De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Dust Bowl

Faz menos de uma semana que vi o documentário do Dust Bowl, no History. Fiquei chocado com a quantidade de catástrofes que fizeram parte desse fenômeno e me veio: "Poxa! O mundo dos que enfrentaram o Dust Bowl acabou ali... O mundo de tanta gente acaba a todo instante. E nós fazemos grande alarde sobre o apocalipse." - Abaixo, a música temática -
Calma, não darei descrédito ao apocalipse, até porque escrevi um post sobre ele. De fato, precisamos alertar os incrédulos, sim, mas há algumas questões que valem a pena uma reflexão mais profunda.
O Dust Bowl ocorreu por volta da década de 30 e durou quase uma década. O mau manejo do solo facilitou sua completa destruição com secas terrivelmente longas e brutais. As secas destruíram as plantações e a falta de água espantou os pequenos predadores do oeste americano. Pragas de aranhas e lacraias encheram as fazendas, além de infestações de lebres e nuvens de gafanhotos, que devoraram o que sobrara nos campos. Nuvens de poeira de até 1,5 km de altura e centenas de extensão varriam regiões inteiras, asfixiavam o gado e as pessoas - ocorreram mais de 180 tempestades assim, relata-se que cada uma delas carregava mais escuridão do que a noite. Diz-se que o atrito dos grãos de areia nessa tempestade causava eletricidade suficiente para desmaiar um homem caso a conduzisse.
Cidades inteiras ficaram desertas. Fazendeiros outrora ricos empobreceram, perderam tudo. Dunas se escoraram em suas residências. Não tendo o que comer, com o gado esquelético, alguns 'camponeses' morreram de fome, outros se mataram, outros, também, fugiram do campo.
Dos retirantes, muitos simplesmente não tinham rumo e acabaram em acampamentos precários na beira das estradas. Os que chegaram à Califórnia atrás de emprego encontraram mais facetas do drama das crise de 29, ficando sem trabalho. Não é de se estranhar que as vitimas desse caos acreditaram estar passado pelo apocalipse. Para muitos esse foi o Fim do Mundo, o fim de suas vidas.
-Não quero desfocar do assunto, mas não posso perder a oportunidade: da mesma forma que o mau uso do solo foi um dos responsáveis pelo Fim de muitas famílias, o mau uso da Palavra em nossos dias resulta no fracasso visível do cristianismo nesse mundo. O que, inevitavelmente, reflete no que seguirá abaixo.-

Nesse exato momento o fim esta chegando para milhares de pessoas, soterradas, assassinadas, atropeladas. Esse é o fim do mundo pra elas. O fim do mundo ocorre agora! Não entendo exatamente o porquê de tanto desespero, de tanta alienação, de tanta retumbância com o ano 2000, com o fim em 2012, 2014, 2060! Certamente alguns que se horrorizaram com o filme 2012 já encontrar seu próprio Fim do Mundo num acidente de carro após uma "balada"...
Mas o pior disso tudo é que a maioria das pessoas que sentiram um frio na espinha assistindo 2012 e que professam o fim pregado ali, que se preocupam em demasia com isso, simplesmente já estão mortas e acabadas... espiritualmente. Como podem se preocupar tanto com a cataclismo do mundo e não se preocupar com a eternidade da própria alma!?
Poxa, que diferença faz para um incrédulo se o mundo explodir agora ou ele se acidentar de carro? Pra esse, não faz diferença nenhuma... Parece temer o Fim do mundo, mas continua se embebedando em festas, vivendo sempre "com um pé na cova". Eu acho isso irônico! Como o homem está intelectualmente fraco, acabado! Preocupa-se com o fim em alguns anos... enquanto demônios sedentos estão a todo instante lhe rondando.
Sabe, não irá fazer diferença nenhuma para o incrédulo morrer num suposto fim de mundo ou morrer hoje... de momento o destino de sua alma em ambos os casos será a mesma tortura. A unica chance dele, no tempo que sobra, é um cristão verdadeiro.
A vida material é tão efêmera, se mantém por muito pouco. É como se nossa existência terrena fosse definida pela tensão num fino cordão, sempre prestes a arrebentar.

De fato, há muita proximidade entre vida e morte. A cada segundo que vivemos nos encontramos numa encruzilhada, um caminho sempre aponta para a continuidade de nossa existência terrena e outro para a morte. É muito fácil simplesmente desviarmos o curso rotineiro e subitamente apagarmos... Acordando no local pelo qual optamos quando tínhamos tempo para isso.
... Não entendo como os incrédulos conseguem encontrar tranqüilidade perante a possibilidade de um Fim do Mundo a cada segundo de suas vidas! Como não pode haver preocupação com a eternidade de sua alma?

O mais engraçado disso tudo é que, mesmo sem se preocuparem com a eternidade espiritual de sua alma, arrancam seus cabelos diante das profecias maias! Pior serão aqueles todos que deitarão o peito numa estaca no Dia da Profecia, em 2012. Eu não sei se dou risada dessa ironia, dessa estupidez toda, ou choro de tristeza perante um cenário tão desolador. Acho melhor chorar.
E nós, cristãos? Como nos portamos? Muitos de nós brincam de cristianismo, daí se explica o porquê de tanto temor com o Fim, pois, de fato, muitos cristãos não têm certeza da salvação de sua alma devido a algumas teologias furadas ou à sua postura auto-destrutiva. Isso é lamentável! O cristão deve ter certeza de sua salvação! Tendo essa certeza, por que muitos dos nós estão se deixando levar pelas ondas do 2012?
Pra nós também não faz diferença se o mundo explode agora, se viermos a morrer amanhã ou tudo acabe em 2012. Nossa alma deve estar garantida nos céus. A unica vantagem real de percebermos o Sinal dos Tempos é o fato de ficarmos mais alertas, vermos que o tempo se acaba e que temos de trabalhar na conversão de incrédulos enquanto é possível. Sejamos sóbrios, descansemos em Deus. Nada de participar dessas ondas tumultuosas de 2012 ou qualquer outra ironia humana.

Natanael Castoldi
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