Bestiário

O espiritual...

Baseado em relatos "míticos" de minha vó paterna, de outras histórias familiares, em experiências relatadas pelo meu pai, meu irmão, minha mãe e até por mim, além de outras tantas de irmãos na fé (boa parte com mais de uma testemunha), é que posso afirmar com toda a certeza desse mundo que o espiritual e Deus existem.

De fato, eu já falei muito sobre isso, mas eu sinto que preciso aprofundar mais, pois sei como é quando se tem um certo ceticismo com as coisas espirituais, devido à falta de experiências concretas. Depois de ter sido atacado e ter tido minha própria batalha esse ceticismo morreu e, agora, de alguma forma, eu quero fazer essa desanimadora descrença morrer também em ti se, por ventura, sente o que eu já senti. -Segue a música sugerida-

Quem vive um verdadeiro cristianismo, mais cedo ou mais tarde, terá alguma experiência espiritual marcante, isso pode vir de forma suave com o Espírito Santo, sim, mas, como falarei do "lado negro", pode ter haver com um possesso - e seu exorcismo - ou uma aparição demoníaca. Pra mim, uma experiência vivida vale mais do que mil idéias contrárias e minhas experiências só reforçam algo sobre mitologia que eu já havia pensado antes: seria "mitologia" apenas "mito"?

Desde que o homem começou a pintar em cavernas, seres estranhos são descritos. Nos quatro cantos da Terra, em todas as eras da história humana, nenhum povo escapa. Onde habitaram dez ou mil homens, existem contos fantásticos. O mais intrigante disso tudo é que tanto maias, quanto europeus ou chineses comentavam a existência de seres semelhantes. Creio que não exista civilização da história humana que não tenha acreditado nalguma forma de duende, dragão ou morto-vivo. Documentos e entalhes egípcios ou maias, bestiários medievais (livros "científicos" para documentar espécies) ou pegaminhos chineses, todos os meios que os antigos tinham para transferir seus conhecimentos de mundo foram usados para registrar a existência dos ditos seres "mitológicos" - veja-os -aqui-. Repare nas coincidências: seres mitológicos semelhantes nos 4 cantos da Terra. Isso não indica real existência?

Eram tão reais que alguns povos, para saciar os horripilantes seres, sacrificavam crianças ou inimigos capturados. --Estranhamente os que mais faziam isso eram os povos adoradores do Sol, que existiram da África aos Andes. Coincidência?--

Teorias de hoje sugerem que as criaturas mitológicas foram criadas por sobre os temores ou a falta de compreensão de mundo, como uma forma de "ciência". Outros vão mais longe e dizem que o ciclope foi criado com base no crânio de elefante, por exemplo. Poxa! Como o homem moderno é! Acha que é o único tipo humano racional da história, tenta diminuir ao máximo os ancestrais para se ver maior, dizer que é o apogeu "raça". Desmistifica tudo o que pode dos tempos antigos, destrói toda a beleza e gradiosidade descomunal dos primórdios. O homem moderno é arrogante e não enxerga sua própria queda... Olha pros antigos e lhes rotula como bestas estúpidas que criavam um ser baseados num crânio! Os antigos não eram nada imbecis! - Acho que essa história de criar algo mitológico por sobre um dente ou maxilar está muito mais em jogo hoje com a piada evolucionista.

Eu creio que, quando o homem era menos arrogante e auto-suficiente, quando era mais apegado ao espiritual - reflexo do forte contato que Adão e Eva tiveram com Deus no Éden e que se perdeu com o tempo -, a tática de Satanás e seus servos era amedrontar a humanidade, para que os incrédulos, aterrorizados, se apegassem ao paganismo e caíssem em desgraça eterna. Continuou com a infernal Igreja Medieval.Hoje, com o crescimento do ceticismo, é mais fácil o homem se condenar pela descrença e pelos prazeres... Isso no Ocidente...... Nós não temos idéia do que ainda acontece na Índia, na África ou no Sudeste Asiático, pelo menos podemos ter noção do que se desenrola nos horrendos terreiros de macumba.

Estou com uma revista sobre Idade Média em mãos (BBC História), numa página que fala do "espiritual" nesse negro período da história. Achei interessante a seguinte passagem: "De fato, havia tantos relatos de defuntos andando por aí que Willian de Newburgh escreveu: 'não seria possível acreditar facilmente em cadáveres que saem de suas covas, se não houvesse tantos casos apoiados por um número tão amplo de testemunhos'". Ninguém podia vagar pelo bosque sozinho, muito menos depois do anoitecer. A batalha espiritual era tão grande na Idade Média que, para se proteger, as catedrais disputavam pedaços de corpos de santos católicos, que acreditavam ser eficazes contra ataques das trevas...

... Construíam os mosteiros como fortalezas "anti-Satã", como é dito na revista que comentei.

Textos de um monge irlandês chamado Fursey, narram as diversas vezes que tal homem presenciou combates de anjos com demônios, o que, segundo ele, lhe deixou o corpo coberto de cicatrizes.

Até pouco depois do séc. XVIII, quase todos os mortos na Europa eram decapitados para evitar que se tornassem vampiros. Os "vivos" também dispunham de todo um conjunto de ferramentas para caçar esses demônios, dentre elas até manuais de "como identificar um vampiro", que circulavam por todo o mundo cristão. Só um medo real poderia causar tanto extremismo, tanto radicalismo.

--É impossível que um homem, depois de morto, reviva, mas não é impossível que demônios venham a se materializar para sugerir isso. Falo disso e também sobre a interação do homem com o espiritual, ->aqui<-

---Ps.: em Gênesis 6:4 se fala de anjos caídos produzindo filhos com humanas, o que originou linhagens de gigantes. Essa relação pode explicar a existência de muitos híbridos e criaturas das mitologias -como o nascimento do "minotauro" de uma mãe humana- e ainda existir em locações na Índia, por exemplo. É uma sugestão além da materialização demoníaca. No link acima eu falo disso.---

Encontrei ->aqui<- um relato mais recente: em 1971, numa aldeia ao sul da Espanha, uma face estranha surgiu encravada na parede de uma casa. A família tentou removê-la, mas ela retornou e outras tantas novas surgiram e ,com elas, gemidos estranhos. A situação ficou tão complicada que, com um terrível medo, a família se obrigou a abandonar a residência, deixando-a nas mãos de cientistas e outros estudiosos. Escavações indicam que exatamente abaixo da casa havia um velho cemitério medieval. Não, não eram almas de mortos, certamente eram demônios, com uma preferência por habitar aquele macabro lugar.

Eu já comentei noutro post que os nórdicos temiam a névoa, pois diziam que demônios habitavam-na. Agora, com uma base no parágrafo acima, imagine o que não acontecia naquelas aldeias pagãs no interior de florestas escandinavas ou, também, vilas medievais centro-européias... ...Deveria ser assustador! Satanás certamente se divertia armando emboscadas "míticas" nos bosques e rochedos.

Eu creio que tantos relatos e testemunhos, tantas criaturas semelhantes, sugerem uma atividade real das legiões malignas ao longo de toda a história. Sei que muito do que os contos relatam é pura fantasia, mas creio, também, que existam verdades na raiz disso tudo. Se alguns relatos mitológicos são, de fato, verdadeiros, então há de se conceber o quanto é ativo e poderoso o Império de Satanás nesse mundo decaído.

Hoje temos a tal criptozoologia, que é a ciência das criaturas "não provadas", como o "chupa-cabra". Algo que li um dia e não esqueço falava de bestas estranhas e o número de testemunhos catalogados. O que mais me marcou se referia a cães negros e de olhos vermelhos reluzentes, que não lembro o nome (acho que é Black Shuck), documentados como vistos por mais de duas mil pessoas.

Além disso tudo, temos as provas pela Bíblia, uma testemunha milenar de tempos passados e que é, como sabemos, extremamente confiável, confira ->aqui<-.

Vivemos uma guerra real. Lutamos contra seres muito mais palpáveis do que imaginamos. Não é brincadeira! Sorte que dentro de nossas experiências espirituais está o agir do Espírito Santo, sorte também que, nessa luta voraz, temos o Senhor do Universo nos guiando, nos protegendo, nos fortalecendo. Que envia anjos a nosso socorro!

Jamais me arriscaria a largar do Rei dos Reis, pois, além dEle me fazer feliz, me dar perspectivas, estaria vulnerável nesse conflito, perderia minha "espada" e logo seria acorrentado pelo Maligno. Sabe-se lá o que aconteceria depois! Não, isso jamais! Quero ser um grande guerreiro, fazer parte da vanguarda da falange, pisotear o Mal. Quero ter certeza da vitória e despojar dela eternamente!

Natanael Castoldi

Leia também:

-Perdidos no pântano