De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

domingo, 13 de junho de 2010

Diálogo nas trevas

Algumas coisas que ouvi, algumas coisas que vi e outras que vivi. Tudo isso me inspirou para o que segue na "história" a seguir. Carregue a música/vídeo abaixo para entrar no "clima".

Vamos chamar o cristão desse pequeno conto de Cristóvão. Ele é um cristão comum, não tão comprometido, não tão frio e, como todos nós, possui um potencial imenso e pode ser grandemente usado na Obra. Mas ele ainda é jovem, passa por dificuldades devido à sua fé, vive uma encruzilhada, tem que, constantemente, optar por fazer o certo ou errado, tendo sua carne e seus amigos mundanos a favor do errado. Ele até então não tinha cedido aos convites de seus colegas... Mas na ultima aula da faculdade não pôde resistir, foi tanta pressão!

Agora ele está se arrumando para ir a uma das festas de sua turma, não está parecendo ruim, não está sendo incitado a não ir – um pouco de sua consciência o faz, mas não com força suficiente. Na verdade ele sempre teve curiosidade e não quer perder a oportunidade, sua carne está sedenta pela festa.

Em alguns minutos ele sai de casa, se vê andando na escuridão da noite, rumando o matadouro por vontade própria. Ali, nas trevas, três demônios já o perceberam, seus nomes não desejo falar, mas pelo menos dois deles querem torná-lo como uma besta insana e outro pretende matá-lo assim que possível. Esses três já rondam Cristóvão há muito tempo, eles tem uma missão a cumprir, foram mandados desde seu nascimento para vigiá-lo, de longe, esperando o momento para atacar... Agora que o seu alvo ruma para terras áridas, parece a oportunidade ideal.

-Ora! Ali vai Cristóvão... Rumando nosso reino de perdição! Demoramos para convencê-lo, mas conseguimo, finalmente... Lá O Poderoso não poderá entrar com ele. Lá ele estará vulnerável! – Disse o menor deles, babando. O mais esquelético imediatamente toma a palavra, muito ansioso, tremendo de tensão, louco para abusar do homem carnal:

-Vamos! Vamos torná-lo um cão, desonrá-lo perante seus sedutores! – E apontou para ele, sua mão trepidava. O maior, com uma voz mais firme, golpeia sua mão e diz:

-Não! Fui enviado para matá-lo assim que puder. O Poderoso tem planos especiais para ele, se ele viver até o idade certa, arruinará muito do que O Insurreto deseja fazer nesse mundo... E vocês não terão tantos perdidos para seu abuso! – Nesse momento chega outro, vindo da neblina:

-Esperem, corrupções estúpidas! Vocês não percebem que ainda há algo nele? Vocês não estão vendo, alguns metros atrás de Cristóvão, olhem bem... Há um anjo genuíno o acompanhando. – Começaram a observar a iluminada criatura que empunhava a longa espada, mas, assim que o anjo os fitou com fúria, viraram os olhos esbugalhados:
-Ele é dos fortes! -Diz o pequeno ao mostrar uma grande cicatriz: -Combina com os planos do Poderoso para com Cristóvão... Mas vejam, ele parece decepcionado, ele não poderá entrar com o humano lá, apenas está esperando a consciência de Cristóvão falar mais alto, a sobriedade transparecer. – Um imenso e maligno sorriso se abre, grandes dentes podres e afiados se revelam: -Nosso alvo parece estar tranqüilo, não sabe sobre nós, não vê seu protetor. Pensa que sua ida para o nosso território é algo banal! – O misterioso que veio da névoa comenta:

-Eu acabei de vir daquela festa. Ele facilmente cairá, seus sedutores estão bêbados, se entrelaçando em danças de corrupção. Lembra-me das boas e velhas festas romanas! Se Cristóvão permitir-se ingerir aquele álcool, deixar a sensualidade penetrar em seus olhos, se ele decidir cair, então poderão torná-lo a besta caótica que desejam... E quem sabe... – diz cutucando o assassino: -Matá-lo depois, quando seus amigos bêbados lhe levarem para perambular de carro. – Todos gargalham. O menor então comenta:

-Então mais um grande homem cairá, mais um golpe no Reino do Poderoso. Aproveitemos mais esse momento, manipulemos nossas marionetes festeiras e seduzamos Cristóvão, nos resta pouco tempo nesse mundo para usufruirmos desses prazeres! - E seguiram, como hienas, o cristão até a festa.

Felizmente hoje Cristóvão não caiu. Na verdade ficou horrorizado com o que viu. Assim os demônios não puderam acabar com sua imagem e sua vida... E tiveram de se contentar com os humanos perdidos que naquele ambiente estavam.
Essa é uma história fictícia, mas com base na realidade, numa experiência. O que quero falar com isso é bem simples: vivemos numa guerra intensa contra esse mundo. Nós, cristãos, estamos sendo vigiados pelo Inimigo, que espera sedento a oportunidade de poder nos atacar, nos tomar, nos humilhar e, sem dúvida, nos levar à morte. Olhos maliciosos e assassinos seguem todos nós... Uma guerra espiritual nos ronda quase que o tempo todo, os anjos do Pai batalham contra os decaídos em nossa defesa. Isso enquanto ainda estamos do lado de Deus.

Pensem nisso, pensem na retumbância espiritual de todos seus atos, não façam o que sabem que Satanás deseja. Lutem essa guerra ao lado do Pai!

Natanael Castoldi

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3 comentários:

  1. Ôh! Parce "Cartas do Inferno", do Lewis! xP
    Ficou bacana! É algo pra se pensar...

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  2. Hmmm! Nunca li Cartas do Inferno... Fico feliz com a comparação =D

    Vlw!!!!

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  3. Também não li "Cartas do Inferno", mas me senti lendo O Peregrino: "Lá vai Cristão rumo ao desfiladeiro..." Pena que não só os nossos atos são vigiados, mas os sentimentos que temos/guardamos/cultivamos. Abraço Tael ;)

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