De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O Estado Laico e A Decadência

Após o final de semestre do curso de teologia, com longos trabalhos, as férias e a temporada de acampamentos de inverno do Acamp-Serra, Janz Team Brasil, finalmente tenho uma folguinha e tempo para postar. O que segue são dois artigos de meu pai, que planejava ter postado antes, mas faltou-me tempo. Gostaria que relacionasse os seguintes escritos de meu honrado mestre com a minha postagem anterior, "Aqui jaz a humanidade".
O fato é que a idéia de Estado Laico é um mito, um mito letal. Da mesma forma que ninguém é imparcial e ninguém é, de fato, "mente-aberta" - só o é quando sofre de acefalia -, o Estado Laico é apenas uma utopia ou fruto da desonestidade intelectual de seus mentores, pois a própria ausência de um cerne religioso evidente numa nação, indica a predominância e a defesa de uma série de filosofias e conceitos, que sobrepujam e limitam a liberdade religiosa de alguns ou de muitos: a ausência de símbolos religiosos, o abandono de traços morais e políticos com raízes nalguma religião, a separação total do Estado e da Igreja, diretamente apontam para o ateísmo - que também, segundo o fervor de seus adeptos e suas características atuais, pode ser tido como uma religião. Sim, estamos vivendo, no Estalo Laico, o início de uma ditadura ateísta: as instituições de ensino forçam os jovens ao ateísmo, por meio de censuras, mentiras e manipulação, e os poderes políticos trabalham na redução das religiões - ou DA religião cristã -, em nome da "liberdade religiosa"... e foi essa idéia que nos impediu, nesse ano, de, como grupo cristão de pantomima, apresentarmos teatro de rua numa praça de São Leopoldo, RS. O paradoxo é: que liberdade é essa?! Liberdade para alguns imporem, desonestamente e sojugando a soberania individual e familiar, suas idéias... mortais idéias.
Mas, por que o abandono dos alicerces cristãos no Ocidente é tão prejudicial? Primeiro: nossa nação se fundamenta histórica, cultural e politicamente na fé cristã - abolí-la irá, literalmente, nos deixar sem pernas. Segundo: o relativismo, a suposta "mente-aberta", imparcialidade e abertura ao mito do Estado Laico, nos fará nação extremamente frágil e presa fácil para a expansão de qualquer movimento religioso e político forte, encorpado, cuja mente dos seguidores é fechada, parcial e rigidamente embasada nalguma religião ou ideologia. É por isso que o islamismo tem conseguido dominar a Europa - o povo europeu, ao rejeitar a fé cristã, deixa um grande vácuo, um caos religioso, e os árabes o ocupam, o que, não tardando, resultará no oposto das propostas caóticas da filosofia ocidental pós-moderna. Vale ressaltar que o fato de estarmos envenenando as raízes de nossa própria sociedade não abre apenas caminho para o islamismo, mas para o comunismo, que vejo ressurgir, lentamente, em nossa nação - e você sabe do que uma nação ateísta é capaz de fazer, com base na URSS, na China e na Coréia do Norte, principalmente com os cristãos.
Vale lembrar aos críticos da igreja, que a definem como instituição responsável por genocídios e destruição de culturas, que o primeiro século em que a humanidade ocidental decididamente optou pela separação de Estado e Igreja, o século XX, foi o período em que se levantaram os maiores e piores ditadores e em que morreram mais pessoas do que a igreja matou nos 19 séculos anteriores, somados. E a destruição cultural? Eu te pergunto se o que a globalização está fazendo não é o exemplo mais evidente disso!
Terceiro: esse você lerá no segundo artigo de meu pai postado na seqüência daquele que virá abaixo.
Natanael Castoldi

ESTADO LAICO E ATEÍSMO

O artigo 19 da nossa Constituição Federal diz o seguinte: “É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na formada lei, a colaboração de interesse público”. É isso que define um estado laico, ou seja, não possuir vínculos oficiais com qualquer Igreja. Simples!

Porém, como um país democrático e pluralista a constituição não só permite mas também favorece as instituições religiosas, evidentemente reconhecendo o valor da fé para o indivíduo e para a saúde da sociedade. O Artigo 5º em seu inciso VI traz a seguinte redação: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias” .

Entretanto, estamos vivendo um tempo de profundas transformações, onde praticamente todos os valores estão sendo questionados e novos conceitos forçam passagem. Não são poucos e não são insignificantes os temas que estão em debate: aborto, eutanásia, uso de transgênicos, células tronco, liberação de drogas, novas formatações da família envolvendo as uniões homoafetivas e os direitos das minorias em suas tantas manifestações. Ora, dentro desse contexto, como uma sociedade democrática e pluralista deve se conduzir?

Tenho percebido que tanto no governo, quanto nos meios de comunicação está se manifestando uma aversão aberta à participação das Igrejas nesses debates. Parece-me que há quase um consenso na mídia e consequentemente na opinião pública que pelo fato de sermos um país laico, as Igrejas não devem e não podem se envolver nessas questões. Porém este é talvez um dos mais graves erros históricos que nossa nação está prestes a cometer. Explico:

1º) Um Estado laico não significa absolutamente em estado ateu. As Igrejas, assim como o Estado, somente existem em função do seu povo. As Igrejas, enquanto instituições, não podem ingerir diretamente nos negócios do Estado, porém, como representantes de segmentos expressivos da sociedade elas não somente podem, como devem mobilizar suas forças para reivindicar os direitos daqueles a quem representam. E mais: Como cidadão, independentemente da fé que eu professe, se eu possuo valores que desejo defender, tenho pela Constituição Federal o mesmo direito de qualquer outro cidadão de expressar minha opinião e me utilizar de todos os meios lícitos para defender as minhas causas. Ora, se é a fé que define meus valores, como um Estado democrático me tolheria o direito de lutar por eles?

2º)Por quê, uma nação cuja população se declara em quase sua totalidade cristã, deveria deixar nas mãos de meia dúzia de ateus a decisão de temas tão relevantes?

3º)Se o Estado, como organização política é laico, significa que os seus representantes também o deveriam ser? Por acaso os deputados, senadores, ministros, não representam o povo? E se em nome da laicidade do estado os governantes entenderem que terão que ignorar a fé e os valores daqueles que os representam, quais os conceitos que irão prevalecer?

Prezado leitor: É visível que há uma bem arquitetada conspiração para nos induzir a acreditar que já não é conveniente para a sociedade que os valores da fé cristã sejam difundidos ou defendidos além do espaço restrito dos templos religiosos. Essa mentira grosseira precisa ser desmascarada antes que venhamos chorar amargamente suas consequências. Se você é cristão, lute pelo que você acredita. Penso que muito mais do que um direito, é um dever que você tem: “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não faz nisso está pecando”- Tiago 4.17.

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AGONIA

Aprendíamos já nos primeiros anos de escola, que a família é a “célula mater” da sociedade. Não era um conceito religioso. Era a constatação lógica, milenar, inquestionável baseada numa realidade evidente. Somente um ser alienado poderia discordar dessa premissa. Por isso, o nosso Código Penal criminalizava a sedução, o adultério. Por isso nosso Código Civil rejeitava o divórcio e o novo casamento. Naqueles bons tempos, o interesse coletivo se sobrepunha ao particular. O indivíduo tinha seus direitos limitados em defesa do bem maior. Para considerar-se um membro efetivo da sociedade, o cidadão precisava ter uma conduta honesta e altruísta.

Infelizmente hoje, os direitos individuais se sobrepõem ao bem comum e o indivíduo é colocado num lugar mais alto do que os interesses da sociedade a que pertence. O resultado dessa inversão, é que todos correm atrás dos seus direitos, mas já quase ninguém pergunta pelos seus deveres. As culpas que recaíam sobre os indivíduos, recaem agora sobre a sociedade. Mas quem responde pela sociedade? Onde estão os culpados pelos escândalos financeiros? Onde estão os culpados pela má gestão pública? Onde estão os culpados pela destruição dos valores morais? Onde estão os culpados pela proliferação das drogas? Onde estão os culpados pela má qualidade da educação? Onde estão os culpados pela destruição do meio ambiente?

O pior de tudo é que ainda que os verdadeiros culpados sejam eventualmente encontrados, dificilmente serão punidos, pois sempre haverá alguma excludente, alguma atenuante, alguma justificativa qualquer que impedirá a punição, afinal, nossos legisladores, nossos juristas, nossos educadores, nossos filósofos sociais têm se tornado especialistas em transformar réus em vítimas.

Esse estado de coisas muito além de fazer ruir todas as estruturas, faz emergir uma geração extremamente egoísta, imediatista, fragilizada emocionalmente; uma geração incapaz de dominar seus impulsos, incapaz de fazer qualquer renúncia; uma geração despreparada para o sofrimento, incapaz de assumir compromissos, incapaz de se relacionar com profundidade; uma geração refém de um narcisismo diabólico, que a faz amar unicamente a si mesma e desconfiar de tudo e de todos. Isso explica a insegurança que permeia todas as áreas da nossa vida. Mas, como não tenho espaço para falar de tudo isso, quero voltar ao ponto inicial, pois nesse triste estado de coisas, a grande vítima é a família.

Na semana passada, enquanto fazia algumas tarefas rotineiras, compartilhava o espaço na sala da minha casa com quatro rapazes, quase da mesma idade, que animadamente disputavam um jogo on-line. De repente, ao passar meu olhar sobre eles, percebi que eu estava vivenciando um momento importante, pois eu podia ver ao vivo e a cores, aquilo que talvez seja o estágio final de uma transição que tem tudo para ser um dos últimos capítulos da aventura humana sobre a face da Terra. Mesmo se comunicando pelas telas dos seus computadores portáteis, havia um forte elo que unia aqueles quatro rapazes dos quais dois eram meus filhos: Eles eram primos! Eu não só pensei, mas disse a eles: Espero que vocês não sejam a última geração a partilhar dessa singular experiência.

Prezado leitor: A questão é que desestabilizada pela falta de critérios, a humanidade acabará sendo engolida por uma interminável corrente de medo. Medo de revelar a verdadeira identidade, medo de fazer amigos, medo do mundo, medo da vida, medo de casar, medo de ter filhos. E assim, acuados, egoístas e solitários, os humanos do amanhã, terão que assistir uma lenta, feia e agonizante morte da própria humanidade, tudo por que hoje, um sistema suicida, decidiu exaltar o eu em detrimento do nós.

JESUS, A OPÇÃO DA VIDA!

Armando Castoldi

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Leitor: estamos vivendo uma espécie de "extinção em massa" da humanidade. Toda uma civilização, toda uma série de culturas, tradições, fundamentos morais e religiosos estão desmoronando. Toda a espécie de instituição, sendo destronada e abolida - tudo, sem excessão, é lançado em matéria ácida para que se desmanche e dilua. No que isso resultará? Qual será o futuro da humanidade?! Ateu: por mais que seja de teu interesse que a sociedade se torne cética, pense nas conseqüência disso, pense no bem maior!! Cristãos: reajamos! Façamos o que fomos chamados para ser e fazer: nos portemos com alegria e amor, levemos a palavra de Cristo, sejamos santos!! Deus nos horará se assim formos... Mas façamos mais: não nos calemos! Critiquemos, nos movamos!!! Abramos mão de nosso conforto, de nosso bem material, em nome e por amor aos incrédulos, aos nossos irmãos na fé, à Obra, a Deus!!!

Natanael Castoldi

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