Lá estava eu, estudando pra recuperação de química... Bem desnorteado. Decidi, então, dar um tempo, liguei meu computador pra pôr algumas músicas e dar uma acalmada. Nessa pausa resolvi fazer algo que desejava há algum tempo, buscaria algum versículo bíblico pra pôr no meu perfil do orkut. Como gosto de algo como "afiar espadas" e etc, optei logo por procurar em Juízes. Eis que leio uma passagem arrebatadora e que me abriu a visão sobre aquilo que acontecia comigo. Certamente esse toque de Deus ali, me fazendo ler o que Ele queira, ajudou muito. ->Testemunho posterior, complementar: O mais belo disso tudo é que, depois da leitura do texto, uns dias depois, antes de dormir, orei pedindo, com toda a sinceridade do mundo, para Deus me tirar a tal tristeza e, no dia seguinte, na aula de educação física, do nada, eu notei que um imenso peso saiu de mim, como que tirado com a mão, em resposta à oração anterior. Me lembro do exato segundo e da sensação que tive naquela hora... Deus queria que, pelo sofrimento, eu me achegasse mais a ele <-. Agora posso escrever com base numa experiência pessoal e num texto magnífico da Palavra. - Segue uma música "árida" pra acompanhar -
Nesse post falarei sobre os "desertos da vida", expressão que você pode muito bem ter ouvido por aí. Mas eu, sinceramente, nunca ouvi nada parecido com o que escreverei. O que seguirá se resume nisso: cristianismo não é conforto. Provações nos fazem crescer. Cristãos não devem desejar calmaria por muito tempo e, muito menos, debandar quando vier a batalha.

Então Deus fendeu uma cavidade que estava na queixada; e dela saiu água, e bebeu; e recobrou o seu espírito e reanimou-se; por isso chamou aquele lugar: A fonte do que clama, que está em Lei até o dia de hoje." Juízes 15.18-19 - Esse texto relata o momento que sucede uma emboscada forjada pelos filisteus para matar Sansão no deserto. Nessa ocasião Sansão toma uma queixada de jumento e fere mil inimigos, caindo exausto e morrendo de sede ao final. Então clama a Deus.

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Mas o detalhe que quero ressaltar com o ocorrido no deserto foi o seu final. Ali, vendo a morte se aproximar, é que Sansão clamou com mais poder, com mais força, com mais devoção e entrega. Ele estava morrendo! Foi nesse momento que Deus pôde honrá-lo ainda mais! Fez brotar da queixada de jumento uma fonte. Aquele vale árido, vazio de córregos, então, tornou-se um manancial. Por causa da dor de Sansão e sua súplica, aquelas terras áridas mudaram para sempre!


É assim que deve ser com o cristão. O cristão deve se conformar com as batalhas e com os desertos de sua vida, pois essas provações trazem uma decepção necessária, nos sentimos impotentes, nos sentimos "pouco e nada". É aqui que clamamos, é aqui que largamos o orgulho. É aqui que a voz de Deus torna-se mais audível.

Assim que deve ser com o cristão! Todo lugar onde entramos deve tornar-se um vale fértil. Todas as vidas que nos cercam, igualmente. Nada deve permanecer inerte ao toque de um Filho de Deus. Quando mais árida a terra onde pisamos, mais acuados e vulneráveis nos sentimos, então mais nos entregamos ao Pai e mais Ele nos usa para mudar a realidade hostil de tal local. O cristão é assim, um instrumento de Deus para penetrar os territórios mais tórridos e escavar poços, tirar água de suas rochas (Êxodo 17:4-7), mudá-los para sempre! Refiro-me às vidas mundanas. Entrar em "vales da morte" (Salmos 23:4) nunca será coisa fácil! O cristianismo nunca será coisa fácil!!

É nas fraquezas e dificuldades que Deus mais nos usa. Foi assim com Paulo e seu "espinho na carne" (2Coríntios 12:7), ou, também, sua cegueira (Atos 22:6-11).
Devemos confiar em Deus perante as adversidades, por piores que sejam as batalhas que tenhamos que enfrentar. No século XIII os mongóis armaram a maior operação marítima da história até a 2ªGuerra Mundial, afim de dominar o Japão. Foram 3500 navios... Mas uma tempestade arrasou toda a esquadra e o Japão, certo de que seria dominado, venceu com despojos.
É assim também conosco! Deus age muito mais quando Ele se torna a única esperança, a única alternativa! Assim nós diminuímos e Ele cresce.

1ºDeserto para disciplina: Deus quer filhos obedientes. Por isso Ele nos envia para desertos assim. Como aconteceu com Jonas, que teve seu "deserto" na barriga do grande peixe (Jonas 1:17), pois ele se recusava a ir pregar em Nínive. Também foi com os hebreus no deserto, no êxodo (Deuteronômio 29:5 e 1:26-40), já que eles preferiram ouvir a voz dos pessimistas humanos a crer na Profecia, se esquecendo de tudo o que Deus fizera por eles. O Pai não pode trabalhar com cristãos desobedientes. Só depois o povo pôde servir para a Obra, conquistar a Terra Prometida. -- Quando somos filhos rebeldes, um deserto se faz muito necessário!

Não esqueçamos de Daniel, quando lançado na cova dos leões (Daniel 6) e seus companheiros na Fornalha Ardente (Daniel 3:8-30). Também temos o deserto de agonia de Abraão em Gênesis 22, quando Deus pede que ele mate seu filho, afim de testá-lo. Como vê que Abraão realmente o faria, o impede. Com isso Abraão passa a confiar muito mais no Eu Sou. -- Deus nos deixa padecermos de algumas aflições e batalhas para que cresçamos e venhamos a produzir na Obra!



Deus não criou a Igreja para que ela trabalhe em benefício próprio, como faz o mundo, Deus criou a Igreja para penetrar nas nas estepes áridas, nas ruínas...

... e erguer torres, encontrar água para, então, guarnecer e abastecer esse mundo destroçado! João 4:7-14.
-Aquilo que Deus permite acontecer ao cristão sempre está ligado aos planos dEle para tal, refletirá no seu chamado! Tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus. Romanos 8:28
Natanael Castoldi

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