O que segue não é um texto muito reflexivo ou inspirador, trata-se de um comentário sobre passagens variadas extraídas de exemplares da revista Superinteressante.
Dificilmente percebemos de cara quando algo sutil está impregnado nalguma revista ou programa de TV. Creio que todos as “empresas” envolvidas com edições tornam o dito texto imparcial, algo parcial camuflado. Nunca, em lugar algum, a opinião expressada é completamente livre de posicionamentos. Eu não tinha pensado tanto nisso até que percebi o primeiro artigo tendencioso de uma revista científica e dita “sem partido”. Antes eu gostava da Superinteressante, mas das oito revistas que comprei, percebi que apenas numas duas ou três não aparecem insinuações anticristãs. Esse fato me abriu os olhos e até me deixou um pouco angustiado, pois, à partir dele, comecei a perceber melhor como a mídia está cercando de forma desonesta e venenosa a Igreja. -Segue a música-
O artigo da Super que me chamou a atenção é da edição254, julho de 2008, com o título: Os Maiores Mistérios dos Livros Sagrados. A revista começa falando da criação do mudo segundo as religiões e, de cara, ataca, em especial, o judaísmo/cristianismo. A passagem destacada pela própria revista quanto ao tema é revoltante: “O MITO do gênese nasce como uma crítica ao sistema produtivo. É um texto antitributarista.” O que é isso? Que barbaridade é essa? Primeiro: por que MITO? Ninguém pode afirmar isso! O gênese é mais coerente do que o Big Bang, mas é desvalorizado, pois o homem moderno criou uma estrutura, um padrão de concepções científicas que partem de um pressuposto da não-existência de Deus. Segundo: como assim “antitributarista”? Crítica? O gênese simplesmente fala de origens! Como “viajam”... Na pseudo-complexidade e aura do texto na revista, colocado em páginas atraentes e cercado de infográficos, até parece algo coerente e confiável, mas paremos pra pensar.
A revista segue falando das diversas religiões e, por mais incoerentes que sejam, não critica nenhuma, apenas explica sua estrutura, suas bases. Então chega o judaísmo. Pronto. Não é falado quase nada sobre o judaísmo em si! Há mais uma preocupação em desmistificar o Pentateuco do que em explicar, imparcialmente, do que se trata tal religião. Como é impossível escapar da certeza histórica das Pragas do Egito, se detém por 4 páginas em tentativas frustradas de explicar de forma natural e casual a catástrofe.
Primeiro sugerem que a sarça ardente não ardia, mas que havia uma câmara de gás muito perto dela e, devido ao calor brutal, emanavam chamas da cavidade. Poxa, Moisés já habitava aquela terra há décadas! Como não iria conhecer esse fenômeno, caso fosse comum? E, como cresceria uma sarça ao lado de uma cavidade flamejante? Muito mais sóbrio é aceitar o fato de esse arbusto seco queimar anualmente... A questão também não é o fogo na sarça, mas Deus ter se comunicado com Moisés, supreendendo-o ao usar da sarça para tal...... Isso é mais do que desonesto, é uma ofensa a capacidade intelectual dos leitores da revista. Veja ->aqui<- a concepção mais real do fato, retirada do filme "O Príncipe do Egito", já citado acima. -> Se tentam explicar naturalmente o que Deus fez através de Moisés, que expliquem a Fornalha Ardente, Daniel na cova dos leões, Sansão e a emboscada dos filisteus, o dilúvio... Tentar explicar um fato é concordar que ele ocorreu. Concordar que algo bíblico ocorreu, é concordar que a Bíblia é a Verdade. Expliquem-na como um todo, então.<-
Ao encerrar as barbarirades sobre judaísmo, a revista inicia o cristianismo. Começa afirmando que os apócrifos contradizem a Bíblia (sendo que se tratam de cartas forjadas por inimigos do cristianismo, que, falsificando assinaturas de grandes nomes cristãos, contradiziam o que fora dito nos livros originais. Além das assinaturas visivelmente copiadas, as datações os entregam como fraudes), fazem questão de especular que Jesus tinha um relacionamento em demasia íntimo com Maria Madalena (quem disse que Leonardo da Vinci, nascido 1,5 milênios depois de Jesus, pode ser fonte confiável de hipóteses sobre Jesus?), questionam a real vilania de Judas, chegam a sugerir uma nova visão de Jesus, um que, quando criança, era orgulhoso e violento, que, antes da sua missão, andou peregrino por grande parte da Ásia...
...Poxa! Que parcialidade!!
Noutra revista da Super (Uma Breve História das Civilizações, 266), uma pequena frase me chamou também a atenção: “A Igreja Católica, incomodada com avanço desenfreado da fé islâmica, ansiava por novos rebanhos que pudessem ser pastoreados em novas terras.” Parece inocente, mas não é. Nenhum livro de história fala de fé islâmica tendo ligação com as Grandes Navegações. A verdade é que os católicos saíram em busca de novas terras e fiéis, pois a Reforma Protestante rachou a Europa, os islâmicos tinham sido repelidos não fazia muito tempo...
... Por que isso? Não sei, mas suponho que esse assassinato à realidade histórica tenha motivos malévolos. Parecem fazer questão de não citar “cristianismo” ou “protestantismo” quando não se pode fazê-lo aliado à críticas.
Outro exemplar que tenho, “O Mistério dos Templários”, de 2006 (edição 223), é ainda mais violento ao tentar refutar a idéia de Deus. Na pagina 14 encontramos uma matéria de título: “Deus é coisa da sua cabeça.” Sutil? Escancarado! A matéria fala que, quando buscamos pelo espiritual uma parte do nosso cérebro entra em atividade intensa, o que, pra mim, não prova que Deus não existe, que é coisa do nosso cérebro. Pelo contrário, confirma muito mais Sua existência e a ligação intensa do homem com o mundo espiritual...
... Como são parciais, cegos!
A pior de todas foi: “Darwin, o Homem que Matou Deus”, não tenho esse exemplar, mas me assustei quando vi tal revista nas bancas. Poxa, como uma teoria biológica pode destruir a idéia de um deus imaterial?! Isso é inconcebível! Não esqueçamos que Darwin era cristão, que ele roubou as idéias de sua teoria de seu avô, também que era um bom de um beberrão e que não comprara nenhum livro nos tempos em que lecionou em universidades inglesas.
O que acontece na Super é só um exemplo de toda a perseguição silenciosa que cresce na mídia brasileira e ocidental em geral. Não consigo conceber exatamente os motivos que levam a tais sutilezas, mas... vai entender a estupidez do homem moderno! A verdade é que todo aquele que não está em Deus, sem dúvida está nas mãos de Satanás e, então, não é muito mais do que uma marionete, um agente do Maligno. Temos de ficar atentos ao cerco que se fecha entorno de nós, ao jogo de mentiras e desonestidades que se desenvolve de forma sutil em quase todas as facetas da sociedade. Se não estivermos preparados e alertas, se estivermos nos perdendo nalgum pecado, afetando nosso temor de Deus, toda a mensagem "subliminar" destrutiva que recebermos sem percebermos, pode ir, aos poucos, acabando com nossa fé, implantando uma confusão e um ceticismo mortal em nossa mente.
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