Ontem, assistindo o filme “O Som do Coração”, ou, no original, “August Rush”, senti uma daquelas súbitas inspirações. Eu já tinha visto tal filme uns anos atrás, mas nunca havia refletido verdadeiramente sobre ele. Através dessa reflexão, consegui fazer um paralelo bacana com uma grande verdade espiritual. -Segue uma música da Eminence Symphony, composição de Joe Hisaishi-
Segundo o filme, a música está em tudo, ela ecoa pelo universo, mas poucos homens realmente param para ouvi-la, poucos deixam que ela flua. Evan é um pequeno gênio musical, sendo um desses poucos. Sua ligação com a música lhe torna um instrumento usado por ela para que se reproduza ao mundo, ele, deixando a música fluir através de suas mãos, produz um concerto inimaginável para alguém com sua formação e idade.
Isso que me chamou a atenção. Logo pensei em Deus... Deus é onipresente, está em todo o lugar, mas poucos homens realmente querem recebê-Lo, mesmo que todo o humano tenha sido criado para tal. Aqueles que param, que se reduzem (“prefiro a música do que a comida”, como diz Evan no filme) e deixam que Deus entre em sua essência, podem ser largamente usados, fazer coisas maravilhosas.Todo o homem é um instrumento... e um instrumento não pode torcar-se sozinho, precisa de um músico. O homem, genuinamente espiritual e material, é uma peça de ligação entre os "dois mundos". Por isso nenhum ser humano segue nessa terra sem um senhor, seja Deus, seja Satanás. O Pai da Mentira só quer a destruição da Criação (devemos prestar atenção nisso: qual senhor está sendo reproduzido – refletido - ao mundo através de nós?).Deus nos quer como seus instrumentos afim de representarmos algo belo, Deus quer nos usar para que toquemos esse mundo com Sua “música”. Como o homem tem livre arbítrio, o Pai não pode mostrar-se em toda a Sua glória nessa terra, pois daí não daria opção ao homem, Deus então, para se fazer presente aqui, para chegar aos perdidos e lhes escancarar a alternativa de maravilhosa eternidade, usa o cristão como seu instrumento, flui através de seus filhos, atinge o mundo através daqueles que deixam-se tocar por Ele.Os Filhos de Deus devem tocar a mesma sinfonia, pois recebem da mesma fonte, do mesmo “compositor”, e são filhos do mesmo Pai, regidos pelo mesmo "maestro".
Sermos instrumentos de Deus aqui, nas trevas, é a nossa missão. A importância da coletividade, da igreja, e do crescimento individual é exatamente o que fora explanado acima. Pensemos no tipo de som que flui de nós. Quem é o músico de nossa vida.
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