Noutro dia, falando com meu primo, fiquei sabendo que está em circulação uma nova teoria darwinista, verdadeiramente nova, que há uns poucos anos atrás nem se via nos livros, cujo nome comum é Teoria do Equilíbrio Pontuado. Eu não sei muito sobre ela, apesar de ter lido um artigo, além da conversa com meu primo, mas acho que já vi o suficiente para escrever essa postagem.
Em 1972 é lançado o primeiro artigo desenvolvendo algo sobre essa nova visão da teoria da evolução, baseado num estudo anterior de Ernst Mayr, grande biólogo do século XX, cujos autores foram os paleontólogos Niles Eldredge e Stephen Jay Gould, aparentemente desiludidos com o darwinismo tradicional. A principal teoria de Darwin, ampliada pelo auxílio dos darwinistas e neodarwinistas, com o tempo foi perdendo força, fôlego. Os principais argumentos, ditas "evidências", que davam respaldo à teoria da evolução convencional, demonstraram-se nada menos do que especulações, baseadas exclusivamente na esperança, sendo mais apostas do que ciência observada... para os naturalistas não havia outra forma de explicar a evolução, senão com com base nos pilares tradicionais da teoria - primeiro partiram do ponto de que a evolução existiu para, então, arranjarem, ou forjarem, as evidências. Acontece que a macroevolução ainda não tinha dado -e nunca deu- "sinal algum de vida" e, tampouco, a famosa Coluna Geológica, argumento máximo do darwinismo, havia sido encontrada - o fundamento de todo o argumento evolutivo se encontrava na suposta existência de uma sucessão de fósseis em ordem crescente de desenvolvimento nas camadas geológicas, o que evidenciaria uma evolução da complexidade do seres vivos. Mayr, de fato, preocupou-se com o fato de que a Coluna Geológica estipulada por Darwin inexistir, não havia uma sucessão coesa e gradativa de fósseis nas camadas do solo e, ao invés disso, grandes "saltos evolutivos", sem elo evolutivo algum, sem intermediário.
O problema a ser resolvido, analisando o fato de que os "elos perdidos" da evolução nunca deixaram de estar "perdidos", é que a evolução precisaria ter ocorrido de outra forma para ser constatada como verdade. A única alternativa plausível era respeitar o que se observava no solo: os "saltos evolutivos" davam a entender que os seres, num período, encontravam-se em êxtase e que, subitamente, entravam num processo evolutivo explosivo, transformando-se, de uma criatura, noutra bem diferente... O que fazia mais sentido, baseado no fato de que é difícil imaginar como sobreviveria um intermediário entre "rato" e morcego, entre um réptil e um mamífero, pois a Seleção Natural aniquilaria o ser defeituoso. Para os idealizadores dessa teoria, há períodos da história natural em que o processo evolutivo "pontua-se", ou seja, em que, do "equilíbrio", subitamente várias espécies entram num processo evolutivo drástico, tornando-se, de uma geração à outra, outros seres, com outros sistemas. Um exemplo disso é que não existe nenhuma outra criatura fossilizada abaixo dos trilobitas, que são seres relativamente complexos: de onde vieram, se não há nada próximo deles em camadas anteriores?! Segundo essa teoria, então, um réptil com patas perfeitas para caminhar, do nada tornar-se-ia possuidor de asas perfeitas para voar, ou seja: mudaria de réptil perfeito para ave perfeita de forma extremamente rápida. Existe, só analisando essa afirmação, que é a única provável quando se abre mão do gradualismo, uma probabilidade absurdamente mínima de êxito, pois os fatores para se transformar totalmente e com perfeição um sistema -e ainda por acaso-, são inúmeros e exigem, sim, o intermédio de um intelecto organizador.
Além dos milagres fantásticos que essa teoria exige, há um outro inconveniente para os céticos: eles descobriram Deus... não só porque é impossível que, do nada, um "rato" perfeito vire um morcego perfeito, mas porque esses "saltos evolutivos" deixam de indicar, propriamente, uma evolução dos seres vivos e passam a se enquadrar muito mais nos eventos da Criação. Triste e inesperado encontro da parte dos céticos... Se eu parto do ponto de que os Dias da Criação foram Dias-Era, não literais -até porque o Dia 6 fala de uma criação do homem e da mulher, mas no capítulo 2 de Gênesis evidencia-se que o homem e a mulher foram criados em dias separados-, então eu encontro total respaldo para o que se observa no registro fóssil. Como se sabe, Deus criou os seres vivos em períodos distintos -vegetação, seres aquáticos, répteis -aquáticos-, aves, répteis terrestres, mamíferos em geral e o ser humano- e, partindo do ponto de que o Equilíbrio Pontuado prega a mudança súbita dos seres vivos, podemos entender que aquilo que tal teoria e o registo fóssil mostram não passam da mudança de um "dia" para outro "dia" da Criação. Talvez Deus tenha usado o artifício de mudança genética nesses "saltos". Bom, com base no fato de que nosso solo indica o "salto evolutivo" e a alternativa cética, o gradualismo, é invalidada por essa razão, além do fato de ser impossível na prática, então sobra-nos, quase que sem discussão, alegarmos o bom e intelectual serviço de Deus nessa história -você não acha que uma casa de constrói explodindo rochas com dinamites, não?!- E esse serviço de Deus, evidenciado pela observação, está muito bem descrito na Bíblia. Não me parece que a explicação cética do Equilíbrio Pontuado seja mais coerente do que a teísta - mas eu ainda acho que a Terra é jovem e que foi o Dilúvio que deu um jeito de remexer o solo, soterrar mais profundamente os seres mais primitivos e etc.
A primeira implicação do "salto evolutivo", que é a única possibilidade evolutiva quando se analisa a a verdade prática, é que Deus existe. A segunda implicação do Equilíbrio Pontuado é que o deus que existe é o Deus cristão, pois combina perfeitamente com a Sua Palavra. Se a Bíblia, milenar, acertou na explicação sobre as Origens, e o fez muito antes do que os cientistas fizeram -além de tê-lo feito sem o auxílio de estudos científicos-, então, mais uma vez, evidenciamos a inspiração divina, pois Moisés não poderia acertar de forma tão precisa a verdade que somente hoje a ciência tem conseguido vislumbrar. Se a Bíblia acertou nas origens e é inspirada, então é quase uma conseqüência ter todo o restante da narrativa bíblica como verdade inquestionável - até porque ela inteiramente se liga, de forma muito íntima, ao Gênesis. O cristianismo, portanto, derruba as filosofias pós-modernas e alegações dos céticos, que o rotulam como "traço cultural", "fruto do instinto", "promovido e promotor da irracionalidade", para se evidenciar a Verdade Absoluta, contendo, somente nele, o que é certo e inquestionável.
O detalhe que mais quero desenvolver, sendo a terceira implicação, está na postura incoerente dos céticos com relação à nova teoria. O engraçado é que os criacionistas, desde longínqua data, estão argumentando constantemente: "não existe gradualismo, pois não se encontraram os elos evolutivos", "não existe gradualismo, pois não existe Coluna Geológica", "não existe gradualismo, pois o intermediário, quase sempre defeituoso, não sobreviveria". Eu mesmo já cansei de escrever sobre isso e sei bem como os céticos sempre ignoraram-me quando fiz tais alegações em debates na internet -nos idos de meus 12-14 anos. É estranho como eles sempre desconsideraram totalmente a postura criacionista embasada em tais argumentos, rindo-se de nós, chamando-nos de "acéfalos" e jamais, em momento algum, considerando uma vírgula sequer de nosso discurso, mesmo que não tivessem uma resposta à altura. Ok, eles sempre demonstraram grande repúdio aos argumentos lógicos e racionais dos cristãos, mas, daí surge um movimento dentro do ceticismo que se baseia exatamente nos mesmos argumentos dos criacionistas e, do dia pra noite, ele se fundamenta como a teoria mais aceita do universo evolucionista. Estranho, não? Eles sempre riram-se de nossa argumentação, mas a mesma argumentação, utilizada para outro fim -menos coerente-, hoje lhes é motivo de louvor. Com base nesse evento, os céticos, que se consideram as mentes mais livres e desenvolvidas de nossa sociedade, perdem todo o sentido de ser, toda a moral, toda a razão de seu argumento, pois escancarou-se, grandemente, que a motivação máxima do ateu ser o que é não está na evidência observada, está, simplesmente, no anseio de ter Deus distante.
Bom, eu já tinha argumentado sobre o fenômeno citado acima nas postagens "Ilha do Medo" e "Perdidos no pântano". Nessa segunda postagem, 22/02/11, eu descrevi, com base na observação, o fenômeno de negação ou aceitação de uma mesma evidência por parte dos céticos: tudo o que o cético fala em relação às teorias céticas deve ser dado como verdade até que outro cético prove o contrário e tudo o que um crédulo fala deve ser considerado fraude até que um cético prove que não o é. Inteligente, não? Onde está o fundamento racional do ceticismo? Parece mais uma religião cheia de dogmas, na qual os fiéis, extremamente devotos, aceitam, sem questionar, tudo e somente o que os seus sacerdotes falam. Há muito mais anticristianismo do que ateísmo "imparcial" no mundo da ciência cética... Por que? Não sei, mas me parece que há algo terrivelmente malicioso por detrás dessa postura, desse descrédito infundado para com o cristianismo e do depósito de crédito exacerbado para com a ateísmo. Não há como conceber outra coisa, senão malícia, da parte daqueles que ignoram uma evidência quando dita pelos cristãos, mas a aceitam com total submissão quando defendida por outros céticos. O problema é que essa postura da parte dos ateus não é fruto de sua personalidade, de seu fervor individual, é algo que vêm de uma vontade maior, é algo estimulado por uma mente verdadeiramente satânica, que não poupa, na mídia ou nas instituições de ensino, parcialismo e desonestidade, inventando ou monstrualizando as lacunas da oposição, inventando ou engrandecendo exageradamente as evidências favoráveis e que, para tal, não abre mão da censura, da manipulação, do tendencialismo. O que eles querem? Nada mais do que o fim do cristianismo, o guardião da família, a Verdade máxima sobre Deus. Por que? Você pode ler algo nas postagens: "Reis de tudo?", "Por que se opor?", "Passado revivido", "Presságio" e "Intento Malicioso".
A quarta implicação dessa história está na mudança de planos da parte da ciência cética. Eles trabalharam por muito tempo dogmatizando os pilares tradicionais do darwinismo, tentando adaptar o mundo natural aos moldes da teoria do "santo" Darwin, ignorando qualquer argumento avesso à elas, divulgando-as como se fossem totalmente infalíveis e inquestionáveis, dando total segurança aos seus fiéis seguidores de que as especulações do "onisciente" e "onipresente" Pai da Evolução, que, segundo uma revista "Supertendenciosa", ou "Supermentirosa", é "o homem que matou Deus", eram absolutamente certeiras e completamente viáveis. Em resumo: o "cânon" do ateísmo já estava completo: Coluna Geológica, Seleção Natural, mutações e macroevolução. Não havia nada para ser tirado e mais nada para ser incluso, tudo estava, em teoria, perfeitamente coeso, e sendo tido como sagrado, inalterável e inerrante. Foi mais ou menos assim que me foi apresentado o evolucionismo gradualista no Ensino Fundamental e Médio. Por sorte eu nunca depositei o menor crédito nos preceitos ateístas... pois, se o tivesse, com essa do Equilíbrio Pontuado teria me esborrachado: tudo o que me foi pregado como totalmente viável e, supostamente, respaldado com infindáveis evidências, do nada, é tido como impossível, pois, na verdade, não existe quase nenhuma evidência para sustentá-lo! No mínimo me sentiria traído, pois a mentira da parte dos divulgadores da teoria me pareceria óbvia - e é. Poxa! Me fizeram crer no gradualismo como algo inquestionável e, do nada, ele é lançado nas chamas!
No final das contas, não existe certeza alguma, é tudo fachada, é tudo aparência... o imenso colosso de bronze é, na verdade, um magricelo cão vira-lata. Se o alicerce máximo do darwinismo caiu por terra... o que mais, na teoria da evolução tradicional, pode ser creditado? Considerado?! Se aquilo que mais fora defendido, na verdade não existe, imagine o restante da teoria!! Eu já tinha falado sobre algo parecido nas postagens "Desespero" e "Os Melhores Contos da Mitologia Cética". Mas a sem-vergonhice dos sacerdotes do ateísmo não para por aqui, pois, por mais que eles já tenham mudado de idéia, eu aposto que hoje mesmo milhões de crianças, adolescentes e jovens foram minados com apologia ao evolucionismo gradualista, tido, perante eles, como inquestionável, mesmo que já se encontre totalmente aniquilado. De fato, tudo não passa de uma mirabolante mitologia.
Ok. O gradualismo, que é impossível, evidenciaria um projeto continuado, de um Criador intelectual construíndo, gradativamente, seres mais e mais complexos à partir da forma mais primitiva de vida. O "salto evolutivo", única opção viável ao ateísmo, por possuir uma série de milagres inquestionavelmente improváveis com base no acaso, indica um projeto de "reforma", "reformulação" dos seres existentes da parte do mesmo Criador intelectual, que desfaz um sistema perfeito e, com uma variação na combinação da informação, estrutura, repentinamente, outro sistema perfeito. Eu falei sobre isso, usando os "ridículos" argumentos criacionistas, mas "louváveis" argumentos dos céticos, na postagem "Ilusão".
Como concluiremos essa postagem? Bom, o que mais fazer senão apelar para que você aceite, de uma vez por todas, o Deus cristão, que há milênios já deixou clara toda a Verdade, inerrante e imutável? Por que não abrir mão do ceticismo, errante e mutável? Quanto tempo durará o Equilíbrio Pontuado, se todo o resto já fora, subitamente, descartado?! Eu prefiro me manter na fé cristã, que sempre e constantemente tem vencido e se consolidado com o avanço da ciência. Não demos crédito à mente satânica que tem trabalhado com intensa malícia, na divulgação dos ideais céticos, em prol do caos!! Sejamos, com todo o prazer, a resistência!! Fortaleçamo-nos no Pai Criador, vistamos a Armadura, ergamos a Espada, enfrentemos com ousadia e persistência a oposição, em prol da sobrevivência desse mundo, da sobrevivência da liberdade, por amor aos incrédulos, por amor à Deus!! Eles, os descrentes, precisam conhecer Aquele que nos salvou, Aquele por quem lutamos com tanto ímpeto!!
Natanael Castoldi
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