- Ressuscitando!
Vislumbrando o verdadeiro cristianismo, aquele que é apresentado pela Bíblia, consigo ver no comportamento de muitas igrejas uma fé ao estilo "FÉst Food", mais voltada para o saciar de anseios da mente e do corpo, mais um momento de êxtase do que algo realmente íntegro. Com base em uma pregação que há alguns dias conclui, pretendo levantar pontos sobre uma "FÉst Food" e os 12 Pilares para a construção de uma fé coerente.
Resumo do trabalho, em ordem: 1 - Saber quem é o Pão da Vida; 2 - Procurar amar e alegrar-se em Cristo; 3 - Procurar relacionar-se com Deus; 4 - Procurar conhecer a Deus; 5 - Desenvolver senso crítico; 6 - Desenvolver o caráter; 7 - Definir uma causa; 8 - Perseverar; 9 - Nutrir a Esperança; 10 - Ser Igreja; 11 - Refletir Cristo; 12 - Buscar a Sabedoria; Recapitulação.
Vislumbrando o verdadeiro cristianismo, aquele que é apresentado pela Bíblia, consigo ver no comportamento de muitas igrejas uma fé ao estilo "FÉst Food", mais voltada para o saciar de anseios da mente e do corpo, mais um momento de êxtase do que algo realmente íntegro. Com base em uma pregação que há alguns dias conclui, pretendo levantar pontos sobre uma "FÉst Food" e os 12 Pilares para a construção de uma fé coerente.
Resumo do trabalho, em ordem: 1 - Saber quem é o Pão da Vida; 2 - Procurar amar e alegrar-se em Cristo; 3 - Procurar relacionar-se com Deus; 4 - Procurar conhecer a Deus; 5 - Desenvolver senso crítico; 6 - Desenvolver o caráter; 7 - Definir uma causa; 8 - Perseverar; 9 - Nutrir a Esperança; 10 - Ser Igreja; 11 - Refletir Cristo; 12 - Buscar a Sabedoria; Recapitulação.
Cristo, “pão da nossa carne”?
João 6:1-15, 22-43, 60, 66-69
- Maior força no homem: desejos, prazeres, instinto, clamores da carne. Jeremias 17:9; Gênesis 4:7
- O Milagre de Jesus: multiplicou alimento porque ama, mas queria transmitir uma verdade espiritual eterna porque ama ainda mais. João 15:13
- O “Pão” segundo a multidão: o povo queria Cristo como um “pão” para suprir as suas necessidades físicas. Mateus 4:3 e 9
- O “Pão” segundo o “Pão”: o “Pão” que seria partido na Cruz para pagar o preço do Pecado. Lucas 22:19
- O “Pão” segundo os discípulos: Aquele que desde os Tempos Antigos era esperado, a Esperança de Israel.
Hebreus 1:1-2
Deus quer nos abençoar...
... Mas bênçãos nem sempre se resumem a bens materiais! Filipenses 4:12-14
Deus quer nos ver materialmente bem...
... Mas Cristo não morreu na Cruz para lutar em nome de nosso conforto! João 3:14-15; Mateus 16:24
Nós temos visto Cristo, o Pão da Vida, como alimento para a nossa carne ou como alimento para o nosso espírito? O Pão da Vida nos é algo como um hambúrguer de Fast Food, ao qual recorremos simplesmente para matar de modo rápido e momentâneo a fome, ou nos é como um Pão diário, que nos sustém para a “lida no campo”, para a corrida em prol da Eternidade? Nossa Fé é uma “FÉst Food” ou uma “Fé que move montanhas”?
Lucas 10:2; 1 Coríntios 9:25-27; Mateus 17:20
Como desenvolver uma Fé Coerente?
1 – Saber quem é o Pão da Vida:
João 1:38-41
Quem, de fato, é Jesus? No que consiste a euforia de André?
Façamos uma retrospectiva bíblica.
O que André esperava desde criança?
-O homem pecou, Gênesis 3:6.
-Deus prometeu um filho da mulher para vencer o Pecado, Gênesis 3:15.
-Da descendência de Sete, filho de Adão, viria esse homem, Gênesis 4:25-26.
-Noé, da descendência de Sete, reinicia a humanidade, Gênesis 6:8-9 e 13-14.
-Sem, filho de Noé, se tornou herdeiro das terras do Oriente-Médio, de onde Deus chamaria o Seu povo.
-Da Mesopotâmia Deus chama Abrão para guiá-lo à Palestina e formar dele uma nação poderosa e influente, firmando a Aliança Abraâmica, a culminar com O Messias, Gênesis 12:1-3. Gênesis 17:1-9 mostra-nos que O Messias salvador viria de Abraão.
-De Abraão nasceu Isaque e de Isaque nasceu Jacó, herdeiro da primogenitura –Gênesis 25:33- e da Promessa –Gênesis 27:28-29- que Deus chamou de Israel –Gênesis 32:28. Este seria o pai de doze filhos, os genitores das 12 tribos de Israel.
-Dos 12 filhos de Israel, Judá seria o herdeiro da Promessa Messiânica, Gênesis 49:10.
-Com uma forte seca em Canaã, Israel passa a habitar o Egito, com privilégios do filho José, vendido como escravo, mas bem sucedido como governador egípcio. O povo se formou naquelas férteis terras, Gênesis 46:31-34.
-Quatro séculos depois, uma nova dinastia toma o Egito e os hebreus são considerados inimigos do faraó, que os aprisiona, Êxodo 1:1-11.
-Moisés, da Tribo de Levi, maravilhosamente colocado na corte egípcia, é levantado como um sábio e poderoso libertador, Êxodo 3. Com Moisés e as Dez Pragas, Israel é libertado e inicia seu êxodo para a Terra Prometida, a de Abraão.
-Deus firma uma aliança com Moisés e o seu povo, a Aliança Mosaica, fundamentada em leis úteis para a construção de uma nação: a desinfecção da cultura egípcia, a formação de uma identidade própria e a proteção contra o paganismo cananeu. A Aliança Mosaica é condicional e seu descumprir resulta em maldição, Êxodo 34:27 e Deuteronômio 30:19-20. Moisés profetiza a vinda do Messias em Deuteronômio 18:15.
-Josué lidera a reconquista de Canaã, o período dos Juízes se assenta e o juiz, profeta e sacerdote Samuel inicia a monarquia ungindo Saul e, posteriormente, Davi, filho de Judá, a quem Deus escolheu.
-Deus firma uma nova aliança, dessa vez com Davi, a Aliança Davídica, que culminaria no Messias, 2 Samuel 7:9-16. Isaías 11:10 fortalece essa verdade constatada.
-Davi gerou Salomão, que descumpriu a Aliança Mosaica e Davídica e, dividindo-se entre Deus e o paganismo, rompeu, em juízo divino, Israel ao meio, Norte e Sul, Israel e Judá. O Messias viria de Judá. Deus manteve Sua palavra incondicional acerca da Aliança Abraâmica e da Aliança Davídica.
-O período dos Reis se instala e a iniquidade é tanta, que Deus julga Israel com a Assíria e Judá com a Babilônia, mas Judá pôde sobreviver e, depois de exilado, retornar para cumprir seu chamado messiânico. Nesse período profetas se levantaram para acusar o pecado, indicar o juízo e afirmar que Deus restauraria Seu povo após a disciplina, promovendo uma série de profecias messiânicas, do Cristo a redimir o pecado –Isaías 53-, nascido em Belém –Miquéias 5:2-, do ventre de uma virgem –Isaías 7:14-, formado na Galiléia –Isaías 9:1-7- e o rei eterno de Jerusalém –Números 24:17-19. Temos as duas etapas do ministério de Cristo com Suas duas vindas: o cordeiro sacrificial, instalando o Reino de Deus e o governante eterno, vindo buscar os Seus para reinar com eles. Os Persas, Gregos e Romanos dominam Israel na sequência.
-Um período de quatro séculos divide o Antigo e o Novo Testamento, marcado pela dominação grega e romana. Num contesto de miséria e calamidade, nasce O Cristo como o humildade cordeiro sacrificial, cumprindo todos os requisitos proféticos em termos de ligação com Adão, Sete, Noé, Sem, Abraão, Isaque, Jacó, Judá e Davi, como se lê em Lucas 3:23-38 e Mateus 1:1-16.
-Cristo vive, por nós, a vida perfeita, ideal, cumprindo toda a Lei e pregando a Nova Aliança, consolidada com o Seu sangue derramado, Lucas 22:20. Ele morreu e ressuscitou, deixando como legado uma Nova Lei, a Lei da Fé, não escrita em tábuas de pedra, mas no coração –Jeremias 31:31-33-, através da vinda do Espírito Santo, o Consolador –João 14:26.
Tudo começou em Deus. O Pecado derrubou o Mundo e, através de uma complexa corrente profética e genealógica, O Criador revelou o Seu Filho, o fundador da Igreja que, um dia, terá seus membros sérios resgatados e levados novamente ao Pai.
Na História da Salvação, Deus deu forma à três Alianças principais: a Aliança Abraâmica, pela qual iniciou o povo de Israel e prometeu a vinda de Cristo, juntamente com uma bênção universal, a Aliança Mosaica, que preparou Israel para Cristo, e a Aliança Davídica, que profetizou a eternidade do reinado de Jesus, Filho de Davi.
A euforia de André faz ou não faz sentido? Somente entendendo que Jesus realmente é que conseguiremos nutrir tal euforia, tal alegria!
2 – Procurar amar e alegrar-se em Cristo:
João 1:38-41; Mateus 22:37; Filipenses 4:4
- O Amor é um dom de Deus: o buscamos em disciplina e oração. Gálatas 5:22; Mateus 5:29 e 44
- Amor e alegria nos estimulam a buscar Deus e se desenvolvem nessa mesma busca.
Euforia é resultado involuntário e natural do toque divino e do encontro com Cristo, mas, sendo emoção, não pode ser tida como primazia. Desenvolver um relacionamento com Deus é essencial para trazer consistência!
3 – Procurar relacionar-se com Deus:
Salmos 1:1; 1 Tessalonicenses 5:17
1 – Deus é Trino, é relacional.
2 – Deus criou o homem para um relacionamento.
3 – Relacionar-se com Deus através da leitura da Palavra e da oração é o que perpetua o experimentar do Seu amor e presença. Obediência é o centro do relacionamento.
- O relacionamento aumenta o amor, o amor estimula o relacionamento. E se faltar amor? O busquemos em disciplina e o procuremos em Deus.
Quem ama a Deus se relaciona com Ele! Agora, quem não sente amor suficiente, pode se disciplinar, orando e lendo a Bíblia mesmo contra a vontade para, aos poucos, ver o Grande Fruto do Espírito, que é o Amor, brotar ao seu coração e, assim, tornar o relacionamento algo natural e incondicional. Deus é um assunto sério!
Alegria e amor por Deus é algo que Deus coloca em nós quando O procuramos e O procuramos porque Ele se manifesta em nós dessa forma. Há, porém, uma segunda fonte de amor e alegria, que não inibe a primeira: o conhecimento das coisas de Deus (André e sua espera).
4 – Procurar conhecer a Deus:
João 8:32 e 14:21; 2 Timóteo 2:15; Salmos 25:14
- Conhecimento da pessoa de Deus através do relacionamento.
- Conhecimento sobre Deus através do estudo da Palavra.
- Quando mais conhecemos, mais amamos e quanto mais amamos, mais procuramos conhecer.
Quanto mais profundo o conhecimento bíblico e teológico, mais forte é a nossa fé, mais preparados estamos para resistir a todos os desafios.
A fé é um dom de Deus, mas é fortalecida com o conhecimento – isso se o conhecimento caminhar ao lado de um relacionamento íntimo com o Criador.
Quando temos conhecimento e sinceridade, conseguiremos discernir melhor aquilo que condiz com a Vontade de Deus e o que não condiz – e agiremos conforme a nossa consciência e a integridade dos irmãos na fé.
5 – Desenvolver senso crítico:
João 1:45-49; Lucas 1:34, 2:19 e 51
- Podemos questionar o que não entendemos. Não devemos aceitar, prontamente, qualquer coisa.
- Maria não duvidou de Deus, mas buscou entender a forma como Ele agiria.
- Se a fé falhar, devemos pedir mais fé para o Criador.
- Deus se revela ao coração sincero e disposto, confortando-o mesmo se faltem respostas.
Quanto maior o nosso amor por Deus, mais buscamos conhecê-Lo e mais cuidadosamente analisamos aquilo que recebemos, para evitar o erro. Quando o conhecemos e recebemos respostas ou entendimento daquilo que ponderamos, mais O amamos e, por fim, mais zelo e conhecimento procuraremos. O relacionamento nos manterá abertos para Deus. Deus pode nos aumentar a fé. Lucas 17:5
Sem apurado senso crítico, o cristão pode se deixar levar facilmente por qualquer coisa que o instigue.
O senso crítico só é benigno se o desenvolvermos com sinceridade, amor e caráter. O cristão sem caráter tende a fazer de Cristo aquilo que ele deseja.
6 – Desenvolver o caráter:
Mateus 1:18-20
1- José pensou que Maria o tinha traído, mas, ainda assim, prezou pelo seu bem.
2- Deus se revelou a José depois de sua demonstração de caráter.
3- Deus geralmente se revela a homens de caráter, que buscam e agem de modo coerente.
- Alguns desenvolvem o caráter naturalmente, outros devem lutar contra a falta dele, tentando fazer valer o que saber ser correto, isso se chama “disciplina”.
Colossenses 3:5
O caráter pode ser natural ou adquirido por disciplina. Com caráter o indivíduo busca a Deus de modo coerente e Deus se revela ao indivíduo. Quando Deus se revela, o amor cresce e o caráter é melhor aperfeiçoado, levando a uma busca mais profunda por Deus.
Com um relacionamento e o aumento do amor, o indivíduo é quase que naturalmente orientado a uma busca cheia de caráter.
Aquele que busca com zelo e caráter, não se deixará distrair, não se deixará levar por qualquer onda, não se deterá demais em questões carnais. Com caráter e zelo, o indivíduo aproveitará o que é bom, mas, traçando um objetivo de vida, não interromperá a sua marcha.
7 – Definir uma Causa:
1 Coríntios 9:25-27
1 – Cristo veio ao mundo para nos oferecer a Vida Eterna.
2 – O cristão concorda com Cristo.
3 – O objetivo máximo da vida do cristão é a Vida Eterna.
- Todo o seguidor de Cristo precisa viver como estrangeiro nesse mundo, como quem está de passagem, com o olhar na eternidade. O objetivo do cristão é honrar Cristo em tudo, levar pessoas ao Seu conhecimento e marchar para a Vida Eterna. Nada pode prejudicar essa missão.
Com base no amor e relacionamento, o cristão definirá um irredutível e simples plano de vida. Com base na euforia e no conhecimento, o cristão terá incentivo emocional e intelectual para essa difícil caminhada. Tudo isso depende de caráter, para perseverar, e senso crítico, para não se deixar levar por qualquer distração.
Teoria é uma coisa, prática é outra. Não adiante definir um plano de vida e não pô-lo em exercício. O cristão, uma vez que definiu, com base no relacionamento com Deus e no amor por Ele, com base no zelo e caráter, um Plano de Vida, precisa perseverar nele até o fim.
8 – Perseverar:
Hebreus 10:39; Mateus 24:13; 1 Timóteo 1:19
1 – Aquele que está junto de Deus cresce e gera frutos.
2 – O cristão deve estar junto de Deus.
3 – O cristão cresce e gera frutos.
4 – Crescimento exige tempo e perseverança.
– Sem perseverança o crescimento se interrompe. O “ramo infrutífero será cortado da videira”, o cristão que não persevera é como um navio que naufraga.
João 15:6
É impossível perseverar numa fé verdadeira e incondicional se o cristão não amar a Deus profundamente e não orientar-se por zelo e caráter. Crescimento exige transformação e transformação exige disposição, disposição essa que só existe se houver amor e euforia. Se não houver amor, nem alegria e nem caráter, o cristão poderá, intelectualmente ciente da situação, disciplinar-se e pedir que Deus libere Seus dons, que são o amor e a alegria.
O cristão não conquista a salvação pela persistência, ele a conquista através de Cristo. Perseverar é manter-se no caminho no qual Jesus colocou aquele que foi salvo - Graça é atravessar, por meio de Cristo, a Porta (que é Ele mesmo), perseverança é prosseguir no mundo que existe depois dela.
Perseverar pode ser extremamente doloroso se for feito apenas por um entendimento intelectual ou com base no emocional. O cristão precisa de motivos claros para perseverar - ter uma causa, mas não nutrir uma esperança real, é tortura.
9 – Nutrir a Esperança:
Mateus 28:20; Atos 1:11
1 – Cristo veio ao mundo e implantou a Sua Igreja.
2 – Cristo voltará para tomar para Si as Suas ovelhas.
3 – O cristão deve manter viva tal esperança.
- A esperança da volta de Cristo alimenta nossa euforia, estimula a perseverança, aprofunda o relacionamento com Deus, dá corpo para a Causa. O cristão pode viver por uma Causa e, ao mesmo tempo, ter a esperança apagada, levando a uma fé dura e existencialista.
A Esperança pode ter duas origens iniciais: entendimento intelectual e/ou certeza emocional/espiritual. Independentemente da origem, a Esperança precisa ser mantida, para isso precisa-se desenvolver o relacionamento com Deus, perseverando em Sua vontade, tendo a Causa definida e estabelecida e aprofundando o conhecimento da Verdade, para incentivar a euforia. Fortalecida a Esperança, estimula-se ainda mais o relacionamento, a euforia e a perseverança na Causa. O amor alimenta a Esperança e é alimentado por ela. Casos de ceticismo: disciplinas espirituais.
Até agora tratamos da introspecção, da formação de uma mentalidade cristã coerente, de uma fé eufórica, porém séria, de uma fé dinâmica, porém racional, de uma fé crítica, porém cheia de esperança, de um entendimento teórico, porém exercido na prática. Isso tudo é essencial, mas Cristo implantou no mundo a Igreja e não um humanismo individualista. Desligado da Igreja, não pode existir cristão.
10 – Ser Igreja, estar com outros:
Mateus 18:20
1 – Deus é relacional e hierárquico.
2 – O cristão deve se relacionar e submeter.
3 – Na Igreja nos relacionamos, temos suporte e nos submetemos aos mais experientes e sábios.
- Estar com outros cristãos é trabalhar o amor, é ouvir conselhos e aconselhar, é receber instrução e conhecimento, mas também instruir e ensinar. Na Igreja apoiamos e somos apoiados.
Todos os pontos necessários para se formar uma Fé Coerente necessitam do apoio de outros cristãos para se desenvolverem. Nós somos importantes para o desenvolvimento dos pilares da Fé nos demais e os demais são importantes para o nosso desenvolvimento – se os amamos nos dedicaremos à eles, se amamos nosso Senhor, nos permitiremos moldar e melhorar por eles.
Podemos preferir a solidão ou ter dificuldades de amar, nesses casos é importante fazer uso da autodisciplina.
Cristo nos chamou para a Eternidade e, uma vez salvos, devemos levar a Sua mensagem aos demais. Como testemunhas de Cristo, precisamos aperfeiçoar nossos corações e nossas mentes, isso com o auxílio de outros cristãos, a quem também auxiliamos, de modo que nos vemos cada vez mais capacitados para o evangelismo – sem isso, nossa estadia nesse mundo não teria mais valor.
11 – Refletir Cristo:
Mateus 5:16; Atos 1:8; Tiago 1:27
1 – O cristão é imitador de Cristo.
2 – Cristo auxiliava os necessitados e transmitia a Mensagem.
3 – O cristão deve praticar boas obras e levar a Boa Nova e todos.
- Nós, como cristãos, não somos mais desse mundo, mas vivemos nele e, enquanto aqui estamos, precisamos ser cidadãos excelentes, amorosos e úteis, testemunhas constantes e coerentes da Mensagem de Salvação.
Quando a fé é coerente, o cristão buscará atrair outros para Cristo através do excelente comportamento, do auxílio social e até mesmo, se necessário, através do sacrifício. Recursos materiais não serão usados como fonte de persuasão, como promessas de prosperidade carnal ao não-cristão, mas, sim, como recursos para um atendimento eficaz nas suas necessidades físicas e intelectuais, para que ele experimente o amor de Cristo através do cristão. Um evangelismo coerente produz cristãos evangelistas e, assim, a Igreja cresce.
Quando há barreiras para o evangelismo e as boas obras, disciplinas espirituais são necessárias, incluindo atitudes drásticas de autoprivação.
Todo o conhecimento e toda a prática dependem, para serem bem administrados e o maximamente eficazes, de sabedoria. A Sabedoria é um dos dons mais excelentes que Deus, gratuitamente, disponibiliza – sem ela o próprio amor por tornar-se fanatismo.
12 – Buscar a Sabedoria:
Provérbios 2:6 e 8:11
1 – A fé é emoção e conhecimento.
2 – O que sentimos e sabemos deve ser aplicado e administrado.
3 – A Sabedoria é o meio pelo qual discernimos e exercemos com excelência a nossa fé.
4 – A Sabedoria é um dom de Deus. O relacionamento com Deus a desenvolve e a desenvolvemos com o relacionamento com Deus.
- Em casos de falta de sabedoria (imediatismo, por exemplo), podemos pedi-la para Deus em oração.
Pôr em prática na vida individual e em sociedade o conhecimento da Verdade exige sabedoria. A reflexão sábia sobre os aspectos do sentir e saber amplia o conhecimento, a prática sábia do sentir e saber aumenta a sabedoria e o próprio conhecimento. Lembre-se: a mente que não se orienta pela sabedoria, tende a ser dominada pelos espinhos do maligno coração humano.
Todo o cristão de caráter e movido pela Causa irá buscar se aperfeiçoar na sabedoria, para ser mais eficaz na Igreja e no Evangelismo.
O que fazer: saber, amar, alegrar, relacionar, conhecer, questionar, perseverar, esperar, agir.
Como fazer: com caráter, com sabedoria, sendo Igreja.
Recursos: Deus e disciplina.
Bases: amor, relacionamento, conhecimento e ação.
1 - Saber quem é o Pão da Vida gera amor e euforia.
2 – Procurar amar e alegrar-se em Cristo gera interesse por conhecer e relacionar-se com Deus.
3 – Procurar relacionar-se com Deus gera amor e sede por conhecimento sobre Ele.
4 – Procurar conhecer a Deus gera amor, sede por relacionamento e senso crítico.
5 – Desenvolver senso crítico gera amor por Deus, mais sede por relacionamento e conhecimento.
6 – Desenvolver o caráter gera amor e interesse por um relacionamento com Deus. Pelo caráter definimos e nos entregamos à Causa.
7 – Definir uma Causa gera euforia, amor e sede por relacionamento e conhecimento.
8 – Perseverar gera amor, conhecimento, sede por relacionamento com Deus, euforia e zelo.
9 – Nutrir a Esperança gera perseverança, amor, euforia e sede por conhecimento e relacionamento com Deus.
10 – Ser Igreja gera euforia, amor, conhecimento e relacionamento com Deus.
11 – Refletir Cristo gera amor, euforia, relacionamento e conhecimento.
12 – Buscar a Sabedoria gera euforia, amor e sede por conhecimento e relacionamento com Deus. Pela sabedoria administramos todo o restante.
-> Para tudo isso é necessário depender de Deus e praticar a disciplina.
E você, tem desenvolvido uma fé apta a, somente, suprir os interesses da tua carne ou uma fé totalmente “fundamentada na Rocha”? A leitura bíblica, a oração, a vinda ao culto e todo o restante é feito para agradar homens e buscar o favor divino ou é tido por amor à Deus e objetivando aprofundar o relacionamento com Ele e a capacitação para a Obra? Não é fácil desenvolver uma fé coerente, mas é necessário – para tal temos como recorrer à Deus e à disciplina, isso se tivermos caráter.
Natanael Pedro Castoldi
Leia também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário