Ondas mil estão varrendo a Igreja Evangélica do Brasil: "unção disso e daquilo", "objeto santo", "trízimo", Templo de Salomão... Tal igreja se vê envolta em infindáveis polêmicas e escândalos. Isso enquanto cresce o número de cristãos não-praticantes, desligados de Igreja, "politicamente corretos", regidos por pouca ou nenhum interação religiosa ou por um frio e ritualístico culto semanal, mensal ou anual. Afinal, qual é a Verdadeira Igreja? O que a define? São tantas formas de prática, tantas visões de mundo, tantas incoerências, idolatrias, fanatismo, gritarias, tantos caminhos diferentes e discrepantes que se torna cada vez mais necessário definir o que, de fato, é o cristianismo, separar melhor o que é seita e heresia daquilo que é verdade, que é de Cristo. Os não-cristãos, ao olharem para a Igreja, não sabem discernir qual é a nossa Verdade Central, pois estamos divididos em mil partições. Muitos cristãos também estão confusos: o que é de Deus? O que não é? Para facilitar a distinção daquilo que é verdadeiro do que é falso, vou trabalhar com, essencialmente, a definição de três pilares, pilares esse sobre os quais reside a Verdadeira Fé. Boa leitura! Obs: haverá repetição de conceitos e versículos, pois cada tópico necessita de um desenvolvimento temático completo, podendo ser completamente bem entendido mesmo se lido individualmente.
Resumo, em ordem: 1 - A Bíblia (imutável, universal, suficiente, Novo Testamento, de Deus); 2 - A Igreja (importância, definição, doutrina - oração aos Santos e mortos; o Templo; imagens e esculturas; anjos; politeísmo e idolatria; Maria; Bíblia e tradição; Pedro e o papado; salvação e relacionamento com Deus; dom de línguas; unções estranhas; reencarnação; carma; Teologia da Libertação; prosperidade); 3 - O cristão (definição, conduta e liberdade).
1 - A Bíblia é o fundamento primeiro da Fé Cristã: a própria Palavra afirma a sua primazia e suficiência como fonte doutrinária para o cristão. A qualidade das Escrituras como sustentação moral e teológica para o cristão é atemporal e universal. A Segunda Carta do Apóstolo Paulo a Timóteo, no Terceiro Capítulo, versículos 14-17, afirma que a Palavra é inspirada por Deus, sendo a fonte primeira de ensino, correção, e instrução em sentido teológico e moral: tudo o que o cristão precisa necessariamente saber está naquilo que se resume em Bíblia Sagrada - sobre Deus e a Salvação e sobre como se comportar adequadamente. Somente ela transmite a Verdade suficiente para a Salvação em Cristo e apenas nela podemos discernir as formas de agradar a Deus através de boas obras - e quais são essas "boas obras".
"Quanto a você, porém, permaneça nas coisas que aprendeu e das quais tem convicção, pois você sabe de quem o aprendeu. Porque desde criança você conhece as sagradas letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra." 2 Timóteo 3:14-17
a - A Palavra jamais mudará: a Bíblia deixa claro que Deus não se contradiz ou mente (Tito 1:2), de modo que Ele é imutável e perfeito (Hebreus 13:8) e, sendo assim, nada pode ser acrescentado às Escrituras. O cristão pode fazer uso de livros diversos para seu crescimento, mas não pode ter como orientação nada que entre em contradição com os princípios doutrinários e morais da Palavra. A Carta de Paulo aos Gálatas, Primeiro Capítulo, versos 6-9, diz:
"Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo. Mas ainda que nós ou um anjo do céu pregue um evangelho diferente daquele que lhes pregamos, que seja amaldiçoado! Como já dissemos, agora repito: se alguém lhes anuncia um evangelho diferente daquele que já receberam, que seja amaldiçoado!"
O Apóstolo Pedro, a quem Jesus chamou para liderar a Igreja após a Sua Ascensão, considerou as Cartas de Paulo como Escritura, textos inspirados por Deus, e condenou com veemência qualquer interpretação distorcida de seu conteúdo:
“E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.” 2 Pedro 3:15-16
O Apóstolo Paulo elogia os judeus de Beréia que, ouvindo a pregação do Apóstolo sobre as Escrituras verificavam avidamente a coerência de suas palavras em relação ao Texto Sagrado:
“Estes eram mais nobres do que os de Tessalônica e receberam a palavra com ansioso desejo, indagando todos os dias, nas Escrituras, se essas coisas eram de fato assim.” Atos 17:11
b - A Palavra é universal: Jesus Cristo, o centro das Escrituras, afirmou que nunca, ao longo de toda a História, algum traço da Palavra poderia ser removido (Mateus 5:18). O Messias afirmou, ainda, que tudo o que Ele disse aplica-se para toda a História (Lucas 21:33), o que, cooperando com a promessa de alcance mundial da Mensagem (Gênesis 12:3; Atos 3:25), nos leva a entender dois pontos fundamentais: a Palavra é universal e atemporal. Filipenses 2:9-11 é enfático:
"Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai."
c – A Palavra é suficiente: o objetivo das Escrituras é nos levar a crer em Cristo Jesus como Senhor e Salvador e, enquanto trata da fé salvífica, orienta sabiamente o cristão nas vias morais. A Bíblia, no sentido da prática, resume bem a sua função no já citado 2 Timóteo 3:14-17, mas, no sentido de função espiritual na História Humana se justifica na caminhada profética de Hebreus 1:1 (Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho) e no emblemático João 3:16 (Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.) – se a Palavra transmite adequadamente a verdade em evidência, já é suficiente. João 20:30-31 deixa bem claro que o objetivo máximo das Escrituras é expor a Boa Nova da Salvação:
“Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”
d – O Testamento dos cristãos é o Novo: o Antigo Testamento foi tido como fundamento doutrinário nos tempos de antes de Cristo, resumindo-se aos eventos e leis que permearam os aspectos religiosos, morais, políticos, sanitários, culturais e econômicos do povo de Israel, centralizado no Templo, nos sacrifícios, no cumprimento dos estatutos da Lei, no território de Israel e na descendência genética de Abraão. A Lei serviu como uma forma de configurar os hebreus para a chegada do Messias, mas, uma vez que Cristo morreu na Cruz e venceu a morte, o que vale é a Nova Aliança, o Novo Testamento. Podemos ter o Antigo Testamento como fonte de inspiração, fundamentação histórica e profética, tesouro de ensinamentos e sabedoria e, por fim, um riquíssimo manancial de princípios eternos sobre o caráter e a vontade de Deus, mas não mais como o resumo de nossa vida espiritual – para o cristão vale o que consta dos Evangelhos até Apocalipse, principalmente as doutrinas ricamente ilustradas nos livros em questão – Cristo promoveu uma mudança extremamente radical. O Antigo Testamento se dá prazo de validade em Jeremias 31:31, Jesus Cristo impossibilitou a associação do Velho com o Novo em Marcos 2:22 e, em Lucas 22:20, explicitou a Sua Nova Aliança – Hebreus 8:13 reforça essa ideia. A Nova Aliança não é mais o Templo de pedra (1 Coríntios 3:16), nem o sangue do touro (Hebreus 10:4; João 1:29), tampouco a descendência genética de Abraão (Romanos 4:16), a Nova Aliança é Cristo:
“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” João 14:6
e – Só Deus altera a Palavra: os 10 Mandamentos, cerne da Lei do Antigo Testamento, vieram do Dedo de Deus (Deuteronômio 9:10), a única alteração –aprofundamento- da Lei foi o próprio Deus, em Cristo, que fez (João 13:34) e os Apóstolos tiveram contato com Cristo antes de escrever – Paulo ficou três anos apenas ouvindo o Espírito Santo (Atos 4:20; Gálatas 1:17-18). As profecias do Antigo Testamento são tidas como dadas diretamente por Deus, mas referem-se a ocasiões históricas, não alterando a doutrina. Líderes religiosos podem dar orientações extra-bíblicas de valor relacionadas a momentos históricos, contanto que não contradigam doutrinas explícitas e imutáveis das Escrituras, pois só Deus pode mudar a Palavra – embora nunca o tenha feito.
Em suma:
- Igreja de verdade é aquela que se baseia na Bíblia e, em especial, no Novo Testamento.
- Do balaio do cristianismo podemos destacar toda a denominação e seita que trabalha com sincretismos ou que se fundamenta essencialmente no Velho Testamento (obras, templos materiais, prosperidade material).
- A Bíblia não pode ser alterada, pois alterá-la é questionar a essência do próprio Deus.
- As doutrinas cristãs fundamentais são inegociáveis e imutáveis em sua atemporalidade e universalidade.
- A Bíblia é o que é, assim como Deus (Êxodo 3:14), e o primeiro passo para compreendermos o verdadeiro cristianismo está na análise da coerência da prática com a teoria explicitada nas Escrituras.
- Devemos, sim, fazer uso de livros diversos e ouvir com atenção os conselhos de nossos líderes, mas sempre agindo como os bereanos: certificando-se da coerência do dizer com o conteúdo bíblico.
- Textos de instrução religiosa podem ser escritos até hoje, mas nenhum pode entrar em conflito com o que foi primeiramente revelado.
- Protestantes não devem ouvir cegamente as palavras de seu líder, pois ele não é Deus - devem, sim, verificar a concordância dessas palavras com as da Bíblia. Católicos podem e devem dar ouvidos ao Papa, considerando as suas palavras com a autoridade de alguém experiente, porém, mesmo sendo o Papa, o que ele disser não pode entrar em discordância com princípios bíblicos.
2 – A Igreja é a expressão de Cristo no Mundo:
Tendo a autoridade da Bíblia devidamente trabalhada, posso usá-la para a definição do Segundo Pilar.
a - a importância da Igreja pode ser analisada em alguns pontos:
- Pouco antes de Cristo ascender aos Céus, Pedro ficou encarregado de dar continuidade ao “pastoreio do rebanho” que o Messias atraiu (João 21:16).
- O legado imediato que Jesus deixou no Mundo foi a Sua Igreja (Mateus 16:15-19), para quem a Terceira Pessoa da Trindade, o Deus Espírito Santo, foi enviado como Consolador e Instrutor (João 14:26).
- As últimas e, portanto, mais importantes palavras de Jesus, desferidas momentos antes da Ascensão, referiam-se à expansão da Igreja, constituindo a Grande Comissão (Mateus 28:18-20; Atos 1:8-9).
- A Igreja tem, diante de Cristo, uma autoridade especial (Mateus 16:18-19).
- A Igreja, ou reunião dos crentes, é a única forma de se ter o Corpo de Cristo, ou seja: para expressar Cristo no mundo é de suma importância fazer parte da Sua Igreja (1 Coríntios 12:13; Romanos 12:5).
- Ser Igreja é a melhor forma de cumprir a Grande Comissão (Efésios 4:12).
- Ser Igreja é a melhor forma de exercitar o Amor de Cristo (João 15:12).
- O Espírito Santo se desenvolve na Igreja, os dons espirituais são exercitados especialmente na congregação (1 Coríntios 12:3-10; Gálatas 5:22-25; 1 Tessalonicenses 5:19).
- Na Igreja o cristão tem apoio e pode ser corrigido do pecado (Romanos 12:10; Colossenses 3:13; Efésios 4:2, 32 e 5:21; 1 Tessalonicenses 4:18 e 5:11; Gálatas 6:2; Hebreus 3:13; 1 Pedro 1:22).
- A Igreja é que entrará com Cristo no Paraíso vindouro (Mateus 25:1 e 10; Apocalipse 19:7; Efésios 5:23-27).
b – A definição de Igreja
- Cada cristão constitui a Igreja (1 Pedro 2:5).
- É Igreja quem crê em Cristo como Senhor e Salvador (João 11:26) e participa na congregação dos crentes (Atos 2:46; Hebreus 10:25).
- A Igreja é um plural (Mateus 18:20).
- A Igreja é uma só no Espírito Santo (Mateus 12:25; Efésios 4:4).
- A Igreja é multiétnica, multicultural (Gálatas 3:28), independente de governo e território (João 18:36; Efésios 6:12) e não despreza indivíduos por causa da idade (Mateus 19:14), gênero (Lucas 1:42), classe social (Tiago 1:27; Efésios 6:9), capacidade intelectual (Mateus 11:25), saúde física e estabilidade emocional (2 Coríntios 12:9), condição atual (Mateus 9:12) e passado vergonhoso (João 8:11).
- A Igreja deve manter-se pura (1 Coríntios 6:15) e, embora deva amar a todos, precisa acusar o pecado e lutar contra ele.
- Existem várias igrejas por vários motivos: adaptações culturais e nacionais, desavenças doutrinárias e interesses pessoais. A busca por pureza e a adaptação, em certo nível, é benéfica, mas toda a adaptação tem limites doutrinários. A Igreja, mesmo dividida fisicamente, continua sendo uma espiritualmente: os cristãos sérios das diversas denominações constituem a Igreja de Cristo, unida pelo Espírito Santo - isso porque é Igreja quem creu em Cristo Jesus e eu, protestante, creio, assim como muitos católicos também podem ter crido e se convertido de verdade.
c – No que crê a Igreja Verdadeira?
- Oração aos Santos e mortos: o Mundo dos Mortos está inacessível (Mateus 8:22; Lucas 16:19-31), assim como não temos acesso aos vivos do Céu; a única vez que um morto é evocado por homens, fora da vontade de Deus, o é por uma feiticeira (1 Samuel 11:20-28).
- Quem são os Santos: no Novo Testamento a palavra "santo" pode referir-se a todos os cristãos vivos e que ainda habitam esse mundo (Filipenses 4:21), pois estão purificados pelo Sangue de Cristo e, como a própria palavra significa, já foram "separados" dos demais; pode, também, referir-se aos que já morreram e encontram-se com Cristo nos Céu, todos eles (Apocalipse 14:12-13). Cristo é tudo em todos, portanto não existem santos mais importantes do que outros, Cristo é que é o importante (1 Coríntios 1:26; Colossenses 3:11).
- A Igreja e a Verdade: a Igreja não define a Verdade, não tem autoridade para tal, ela apenas sustenta a verdade pela Bíblia revelada (1 Timóteo 3:15).
- Quem são os Santos: no Novo Testamento a palavra "santo" pode referir-se a todos os cristãos vivos e que ainda habitam esse mundo (Filipenses 4:21), pois estão purificados pelo Sangue de Cristo e, como a própria palavra significa, já foram "separados" dos demais; pode, também, referir-se aos que já morreram e encontram-se com Cristo nos Céu, todos eles (Apocalipse 14:12-13). Cristo é tudo em todos, portanto não existem santos mais importantes do que outros, Cristo é que é o importante (1 Coríntios 1:26; Colossenses 3:11).
- A Igreja e a Verdade: a Igreja não define a Verdade, não tem autoridade para tal, ela apenas sustenta a verdade pela Bíblia revelada (1 Timóteo 3:15).
- O Templo: Deus não habita em templos (Atos 17:24); louvamos a Deus fora do templo (João 4:21 e 24); Cristo substituiu o Templo (João 2:19); hoje nós somos o templo (1 Coríntios 6:19).
- Imagens e esculturas: como memorial servem, mas não podem receber orações (Salmos 97:7).
- Anjos: não possuem autoridade para transmitir algo diferente da Palavra (Gálatas 1:8); não podem ser adorados ou receber oração (Apocalipse 22:6-9).
- Politeísmo e idolatria: somente Deus, em qualquer circunstância, pode ser adorado e receber orações (Êxodo 34:14; Lucas 4:8). Nossa fé dever totalmente depositada em Deus (Salmos 37:5; Gálatas 3:26). Só existe UM Deus e, por isso, torno, ilegitimamente, coisas e seres como "deuses" e "ídolos" diante de mim simplesmente por colocá-los à frente de Deus ou prestar-lhes qualquer forma de culto (Deuteronômio 6:4; Mateus 6:24).
- Maria: criada por Cristo (João 1:3); menor do que Cristo (Filipenses 2:9); nasceu de homens e foi menor do que João Batista (Mateus 11:11); Jesus tem autoridade sobre ela (Mateus 28:18); a Igreja é mais importante do que ela (Lucas 11:27-28); ela nasceu com o pecado (Romanos 3:10 e 23); só Cristo é o intermediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5); só Deus pode ser adorado (Lucas 4:8); só Cristo veio do Céu e veio sem pecado, voltando para lá (João 2:4 e 3:13); só Cristo salva (João 3:16); Maria não é "mãe de Deus" em sentido de autoridade e origem (João 1:1-3; Salmos 90:2; Mateus 28:18), é "mãe de Deus" por ter feito nascer o Cristo Homem - o Filho já existia antes, na Eternidade (João 3:13); Maria era imperfeita (João 2:4; Marcos 3:32-33), mesmo que admirável (Lucas 1:42). O Novo Testamento não apresenta informações suficientes e exposições doutrinárias que indiquem uma teologia para o Culto Mariano - se o objetivo de Deus fosse apresentar Maria como Divina, isso teria ficado mais claro nos Evangelhos e nos escritos paulinos, mas não ficou, pois só Deus pode ser adorado e só há um Mestre e Bom (Lucas 18:19) - esse culto é uma construção histórica, não teológica, além de contradizer a Bíblia, que é imutável e suficiente.
- Ceia do Senhor: primeiramente, Cristo diz que o Ceia é um ato memorial (Lucas 22:19 e 1 Coríntios 11:24), de modo que não desencadeia uma realidade espiritual, mas, sim, apenas expressa a realidade espiritual já presente no coração do cristão. Em segundo lugar, o fato de Jesus referir-se ao vinho como "Seu sangue" e ao pão como "Seu corpo", não significa que eles são, literalmente, corpo e sangue de Cristo - tal construção é comum no texto bíblico: figuras são usadas como símbolos carregados de significado, como quanto Cristo fala que Ele é a "Porta" (João 10:7) ou afirma que seus discípulos são "sua mãe e seus irmãos" (Mateus 12:49). A Ceia é um memorial do sangue jorrado e do corpo despedaçado por nós, um lembrete constante do sacrifício de Cristo (1 Coríntios 11:26). Em terceiro lugar, se a cada Ceia o verdadeiro sangue de Cristo precisa ser jorrado novamente e o verdadeiro corpo de Jesus precisa, novamente, ser despedaçado, então o sacrifício lá na Cruz não foi suficiente, o que entra em contradição com o texto bíblico (Hebreus 9:12, 26 e 28). O sacrifício na Cruz foi feito uma só vez, de uma vez por todas, tornando desnecessário que Seu sangue continue jorrando e Seu corpo continue sendo despedaçado. A verdade é que, para a remissão dos pecados, hoje só nos basta pedir perdão diretamente para o Pai por meio de Cristo, sem a necessidade de um novo sacrifício e nem do intermédio de um sacerdote humano (1 João 2:1; 1 Timóteo 2:5). Para a Ceia não é necessária a presença de um sacerdote? O Apóstolo Pedro disse que todos somos sacerdotes (1 Pedro 2:9). Romanos 14 e 1 Coríntios 10:23-32 facilitam todo o entendimento.
- Maria: criada por Cristo (João 1:3); menor do que Cristo (Filipenses 2:9); nasceu de homens e foi menor do que João Batista (Mateus 11:11); Jesus tem autoridade sobre ela (Mateus 28:18); a Igreja é mais importante do que ela (Lucas 11:27-28); ela nasceu com o pecado (Romanos 3:10 e 23); só Cristo é o intermediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5); só Deus pode ser adorado (Lucas 4:8); só Cristo veio do Céu e veio sem pecado, voltando para lá (João 2:4 e 3:13); só Cristo salva (João 3:16); Maria não é "mãe de Deus" em sentido de autoridade e origem (João 1:1-3; Salmos 90:2; Mateus 28:18), é "mãe de Deus" por ter feito nascer o Cristo Homem - o Filho já existia antes, na Eternidade (João 3:13); Maria era imperfeita (João 2:4; Marcos 3:32-33), mesmo que admirável (Lucas 1:42). O Novo Testamento não apresenta informações suficientes e exposições doutrinárias que indiquem uma teologia para o Culto Mariano - se o objetivo de Deus fosse apresentar Maria como Divina, isso teria ficado mais claro nos Evangelhos e nos escritos paulinos, mas não ficou, pois só Deus pode ser adorado e só há um Mestre e Bom (Lucas 18:19) - esse culto é uma construção histórica, não teológica, além de contradizer a Bíblia, que é imutável e suficiente.
- Ceia do Senhor: primeiramente, Cristo diz que o Ceia é um ato memorial (Lucas 22:19 e 1 Coríntios 11:24), de modo que não desencadeia uma realidade espiritual, mas, sim, apenas expressa a realidade espiritual já presente no coração do cristão. Em segundo lugar, o fato de Jesus referir-se ao vinho como "Seu sangue" e ao pão como "Seu corpo", não significa que eles são, literalmente, corpo e sangue de Cristo - tal construção é comum no texto bíblico: figuras são usadas como símbolos carregados de significado, como quanto Cristo fala que Ele é a "Porta" (João 10:7) ou afirma que seus discípulos são "sua mãe e seus irmãos" (Mateus 12:49). A Ceia é um memorial do sangue jorrado e do corpo despedaçado por nós, um lembrete constante do sacrifício de Cristo (1 Coríntios 11:26). Em terceiro lugar, se a cada Ceia o verdadeiro sangue de Cristo precisa ser jorrado novamente e o verdadeiro corpo de Jesus precisa, novamente, ser despedaçado, então o sacrifício lá na Cruz não foi suficiente, o que entra em contradição com o texto bíblico (Hebreus 9:12, 26 e 28). O sacrifício na Cruz foi feito uma só vez, de uma vez por todas, tornando desnecessário que Seu sangue continue jorrando e Seu corpo continue sendo despedaçado. A verdade é que, para a remissão dos pecados, hoje só nos basta pedir perdão diretamente para o Pai por meio de Cristo, sem a necessidade de um novo sacrifício e nem do intermédio de um sacerdote humano (1 João 2:1; 1 Timóteo 2:5). Para a Ceia não é necessária a presença de um sacerdote? O Apóstolo Pedro disse que todos somos sacerdotes (1 Pedro 2:9). Romanos 14 e 1 Coríntios 10:23-32 facilitam todo o entendimento.
- Bíblia e tradição: a Bíblia é suficiente para instruir sobre a salvação (2 Timóteo 3:15); ela está pronta (Mateus 5:18); nada pode alterá-la (2 Pedro 3:16); a tradição é importante, pois nos mostra como a Igreja agiu na História e sob a perspectiva de sábios teólogos e evangelistas, mas não é maior que a Bíblia.
- Pedro e o papado: os mártires estão vivos no Céu e podem orar e interceder por nós diante de Deus (Apocalipse 6:9-10), mas nós só temos autorização para orar diretamente para Deus, em nome de Cristo e através do Espírito Santo (João 14:13-14) - até Jesus, o Filho, orou para o Pai! Quem somos nós para orar para outro? (Lucas 22:41); nenhum homem vivo é santo em essência (Romanos 3:23); só Cristo é intermediário entre os homens e o Pai (João 14:6); só Cristo é mestre e bom (Marcos 10:18 e 12:32-33); todo o cristão chega ao Pai por meio de Cristo (Hebreus 4:14); a Igreja, não o sucessor de Pedro, representa Cristo (1 Coríntios 12:27); o representante de Deus no mundo é o Espírito Santo (João 15:26); a Igreja é de Cristo (Mateus 16:18; Salmos 62:1); a Igreja se assenta sobre a declaração de Pedro (Mateus 16:16); Pedro é a raiz histórica da Igreja, seu primeiro líder (Atos 2), a “primeira pedra” (Mateus 16:18), representando primeiramente, com a Igreja, o Corpo de Cristo, o Filho (Marcos 16:19) – todos os cristãos são os sucessores sacerdotais de Pedro; Pedro diz que a pedra fundamental da Igreja é Cristo (1 Pedro 2:6); Pedro diz que todos os cristãos são “pedras” e “sacerdotes” (1 Pedro 2:5 e 9); nós não somos de "Paulo", ou "Apolo", ou quem quer que seja, nós somos de Cristo (1 Coríntios 3:4-11); o cristão deve se submeter a Deus (Mateus 22:37) e ao líder cristão, seja ele quem for (1 Coríntios 1:12-13, 3:6); nenhum homem é Deus ou perfeito (Mateus 22:37; Lucas 4:8); nenhum homem pode acrescentar algo às Escrituras (Tito 1:2; Hebreus 13:8); cada cristão é individualmente responsável diante de Deus (Romanos 14:12); Paulo e Apolo eram líderes sem sucederem ou se submeterem a Pedro - Paulo, inclusive, criticou a falha de caráter de Pedro (Gálatas 2:11-14). Pedro pecou (Mateus 16:23 e 26:34)..
- A salvação e o relacionamento com Deus: não há lugar central de adoração no Novo Reino (João 4:21-24); não há território político/geográfico pro mesmo (Mateus 18:20); o Templo e o território é o cristão (1 Coríntios 6:12); o único critério é crer em Jesus (João 3:16), ter Ele como Salvador, Verdade, Caminho, Porta (João 10:7 e 14:6); Cristo é o único intermediário entre o homem e Deus (1 Timóteo 2:5; Hebreus 4:14); através de Cristo, sem necessidade de mais ninguém, cada cristão pode chegar a Deus (Romanos 14:12); todos os que se ligam a Cristo fazem parte de Seu Reino (João 15:5); a ligação com homens, instituições e rituais não salva, somente a conversão individual à Cristo e a obediência pode promover salvação (Efésios 2:8; João 6:47); Pedro se baseia em Cristo, se creio em Cristo como Salvador (2 Pedro 1:11), amo a Deus em primeiro lugar (Mateus 22:37), amo o próximo como Cristo ama (João 15:12), produzo frutos (Mateus 3:8) e obedeço a vontade de Deus (João 14:21), sou Igreja; a salvação vem somente pela fé (Romanos 3:24), somente (Romanos 2:29), não por ligação genética e espiritual com um homem ou instituição, bastando uma ligação, pela fé, com Cristo Jesus (Hebreus 11:6); Romanos 2 afirma que ligamo-nos à Cristo por meio da fé, como a de Abraão, que foi salvo antes da Lei e do Templo; o batismo não salva, apenas demonstra e consolida uma realidade já existente no coração (Efésios 2:8; Lucas 23:43; Atos 1:5, 2:41, 10:47 e 18:8).
- Sobre o Dom de Línguas: podemos buscá-lo, mas é o menor dos dons e não pode ser usado sem que se tenha quem interprete. A pessoa recebe o Espírito Santo independentemente do dom de línguas (1 Coríntios 12:7-11 e 28-31; 1 Coríntios 14:1-17). As "línguas" do Pentecostes eram línguas humanas, conhecidas, facilitando o evangelismo (Atos 2:3-6).
- Sobre "unções estranhas": Deus age como desejar, mas dificilmente forçará algo escandaloso e humilhante (Mateus 18:7; Romanos 16:17); a fé não é irracional (Mateus 6:7), encontra-se Deus através do Espírito, não de objetos e rituais (João 4:24); não é válido agir espiritualmente para sobressair-se sobre os demais (Mateus 6:2); o dom serve para edificação, não para competição e divisão; Nabucodonosor foi humilhando em condição bestial (Daniel 4:33) - esse tipo de comportamento é demoníaco, não divino; sinais espirituais podem não provir de Deus se o indivíduo for incoerente na fé (Mateus 7:22-23).
- Sobre o Dom de Línguas: podemos buscá-lo, mas é o menor dos dons e não pode ser usado sem que se tenha quem interprete. A pessoa recebe o Espírito Santo independentemente do dom de línguas (1 Coríntios 12:7-11 e 28-31; 1 Coríntios 14:1-17). As "línguas" do Pentecostes eram línguas humanas, conhecidas, facilitando o evangelismo (Atos 2:3-6).
- Sobre "unções estranhas": Deus age como desejar, mas dificilmente forçará algo escandaloso e humilhante (Mateus 18:7; Romanos 16:17); a fé não é irracional (Mateus 6:7), encontra-se Deus através do Espírito, não de objetos e rituais (João 4:24); não é válido agir espiritualmente para sobressair-se sobre os demais (Mateus 6:2); o dom serve para edificação, não para competição e divisão; Nabucodonosor foi humilhando em condição bestial (Daniel 4:33) - esse tipo de comportamento é demoníaco, não divino; sinais espirituais podem não provir de Deus se o indivíduo for incoerente na fé (Mateus 7:22-23).
- Sobre a reencarnação: o homem tem só uma vida, depois dela, vem o Juízo de Deus (Hebreus 9:27).
- Sobre o carma: o ladrão no Calvário, mesmo tendo vivido em vilanias a vida toda, de modo que foi condenado à cruz, foi salvo por, simplesmente, aceitar Jesus, independentemente de seu histórico e daquilo que merecia (Lucas 23:43).
- Sobre a Teologia da Libertação: a primeira alusão a tal teologia é feita por Judas e reprimida por Jesus (Mateus 26:8-11).
- Sobre a Prosperidade: o único que oferece as riquezas do mundo no Novo Testamento é Satanás (Mateus 4:9).
Em suma:
- Qualquer movimento que se diga cristão, mas que exclua determinados segmentos sociais e étnicos, deve ser desconsiderado.
- A Igreja é feita por todos os cristãos, de qualquer vertente, que creem em Cristo e O vivem.
- Não existe cristão sem Igreja.
- Ninguém é intermediário entre Deus e os homens além de Cristo.
- Cada cristão é um sacerdote, é responsável por si mesmo diante de Deus.
- Templo, território ou genética não salvam.
- Obras não salvam.
- Imagens, por si só, não são um problema quando servem para valorizar a memória de alguém importante ou perpetuar princípios de vida que envolvem o indivíduo perpetuado, mas orar para elas é, sim, errado. Êxodo 20:5; Mateus 4:10.
- Maria pode ser admirada e servir como fonte de inspiração, mas nunca considerada como Deus.
- Cristo não veio ao mundo libertar os pobres e oprimidos, veio trazer salvação eterna. Cristo não veio ao mundo para nos dar riquezas materiais.
Resumo:
- A Bíblia é tudo o que precisamos em termos de doutrina, é imutável e universal.
- O Reino de Deus é multirracial, universal e apolítico.
- Cada cristão é um sacerdote responsável por si mesmo diante de Deus.
Estabelecidos os Dois Pilares principais (Bíblia e Igreja), vou finalizar vislumbrando a figura do cristão em si:
3 - O cristão é um "pequeno cristo" para esse mundo:
a - Definição de cristão:
- A própria palavra "cristão" significa "pequeno Cristo". O cristão é um seguidor, um imitador de Jesus (1 Coríntios 11:1).
- Cristão é aquele que creu em Cristo Jesus (João 11:26).
- Só em Deus há salvação (Isaías 43:11).
- É cristão aquele que participa da Igreja (1 Coríntios 12:14 e 19).
- Está em Cristo aquele que se alimenta dEle, ou seja: liga-se espiritualmente à Ele através da oração, e conhece-O através da leitura da Bíblia e da experiência de vida (João 6:56 e 6:48).
- É cristão aquele que segue Cristo também no sentido de lutar contra a carne e em sofrer por Ele (Lucas 9:23).
- É de Cristo aquele que procura a honra e glória de Deus acima de tudo, que O ama em primeiro lugar (1 Coríntios 10:31; Mateus 22:37).
- É cristão aquele que obedece aquilo que é importante para Cristo (João 14:21). Não existe meio-termo: ou tudo, ou nada (Lucas 11:23) - felizmente Cristo nos perdoa em nossos deslizes (1 João 2:1).
- O cristão tem acesso direto à Deus através de Cristo (João 14:6) e é individualmente responsável pelos seus atos (Romanos 14:12).
- O cristão é: templo (1 Coríntios 3:16), perfume (2 Coríntios 2:15), carta (2 Coríntios 3:2), sacrifício (Romanos 12:1), noiva (Apocalipse 22:17)...
b - No que temos que obedecer a Cristo?
- Leitura da Bíblia (Salmos 1:1).
- Oração sincera (1 Tessalonicenses 5:17).
- Buscar o conhecimento das coisas de Deus (João 8:32).
- Nutrir uma fé racional (1 Coríntios 14:16; Romanos 12:1).
- Deus em primeiro lugar, adoração somente ao Criador (Lucas 16:13).
- Amar o próximo como Cristo amou os homens (João 15:12).
- Fazer aos outros aquilo que gostaríamos que a nós fosse feito (Mateus 7:12).
- Em amor, devemos ajudar os outros nas suas necessidades (Mateus 5:39-42 e 44; Tiago 1:27).
- Nossa maior missão é levar a Palavra de Cristo a todos quantos pudermos (Mateus 28:19-20).
- O cristão precisa buscar santidade (1 Coríntios 6:15; 1 Pedro 1:16).
- O cristão precisa ser parte da Igreja (1 Coríntios 12:14).
- O cristão precisa ser humilde (1 João 1:10).
- Omissão é pecado (Tiago 4:17).
- Qualquer imoralidade é pecado (Gálatas 5:19-21).
- O que eu penso ser errado e faço, se torna pecado (Romanos 14:14).
- Negar Cristo diante dos homens é pecado (Lucas 9:26).
- Viver deliberadamente em pecado pode me fazer cair (Hebreus 10:26).
c - Por quais motivos é lícito pensar diferente dos outros?
Existem questões centrais e inquestionáveis da fé, como a salvação pela Graça através de Cristo, a existência do Inferno e a Doutrina da Trindade. Tudo isso é muito claro e imutável, porém há uma área de livre especulação, fora o cerne, onde podemos opinar, contanto que não ameacemos as doutrinas centrais ou escandalizemos nossos irmãos. Dentro dessa liberdade, se ela não tirar a centralidade de Cristo, é que entendo que os cristãos das mais diversas denominações podem estar igualmente salvos, independentemente das igrejas às quais pertencem, pois a salvação é individual (1 Coríntios 10:25-28; Romanos 14:2-17).
Em suma:
- Cristão é somente aquele que creu em Jesus e o tem como Centro.
- Cristão é aquele que obedece aos mandamentos de Cristo.
- Cristão é aquele que ama e auxilia os próximos.
- Cristão é aquele que carrega consigo o nome de Cristo, deixando-o evidente aos demais.
- Cristão é aquele que ora, lê a Bíblia e procura conhecer a Deus e nutrir uma fé racional.
- Podemos ter opiniões, teorias e teologias, contanto que não firam as dourinas básicas da fé.
Resumo geral:
- A Bíblia é a nossa autoridade máxima.
- O culto à Deus não está em templos de pedra, nem sacrifícios, nem rituais, nem pessoas, está no indivíduo e a sua vivência diária.
- Cristo é o Único Caminho.
- Só podemos adorar ao Senhor Criador.
- É cristão quem se entregou a Cristo e O obedece.
Conclusão:
Denominação, liderança religiosa, templo, tradição, sucessão apostólica, nada disso garante salvação! A única coisa que garante a salvação é uma entrega individual à Cristo. Cristianismo não é uma religião, Cristo não deu nome ao Seu movimento, portanto não importa muito qual a placa da minha igreja. Ser cristão é, basicamente, ter a Bíblia como centro, a instrução de meus líderes e a tradição da minha igreja como fontes de sabedoria (sempre me submetendo às autoridades), nutrir uma fé de individual e constante comunhão com Deus e auxílio aos próximos, com foco no evangelismo. Ser cristão é viver como uma "carta viva", transmitido através de palavras e atitudes aquilo que Cristo pregou (1 João 3:18). Espero que, com base no estudo acima, você tenha conseguido discernir alguns problemas em sua vida cristã (se eles existem), para corrigí-los, e tenha encontrado parâmetros consistentes para compreender o que é "joio" e o que é "trigo" (Mateus 13:24-30).
Resumo - postei no facebook.com, 14/08/2013:
Uma leitura cuidadosa dos escritos paulinos, do Evangelho de João e das Epístolas Gerais, com o acompanhamento de um bom comentário e/ou dicionário bíblico, Bíblia de Estudo e/ou livro de teologia, nos leva a um entendimento mais realista e coerente do Novo Testamento e da verdade do Evangelho: a Boa Nova que independe de rituais, de aparências e de locais - mas, havendo liturgia, local e aparência, o cuidado está na disposição do coração do indivíduo, na sua consciência, no seu caráter, na realidade interior, que dá sentido e valor espiritual a tudo o que for feito externamente. A realidade espiritual é o selo de qualidade de toda a ação prática e, portanto, é mais importante do que tudo o que o indivíduo venha a fazer. Nem mesmo o Batismo e a Ceia fazem real sentido se o coração do cristão estiver indisposto, contrariado - a confissão pública de fé só tem valor se tal fé se fizer presente e coerente no coração do seguidor de Cristo. Compreendo que um entendimento honesto da maravilhosamente profunda Mensagem tornaria desnecessária qualquer discussão sobre assuntos tão superficiais, tão culturais, tão históricos, tão locais, tão denominacionais quanto os que vejo nesse debate. Se o Pão, por exemplo, é o corpo de verdade ou não, não importa: importa é partilhar da Ceia em memória de Cristo, importa é comer desse Pão, confessar a fé, estar com os irmãos, ser Igreja - e, conforme o entendimento e a minha sinceridade, com base naquilo que a Bíblia tem me falado, serei visto por Deus. Isso é simples, isso é Cristo, isso é Paulo - ambos severos críticos dessas lutas de aparência contra aparência, de vaidade contra vaidade, de homem contra homem. A essência nunca foi e nunca será o que eu ou você pensamos ou o que ouvimos alguém importante falar, o que o "Pincel" disse - a essência está naquilo que a Bíblia deixa evidente, naquilo que o "Artista" revelou de Si mesmo. Está tudo muito claro - chega de manipulações imaginativas. Chega de procurar as respostas na Tela e no Pincel, procuremos, somente, no Artista, que foi quem usou o Pincel e confeccionou a Tela.
Natanael Pedro Castoldi
Uma leitura cuidadosa dos escritos paulinos, do Evangelho de João e das Epístolas Gerais, com o acompanhamento de um bom comentário e/ou dicionário bíblico, Bíblia de Estudo e/ou livro de teologia, nos leva a um entendimento mais realista e coerente do Novo Testamento e da verdade do Evangelho: a Boa Nova que independe de rituais, de aparências e de locais - mas, havendo liturgia, local e aparência, o cuidado está na disposição do coração do indivíduo, na sua consciência, no seu caráter, na realidade interior, que dá sentido e valor espiritual a tudo o que for feito externamente. A realidade espiritual é o selo de qualidade de toda a ação prática e, portanto, é mais importante do que tudo o que o indivíduo venha a fazer. Nem mesmo o Batismo e a Ceia fazem real sentido se o coração do cristão estiver indisposto, contrariado - a confissão pública de fé só tem valor se tal fé se fizer presente e coerente no coração do seguidor de Cristo. Compreendo que um entendimento honesto da maravilhosamente profunda Mensagem tornaria desnecessária qualquer discussão sobre assuntos tão superficiais, tão culturais, tão históricos, tão locais, tão denominacionais quanto os que vejo nesse debate. Se o Pão, por exemplo, é o corpo de verdade ou não, não importa: importa é partilhar da Ceia em memória de Cristo, importa é comer desse Pão, confessar a fé, estar com os irmãos, ser Igreja - e, conforme o entendimento e a minha sinceridade, com base naquilo que a Bíblia tem me falado, serei visto por Deus. Isso é simples, isso é Cristo, isso é Paulo - ambos severos críticos dessas lutas de aparência contra aparência, de vaidade contra vaidade, de homem contra homem. A essência nunca foi e nunca será o que eu ou você pensamos ou o que ouvimos alguém importante falar, o que o "Pincel" disse - a essência está naquilo que a Bíblia deixa evidente, naquilo que o "Artista" revelou de Si mesmo. Está tudo muito claro - chega de manipulações imaginativas. Chega de procurar as respostas na Tela e no Pincel, procuremos, somente, no Artista, que foi quem usou o Pincel e confeccionou a Tela.
Natanael Pedro Castoldi
Leia também:
- A Ofensa
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