De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A História do Mundo

O mais belo da história desse mundo é que, diferentemente do que se aprende na escola, ela não é meramente uma seqüência de fatos frios e o homem não é tudo o que a compreende. Há, sem dúvida, nos contos que tanto se propagam em nossa sociedade, algum fundo de verdade. O enredo da história humana é muito mais profundo, complexo e fantástico do que normalmente concebemos... há uma maldição enraizada e hereditária em nós que, de certo modo, "une" os homens primordiais aos homens pós-modernos, um mesmo mal, uma mesma inclinação: o pecado.
À princípio uma criatura bela e altamente poderosa, mas com o distanciar do Criador, uma aberração cada vez mais ínfima e fraca. Toda a movimentação humana, perceba, é em prol ou contra essa natureza pecaminosa, assim como todo o trabalho e envolvimento do Deus Criador nesse mundo - e Satanás, com sua corja.
Hoje, procurando alguma cena épica para complementar a postagem anterior, acabei por assistir algumas cenas dO Senhor dos Anéis e tomar inspiração para complementar uma idéia que queria transmitir aqui. Se analisada com cuidado, a história criada por Tolkien se assemelha grandemente com a realidade descrita na Bíblia e perceptível na humanidade ao longo da história: o Um Anel, corrupção entre os outros anéis de poder, é como o Pecado Original: a maldade hereditária e, por mãos humanas, indestrutível. Assim como apenas esse anel é capaz de corromper e controlar todos os outros outrora distribuídos aos reis humanos, élficos e anões, o pecado nos corrompe de forma a tomar conta de todos os nossos bons atributos genuínos. Essa corrupção chega ao nível dos espectros do Anel, os nazgul, poderosos reis humanos que foram consumidos de tal forma pelo poder do Um que se tornaram um vazio de escuridão profunda, feitos em pura e caótica maldade.
Desde a traição de Sauron, forjando em segredo o Um, a preservação do Anel nas mãos de Isildur, seduzido por ele e abatido pelo mesmo, a corrupção de Smeagol, fazendo-o se tornar a terrível criatura Gollum após meio milênio de manipulação, até Bilbo e seu anseio por tê-lo em mãos, a existência do Anel só foi possível devido à ganância, o desejo de ser grande, de obter poder... exatamente por isso Pecado principiou-se e, até hoje, se mantém.
O Anel, de fato, proporcionava um poder maior do que se poderia obter sem ele, assim como Anakin, em Starwars, buscou mais poder através do Lado Negro da Força, mas tanto um quanto outro, após esse sedutor presente, levavam à morte, seja através da corrupção total ou da morte eterna. O Pecado, quando instigado por Satanás no Éden, veio com essa mesma promessa, resultando, por fim, na dita morte.
Outro paralelo interessantíssimo entre O Senhor dos Anéis e o enredo Bíblico, e a História do Mundo, é que, para vencer a Morte, a maldição plantada no coração humano através da ganância e anseio por se afastar de Deus, é a própria vitória sobre tal maldição, a literal morte. Apenas o sacrifício de sangue pode cobrir a maldição sangrenta. Assim como só fora possível destruir o Um na matéria em que fora forjado: o magma da Montanha da Perdição. E mais: Gandalf fora o que morreu pela causa, na Sociedade, caindo nas profundezas da terra, mas, também, aquele que venceu a morte e se desvencilhou das masmorras abissais, retornando glorificado. Só através de sua morte e vida renovada, a vitória sobre a Maldição milenar pôde se consumar. Em nossa história temos Jesus que pela morte venceu-a e, como sacrifício derradeiro, pagou com seu sangue a quebra desse mal, possibilitando aos que aceitarem tal sacrifício a liberdade do jugo e, através do Espírito Santo, um relativo retorno à realidade genuína do homem no Éden. Tal vitória, por fim, é representada nO Senhor dos Anéis como a viagem para as Terras Imortais, o que viveremos nós, cristãos, ao terminarmos nossa carreira aqui.
Uma outra lição da belíssima história citada é que, após a Queda pelo Anel, um preço teve de ser pago, a conseqüência teve de ser enfrentada, a morte teve de ser vencida. Seguem três vídeos do filme: o primeiro cita a Maldição do Um, o segundo conta a história do Anel e a resistência dos bons e o terceiro relata o início da Sociedade do Anel - os dois últimos estão dublados, infelizmente.

O que você pôde perceber nos vídeos não lhe remete a nada para nossos dias? Pois eu vejo nas palavras de Galadriel, no início do segundo vídeo, a realidade de nosso mundo e a expansão exacerbada do Mal, que hoje se espalha quase sem paralelo na história -antes do Dilúvio, quem sabe. A questão é que, quando a maldade se tornou em demasia ameaçadora, aqueles que ainda resistiam se uniram para enfrentar o Inimigo no centro de seu poder.
Vamos, então, falar de outro clássico da literatura inglesa, do conto que virou bom filme: As Crônicas de Nárnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa. A idéia central desse conto é semelhante à história dO Senhor dos Anéis. Nárnia esqueceu-se de seu senhor e, com seu afastamento, a Feiticeira Branca assume o posto e, em sua maldade, lança um inverno longuíssimo nas suas terras. Os narnianos, então, ou a servem ou são oprimidos. Não podem reagir, não podem se levantar, a polícia lupina da Feiticeira fareja todos os movimentos e intenções dos oprimidos. Quem se opõe é preso em condições tenebrosas ou torna-se rocha bruta.
Vamos fazer um paralelo com nossos dias: o frio invernal é a própria maldade que se alastra, quase que onipresente nesse mundo decaído, aprisionando, tornando em gelo bruto, a genuína humanidade; a Feiticeira Branca, obviamente, é Satanás, a liderar seus lobos -os governos e a mídia- para oprimir e aprisionar a liberdade, impedindo qualquer levante rebelde de algum indivíduo que tente professar o nome do Grande Leão; a prisão e o feitiço que petrifica aquele que se "debate" resume aquilo que o pecado faz ao homem, aquilo que Satanás quer que nos aconteça quando possuídos pela perdição, anestesiados pelos prazeres, amordaçados, enquanto despedaçados vivos.
Quanto mais perto do retorno de Aslam, mais violenta é a ação da Feiticeira e, por fim, os narnianos, unidos pela esperança do retorno de seu Senhor, marcham corajosamente para o derradeiro conflito. Aslam morre no lugar de Edmundo, seduzido e aprisionado pela Feiticeira, libertando-o. Sua morte é passageira, ressuscitando para marchar à batalha e levar seus poucos, mais suficientes servos, à vitória, fazendo o inverno cessar.
É interessante notar como a união, tanto da Sociedade do Anel, como dos Reis Narnianos -Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia-, representam bem a Igreja, a resistência, composta de indivíduos diferentes, portadores de armas e dons diferenciados, líderes de batalha, ousados o bastante para enfrentar o Inimigo em seu próprio lar... Como quem escuta a trilha sonora de mestre dos Mares: no lado distante da Terra.
Esse é o contexto do Pecado. Essa é a história da humanidade. Essas são as metáforas (Nárnia e SDA) para nosso passado, presente e futuro. O homem reage, basicamente, basicamente, de duas formas perante essa situação: humilha-se, reconhece sua situação degradante, mas não a aceita, iniciando uma jornada em busca da remissão da maldição ou simplesmente não concebe sua situação mortal e se deixa levar por ela. Há, ainda, o intermediário, pior de todos.
A questão é que o homem fora criado como algo e hoje é outro, falta uma parte imensa, aquela que fora perdida quando deixara sua natureza genuína e concebera a natureza pecaminosa. Vê-se toda a humanidade desenrolando-se numa busca insensata para preencher, entulhar o abismo aberto desde a Queda. Há, intrínseca em nós, uma "lembrança" dos tempos de glória e perfeição e, mediante a corrupção atual, um constante descontentamento, constatado nas tentativas de retorno ao Paraíso perdido, ao perfeito Éden, onde a presença de Deus era perceptível e, consigo, um sentimento de amor, paz, gozo, harmonia, segurança e significado, resultando em óbvia e inconcebível felicidade. O distanciar de Deus também fez se distanciarem Seus atributos perfeitos, resultando numa vida de medo, dor, conflitos, violência, abuso... num "mundo que jaz no maligno". Como o veterano de guerra que daria tudo para voltar a viver com seu rosto perfeito, antes de ter sido queimado, ou com seu braço direito, antes de ser amputado, pois lembra-se de como era boa sua vida quando ainda não tinha sido mutilado, o homem quer, direta e indiretamente, recuperar sua genuinidade e incompreensível felicidade.
É nisso que se move o mundo. Nega Jesus, que possibilita o Retorno, mas, porém, quer retornar, buscando, de todas as outras formas, reviver o Éden. Nisso se move a ciência cética: quem sabe a alegria perdida seja adquirida nessa vã empreitada de destronar Deus e, então, fundamentar todo um universo personalizado segundo os preceitos humanos. A indústria dos prazeres: quem sabe a alegria perdida possa ser encontrada na perdição do carnaval, a promover uma orgia sem tamanho. A indústria da beleza: quem sabe a alegria genuína possa ser reencontrada quando o limite da beleza e perfeição física for atingido. A indústria dos relacionamentos: quem sabe a alegria perdida possa retornar ao se entregar completamente ao companheiro, à paixão. Ou, na carência de macanismos de regresso, sugar os próximos, usá-los ou superestimá-los -é basicamente nisso que se limitam os relacionamentos hoje. A indústria capitalista: quem sabe a alegria possa se tornar fato quando encher cofres de ouro. A indústria do consumismo: quem sabe a alegria possa ser fato quando, após batalhar dez anos para conseguir o emprego dos sonhos, venha possuir uma casa luxuosa, num paraíso montês, quando comprar o carro do ano... "Quem sabe". Vejo hoje uma tentativa de construir, reproduzir, um ideal de vida nesse mundo, uma sociedade inteira engajada na busca pelo prazer e pela felicidade. Mas é tudo vão. Tudo vaidade. O Anel prometera grandeza e poder, alegria, aos seus portadores, mas era vã mentira. Ao caminhar pelas ruas de Gramado observo pobres e ricos com a mesma expressão fechada dentro seus carros, vejo multidões fazendo procissões em nome do chocolate, do artesanato, do frio, para, duas semanas depois de saírem daqui, estarem tão tristes e desiludidas quanto estavam algum tempo antes de vir.
Vejo um mundo focado no dinheiro e, através dele, pessoas correndo insanas, procurando algo que lhes dê alguma alegria duradoura. Sei que é tudo vão. Com tentam restaurar sua glória perdida - a questão é que tal compreendia muito mais do que matéria visível. A vida humana, da forma como está, é tão vazia, tão sem graça, tão simplória e efêmera! Um jogo de escambo, e só tem valor aquele que tiver algo para barganhar. Se caminho pela rua com esse pensar, atentando para esses detalhes, tenho pena das pessoas que vejo, perdendo uma vida inteira na busca de algo que jamais encontrarão... e, depois da desilusão, ainda padecer uma eternidade de dor. Não vejo qualquer traço de genuína alegria nesse mundo que me cerca... pelo contrário, vejo um cenário hostil, repleto de espinhos, correntes e bestas selvagens. Por sobre a mais bela construção, vejo trevas, vejo gárgulas, reis de uma sociedade regida pela dor e pela tristeza, que no âmago do homem perdido se retorcem como serpentes... Fazendo-o correr em desespero atrás de algum remédio eficaz e que não se limite apenas à máscaras - que somente disfarçam a cólera. Mas, infelizmente, o andarilho errante só encontra "vendedores de máscaras"...
... Sim, lugares como Gramado são fruto dessa tentativa vã de regresso ao Éden, cenário de "possibilidades" mundanas para se encontrar a alegria... Entra ano, sai ano, as coisas se repetem. O Natal é sempre a mesma festa vazia e sem sentido -para o mundo-, a páscoa, igualmente, o Ano Novo continua sendo "o dia da mentira", um cemitério de sonhos arruinados e um campo árido de pedras brutas para semear os novos que, obviamente, estarão mortos antes do ano acabar. E o ciclo prossegue, até que a vida passa, até que a vida termina e o Éden nunca fora alcançado.
... Isso é deprimente. Eclesiastes 1:2-11 (leia, também, o capítulo 2)

Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.

Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?

Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.

Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.

O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.

Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.

Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.

Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.

Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois.

"-Qual seu sonho?
-Hoje é passar no vestibular.
-E depois?
-Ter um bom emprego.
-E depois?
-Constituir uma família.
-E depois?
-Ser bem sucedido em tudo.
-E depois?
-Aposentar-me.
-E depois?
-Ter uma boa velhice e muitos netos.
-E depois?"

Tiago 4:13-14

Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos;

Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.

O que falta? A única forma de reencontrar a alegria arruinada pelo Pecado é se direcionar e prostrar ao Deus Criador, Aquele que plantou o Jardim, que construiu todo o Universo com base num plano perfeito e santo. O único que não promete disfarçar a dor, mascarando-a, mas está apto a inibi-la completamente! Esse Criador deseja ter Suas criaturas novamente, salvá-las e regenerá-las no novo Paraíso, no Céu. Para O Senhor dos Anéis, esse lugar de eterna alegria é uma outra terra, uma nova, para Nárnia, é um regresso à realidade genuína do Éden. De qualquer forma, é o único meio de reencontrar a natureza genuína, a alegria completa! E tal começa aqui: na certeza de não trabalhar sobre o pó para o pó!
Mas não se iluda se, simplesmente, for cristão. A igreja de nossos dias tem tomado o mesmo rumo do mundo decaído e tentado transferir a promessa de genuína alegria nos Novos Céus para o hoje. Para tal, mistura-se um pouco dos tempos antes de Cristo e algo de medieval. A construção do novo Templo de Salomão, projeto de um ateu bem conhecido, nos evidencia essa realidade: tenta-se construir um "cristianismo antes de Cristo", tomando um padrão de culto tipicamente judaico, ao valorizar o edifício, crendo que a construção tem poder, que a construção será a casa de Deus (veja aqui 1, 2). Esquece-se o meu amigo, que judaísmo e cristianismo podem conviver, mas não se misturar, enquanto um não crê em Jesus como Messias e o outro sim. Essa mistura é terrível para o cristianismo que, nesse âmbito, se prostra ao judaísmo, inibindo a ação de Cristo na destituição do Templo como Casa de Deus, quando tal tornou o cristão, a assembléia cristã, o Templo do Espírito. Por que você acha que a cortina do Templo se rasgou quando Jesus morreu? Para mostrar que a Nova Aliança não trabalharia mais com enfoque no edifício e que, para chegar a Deus, não seria mais necessário chegar-se ao Templo de pedra, bastava se aproximar de Cristo. Mateus 27:50-51; João 14:6; Atos 17:24.
O conceito fica ainda mais óbvio quando se vê que Jesus substituiu todos os elementos do templo: o candelabro, que era a luz (João 8:12); a mesa dos pães e ofertas líquidas, que dava o alimento de Deus às tribos (João 4:13-14; João 6:35); o altar de incenso, que representava a presença de Deus (2 Coríntios 2:15); a Arca, que era a "casa de Deus" e guardava a Lei (1 Coríntios 3:16; Gálatas 3:23-29); a bacia, que purifica (Hebreus 13:12); o altar dos sacrifícios (João 1:29); a porta, passagem para poder entrar no templo (João 10:9). Ou seja: não há nada no Novo Testamento que fale algo sobre edifícios terem grande importância.
A questão que ressurge hoje é reflexo, também, de uma idéia medieval: a catedral, a basílica, é a Casa de Deus, Ele habita ali e somente ali. A Igreja é o Reino de Deus na Terra e precisa ser rica e grandiosa materialmente. Tanto a "igreja universal do judaísmo-cristão" como a igreja católica, então, almejam, com essa concepção, a vastidão de riquezas e patrimônios. Sem Cristo, sem conceber o que Ele fez, a igreja pode voltar ao período em que era interessante possuir templos cobertos de ouro... e a casa dos líderes da igreja, transbordando em luxo, como exemplo aos fiéis do que é ser próspero. Com essa concepção, facilmente distingo a verdade de que muito mais da metade da igreja está mergulhada num universo sem Cristo... Nesses meios, quando escuto fervorosas orações e extravagantes sermões, involuntariamente me questiono: o "nome de Jesus" que essa pessoa tanto diz, é o Jesus Messias de fato? Ou um amigo imaginário?!
... É o mesmo que faz a igreja perdida em libertinagem e promiscuidade, mas fervorosa na oração: "Que Jesus é esse, o de vocês?" Porque o Jesus a quem me entreguei foi o que disse que se a justiça do cristão não for superior à do incrédulo e fariseu, este não entrará no Seu Reino (Mateus 5:20 e, não deixe de ler Mateus 19:24).
A questão é que tanto a igreja libertina e de "a.C" padecem do mesmo mal que a humanidade em geral: tentam reproduzir, de forma vã, o Paraíso ou, através de atos, encontrar a alegria, algum sentido para a vida. A igreja que destas coisas padece, infelizmente, não conhece a Cristo, pois Sua morte na cruz deixou explícita a única forma de o homem retornar, gradativamente, ao seu passado glorioso.
E nós, cristãos verdadeiros, o que faremos? Bom, eu tenho perspectiva tanto nesse mundo, com uma luta para lutar, quanto no Céu, para onde certamente irei após morrer. Com base nisso, considero-me realmente feliz, pois minha alegria não se baseia apenas em coisas humanas, incertas e mortais, mas em algo eterno, na construção para o interminável, também na consolidação de um legado espiritual para as gerações vindouras. Eu estou em plena jornada cristã, em busca da redenção em Cristo e, por isso, pouco temo em relação ao que é material, já que não é a minha fonte primária de prazer. Anseio por lutar até o fim em defesa da fé, em nome da justiça e da honra, mesmo que venha a pagar por isso um preço altíssimo. Sei que meu Deus irá me ajudar, me guiar e, aquilo que por ventura acontecer, estará em Seus planos. É tão bom viver assim, nessa segurança, com esses fundamentos! Não posso mais aceitar a triste imagem das ruas, a expressão pesada e vazia das pessoas, elas precisam conhecer o que eu conheço, não posso mais permitir que pessoas próximas gastem todas as suas forças e seu tempo de vida em lutas vãs! Essas pessoas, porém, estão envolvidas no frio gélido deste inverno mortal, seduzidas mortalmente pelo Um... Por si, não são capazes de se desvencilhar do mal que as mata desde o nascimento! Precisamos adentrar O Gélido para encontrá-las... e isso será duro.
Nos unamos contra o Mal absoluto que tem crescido e se tornado em trevas palpáveis nesse mundo, chegou ao extremo! Juntemo-nos, cristãos, e lutemos a nossa luta, para a qual nascemos! LUTEMOS por esse mundo e pela humanidade que se perde, amarrada, amordaçada, petrificada, tornada em escuridão espectral! Podem nos odiar e perseguir, mas só o fazem porque nossa presença em luz lhes ofusca e arde os olhos opacos... (2 Coríntios 2:16) Nós temos a Luz daquele que nos constituiu Sua igreja e Seu corpo... não a recebemos para escondê-la!! Marchemos, andemos até Mordor, até o lado mais distante da Terra por amor aos perdidos! Mateus 5:14; Mateus 5:9-10.
Natanael Castoldi

Segue o discurso de Aragorn no Portão Negro:

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