De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

domingo, 25 de agosto de 2013

A História Misteriosa

Um dos temas bíblicos que mais me traz fascínio é aquele que se refere ao mundo pré-diluviano, sobre o qual já falei nas seguintes postagens: "Dilúvio no Planeta dos Outros? Esse pode!"; "Mistério". São duas postagens completas e coerentes e é aconselhável que sejam lidas antes de seguir na leitura desse breve artigo que, na primeira análise, vai parecer esquisito, coisa de louco - mas quem não carrega umas ideias meio insanas na mente? A diferença é que algumas das minhas eu não temo divulgar. Vamos começar com o facilmente aceitável e seguir para o mais incerto.
1 - Gênesis pode ser levado literalmente?
Como uma história multimilenar, incluída em um dos livros mais antigos da humanidade, é insanidade sugerir que o relato de Gênesis sobre as Origens seja algo literal, científico. Não é! É lógico que contém verdades ou princípios verazes, seja em termos de ciências naturais, seja em termos espirituais, mas jamais podemos examinar o mundo sob uma ótica literal, ao pé da letra, de Gênesis, que antes ensina como viver nesse mundo do que descreve o próprio mundo. Uma história atemporal, que precisa divulgar a Mensagem Divina para a humanidade em toda a sua história e suas culturas, evidentemente apresenta-se de modo que tanto o homem mais antigo quanto o mais recente consigam entender na essência.
- Como Moisés recebeu o relato das Origens e como isso influenciou na redação de seu livro? Quando falamos de um profeta de Deus descrevendo um evento de, quem sabe, dezenas de milênios no passado, podemos estar falando de uma visão divina, tida em êxtase, tida em sonho, tida no momento da redação ou da própria pregação. O fato é que, em visão, Moisés não viu todo o processo criativo em tempo real e literalmente, muito certamente as informações do conto poético de Gênesis 1 brotaram num turbilhão de imagens frenéticas e retumbantes, cheias de simbolismos carregados de verdades. Existem ainda sugestões de que Moisés teve acesso, em seus estudos como príncipe do Egito, aos mais antigos documentos da história humana e a uma herança multimilenar de tabletes de argila herdados de Abraão que, por sua vez, herdou de seu pai, Tera, habitante de uma das civilizações pós-diluvianas mais antigas, os sumérios, sobre os quais falarei posteriormente, de modo que o relato de Gênesis, advindo originalmente do povo que desenvolveu uma das mais antigas formas de escrita, seria mais antigo que os politeístas relatos babilônicos. De qualquer modo, tanto uma tradição recebida e divinamente protegida por Deus quando uma visão fervilhante, dificilmente trariam todos os detalhes dos eventos descritos.
É possível que, além das visões e/ou relatos mais antigos, Moisés tivesse adaptado partes da história para o entendimento hebreu: ao falar sobre as "águas de cima", por exemplo, poderia estar apontando para as nuvens ou fazendo referência à crença comum de que a Terra estaria coberta por um domo e, sobre o domo, cercada de água, o que não invalida o texto de Gênesis, uma vez que seu objetivo primordial estava na transmissão da vontade divina e na configuração de uma cosmovisão e de uma identidade particular de Israel, para varrer a influência egípcia e proteger o povo da cultura cananeia.
2 - Qual é a idade do Universo?
Parece-me loucura afirmar que a Terra tenha apenas 6 mil anos de idade, pois, além de tal informação ir severamente contra as observações mais óbvias sobre a idade da Terra, a própria Bíblia não o afirma. Com base numa outra gama de evidências, também não sou capaz de crer num Universo com um punhado de bilhões de anos, porém a Bíblia não nos levanta um limite de idade para o Universo.
- Antes do Primeiro Dia: um dos fatos mais notáveis de Gênesis 1 está num princípio anterior ao Primeiro Dia, de um período de tempo indeterminado que se deu entre a Origem do Universo e a proclamação da gigantesca explosão de luz que tirou tudo do estado de gélida estabilidade para o dinamismo criativo. "No princípio criou Deus o céu e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas." Gênesis 1:1-2. Com base nessa informação, é impossível definir uma idade para o Começo.
- A Primeira Criação: A Bíblia em Ordem Cronológica, Vida, começa o seu relato com uma Primeira Criação, antes dos Seis Dias da Criação da qual fazemos parte. Esse período começa com a eternidade de Deus, o Gênesis 1:1, segue com a Queda de Satanás (Isaías 14:12-17; Ezequiel 28:13-18) e termina com a destruição da Primeira Criação, corrompida por Lúcifer (Gênesis 1:2; Jeremias 4:23-26). Com base nessa teologia, também temos uma dificuldade maior em definir a idade do Universo.
- Dias Era: primeiramente, Gênesis 1 é um canto poético, portando o "dia" pode indicar uma figura. De qualquer modo, houve "dia" antes de a Terra iniciar sua órbita entorno do Sol, o que pode levar ao entendimento de que "dia" indica, apenas, um período de tempo caracterizado por determinados eventos criativos. A questão parece ser satisfatoriamente solucionada quando se compara Gênesis 1 e Gênesis 2 em termos da criação do homem e da mulher: no primeiro, Adão e Eva são criados, ambos, no Dia 6, enquanto no segundo, Adão é criado primeiro, tendo tempo de observar e nomear parte dos animais, sentir-se solitário e até mesmo procurar por uma semelhante entre as demais criaturas, tendo sido Eva criada, quase que evidentemente, vários dias depois de Adão. Se os Dias da Criação forem Dias-Era, torna-se ainda mais difícil definir uma idade para o Universo com base nas Escrituras.
- Genealogias: as genealogias do Antigo Testamento, seguindo os padrões hebraicos, são lacunosas, dando evidência aos heróis mais proeminentes de períodos relativamente grandes - Jesus, por exemplo, era considerado filho de Davi, mil anos de diferença. Entre Jarede e Enoque várias gerações podem ter se desenvolvido, já que é da tradição dos hebreus ressaltarem apenas os nomes mais significativos de sua história. Os termos hebraico “gerar”, “filho” e “filha”, encontrados nas genealogias do início de Gênesis, podem indicar tanto descendentes distantes quanto imediatos; as 10 gerações de Adão até Noé e as 10 de Noé até Abraão são mais um recurso simétrico, que enaltece a beleza do texto; na genealogia de Lucas 3, verso 36, vemos que entre Afraxade e Salá houve Cainã, entretanto Cainã não aparece na genealogia de Gênesis 10, por exemplo. Fonte: Manual Bíblico Unger, Merril Frederick Unger, Edit. VidaNova, pg 45.Com base nisso, não podemos saber com clareza por quanto tempo desenvolveu-se a humanidade pré-diluviana.
- Conclusões: não se pode datar a idade do Universo com base na Bíblia e também não se pode precisar adequadamente qual teria sido a configuração geológica que antecedeu do Dilúvio.

3 - O homem pré-diluviano:
A Bíblia nos dá indicações de que, num estágio de excelência genética (física e intelectual) e espiritual, o ser humano pré-diluviano deve ter sido o responsável pela produção de tecnologias estranhas, capazes de erguer as mais colossais e precisas obras arquitetônicas, de modo que algumas gerações depois de Noé ainda carregassem certo grau dessa geniosidade - isso fica claro na construção da Arca e da Torre de Babel. O interessante é que a história humana realmente aponta para uma tecnologia poderosa nos primórdios - vide os livros: A Incrível Tecnologia dos Antigos, David Hatcher Childress, Aleph, 2013, e A História Secreta da Raça Humana, Michael A. Cremo e Richard L. Thompson, Aleph, 2012. Evidências mais acessíveis sobre a grandiosidade do Homem Antigo você pode ler nos meus seguintes artigos: "Ufologia?"; "A História Fabulosa - Parte 1: Grandes Obras"; "Sapiens"; "Pneumo".
4 - O Dilúvio:
Não quero me concentrar na abrangência do Dilúvio e nem na questão da Arca de Noé, sobre isso você pode ler nos artigos "Mistério" e "A Arca de Noé Era Grande o Suficiente?" - evidências do Dilúvio podem ser encontradas na já citada "Mistério" e na "Dilúvio no Planeta dos Outros? Esse pode!". Nesse tópico eu pretendo desenvolver uma teoria que formulei noutro dia e que achei digna de ser divulgada, encaixando a grandiosidade do ser humano primordial com uma das causas mais razoáveis do Dilúvio. Verifiquemos:
- De onde veio a água do Dilúvio? Do Criador, provavelmente veio e foi, mas não necessariamente essa seja a reposta mais completa. Os sumérios, que já citei anteriormente, além doutros povos primitivos, conheciam, ou lembravam, de um Sistema Solar com mais planetas do que atualmente vislumbramos - leia mais sobre isso aqui e aqui. O que isso significa? Significa que, ou eles estavam precipitados, embora tenham acertado noutras profundidades da astronomia, ou que, de fato, observações ou memórias realmente tenham identificado planetas próximos hoje extintos - e a forma mais comum de ter um planeta desaparecendo é através de uma imensa explosão capaz de espalhar asteroides por todo o sistema derredor.
Vários estudos em asteroides identificaram água em sua composição, de modo que algum planeta ter explodido em nosso Sistema Solar pode ter enviado água em abundância, juntamente com os meteoros, para diversos planetas próximos, provocando, em especial, dois dilúvios: um em Marte e outro na Terra. Analisemos as evidências:
a - Imensa chuva de meteoros: Meteoritos do dilúvio?,
Criacionismo.com.br, Michelson Borges, 03/05/2008:
"Essa notícia faz pensar na 'grande catástrofe' descrita pelo geólogo Nahor Neves de Souza Jr., em seu livro Uma Breve História da Terra (SCB). No livro, o Dr. Nahor conta que nas seis missões do Projeto Apollo (1969 a 1972), desenvolvidas pela Nasa, foram coletados mais de 380 kg de amostras de solos e rochas da superfície da Lua. Quando os cientistas analisaram as amostras retiradas das crateras de impacto, perceberam que todas tinham a mesma 'idade'. A conclusão mais provável é a de que os impactos de meteoritos na Lua ocorreram praticamente todos ao mesmo tempo. Ou seja, a Lua foi vítima de um gigantesco e violento episódio, conhecido como o “grande bombardeamento”, que, na verdade, afetou todo o Sistema Solar."
b - Um planeta extinto: da notícia acima.
"Lembra-se da ordem dos planetas no Sistema Solar? Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter... Entre Marte e Júpiter parece que falta um planeta. O espaço é ocupado pelo cinturão de asteroides. Há muitas evidências de que a Terra também passou por um tremendo bombardeamento de meteoritos no passado, só que aqui existem as intempéries que acabam mascarando ou mesmo eliminando as marcas de impacto. Uma cratera famosa dessas está no deserto do Arizona e tem 175 metros de profundidade.
O mesmo fenômeno que causou os impactos na Lua pode ter atingido a Terra. Se realmente houve um planeta entre Marte e Júpiter e se por algum motivo ele explodiu, isso explicaria muito bem esse bombardeamento de meteoritos e até mesmo os cometas." Leia mais aqui: Encontrados sinais de água liquida em cometas, Criacionismo.com.br, Michelson Borges, 08/05/2011.
c - Cometas com água: da mesma notícia.
"Um estudo internacional, do qual participou o Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), da Espanha, demonstrou a influência da água em um asteroide cuja origem data de mais de 4,5 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira [e noticiada pelo portal Terra], estudou 11 meteoritos cuja composição 'extraordinariamente similar' apontava que pertenciam a um mesmo asteroide 'progenitor'."
d - Meteoros e Dilúvio em Marte: Chuva de meteoros causou dilúvio que inundou Marte, diz pesquisa, Homenews, 06/12:
"Pesquisadores da Universidade do Colorado em Boulder e do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, ambos nos EUA revelaram que há 3,8 bilhões de anos, Marte teria enfrentado um dilúvio com duração de uma década e que tal fato talvez tenha sido o episódio que deu à vida uma oportunidade mínima no planeta vermelho.
A evolução do planeta parece juntar dois grandes episódios astronômicos do Sistema Solar em uma única cadeia de eventos. O primeiro diz que o planeta vermelho um dia já foi coberto por rios caudalosos, grandes lagos e oceanos. O outro conta que os planetas internos do Sistema Solar (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) foram bombardeados por uma violenta chuva de asteroides há 3,8 bilhões de anos." - Independentemente da data que estipularam, os cientistas viabilizaram dilúvios na Terra, em Marte, em Mercúrio e em Vênus por decorrência de uma imensa chuva de meteoros por decorrência de um catastrófico evento cósmico que, na verdade, se encaixa muito bem com a explosão do antigo planeta que os sumérios conheciam ou do qual lembravam.
e - Os Anéis de Saturno: os anéis de Saturno estão sendo rapidamente bombardeados por meteoritos, de modo que alguns cálculos estimam que uma pulverização em tal nível destruiria completamente os anéis em cerca de 10 mil anos - como os anéis estão lá, entende-se que são jovens. Fonte: 301 Provas e Profecias Surpreendentes, Peter e Paulo Lalonde, Actual, 1999, pg 31. Ora, é altamente improvável que o Universo seja tão jovem, porém os Anéis o são, o que indica que eles surgiram dalgum evento cataclísmico decorrido há menos de 10 mil anos. Que tal a explosão de um planeta, que produziu incontáveis asteroides, muitos absorvidos pela superfície gasosa de Saturno e outros agarrados por sua força gravitacional? Faz, de fato, sentido.
5 - Ligando os pontos:
Deus criou um ser humano profundamente intelectual, enquanto imortal - leia mais sobre isso em "Sapiens", "A Máquina do Tempo" e "Dia de tigre" -, de modo que nosso mundo, o Planeta Terra, seria insuficiente para sua habitação eterna. Há anos penso que Deus já planejava que o homem, extremamente capaz, colonizasse outros planetas de nosso Sistema Solar, uma vez que uma vida imortal culminaria em superpopulação - e, colonizando outras terras, tornar-se-ia co-criador do Universo, expandindo o Jardim para onde quer que fosse - Gênesis 1:11-12, 29, 2:5, 8-9 e 15. O homem ficou incumbido de fazer de toda a Terra um belo jardim e, depois, quem sabe, fazer o mesmo noutros planetas. O que torna essa teologia, ou teoria, de fato coerente, está na verdade de que o planeta que explodiu há um punhado de milênios e que banhou vários outros planetas em nosso Sistema Solar certamente era uma esfera repleta de água e, portanto, de certo modo habitável, embora fria. Assim que Deus se arrependeu de ter criado o homem, vislumbrando a sua corrupção, explodiu justamente o único planeta do Sistema Solar que, além da Terra, seria capaz de receber uma duradoura e expansiva colônia humana e, assim, impedir que o ser humano, em sua maldade, contaminasse outras partes da Criação - esse foi um duplo juízo: uma barreira cósmica para a colonização, de modo que hoje só se observam planetas amistosos há distâncias astronômicas, e um juízo sobre a própria humanidade pré-diluviana, inundada com uma intensa chuva de meteoros repletos de água.
Natanael Pedro Castoldi

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Um comentário:

  1. Deus nunca se arrepende. Ele é e sive natura. Você está enganado. Enganar é uma prerrogativa humana, como criar também o é. Deus é processual, não houve criação. Isso é o engano que as religiões sempre produziram para enfraquecer o humano e cobrar dízimo na saída. Im sorry.

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