo é meu! As regras são minhas!" Mas elas se esquecem de que o ambiente público não é delas, é da comunidade, de que fora de suas casas o que vale não são as regras que elas impõem sobre si mesmas, mas as regras impostas sobre a sociedade inteira - as outras pessoas não precisam engolir as regras idiotas de uma feminista, mas a feminista sim, precisa engolir as regras impostas pela sociedade... seria o mesmo que o peixinho dourado tentar engolir o gato que o observa. Ninguém precisa simplesmente aceitar um comportamento porque alguém, por mero capricho e vaidade, o está promovendo. As crianças não devem se prestar a ver essa total falta de vergonha em público, pois, assim, elas são estimuladas sexualmente de modo precoce e prejudicial; os idosos merecem respeito; as mulheres decentes não merecem tal constrangimento e pressão; é prejudicial para os homens serem estimulados sexualmente dessa forma. As "regras da Vadia" não podem burlar as regras da natureza e, uma vez que ela estimula todos os homens desconhecidos, tarde da noite e em ambientes perigosos, cheios de bêbados e loucos de plantão, também é culpada por um eventual abuso.
Para finalizar, um comentário que fiz numa imagem que continha a seguinte alegação: "Não ensinem as mulheres como não serem estupradas, ensinem os homens e não estuprar":
'Esse cartaz não faz muito sentido... Não é necessário ensinar a não fazer uma coisa que todo mundo já sabe que está errado, ou você pensa que um estuprador é simplesmente uma pessoa desinformada e não um louco sádico, que precisa de punição ou tratamento? Acho burrice jogar todo o peso disso nos homens, é necessário que se tenha mútua cooperação: desincentivar essa atual cultura de libertinagem e promiscuidade, incentivar uma decência maior na forma como as mulheres se apresentam em público e, logicamente, punir brutalmente aquele que comete o ato do estupro. Se tivermos uma sociedade menos instruída a ser regida pelos instintos bestiais, mulheres que não estimulem demais os homens desconhecidos -e os malucos de plantão- e uma punição exemplar, as coisas certamente mudarão. Agora, querer que se ensine a não fazer uma coisa que todos sabem que não deve ser feita é desculpa esfarrapada pra mulherada tirar o peso da consciência e poder andar por aí quase sem roupa. O respeito que se exige, deve ser o mesmo que se aplica.'
É... realmente estamos vivendo na Primavera da Estupidez!

O Avanço da Sociedade Matriarcal
É impressão minha ou 99% do intervalo comercial é voltado exclusivamente para as mulheres? Que pensamento isso reflete? De que forma isso influencia a sociedade? Quais suas causas? Quais serão as consequências? Não estaríamos exagerando na dose de "politicamente correto"? A verdade é que o "universo feminino" está tomando conta de todos os outros "universos", extrapolando o equilíbrio saudável entre as partes, de modo a ser quase proibido que alguém se manifeste em desgosto diante desse excesso, já que isso é "politicamente incorreto". Aquilo que é fruto de projeto divino, seleção natural, aquilo que é fruto de instinto, convenções biológicas e sociais baseadas nos mais elementares mecanismos de sobrevivência, deve ser preservado: não podemos ter uma sociedade machista, mas também não podemos ser dominados por um "universo feminino", feminista... nós precisamos de uma sociedade que nutra o benéfico, instintivamente vital -psicologicamente saudável- e civilizador "sistema heterossexual", promotor de identidade, humanidade e ordem, em concordância com milênios de história natural e história humana, onde cada parte tem espaço para desenvolver o seu melhor, não sendo reprimida e desfigurada pela supremacia doutra, não sendo subjugada pelos caprichos, vaidades e revanchismo da parte daquilo que ela não é, mas que a domina, escraviza, corrompe e diminui. A questão é que, com base nos projetos originais de humanidade e nas adaptações biológicas e sociais que configuraram a espécie humana ao longo dos milênios, o mínimo abalo que fira a integridade de qualquer uma das partes que constitui a família nuclear -pai, mãe e filhos-, há de refletir em caos em toda a sociedade humana, resultante dos tradicionais princípios em evidência e fundamentada nos mesmos.
Natanael Pedro Castoldi

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