Ontem assisti pela segunda vez um dos melhores filmes da história: O Patriota. Como ainda lembrava de algumas cenas, de certa forma planejava escrever essa postagem antes de ver o filme novamente, mas esperei até fazê-lo, para não cometer erro algum, já que não lembrava muito do filme.
Benjamin Martin, herói da guerra contra os franceses em solo americano, viu a sede de independência da Inglaterra crescer e os movimentos separatistas se tornarem violentos. No limiar da guerra pela independência, votou contra o conflito, que se resolveria não em fronteiras distantes, mas no coração das colônias, em meio às cidades e fazendas. Seu voto contrário mediante os delegados não impediu a vitória do "sim" pela guerra e ela foi declarada para, logo, levar seu filho mais velho ao campo de batalha.
Ben já não podia fazer mais nada. A guerra tomaria proporções gigantescas e sua família não sairia ilesa, por mais que se esforçasse para tal. Não tarda e de sua casa, à noite, escuta o estourar dos canhões ao longe, como trovões e vê o conflito se aproximar até o dia em que, ao som de gritos e tiros, presencia no quintal de sua casa, nas propriedades da fazenda, uma batalha se desenrolando o que, pra mim, é um dos marcos do filme. Querendo ou não a guerra estava acontecendo ao seu redor e não mudaria nada pensar e desejar o contrário. Sua omissão não lhe libertou do conflito que chegou até as portas de seu lar e mudou, pra sempre, a história da sua família. Na seqüência, Benjamin, que não teria como fugir, acaba por se envolver de fato na luta armada. Sobre isso quero fazer uma analogia.
Querendo ou não, se preparando ou não, existe uma batalha espiritual acontecendo no quintal de nossa vida e ela vai prosseguir independente do que façamos para impedí-la. Muitos cristãos se esquecem disso, do fato de demônios estarem, a todo instante, almejando dominar o território de nosso corpo e se dão ao luxo de cometer um pecadinho aqui e ali, escondidos, é claro, pra "ninguém" ficar sabendo. NINGUÉM? Não... só umas centenas de milhares de inimigos espirituais terão conhecimento e, mais do que ninguém, Deus. Não é um pouco arriscado? Deus pode ajudar sim, mas Ele simplesmente retira sua guarda se o indivíduo não demonstrar interesse ou ele próprio dê contra ela... daí a "fazenda" fica desprotegida e os saqueadores podem entrar e sair como bem entenderem!
... Seria como alguém requisitar a colocação de uma cerca entorno da casa e a própria pessoa tomar um pé-de-cabra e tentar abrir as grades. UM COMPLETO ABSURDO!
A verdade não deixa de ser o que é porque eu não quero crer nela...
Bom, coloquemos uma coisa em nossas cabeças: possuímos uma "fazenda", ou melhor, somos tal e podemos decidir por protegê-la ou ajudar a destruí-la. Quanto menos nos prepararmos, mais contra nós mesmos lutamos. Quanto menos vigiarmos, mais facilmente permitiremos a entrada daqueles que querem apenas roubar e destruir. Não tomar armas e proteger, em resumo, é burrice! SEMPRE HAVERÁ PERDA! Para quem se prepara, se fortalece, há a vantagem de que Deus, percebendo essa postura, enviará mais de Sua guarda para nos auxiliar à ponto de, com milícia montada, se ver apto a partir para a guerra além, a guerra nos quintais do mundo! Onde poderá resgatar aqueles que padecem dominados pelo Inimigo. Para tal, certamente poderá contar com a ajuda de outros cristãos sérios, a ajuda da Igreja!
Analisando assim a missão da Igreja se escancara como óbvia, mas, atualmente, os membros e as instuições estão complicando em demasia as coisas. Isso acontece, pois a Igreja e seus membros, em grande parte, já não são aquilo que deveriam ser, já não estão mais em Deus. O homem, longe de Deus, longe da Ordem e da clareza de mundo, acaba complicando tudo e levando consigo o caos. Isso se vê claramente em nosso mundo atual, coisas que a sabedoria dos antigos definia em um pequeno dizer, a ciência tem descrito em labirintos de centenas de páginas e, para falar exatamente a mesma coisa, gasto milhões de cifrões. Poxa, pra quê complicar?!
A Igreja está aqui para avançar nas trevas e iluminá-las, para salvar eternamente os decaídos em nome da glória de Deus e ponto final! Essa história de se fresquear com comércio de mercadorias "cheias da unção", esse negócio de vender terreno no Céu, de unções zoológicas, de endeusar pastores, de "culto-show", de explodir num absurdo crescimento numérico, mas ínfimo de qualidade, de crescer às custas da ignorância e necessidade, não formando cristãos, mas fanáticos enganados, não tem nada haver com a missão cristã, não condiz com os planos iniciais da Igreja, isso tudo é fruto das vãs complicações humanas!! É o homem tentando tomar o controle das coisas de Deus! A guerra acontecendo e a maioria festejando. O barco afundando e a tripulação bebendo rum e dançando! Ou divagando sobre os motivos de o barco estar naufragando ao invés de tomar as ferramentas e ir LOGO estancar o buraco no convés!
Cuidado. Não há porque complicar o simples... E não nos deixemos enganar, líderes que estimulam o caos na Igreja possuem motivações satânicas por detrás, visam algum grande lucro material ou algo assim, pois por uma coisa pequena não valeria a pena desafiar o Senhor do Universo! - Pelas riquezas materiais do mundo inteiro não valeria a pena desafiar o Senhor de Tudo. Mas tais líderes acreditam que sim, vale a pena. Pobres!
Bom, os cristãos que se portam como se não existisse mundo espiritual, como se o Inimigo não estivesse por perto, não são cristãos de verdade, estão mais pra ateus. Da mesma forma as igrejas, se se portam de forma escancaradamente errada, é porque não estão servido à Deus, mas se baseando noutro alicerce: o mundo, o homem ou Satanás. Vigiemos. Uma batalha está acontecendo no quintal de cada igreja e se não lutarmos a batalha pela nossa, ela poderá ser dominada e contaminada pelo invasor! Uma batalha acontece, então nos cabe não cair na frescura das complicações, mas, imediatamente, tomar as armas e LUTAR!
Descompliquemos. Um conceito básico define nossa missão nesse mundo, não adianta divagar muito, não adianta ficar pensando se isso ou aquilo está errado quando é óbvio que está, não adianta buscar descobrir se é "menos pecado" cometer um "pecadinho" do que um "pecadão", sendo que a Bíblia nos resume que pecado é pecado... O que é sujo é sujo e Deus nos quer limpos, como Ele o é. NÃO ADIANTA tentar complicar o óbvio, pois assim estaremos apenas enganando a nós mesmos! Está acontecendo uma guerra no nosso entorno e devemos lutá-la por nós e pelos decaídos e, para tal, necessariamente precisamos estar fortes em Deus AGORA. PONTO. Ao nos convertermos devemos entrar na LUTA e, como PATRIOTAS de nosso novo lar, LUTAR COM VONTADE com tudo o que temos e podemos no Senhor dos Exércitos! -Guarde isso: para sermos patriotas do Reino, jamais podemos estar persuadidos pelo ideal dos inimigos do Reino! É óbvio, pra quê complicar?
... No filme citado Benjamin demorou, hesitou e, mesmo assim, teve que lutar - o fez um pouco tarde. Se não tivesse complicado no princípio e tomado as armas, tudo se simplificaria: das duas formas ele lutou, mas na segunda, quem sabe, teria perdido menos. Da mesma forma o cristão que tenta a auto-suficiência, independência de Deus, e deixa-se pecar um "pouquinho", irá se quebrar tantas vezes quantas forem necessárias até aceitar lutar de fato. Se não vier com frescuras e atender ao chamado de guerra logo no princípio, poupará sofrimento! - E terá mais tempo para fazer coisas grandiosas nesse mundo!!
Mateus 28:19-20.
Natanael Castoldi
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