Semana passada assisti um documentário interessante no History, se não me engano. Falava que o envelhecimento não é algo essencialmente natural do homem, a nossa estrutura biológica, a princípio, não é coerente com a velhice e morte, nosso corpo tem potencial para viver milênios, ou, até, jamais morrer... Mas, morremos, como se programados para tal – é aqui que entra a longevidade pré-diluviana e a diminuição dela após o dilúvio, quando Deus limitou a idade humana em, no máximo, 120 anos. Mais uma vez a ciência encontra Deus. – Com base em nossa estrutura compatível com grande longevidade, estudiosos estão desenvolvendo tecnologias para vencer a inconcebível morte e fazer com que a humanidade atinja uma expectativa de vida de mil anos em torno de 2060, abusando de nanotecnologia e investindo na reposição e aperfeiçoamento de células e órgãos. A questão é essa... -Segue a música sugerida-
Vale viver mil anos? O que o homem moderno fará em mil anos? Não quer mais casar, ter filhos, trabalhar duro, tem preguiça de produzir algo duradouro, não mais lê e nem pensa. O que fará? Encherá a pança? Freqüentará mais umas trinta mil vezes boates e repetirá sempre o mesmo roteiro de perdição? A vida que se leva hoje vale a pena ser vivida... mil anos?? O homem moderno se porta como um cordeiro, um cordeiro malandro. Vive como como uma vergonha, um covarde. Lembro de um velho ditado chinês: “Melhor um único dia de tigre do que mil anos como cordeiro”.
É claro, o outro motivo de o homem tentar, desonestamente, destruir completamente a idéia de Deus, tem raiz direta na Queda. Tudo em nome da vaidade, do orgulho. Um bando de rebeldezinhos! Cavam três fragmentos de ossos e acham que estão matando Deus. Promovem fraudes e acreditam estar ferindo o Senhor dos Exércitos. Blasfemam e crêem que Deus está chorando com isso. Poxa... O Senhor dos senhores É, ERA e SERÁ. Ele conhece os ateus melhor do que os próprios, em cada esquina vê um incrédulo, um adúltero. Deus já lida com homens há milênios. Eu não sei se o Pai ri com tamanha prepotência ou se apenas armazena sua ira.
... Mas não precisa fazer muito agora, pois o homem está aqui para optar e, se opta pelo errado, problema é dele. Os dias em que o Pai despejará sua ira nesse mundo repulsivo já estão batendo nossa porta. O caos se acumulou como água em uma represa... de tal forma que a represa já não pode mais suportar por muito tempo e, rangendo, trincando, está ruindo... Sua ruína virá como uma explosão, com o derramar de um Mal que se acumulou e foi alimentado por milênios, será como a neve no teto do chalé de um camponês preguiçoso: acumulou-se em demasia e, no calor do seu fogo, o camponês desejou manter-se no conforto e não remover tal gelo... até que a estrutura da casa não mais suportou e ruiu, servindo de sepultura eterna para o varão, sua esposa e filhos.
Como acontece antes da tempestade, a humanidade está em silêncio, no silêncio vocal que os relacionamentos pela rede obrigam, no silêncio das janelas fechadas dos automóveis, no silêncio mental que os computadores provocam, no silêncio espiritual, que a carência do pensar produz. Assim como, antes da tormenta as aves se recolhem em seus ninhos e as lebres em suas tocas, os homens estão se recolhendo em seus lares (se é que ainda podem ser considerados “lares”), trancando-se em seus quartos escuros e vivendo uma outra vida, uma vida cibernética, uma vida utópica, uma vida sonhada... já que a vida real nesse mundo perdeu toda a graça e valor.É, esse mundo realmente é uma latrina... a humanidade nasce e morre no escuro fundo e os cristãos são os que, ousadamente, escalam suas paredes, buscando outra realidade. “Há luz lá em cima!!”
Vejam, analisem... O homem já foi muito maior. Há mais de dois mil anos construiu verdadeiros arranha-céus, como o Farol de Alexandria...... monumentos que desafiavam a física, como o Colosso de Rodes...
... muralhas tão grossas que o próprio povo acreditava serem obra dos deuses, como em Tróia. Isso se perdeu. A Velha Glória, reflexo do Éden, está morta. Não há mais glória alguma no homem, nem sequer uma fração do que já houve. O desgaste é óbvio, o homem está tão fraco que já entregou seu papel nesse mundo às máquinas e, agora, nada é sem elas. Acabou, não há esperança terrena, terminou, saiamos do pedestal do orgulho... o homem não é mais nada! O seu mundo está ruindo no sigilo do pensamento... E nada irá recuperá-lo. Isso me lembra de uma poesia recitada pelo rei Theoden, O Senhor dos Anéis e As Duas Torres, nos momentos que precedem a Batalha do Abismo, em Helm...
"Onde estão o cavalo e o cavaleiro?Onde está a trombeta que soava?
Os dias de glória se escoaram como chuva nas montanhas.
Como vento no prado.
Os dias resplandecentes se puseram no Oeste, atrás das colinas. Dando lugar à sombra. Como chegou a este ponto?"
... Apenas a salvação é garantia, para, assim que o turbilhão da represa rompida varrer a cidade, fazendo-nos perecer no meio da batalha, encontremos um recanto eterno no Paraíso. Salmos 37:4.
Bom, eu adoraria escrever algo muito bom aqui para tentar alcançar o nível do texto, mas depois de ler tudo isso, minhas palavras acabaram, haha :)
ResponderExcluirEnfim, gostei muito, muito da tua visão e concordo bastante.
"..Não entendo o porquê de o homem moderno almejar uma vida de mil anos... Se apega tanto a vida que possui, e esquece de que existe um senhor absoluto sentado no trono desse universo, oferecendo uma vida eterna."
isso resume tudo, demais.
Zi!!! Não sabe como é bom ler algo assim!!!! Me incentiva muito, me alegra pra caramba ^^
ResponderExcluirMass, não seja tão modesta ^^, tu escreve bem demais, guria! =D Inspiro-me bastante com teu blog ;)
Vlw mesmo!!! Um abração =D