A curiosidade! Que anseio mais perigoso! Foi a curiosidade um dos agentes causadores da queda do homem no Éden, o princípio de nosso fim. A curiosidade também é um dos grandes fatores da morte espiritual dos cristãos. - Abaixo uma música/vídeo para acompanhar-
Eu tive algumas experiências com isso... Criado, como já disse, como que no alto de uma torre, vendo o mundo por uma estreita janela, alimentei algumas vontades em relação ao exterior e, quando me senti mais auto-suficiente, lá pelos doze anos, deixei-me levar um pouco por essa curiosidade acumulada. Queria saber algumas coisas do mundo. Quase nada eu realmente sabia.
Não me perdi devido a curiosidade, minha criação rígida nos padrões cristãos me inibiram de tomar grande distância de Deus, dava uma espiada no "mundo" e voltava correndo, esperando na porta do Castelo para mais uma oportunidade, mais uma andança pelos arredores... Arrisquei muito e hoje eu poderia estar acabado... Quem sabe, até enterrado.
De fato, não caí. Era inocente e tive sorte de não ter sido pego por nenhuma armadilha colocada na "floresta", não ter ficado pendurado numa árvore ou preso em uma cova...
... Foi por muito pouco! Outros, porém, ao se distanciar do Castelo Forte, -que é nosso Deus- para perambular no mundo, acabam se perdendo no bosque, acabam caindo na isca sedutora de alguma arapuca ou pior, se vêem cercados por famintos seres das trevas.
O que quero falar com isso é simples: tenhamos discernimento e temor. Um dos grandes problemas dos cristãos de hoje é que querem chegar até o limite entre Deus e o "mundo", para aproveitar coisas de ambos os lados. Esse é um dos grandes agentes destruidores da igreja. O cristão, ali nas fronteiras, observando constantemente o que acontece do outro lado, quase que sempre acaba seduzido e dá um passo para o "lado de lá". Quando põe o primeiro pé "lá" ele se arrisca a dar uma voltinhas rápidas pelo bosque, entre os rochedos e logo retorna. Isso apenas por uns tempos, até se sentir seguro.
Um limite, quando atingido, abre um novo caminho, mostra outro limite, mais adiante, e quem não teme acaba caminhando para ele e o transpassa. Assim vai até que se vê completamente embrenhado num pântano denso e pegajoso e já não consegue mais se desvencilhar sozinho. Maldita curiosidade!
Muitas vezes o que achamos pouco perigoso pode ser uma verdadeira adaga envenenada. Temos que cuidar com músicas e filmes, conversas estranhas e relacionamentos perigosos...
... Por mais fortes que nos achemos, não fomos feitos para subir a colina, abrir os braços e desafiar esse mundo inteiro, tendo certeza de vitória...
... Não, somos fracos. Devemos evitar transpor limites proibidos... O Inimigo está sempre preparando alguma emboscada.
- Não digo que devemos temer tudo, "ver chifre" em tudo, não, jamais. Mas um bom discernimento é bem interessante. Deixemos Deus nos guiar. -
Natanael Castoldi
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