E, inesperadamente, novamente aqui. Por sorte um dos meus passatempos preferidos, que é escrever nesse blog, é, também, uma das formas de consolidar e aprimorar algumas questões que tenho aprendido e sido levado a pensar nesse curso. O fato é que a postagem que seguirá não tem muito com os assuntos que venho analisando ultimamente, mas é fruto de minha reflexão posterior à algum momento breve das aulas de teologia que, raramente, ocorrem sem algum debate sobre questões de urgência cristã.
A questão, para o incrédulo ou cristão acomodado ("cristão-não-cristão"), ao ver um bando de loucos se opondo a colossos políticos, filosóficos e científicos sem aparente razão deve, sem dúvida, ser: "Por que fazem isso? Querem apenas conflito? Causar polêmica? Escandalizar? Marcar o dia de seu funeral?!" E, de fato, essas perguntas fazem sentido para os que não são movidos pela causa cristã e não compreendem toda a nossa rebeldia em relação o "mundo". Por que nos opomos ao que, a primeira vista, não tem nada para conosco? É sobre isso que quero falar hoje, usando o mesmo esquema que usei nas postagens: "Perdidos no pântano" e "Pelo que luto!", mas com argumentos diferenciados e foco, objetivo, igualmente novo. -Minha oposição baseia-se, primeiro, no fato de Deus existir:
Nos últimos tempos o maior alvoroço científico foi a colocação, acompanhada de um livro, do famoso físico Stephen Hawking de que "O Universo como o temos não precisa ter tido um Criador" (basicamente isso disse). Ok. O Universo não necessariamente precisa ter tido um Criador. É possível. Existe uma chance matemática, quem sabe. Reflita: quais são as chances de uma explosão "perfeita" se originar do vazio e, de forma perfeita, produzir um universo perfeito e, nesse perfeito universo, quase em seu núcleo, no lugar perfeito, originar um planeta perfeito que, em perfeitas condições e no centímetro quadrado perfeito, foi capaz de originar a perfeita vida que nele habita e esta, por sua vez, evoluiu perfeitamente até o nível mais perfeito de vida que se pode concebe. Perfeição sob perfeição. Sim, existe uma chance disso ter acontecido por "acaso"... a de 1 em um número inconcebivelmente grande e que, por uma questão de tempo de vida, ninguém o tentaria descrever. Sim, uma chance... absurda, mas possível....
-Tanto quando existe alguma possibilidade de um grão de areia, ao cair de um despenhadeiro de mil metros, atingir um fio de cabelo posicionado na sua base.
-Tanto quando ao atirar cascalhos de 500g de um barco a navegar por sobre uma fenda abissal, posso fazer uma coluna perfeita de pedras empilhadas até a superfície.
Em questões aparentemente paradoxais, a Lei de Hess deve ser uma ferramenta eficaz. Coloco a comprovação da existência de Deus baseado na, sejamos sinceros, impossibilidade de obter perfeição de forma casual, opondo-se à antítese, ao que O questiona, que seria a teórica "possibilidade" de o universo existir sem Ele. As chances de o universo, como o concebemos hoje, surgir por acaso são indescritívelmente pequenas - e, estranhamente, nessas chances é que os céticos encontram argumento contra o Criador -, enquanto as chances de Deus existir, olhando apenas a pura concepção de "existência", é de 1/2: algo eterno ou É ou NÃO É, simples, já que nada que é eterno precisa de origem ou de razão para ser. 1/2 é pouco, pois também se deve conceber que a impossibilidade do ceticismo diretamente conta pontos para a existência do Criador.
-Minha oposição baseia-se, em segundo lugar, na certeza de que o Cristianismo é veraz:
Existe um conceito básico na filosofia verdadeira, quando essa área do conhecimento realmente se baseava no "valorizar do pensamento", e não na insanidade relativista: existe uma Verdade Absoluta, dois opostos de "mesmo valor" não podem coexistir, se repelem, se aniquilam. Não existem duas verdades antagônicas sobre uma mesma realidade ou um mesmo ser. Não é verdade que uma bola redonda é quadrada e que um homem é mulher, pois uma bola redonda é redonda e um homem é homem. Assim como é impossível eu pintar, em tela branca, um quadro azul usando tinta verde. Essas são verdades absolutas.
As religiões que concebemos, de modo geral, são antagônicas entre si e se repelem. O budismo repele o cristianismo em inconcebíveis questões, o espiritismo repele o islamismo em outras muitas, as religiões tribais do norte da Europa não podem comportar fé taoísta. De todas as religiões, apenas uma é baseada na Verdade Absoluta. Não podem governar todo o universo ao mesmo tempo os panteões hinduístas, nórdicos, gregos, africanos... Há apenas uma autoridade absoluta, autoridade detentora de todo o poder e só Deus, o Criador imaterial, inumano, sublime e ÚNICO, a originar o Universo à partir dEle mesmo, é explicação coerente e cientificamente aceitável.
As cosmogonias antigas deixam muito claro onde há maior coerência. De modo geral, as cosmogonias egípcias, mesopotâmicas, gregas, nórdicas, indígenas, indianas... se resumem em determinados padrões: a terra é origem de um conflito violento entre os deuses, muitas vezes a própria é formada pelos amontoados de corpos de deuses. Por isso crêem no animismo, vendo um deus para cada parte da natureza. O relacionamento do fiel à seu panteão, por fim, se resume no trabalho servil para sustentar esses deuses mundanos, constituíndo um relacionamento ritualístico e mecânico para com eles.
Bom, uma olhada mais detalhada nas origens segundo as religiões:
Egípcia: o deus Aton cria o Universo com seu sêmen, após se masturbar.
Nórdica: havia o vazio abissal de Ginunngagap, a terra quente de Muspel e outra, antagônica, gélida, Nifhel. Os ares quentes e gélidos se uniram no Ginunngagap. Dessa mistura surgiu o gigante Ymir. De suas axilas nasceu um casal de gigantes e de seus pés nasceram os trolls. Na planície gélida de Nifhel, Ymir encontrou uma vaca de leite e passou a mamar em suas tetas, pois tinha fome, e seu suor fez o gelo ficar salgado, tal vaca, então, passou a lamber o gelo quando dava de mamar. O gelo lambido esculpiu-se e formou um ser chamado Búri, que, por conta, deu origem a um ancestral dos deuses, chamado Bör. A história do universo, então, toma forma.
Grega: no começo era o vazio, o Caos. Então surgiu Gaia, a mãe de tudo, compreendendo as terras do Olimpo e, também, o seu oposto, Tártaro. Do Caos também nasceu a Noite e o Erebos (escuridão profunda). Erebos fecunda a Noite e esta dá a luz ao Dia e ao Éter. Gaia dá a luz o Céu (Urano) e aos mares. Com Urano, Gaia dá origem aos titãs e, depois, aos ciclopes. A "Terra" cruza com o "Céu". A história segue.
Bom, não é nenhum pouco difícil entender o porquê de o Cristianismo ter predominado por sobre essas e outras religiões. Basta conceber a razão e sabedoria do Gênesis. Em meio à tanta insanidade mitológica, a fé judaica principiou e se disseminou. É difícil conceber como um conhecimento tão profundo e em demasia superior ao de seus contemporâneos, perdurando até hoje com grande força, surgiria sem a inspiração do próprio Deus, revelando e contando a história da Sua Criação ao homem, que queria alcançar novamente.
A Lei do Antigo Testamento, da qual já falei na postagem anterior, é, para mim, uma das grandes provas de que estou no caminho certo. Códigos de leis anteriores e do período da Lei Mosaica são em demasia inferiores ao que Moisés recebera de Deus. As Leis de Eshunna (1800 a.C.), por exemplo, não tratam o homicídio com punição incondicional. Nelas o assassinato da escrava de outro é pago com duas escravas da parte do assassino. Se alguém mata algum membro de família de classe superior, deve ser morto. De forma parecida trabalha o Código de Hamurabi (1726 a.C), cobrando, por exemplo, multas em metal relativas à agressão às mulheres conforme as classes sociais. Se um homem mata a filha de um nobre, deve perder a sua filha também -o homem nunca paga, as mulheres pagam pelo seu erro e são tidas como propriedade. A Lei do Antigo Testamento, por outro lado, representa uma vanço significativo, generalizando a pena sem distinção de classe e sexo: "Não matarás" (Êxodo 20:13) e, a pena: "Quem ferir de morte, será morto" (Êxodo 21:12). E a Lei da Velha Aliança, que Deus fizera com Abaraão e que seguiu com Israel, é ainda mais anormal ao período por defender algo impensável naquela época: o escravo. Vide Êxodo 21:1-11; 26-27. Verifique o nível de ordem e respeito que constitui o conceito de igual restiuição: "Olho por olho, dente por dente" (Êxodo 21:24-25). As centenas de Leis que os israelitas tinham de seguir como sua parte na Aliança com Deus expressavam, também em conjunto, um conceito, já que, sendo tão abrangentes e profundas, faziam o indivíduo mais humilde e dependente do Pai, pois só com a ajuda do próprio Deus ele poderia seguí-Lo corretamente e segundo os Seus padrões.
Outro fator interessante e que destaca o cristianismo e seu Livro Sagrado é a autoria humana: na maioria das religiões com livros, sua obra essencial é de autoria de apenas um escritor, como Allan Kardec e o espiritismo, Tao e o taoísmo, Joseph Smith e o mormonismo (mais uma seita). O creditar nessas obras envolve uma confiança total na honestidade e intenção do escritor único, pois não se sabe se ele inventou, forjou uma obra ficcão ou filosofia humana ou realmente recebeu alguma inspiração divina. Tem-se, também, o fator tempo: o espaço de tempo para o processo de escrita é pequeno, limitado ao tempo de vida do escritor, isso, sem contar com a influência cultural e social que o indivíduo carrega consigo. - O Jesus mórmon e os "índios alemães" pré-colombianos.
... A Bíblia, porém, é completamente diferente e única: possui mais de 40 escritores, de culturas diferentes e distribuídos num espaço de tempo de 1600 anos, porém, isso não é perda, é lucro, pois o abrangente número de autores e espaço de tempo não prejudica, em nada, a unidade do texto. Passagens milênios distantes se completam. Todos os escritores parecem seguir o mesmo pensamento e pretender as mesmas coisas, pois transmitiram e completaram, unidos, a mesma idéia central. Isso só é possível com a existência de uma autor comum: Deus. Tanto em comparação com as cosmogonias antigas, como os códigos de leis e, também, a em relação à outros livros sagrados, o Deus cristão e, logo, o Cristianismo, se constatam e comprovam como Verdade Absoluta.
Com a arqueologia bíblica, que tem encontrado Bíblias milenares, manuscritos com idades muito próximas às dos originais, nomes bíblicos em artefatos e documentos civis e reais... além da ciência criacionista e diluviana, que se comprovam com a queda da oposição, só posso constatar que a Bíblia que temos é genuína e que todas as suas palavras são confiáveis e pregam a Verdade. -Em terceiro lugar, porque meu Deus é bom e justo, Sua Palavra é coerente, sábia e lógica:
Ok, Deus existe e o Cristianismo é resultado de Sua existência Absoluta. Mas, da mesma forma que povos se opunham ao domínio imperial romano no auge do Império, sem esperança alguma de vitória, mas em nome da liberdade a qualquer custo, eu teria imensas dificuldades de me prostrar a um deus existente, mas tirânico e cheio de caprichos. Mesmo concebendo a existência deste, eu não me renderia aos seus pés. Porém, o Único Deus é a própria essência e vastidão do que é amor, beleza, poder e, portanto, perfeição.
O Deus que vejo no Antigo Testamento, que alguns consideram mal, é um Deus amoroso, criativo, capaz de ser delicado e preciso o suficiente para tecer e colorir a arte nas asas de uma borboleta e poderoso para ampliar a arte nas nebulosas distantes no Espaço. É o Deus que criou um planeta perfeito, exuberante em luz e natureza, próximo ao centro do Universo, afim de presentear a Obra-prima de Suas criações: o homem, com quem queria, basicamente, mantér um relacionamento de amizade e amor.
Também é o Deus que, diferentemente daqueles pregados pelas mitologias, que exigem que o homem os sustente, está sempre se movendo em função do homem, fazendo algo em prol da humanidade e da salvação da obra que, por demasiada liberdade dada, corrompeu-se. Não preciso nem falar de Deus no Novo Testamento, que chegou ao impressionante ponto de oferecer o Seu Filho como sacrifício de sangue final e derradeiro, afim de limpar de uma vez por todas o pecado e a maldição humana em relação à ele, possibilitando que o homem, pecador, encontrasse a salvação apenas por aceitar o sacrifício de Jesus.
Veja a coerência: o salário do pecado é a morte. Foi isso que o homem encontrou ao cair no Éden. A única forma de o pecado ser remido por Deus, desde então, era a morte, mas, por amor, Deus instituiu substituiu a morte do homem por sacrifícios de animais, como lembrete de que o pecado mata e é remido após pago um preço, um preço em sangue, também para instituir alguma responsabilidade nas mãos daqueles que se diziam Seus filhos, disciplinando-os e testando-os em lealdade. Porém, desde o Pecado Original, Deus profetizou a vinda de um primogênito de mulher que quebraria a maldição mortal ocasionada por ele. Também por isso, para cumprir a profecia, preservou a família de Noé no Dilúvio. O homem sacrificava animais para remir seus pecados e se aproximar de Deus, com a vinda do prometido Messias, o Filho do próprio Deus, parte das Trindade, o cenário muda: o Deus Pai é que sacrificou aquele que amava para que Ele remisse os pecados humanos e Ele se aproximasse do homem. Isso é amor, o extremo do que se pode conceber por amor!
Você é capaz de imaginar o que sente o Deus Perfeito e Eterno ao ver Seu Filho, Perfeito e Eterno, mas feito no corpo de homem, vindo à Terra na forma e em nome da missão mais humilde e justa, por fim cercado de pecadores cegos e imundos, estraçalhado e padecendo de uma dor terrível, tanto física como espiritual, carregando o peso do pecado de um mundo inteiro, sendo cuspido, insultado, humilhado? Por mais que essa fora a consumação da profecia de Gênesis, apenas o amor incompreensível do Pai pode explicar o porquê dEle não ter feito mais do que lançar trevas e tremores na região de Jerusalém.
... E pense mais: é fácil para o Espírito Santo habitar, hoje, nosso mundo impuro e terrivelmente perverso? Este outro da Trindade certamente, em sua essência, não gosta de aqui estar, mas, por amor, afim de instituir o caráter de Cristo e facilitar nossa aproximação de Deus, o faz.
Compreenda: que deus, senão o Deus cristão, se humilharia e colocaria a habitar mundo tão podre? E, ao invés de refazer Sua Criação após a Queda, mantê-la, dando-a liberdade de escolha quanto à morte e a vida, dando-a liberdade de se voltar ou não para Ele e, oferecendo os mais preciosos meios de facilitar o retorno do homem caído? E que meio pode ser mais belo do que profetizar uma Segunda Vinda do Filho -humilhado na Primeira-, para levar ao Paraíso os que estão em Deus?
Questões que o cético pode levantar:
-"Deus criou o Mal?" Não. O Mal não é obra criada, é corrupção de algo outrora bom. Veja: o homem só tem um relacionamento de fato com outro ser humano, não pode tê-lo com um animal ou uma máquina, algo sem espírito e personalidade. Deus, para se relacionar com o homem, criou-o com personalidade. Também, arrisco dizer, privou-se de prever os acontecimentos futuros em relação ao homem, pois não se constitui um relacionamento de fato quando se sabe o próximo passo do companheiro... não se busca um diálogo quando se sabe tudo o que o outro dirá. Também não se pode ter um relacionamento sem liberdade, não há relacionamento com uma máquina sem personalidade ou obrigada a servir. Com os anjos, de certo modo, deve ser semelhante.
A opção do homem, através do livre-arbítrio, fora de exaltar mais a si mesmo do que ao Seu Pai. Deus permitira o homem de tomar essa decisão, sim, mas toda a decisão e ato promovem conseqüências involuntárias e invioláveis. O ato de se afastar do Pai da Vida e do Deus Perfeito, obrigatoriamente resulta em morte e corrupção. A opção humana no Éden não fora, à princípio, motivada por maldade, mas ingenuidade, descumprindo o que Deus dissera em relação ao Fruto Proibido.
... Através dessa escolha, a distância do Pai de Amor, principiou uma quebra gradativa e afastamento da fonte de amor e bondade, tendo como primeiro ato a explicitar a maldade adquirida pelo homem no homicídio de Caim, ao abater, por inveja e ciúmes, seu irmão, Abel.
O Mal, de fato, começa a existir pela escolha de Lúcifer de se revoltar contra Deus. Uns dizem que por inveja e desejo de tomar o lugar dEle, outros atribuem a revolta de Satanás à criação do homem, sendo, então, a Obra-prima do trabalho de Deus. O fato é que, mediante a imponência e onipotência de Deus, Lúcifer fora o primeiro de que temos conhecimento a tentar desafiá-lo, a optar por fazê-lo, levando consigo uma corja de seguidores. Acontece que, por algum motivo, Deus custa a destruir aquilo que criou, então, lançou da Sua presença os traidores que, por sua vez, distantes da fonte de perfeição, de amor, de beleza e de bondade, se corromperam em algo novo, o oposto daquilo que já não mais poderiam receber de Deus. O Mal, por fim, começa com essa corrupção do que era bom. Da mesma forma, como já disse outrora, a escuridão só se encontra onde não existe luz e o frio só é presente onde o calor se retrai, mas nem frio nem escuridão seriam sentidos e percebidos se a luz ou o calor não se ausentassem.
"Mas se Deus é perfeito, como pode suportar a existência do Mal e não anulá-lo?" Deus, de fato, repele, naturalmente, o que é Mal e, por isso, suporta, aceita, a existência do mesmo, já que Ele não se contamina ou é fragilizado por ele. A verdade é que para o consumar da longa história humana em pecado, rumando uma derradeira escolha por Deus ou pela Morte, o Mal necessariamente precisa prosseguir, pois continua sendo opção ao homem que pode, ou não -como já disse-, ser servo do Bondoso Pai. Deus continua demonstrando amor aqui, já que não obriga ninguém a aceitá-Lo.
O tempo para Deus é concebido de uma forma que não podemos imaginar e o que Ele promete, Ele cumpre, pois não há oposição que o impeça de fazê-lo. Se Deus já programou a aniquilação do Mal, tanto dos demônios quanto dos homens que não O aceitaram, no Inferno, o Mal já está vencido, condenado.
"E os que não ouviram falar de Deus?" Eu me arrisco a dizer que um povo nativo, habitando uma terra inóspita, e que, observando a natureza, credita sua perfeição à um deus criador e perfeito, diretamente crê no Deus bíblico e, sem ter acesso à Palavra, é analisado pelo Pai conforme seu coração em relação ao que consideram correto e errado moralmente e em relação ao exercício religioso para com sua divindade. De certo modo, é assim que funciona. O Deus onipresente e justo analisa caso por caso. Alguém que nunca foi evangelizado não será julgado negativamente por isso -talvez serão os cristãos que permitiram essa carência-, mas será julgado segundo sua postura em relação ao que concebe ser certo e errado. Segundo seu caráter.
Diz-se que a responsabilidade aumenta conforme aumenta o conhecimento e cada um só pode ser julgado de forma justa conforme o que concebe e teve acesso. Agora: qualquer um que teve a oportunidade de ler e conhecer mais da Palavra e a desprezou, este prestará contas. Qualquer um que vivera algum tempo como cristão, mas se desviou, prestará contas. E, aquele que se diz cristão, mas não passa de um hipócrita mentiroso, esse será julgado de forma mais negativa do que aquele que pouco ouviu falar do nome de Jesus! Mateus 3:7-8. Um fato que precisa sempre ser levado em contas é de que Deus é justo, onisciente e onipresente, analisa e sonda o coração de cada indivíduo segundo seu caráter e faz julgamento justo, relativo à opção de cada um. Lucas 12:47-48. "Por que Deus matou tantos?" O único que tem direito de decidir quanto ao viver e ao morrer é o Pai da Vida. Na Lei Ele proíbe o homem de fazer o que só Ele pode fazer. Quem edifica, tem o direito de derrubar, como Deus fala em Jeremias 45:4. Aquele que cria, tem o direito de instaurar suas leis.
Para não interferir no livre-arbítrio, Deus não poderia, simplesmente, cravar Seu trono na Terra e estar visível ao mundo inteiro, pois o homem deve decidir quem reina em sua vida e, vendo Deus, seria, praticamente, obrigado pelo medo e impotência, a se prostrar. Deus não quer um relacionamento forçado. Como o pecado resulta em morte, a morte fora um dos meios de Deus lembrar o homem e mantê-lo na linha sem precisar aparecer fisicamente em glória e esplendor. E pense mais: o pecado começou e Deus irá aniquilá-lo futuramente, mas, para tal, sem aparecer como grandioso e sublime Rei, teve que planejar todo um enredo de profecias e acontecimentos, afim de fazer com que a humanidade rumasse para o Dia programado. Para tal, escolheu um povo, que trabalharia com pulso mais firme, para que a Terra não se perdesse novamente no pecado exacerbado do pré-dilúvio e prometeria duas vindas de Seu Filho.
Em nome dessa causa, para se chegar nesse fim glorioso, Ele precisou intervir, assim, também, evitando que o pecado se fixasse eternamente nesse mundinho sujo e a situação ficasse mais deplorável do que antes do dilúvio. Para que o homem siga em frente sem vê-Lo, enviou Jesus em forma humana, também precisou usar da morte de outros muitos como exemplos duráveis e impactantes, afim de proteger e garantir o futuro planejado. Para tal teve de matar e destruir os inimigos de Israel e, para tal, destruirá grande parte desse mundo - o que, por amor, avisou com antecedência. Como já disse: que pai não mata o urso para proteger o filho? Deus É para os que estão nEle!
Vemos em passagens bíblicas que Deus usou de situações de morte e dor para mostrar ao incrédulo Sua glória e fazê-lo se direcionar para Ele. O que aconteceu no Egito de Moisés: enviou pragas mortíferas, cujos elementos eram símbolos de deuses egípcios, para mostrar que Ele é o Deus sobre todos os deuses, e provocou a morte de muitos para mostrar-se ao povo como Deus Onipotente, fazendo, ainda, com que os hebreus se lembrassem disso nas gerações vindouras - o que deu mais do que certo, pois eu falo disso hoje. Êxodo 10:2. Questões a considerar:
Acima de todo o questionamento ou paradoxo está a evidência. A existência do Universo exige a existência de um Criador, de Deus. A existência de Deus aponta para a relevância da religião, o que, através do conceito de Verdade Absoluta, indica para uma única religião como certeira. De todas as religiões, o cristianismo é a mais avançada e sóbria, além de ser respaldada por embasamento científico, histórico e social. Portanto, o Deus cristão é aquele que obrigatoriamente existe e isso está acima de qualquer ceticismo, argumento e ciência humana.
Uma questão de coerência:
Se eu concebo que existe um Deus e que tenho acesso à Palavra que este Deus inspirou, e se, além disso, compreendo serem palavras justas e coerentes, sinto-me, por meio de minha razão e temor, impelido à defendê-la sob qualquer circunstância. Primeiro concebo que o que está dito nela deve ser largamente considerado por, evidentemente, ser palavra do Deus Criador e, só depois, devo tentar compreender a razão desse dizer. Mesmo se, por ventura, não encontrá-la, em última instância ela é a Palavra do Altíssimo e, mesmo sem eu conseguir enxergar, há um motivo para ter sido dita, portanto, devo lutar por ela.
É claro que essas ocasiões, de não achar a razão, são raríssimas e o que não nos parece aplicável mesmo após uma boa exegese e hermenêutica, geralmente se destinaram estritamente ao ouvinte original, aquele para quem a carta ou o livro fora escrito: povo de Israel, cristãos de Corinto, Éfeso... E, também, a Lei Mosaica, de modo geral, compreendera o padrão de comportamento que Deus esperava do povo hebreu no cumprimento da Aliança com Abraão, apresentando leis que só poderemos entender se analisados os contextos históricos, culturais e geográficos de Israel no período remetente.
O fato é que o Velho Testamento não é o testamento dos cristãos, o que nos cabe é o Novo Testamento, tendo o Velho como uma base histórica de profecias e exemplos a se consolidarem e encorparem no Novo. Se são levantadas questões no Velho e constatadas no Novo, levarei-as em conta para a minha vida e lutarei por elas de todas as formas que puder. Por exemplo: Levítico 18:22 e Romanos 1:27, reprovam o homossexualismo. Tenho respaldo não só do Velho Testamento, mas do Novo, o meu testamento. Não é uma questão de opinião minha, é uma questão da opinião de Deus! Nessas horas, não levo em conta o que penso -se pensar de forma contrária ao pensamento de Deus-, simplesmente concordo, sem rodeios, e concebo o homossexualismo como um padrão de vida perigoso, por ir contra os planos do Criador, por não ser o padrão que O agrada, não ser objeto presente no Éden, antes do Pecado, mas fruto da corrupção humana depois da Queda. O cético pode questionar de todas as formas a minha postura aparentemente sem sentido, mas eu não irei ceder, pois o Pai Eterno assim pensa e eu sou Filho dEle e é Ele, não o mundo que me questiona, que me deu a vida e me garantirá a Vida Eterna.
Ora, Aquele que inspirou um livro que contém mais de 6.408 passagens proféticas, das quais 3.268 se cumpriram até então, certamente é fonte confiável! É fundamento sólido para me basear e seguir! É aquele por quem vale a pena lutar, mesmo em oposição à toda a arma filosófica, científica e de decadência moral humana!
O que me incentiva mais ainda é saber que nenhuma ordem ou padrão colocado na Bíblia é fruto dos caprichos de um criador que gosta de mandar por mandar. Não. Em toda a Lei ou conceito expressado pela Palavra, há algum embasamento moral protetor, uma real preocupação com nossa integridade física e espiritual. A preocupação evidente do Pai ainda vai além: indica o problema, mas nos mostra a solução, que é se apegar à Ele e aceitar a morte de Jesus.
Questões da Lei da Antiga Aliança já geraram grandes discussões, mas todas têm sentido protetor, como a de Deuteronômio 14:21, sobre não comer carne de cabrito cozida no leite materno: na terra de Canaã, que os hebreus tomariam, fazer isso era comum como ritual de prosperidade, afim de procurar nos deuses mais fecundidade entre o rebanho, pelo mesmo motivo Deus proibiu a mistura de grãos, tecidos e animais -Levítico 19:19-, pois acreditavam que os frios, grãos e animais misturados representariam o "acasalamento", proporcionando mais fertilidade. Essas leis tinham como motivação o proteger dos hebreus de ritos pagãos que, promovidos à deuses, distanciariam o povo de Deus e, portanto, promoveriam a morte e corrupção. Deus não habita onde há outro senhor a reinar. Levítico 11:7 é outro exemplo válido: Deus proibiu o consumo de animais sujos, cujo organismo fosse propício à proliferação de doenças e a extremidade dos membros do corpo acumulassem sujeira. No Êxodo os hebreus montavam um acampamento de 2,5 milhões de pessoas, qualquer desapego à higiene poderia provocar devastadoras conseqüências. Também deve-se levar em conta que a criação de animais como porcos seria insustentável numa região de deserto e peregrinação. E toda a Lei violenta e mortal para com atos de rebeldia tem aplicação direta na manutenção da unidade e do temor em Israel. Tudo isso, todas as Leis, visam a proteção da VIDA. Como falei de homossexualismo acima, posso, então, agora dar-lhes a razão que o torna inimigo dos padrões de Deus e inaceitável para o cristão - além, é claro, do fato de simplesmente estar fora dos padrões do Criador: a instituição familiar é a base fundamental da manutenção de valores, conceitos, ordem e, é claro, fé cristã. No Antigo Testamento fora essencial proibir que o homossexualismo à partir de pais de família, pois isso atacaria de forma arrasadora a integridade familiar, já que haveria a traição da mulher, fragilizando o relacionamento de amor entre o casal e, logo, prejudicando terrivelmente os filhos, regidos por pais sem moral, em relação instável e não embasada em amor. A nação, então, se enveredaria no caminho homossexual das outras nações dessa época, como a Grécia. O reflexo, para a nação de Israel, se o relacionamento homossexual fosse permitido, seria religiosa e moralmente devastador. Hoje, para as famílias, está sendo.
O surgimento de uniões homossexuais ataca a própria concepção de família, já que não se forma família sem pai, mãe e descendência. Dois homens ou duas mulheres não formam família nem descendência. Os valores que toda a tradição familiar transmitiu de pai para filho cessam de ser transmitidos quando o descendente torna-se homossexual, interrompendo a transmissão do sangue familiar. Não há escola, não há psicóloga, não há corrente de pensamento ou conceito tão efetivo e construtivo como a boa e velha educação de casa, principiada desde a transmissão de amor no ventre materno. Todo o conceito de hierarquia, respeito e ordem é tido pela criança desde seu nascimento, ao observar os pais e irmãos. Um bom relacionamento em casa só existe com uma igualmente boa base moral e tal, também, é transmitida à criança pelos pais. Ao ver o relacionamento dos pais e seu fruto, a criança desejará, espera-se, também ter filhos e prosseguir com as bases recebidas, refletindo-as aos seus respectivos sucessores.
O homossexualismo, ao se disseminar, interrompe, cada vez mais, todo o repasse dessas informações que outrora caminhavam de geração em geração. Essas idéias atacam a consistência familiar, ameaçam a própria manutenção da família como instituição, como base da sociedade, como alicerce mais sólido e eficaz. Destruindo a família, por fim, instalar-se-á o caos moral e a sociedade, desfragmentada em indivíduos perdidos e soltos como areia, será mais facilmente dominada por uma elite gananciosa.
Diz-se, e se constata, que o quebrar de uma regra estimula o quebrar de outras. O que, através da disseminação de uma única idéia que agride a família e a manutenção dos valores morais e éticos, pode acontecer na sociedade? Uma rebeldia generalizada, a destruição de todas as barreiras que inibem o indivíduo de adentrar no alcoolismo, no adultério, nas drogas... E tudo isso, quando tornado vício, leva para o que? PARA A MORTE!
Só uma pesquisa de alguns anos que mostra um pouco da importância da família para os filhos, no caso, a importância do pai:
· 63% dos jovens que se matam, se suicídam, vêm de famílias sem pai (U.S. D.H.H.S., Bureau of the Census);
· 90% de todos os meninos e meninas de rua (estamos falando dos Estados Unidos, não do Brasil) vêm de famílias sem pai;
· 85% de todas crianças com distúrbios do comportamento são originadas de famílias sem pai (Center for Diseases Control);
· 80% dos estupradores vêm de famílias sem pai (Criminal Justice and Behavior, Vol. 14, p. 403-26, 1978!!);
· 71% das crianças que abandonam a escola vêm de famílias sem pai (National Principals Association Report on the State of High Schools);
· 75% dos adolescentes atendidos nos Centros antidroga (chemical abuse centers) vem de casas sem pai (Rainbows for all God's Children);
· 80% dos jovens non centros correcionais vem de casas sem pai (U.S. Dept. of Justice, Special Report, Sept. 1988);
· 85% dos jovens presos cresceu em casas sem pai (Fulton Co. jail population, Texas Dept. of Corrections 1992).
· 69% das crianças abusadas sexualmente vivem em casas onde o pai nao é presente.
E, para completar, o que piorou nos Estados Unidos desde a década de 60, quando o ensino sobre Deus e cristianismo foi abolido das escolas (DVD Dilúvio, Raphael Juliano):
- Crianças sem pai: +300%
- índice de divórcios: +200%
- Crimes violentos: +560%
- Gravidez entre adolescentes: +500%
- Suicídios: +25%
- Aborto: 36 milhões
- Nascimentos ilegítimos: +500%
- Casamentos heterossexuais: -33%
- Uniões homossexuais: +300%
- Assassinatos: +300%
- Pobreza: +4,3% -> 15,4%
- Média nas universidades: -75%
Há ainda mais motivos: uma idéia que confronte a Palavra, irá buscar atacar o cristianismo, seja na libertinagem, seja na política, seja legalmente; uma idéia que ameace destruir a família, implantará carência moral; uma idéia que planeja destruir a base da sociedade, facilitará o caminho para um governo opressor. Todas essas questões implicam num cenário mais hostil para o cristão levar a Boa Nova, levar o nome de Jesus e garantir a salvação dos incrédulos que padecem, incluíndo os homossexuais. Ou seja: nossa oposição às questões mundanas e podridão na igreja se dá, essencialmente, por amor! Ou você acha que o cristão se quebra e perde tempo enfrentando colossos sem algum objetivo nobre?! Sem uma sólida base que lhe dá segurança e ousadia? Sem um apurado senso de HONRA e sacrifício?!
Natanael Castoldi
Leia também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário