Papiro: Realmente, tudo o que se via ontem está em ruínas; a terra ficou como após a colheita de linho (p. 5, linha 12).
Torá: Estenda a tua mão sobre a Terra do Egito para a multidão de gafanhotos… Não restou vegetação nas árvores ou na grama do campo em toda a terra do Egito (ib. 10:12-15).
Papiro: As prisões foram destruídas [e os escravos foram libertados]; havia um grande protesto no Egito… (p. 12, linha 12).
Torá: Foi à meia-noite que Deus golpeou todo primogênito… e havia um grande protesto no Egito… [Faraó] disse: “Levantem-se, saiam em meio do meu povo!” (ib. 12:29-31)."
Outra descoberta acerca da estadia de Israel no Egito está nos achados moedas egípcias com o símbolo e o nome de José, que é incomum a cultura egípcia. Essas moedas datam do período em que se concebe ter vivido o governante bíblico José. Além do retrato de José, há uma moeda que remete ao sonho do faraó, contendo 7 vacas magras e 7 vacas gordas. O interessante é que não é qualquer José do Egito que apareceria em uma moeda, apenas um José realmente importante - e não creio que tenham habitado muitos "josés" governantes na terra do Egito. Fonte: TB. Ha ainda outras evidências sobre o período anterior, contemporâneo e posterior ao Êxodo e sobre estes eu já escrevi noutras postagens. A questão é que a própria razão da história de Israel e de outras nações da Palestina depende da saída e do retorno dos hebreus em Canaã. Se alterarmos essa verdade histórica, temos que modificar o formato original de todas as peças do quebra-cabeças palestino, que se encaixam perfeitamente segundo o relato bíblico. No final das contas, a evidência arqueológica das 10 Pragas e de José remete a dois dos mais importantes heróis da fé no Antigo Testamento: Moisés e Abraão. Se as Pragas foram lançadas e os escravos hebreus saíram do Egito, o relato bíblico ganha força e, seu líder, Moisés, igualmente. Se José existiu e governou no Egito, então, provavelmente, seu pai, Jacó, seu avô, Isaque, e seu bisavô, Abraão, também existiram. Os fundamentos do Antigo Testamento se estabelecem com poder.
E quanto aos profetas? Já falei sobre Isaías outrora, mas creio que há uma evidência arqueológica muito maior em Daniel, até porque seu livro apresenta uma narrativa histórica mais ampla do que o de Isaías. Vejamos:
1º) Evidência da idade: com base nos cercos babilônicos e na razão histórica da Bíblia, tem-se como livro escrito por Daniel em cerca de 530 a.C. Há um livro completo de Daniel e outros fragmentados em Qumran, fazendo parte dos famosos Manuscritos do Mar Morto, datando de cerca do séc II a.C., mas imagina-se que este livro não fora escrito neste período, sendo tais manuscritos cópias do original, com base nas línguas que o compõem: hebraico e aramaico - o aramaico indica o Exílio Babilônico -, além disso, sabemos que no séc. II a.C. a cultura e a língua grega predominava da Europa até os confins do Oriente-Médio, enquanto o livro de Daniel apresenta apenas três palavras gregas, indicando ser anterior à Alexandre Magno.
2º) Nomes: em 1853 encontrou-se no templo de Nabonido, Ur, uma inscrição peculiar em uma pedra angular, dedicada a "uma" divindade -grande semelhança com a narrativa bíblica:
"Não peque eu, Nabonido, rei da Babilônia, contra ti. Perdure reverência por ti no coração de Belsazar, meu primogênito, filho favorito“.
Em 1924 fora encontrada a Crônica de Nabonido que concorda com o relato bíblico, dizendo que tal rei se retirou e deixou Belsazar no seu lugar.
3) Escritores e conquistadores: Josefo, antigo historiador judeu, relata que Alexandre, O Grande, quando chegou à Jerusalém, foi apresentado a uma cópia do livro de Daniel e que o próprio imperador chegou a conclusão de que tal livro relatava o sucesso de sua campanha militar contra a Pérsia - o que se cumpriu. Isso aconteceu mais de 150 anos antes da suposta falsificação sugerida pelos críticos. Essa evidência é reforçada pelo apócrifo histórico Macabeus.
Se o livro de Daniel realmente tem a idade que se sugere, então suas profecias cumpridas posteriormente só podem ser resultado da ação divina. Também há a certeza de que o relato é, realmente, contemporâneo a alguns dos famosos reis relatados no livros, como Nabucodonossor, Dario e Ciro. Se isso tudo é fato, então os contemporâneos de Daniel também devem sê-lo, como Ezequiel. Daqui entramos numa seqüência de ligações que acabam por provar que o Antigo Testamento inteiro é verídico.
De qualquer forma, por volta do séc. V a.C. a Torá da forma como ela é já era reconhecida por todos os judeus e em 165 a.C. já se sabe que o restante do Antigo Testamento, como o conhecemos, já estava formado e sendo seguido. A opinião geral dos judeus, desde então, apontava como sagrados todos -e somente- os livros que até hoje compõem o AT.
A história da humanidade, no caso da Era Antiga, é paralela e se encaixa perfeitamente ao relato bíblico e é para tal que usarei o livro "As Grandes Batalhas da História, 1". Há algo engraçado nisso tudo: todas as grandes potências que surgiram no Oriente-Médio, norte da África e Europa durante o período do Antigo Testamento, estão inclusas na narrativa bíblica - e as potências posteriores, no Período de Silêncio (entre o AT e o NT), citadas em profecias. Egito, Assíria, Fenícia, Babilônia, Pérsia, em ordem e relatadas conforme suas reais posturas e culturas - o interessante é que todas as cidades e povos em que há profecia de destruição, realmente foram destruídos! No livro que estou analisando agora há relatos dos cercos babilônicos entorno de Israel, das ações egípcias na Palestina nesse mesmo período... Na página 14 fala-se da conquista Assíria da Babilônia e da hostilidade babilônica no período de dominação, assim como o seu revanche em 621 a.C. - o próprio livro cita a passagem bíblica que considera a queda de Senaqueribe como juízo de Deus. Na página 16 fala-se de como o rei Nabucodonossor tomou Jerusalém, em 587 a.C. O texto fala de Judá, do rei Joaquim, das jogadas políticas entre Israel, Síria e Egito, relata os 3 Cercos Babilônicos, o Exílio, o profeta Jeremias, o Templo de Salomão... como sendo - e são -, eventos, lugares e pessoas reais e que se enquadram decisivamente bem na história da região - e do mundo.
Segue uma lista, para finalizar essa questão, de alguns dos maiores achados da Arqueologia Bíblica -Wikipedia:
Voltando ao conceito da "copa da árvore", entendemos melhor a razão do cristianismo. Se Jesus citou profetas do Antigo Testamento, se Jesus falou da Lei, se Jesus conhecia as Escrituras, estando na "copa da árvore", há de se conceber que aquilo que falava é confiável e, à partir de sua própria existência como o Cristo esperado no AT, constatar a validade do mesmo. O AT comprova Cristo e Cristo comprova o AT. É óbvio que o movimento cristão começou há cerca de 2000 anos, pois há evidência histórica e se, como cristãos, estamos aqui hoje, na "copa da árvore", então havemos de pensar em suas origens para antes da Era Cristã. A razão é a seguinte: se o cristianismo teve um começo, então ele teve um iniciador e só começou porque outra coisa existia antes. O judaísmo abriu espaço ao cristianismo, no qual o único e maior líder que se pode considerar nas origens é Jesus Cristo, citado por historiadores da época.
A questão fundamental é que, se os cristãos atribuíam sua fé a um homem que ressuscitou dos mortos, então, provavelmente, este homem existiu, foi visto e tocado, provavelmente fez coisas grandiosas e capazes de cativar profundamente aqueles que estiveram ao seu lado, pois, como já disse, ninguém acorda de manhã com a idéia de criar uma história de alguém, afim deste alguém inventado se tornar pai de uma religião, assim como ninguém vai, de um dia pro outro, passar a crer cegamente que existiu um homem que fez coisas grandiosas, se tal pessoa, supostamente contemporânea ao fiel, de fato não existiu e nada fez - e ninguém vai abrir mão de uma religião ancestral, de uma espera sincera pelo Messias e desafiar todo um sistema religioso, cultural e político porque alguém, um dia, bateu na porta de sua casa dizendo mentiras escancaradas. Agora, se milhares se tornaram cristãos quase que instantaneamente depois da morte de Cristo, então algo muito especial, de fato, aconteceu.
Creio que um dos argumentos mais fortes que posso desenvolver para comprovar a veracidade da fé cristã está nas suas origens. Lembro de ter lido no jornal Zero Hora meses atrás, ter visto um documentário sobre o Santo Sudário no History Channel, um título da revista Superinteressante e etc, afirmando que Cristo realmente existiu, o que já é consenso quase geral, devido à evidência arqueológica direta e indireta -direta: referente à provas do relato bíblico e indireta, pelo fato de o movimento cristão ser realmente baseado num fato e nalguém relevante. O livro "Os Cristãos" começa falando de camponeses brutos e incultos de Jerusalém que, por volta de 36 d.C., começaram a pregar sobre a ressurreição do Messias - logo esses homens e mulheres marginalizados foram considerados membros de uma seita infrutífera, até porque o nome "cristão" tem origem pejorativa. Apenas três séculos depois a mensagem do Cristo, transmitida por uma parcela ínfima e pobre da sociedade judia, seria declarada fundamento religioso do Império Romano.
É aqui que tropeça a crítica ao cristianismo, dizendo que fora algo forjado: se fosse da vontade de uma elite que a fé cristã, forjada, tomasse o poder, não teriam sido alguns homens e mulheres pobres seus primeiros divulgadores, pois a cultura da época desacreditava mulheres e pobres camponeses. Se, de fato, algo fortíssimo não tivesse acontecido e os seguidores de Cristo estivessem todos loucos, a fé cristã não teria se expandido de forma tão poderosa, enfrentando exércitos, religiões milenares, culturas pagãs e sistemas políticos, pois, pouco mais de 60 anos depois de os primeiros cristãos terem subido em tribunas improvisadas para pregar, já havia forte presença cristã em toda a Palestina, na Grécia, na Ásia Menor, no delta do Nilo, na região de Cartago e nas proximidades de Roma.
No livro é relatado como evento histórico o Dia de Pentecostes, quando a Igreja começa de fato, também fala-se do apóstolo Paulo, seus companheiros e discípulos como figuras reais, assim como os demais apóstolos - e por que não? Se não fosse um movimento forte e com liderança extremamente fiel, por que o Império Romano teria se preocupado tanto em perseguir os cristãos?
Outro dia entrei na basílica de Gramado, uma famosa igreja de pedra, e dei uma olhada num quadro pendurado perto da entrada: uma seqüência sem lacuna de todos os papas da história da Igreja Católica e, para minha surpresa, lá estava o apóstolo Pedro, como primeiro da lista. Logo me veio a consideração: se Pedro está no começo de uma lista baseada em registros do papado de Roma, então, temos, muito provavelmente, uma evidência concreta de que ele realmente existiu e liderou a igreja de Roma. Se Pedro existiu e liderou a igreja em Roma, então, sem titubear, no remetemos a própria existência de Cristo! Pois o apóstolo não seria cristão e, tampouco, líder de igreja, sem seu grandioso mestre. Também há evidência da existência física do apóstolo João nos Pais da Igreja, segundo um trecho que li na página 25 do livro "Os Cristãos": "No ano 180 d.C., Irineu (que fora instruído pelo mártir Policarpo, o qual por sua vez fora discípulo do apóstolo João; Irineu, podia, assim, traçar sua linhagem até os tempos apostólicos)"
Os Pais da Igreja sabemos terem, de fato, existido, pelo resultado de seu trabalho, pela necessidade de liderança da Igreja Primitiva, pela sua influência entre os cristãos do período, pelos seus escritos e pelo seu trabalho ao definir os alicerces de nossa teologia atual. Os apóstolos podemos considerar como existentes partindo do ponto de que eles fizeram exatamente a mesma coisa que os Pais da Igreja, são citados pelos mesmos e tiveram ligação com eles, alguns sendo, até mesmo, contemporâneos. É muito mais fácil considerarmos os autores do Novo Testamento como reais, sabendo que há mais de 24 mil manuscritos com seus nomes, do que filósofos gregos, e suas parcas evidências. Vale, também, ressaltar que nos escritos dos Pais da Igreja há mais de 86 mil citações do Novo Testamento.
A canonização do Novo Testamento: à princípio, as igrejas fundadas pelos apóstolos e outros pregadores, não se viam grandemente abaladas por heresias: era de consenso geral quais as cartas e livros da Boa Nova de Cristo que eram inspirados ou não. Diz-se - e eu constatei - que a própria leitura de livros não-inspirados evidenciava sua natureza, sendo ela diferente daqueles tidos como inspirados. Quando o número de apócrifos começou a crescer e grandes movimentos hereges surgiram, foi decidido que deveria haver um poder central na Igreja a definir, de uma vez por todas, quais os livros inspirados e não-inspirados, pois qualquer um, até então, tinha o poder de decidir o que considerava parte do cânon ou não. Os Pais da Igreja tiveram tal iniciativa, assim como tal autoridade: os Evangelhos foram selecionados segundo as semelhanças - os que entrassem em grande atrito com aqueles de quem se sabia autoria, eram descartados, assim como aqueles que apresentassem relatos decididamente absurdos, o que coube também para cartas. A verdade é que o resultado dessa canonização não fez nada além de reforçar a idéia e os livros que já eram consenso geral. Os sínodos de Hipona (393 d.C.) e Cartago (397 d.C.) oficializaram o Novo Testamento da forma que o temos hoje.
O detalhe interessante é que os apócrifos, não aceitos na Bíblia da Igreja Primitiva, foram inclusos na Bíblia Católica apenas 16 séculos depois de Cristo, ou seja: não foi a Igreja que decidiu tirar os apócrifos da Bíblia para evitar seu conteúdo incômodo, foi o seu conteúdo problemático e autorias duvidosas que fizeram com que a Igreja ficasse 1.600 anos sem aceitá-los, para, então, apenas a parte católica deste história, decidir, tardiamente e sem boas razões, por sua canonização.
Abraão existiu. Moisés existiu. Daniel existiu. Davi existiu. Jesus existiu. Pedro existiu. Paulo existiu. Os Pais da Igreja existiram. Então é mais do que provável que o Deus que esteve ao lado de cada um desses heróis da fé, também existiu. Há uma força colossal se movendo, uma força maior e extremamente poderosa em conhecimento, sabedoria e poder, para unir, numa mesma seqüência narrativa, embasada lógica e racionalmente, figuras tão distantes na história. Vale lembrar que se estas pessoas existiram, então, provavelmente, seus milagres, seus feitos espirituais relatados, não só por eles, mas por outros, também ocorreram - o que, diretamente, aponta para a existência de Deus! A Bíblia, então, pode ser tida apenas como obra divina!!! - Você pode ler mais sobre isso nas postagens: "Perdidos no pântano", "Apologia ao suicídio", "Por que se opor?" e "Mente invertida".
Tudo bem, eu trouxe uma série de argumentações provando que, pelo menos, a Bíblia é histórica e que, no mínimo, por muita sorte milagres incontáveis aconteceram e estão relatados nesse tal livro histórico. Mas isso não tem um grande valor se, segundo o relativismo, não existe religião certa e o cristianismo não é superior a nenhuma outra fé, por isso, está na hora de falar sobre as outras religiões, não com o desejo malévolo de atacá-las e destruí-las, mas com base no amor cristão de transmitir a verdade sobre a salvação de Cristo.
Lendo a postagem "A Razão", você entenderá o meu ponto de vista sobre a necessidade inviolável de uma Verdade Absoluta, de um só Deus a criar o Universo de uma só maneira e para um só propósito - os fundamentos desse meu pensamento você lê na postagem "Pelo que Luto" e "A Opção".
A idéia de um Deus Criador do universo material, exige um Deus maior e superior à matéria que conhecemos -Causa-e-efeito. UM SÓ DEUS. Isso exclui religiões tribais politeístas com base em deuses materiais. O Deus verdadeiro não pode fazer parte do mundo, não pode ser o mundo, pois Ele não deve se limitar à matéria que criou, Ele não pode ser menor do que sua criação - e entendemos que o Universo precisa ter sido criado -"Geocentrismo"-, portanto, exclui-se toda a espécie de panteísmo e animismo. Sobra-nos um leque muito limitado de religiões. Há alguns aspetos que devemos analisar como critério para tais religiões: só UMA Causa, origem, indica só UM Deus eterno e todo poderoso e isso nos remete a ORDEM, não caos, até porque o que vemos em nós, como seres humanos, e no Universo, é ordem. O Único Deus, o Senhor de Tudo, o criador da Vida, também precisa ter uma proposta para a vida. O Deus Soberano, Rei dos reis, além de tudo isso, precisa ter uma proposta universal, pois é muito improvável que a religião verdadeira se encontre no meio de uma selva, sendo partilhada apenas por algumas centenas de pessoas e com características que a sufocam e impedem de ser praticada fora de seu berço - creio ser bem mais viável que a religião verdadeira, cujo mentor é o Deus Único, seja uma daquelas que retumba com poder do topo da Terra, fazendo tremer até seus fundamentos. O Deus único e eterno também é imutável em Suas idéias e infalível. O Deus único, por fim, pode ser reconhecido ao longo da história humana. Deixe eu listar algumas das maiores religiões do mundo e ver se passam pelos crivos -algum embasamento no livro "Por que confiar na Bíblia?":
Hinduísmo:
-Caráter geográfico: local. Sua proposta se limita ao subcontinente indiano, já que o Ganges é o centro da religião. Seus membros são apenas indianos, pois ou se nasce ou não hindu.
-Proposta para a vida: não trabalha em prol da vida, à medida que estimula a escravidão, não atenta para medidas sanitárias adequadas e não apresenta nenhum sentido para a vida (assim como o budismo).
-Panteão: possui mais de 300 milhões de deuses e deusas.
-Livro sagrado: 1.017 hinos longuíssimos, divididos em 10 livros, além de onze poemas. São difíceis de entender e interpretar.
-Paralelo histórico: os contos hindus, assim como nórdicos e gregos, estão à-parte da história humana e é quase impossível encontrar suas ligações com eventos históricos.
-Unidade: não existe uma ligação evidente entre o panteão hindu, não existe uma ordem comum.
Islamismo:
-Caráter geográfico: universal, de forma parcial. O islamismo não aceita outras culturas, precisa varrê-las para se instalar. O Alcorão não pode ser traduzido para outra língua, que não seja o árabe. Isso a limita nesse critério.
-Proposta para a vida: muito do padrão sanitário islâmico deriva de seu apego à Torá e à Lei. Há um sentido para a vida, sendo ela, Eterna. Há, porém, a alusão à violência, incentivo escrito ao ato de matar os inimigos de Alá.
-Panteão: monoteísmo, Alá.
-Livro Sagrado: Alcorão, de natureza difícil de compreender, como se Maomé o tivesse recebido por psicografia. Não retrata um deus que quer fazer-se entender pela humanidade, mas um deus que, estranhamente e ingenuamente, espera que a humanidade consiga entendê-lo.
-Paralelo histórico: combina com o Antigo Testamento, o Novo Testamento e os acontecimentos da Era Cristã.
-Falhas:
*Quando Maomé viajava pelas cidades citando sua obra, ficavam para trás anotações feitas pelos escribas que, depois, eram unidas e formavam livros. Isso tornou os primeiros alcorões muito distantes entre si, o que fez com que, por intermédio do califa Uthman, todos os alcorões fossem queimados e apenas uma única e unificada obra fosse distribuída. Acontece que em 1972 foram achadas milhares de páginas de antigos alcorões sobreviventes, os Fragmentos do Iêmen. O resultado da análise de 15 mil páginas culmina na percepção de largas variações de interpretação, mudança na ordem dos versos e lacunas, apresentando o Alcorão como obra menos consistente do que hoje se prega.
*A verdade é que, originalmente, o Alcorão possuía tantos erros de escrita que a língua local tivera que ser alterada para torná-lo aquilo que afirmava ser: fruto direto da mente do soberano deus, Alá e, portanto, infalível. Observação: há manuscritos da Bíblia, copiados por escribas, que possuem erros, além de textos intrigantes, porém a Bíblia nunca alegou ser única e exclusivamente um livro divino, mas, além de divino, permite-se ser um livro humano: escrito por homens inspirados por Deus, mas limitados por sua humanidade.
*Maomé muda de discurso no decorrer de confecção do Alcorão: começa amigável para com judeus e membros doutras religiões e, conforme a religião cresce, altera para um discurso agressivo.
-Implicação do uso do Antigo Testamento: o Antigo Testamento foi totalmente projetado por Deus para a vinda de Cristo, O Messias. Todas as profecias messiânicas cumpridas descaradamente mostram Jesus de Nazaré como Messias. Os islâmicos o consideram apenas um profeta, ignorando toda a vasta evidência. Não há profecia alguma que se enquadre em Maomé.
Cristianismo:
-Caráter geográfico: Universal. A Bíblia pode e deve ser traduzida para as mais diversas línguas e culturas. O cristianismo tem a proposta de tomar a Terra. A Bíblia foi escrita por mais de 40 pessoas das mais variadas classes sociais, em três continentes, em várias línguas e por mais de 1600 anos, o que a torna um livro quase que atemporal em sua mensagem, aplicável à toda a espécie de época, cultura e indivíduo. O Deus cristão usou de homens, segundo as limitações dos mesmos, para transmitir a sua mensagem, pois Ele queria fazer-se entender pela humanidade - e o sucesso é evidente.
-Proposta para a vida: tudo gira entorno do amor aos cristãos e não-cristãos, há vastas regras sanitárias, há larga preocupação com a vida, com aquilo que interessa a Deus e ao homem. No final, com a morte de Cristo, as portas para a Vida Eterna estão abertas.
-Panteão: apenas O único, eterno e onipotente Deus.
-Paralelo histórico: é possível traçar uma linha do tempo coerente do relato bíblico com a história "secular" - a própria narrativa bíblica está servindo de fonte para uma melhor interpretação da história do mundo.
-Unidade: o texto bíblico, embora escrito por pessoas que, geralmente, desconheciam umas as outras, distantes temporal, cultural e geograficamente, apresenta uma unidade incompreensível, impossível de compreender sem considerar a mente do Deus Eterno por detrás de todo o processo -O Autor. O estilo literário ímpar em cada período e autor indica que Deus, de fato, utilizou larga gama de pessoas e ambientes para confeccionar Sua obra, porém sem burlar o contexto, a cultura e a personalidade de cada indivíduo - o engraçado é que, mesmo assim, o texto se completa. Não há mudanças de planos na narrativa, há uma gradação: tudo começa à partir da Queda do homem e vai se construindo, segundo a vontade de Deus, para a vinda do Messias salvador e continua, profeticamente, até o Apocalipse e a Segunda Vinda de Cristo.
As religiões Do Livro:
Façamos uma análise, talvez com base na Lei de Hess: existem infindáveis religiões no mundo, mas poucas são grandes, resistiram à variações temporais e culturais, como: budismo, hinduísmo, islamismo, judaísmo e cristianismo. O hinduísmo tem como principal fator de sobrevivência o seu caráter proibitivo e restritivo: nascendo hindu e sendo obrigado por lei a continuar hindu, a religião se mantém - além do fato de tal religião estar "isolada", "ilhada" em seu subcontinente, sem sofrer grandes impactos com as mudanças mundiais, devido à fortíssima cultura que a defende. O budismo se expande, como vertente do hinduísmo, pois sua mensagem encontrou, hoje, um solo filosófico e cultural muito fértil - combina com os padrões e anseios da sociedade atual. Essas são as grande religiões do Oriente, provindas da mesma raiz. As outras três, coincidentemente, também se alicerçam em semelhante base: judaísmo, islamismo e cristianismo encontram suas origens em Abraão e Moisés e partilham do mesmo Adão. Dessas três, islamismo e cristianismo são as duas maiores religiões da atualidade, resistem e se expandem, mesmo que seu caráter seja bruto e não combine mais com os anseios e desejos da sociedade atual. Resistem, abertamente, a uma sociedade totalmente avessa aos seus preceitos, no caso, principalmente do cristianismo, há uma guerra interminável contra mídias, governos e ciências, que querem derrubá-lo a todo custo - mas, mesmo assim, prossegue em crescimento - embora em crise.
O detalhe disso tudo é que as maiores e mais importantes religiões da história e da atualidade provém da mesma fonte, do mesmo livro, o que deve nos deixar, no mínimo, curiosos sobre o que faz da Torá algo tão poderoso. Sim, as duas maiores religiões estão no topo não por isolamento, não por possuírem uma mensagem confortável, estranhamente estão ali, mesmo expondo-se e pregando uma mensagem que o mundo não quer ouvir. Sem dúvida, há algo, especialmente nessas duas religiões, que foge da nossa razão humana, que transpassa nossa lógica. Sendo necessário um Criador, logo, uma religião, devemos considerar com um carinho e atenção maior essas duas protagonistas da história humana, pois não são o que são por motivos totalmente explicáveis, não provém da mesma fonte por acaso... não se originaram à partir dos dois grandes filhos de Abraão -Ismael = islã e Isaque = judaísmo e cristianismo-, por casualidade do destino. Usando de sua honestidade, de sua razão, de sua sede pela verdade, eu apelo, leitor, que, no mínimo, considere que, havendo a necessidade de algo nesse mundo fazer parte da Verdade Absoluta, o cristianismo e o islamismo tem posição privilegiada. Não, não eleve qualquer religião tribal ao nível desses dois colossos! Isso é desonestidade, isso é insanidade!! Os tais colossos estão onde estão por mérito e poder! Compreendendo isso, espero que atente para minha análise sobre as religiões, disposta aqui e ao longo do blog e, por fim, compreenda que o cristianismo é A Opção!
Natanael Castoldi
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