De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A indústria do retardo

Fiquei uns tempos fora, sabe... fim de ano, formaturas, outras festividades e encontros de família - sim, tenho a sorte de pertencer a uma FAMÍLIA de fato. Também estive passando meu tempo num trabalho particular, tentando reescrever a história do mundo com base na Bíblia e no que escrevi na postagem "Ufologia?", quem sabe um dia eu compartilhe o resultado disso. Bom, esse recorde sem escrever nada no blog me deu tempo para refletir o absurdo de coisas que presenciei e acumulei. É bom ter "olhos de águia", ou melhor, cristãos. Sabe, quem passa todo dia seu "repelente", percebe, a todo instante, "o que está errado" pelo mundo afora.
Tive duas festas de formaturas "mundanas", nas quais fiquei, no máximo, meia hora, pois simplesmente não suporto, NÃO SUPORTO, ambientes insanos. O que vi nos poucos minutos foi o suficiente. Até determinada hora os pais e crianças pequenas perambulam no salão, então vê-se um bando de velhos nauseabundos se achando adolescentes...
... além de "bebês" dançando, como a menininha de três ou quatro anos que vi "rebolando até o chão" - claro, o fez de uma forma tosca e inocente, mas já está fazendo. Com 10 anos certamente terá conhecido muito bem um punhado de guris e, se duvida, outras gurias. Isso é deprimente.
Não bastou, vi também uns bostinhas de 12 anos metidos lá no meio, se achando os grandões, bebendo, dançando, indo atrás de meninas. "Nossa, como eram machos"... daqueles que, sem dúvida, tremem nas bases ao ver um sapo, uma barata ou um rato e não sabem preparar a própria torrada, porque os guris de hoje, lamento, suprem a carência de masculinidade numa falsa imagem.
Não demorou muito para o bando de cachorros, pela centésima vez no ano, promoverem aquilo que realmente querem naquele tipo de ambiente. Antes disso eu já estava em casa, desfrutando de boa música e do contato com SERES HUMANOS. Até hoje dou risadas ao lembrar dos fatos recentes e sinto-me um privilegiado, mas essa sensação mescla-se com uma grande tristeza, um pesar ao ver o mundo que conheci quando pequeno se perder. Um dia terei trabalho... como um dos poucos conservadores e guardiões do bom e benigno "passado".
É tão evidente! É evidente que o mundo está mudando rápido demais e NÃO para melhor. Não, não me refiro à postura humana em relação ao "meio-ambiente", "aquecimento global" e blablabla. Me refiro a algo que ninguém está dando atenção: a situação HUMANA como SER HUMANO - esqueça essa ladainha de cataclismo natural, olhe para si, para a morte de tua identidade humana.
A situação da geração que está surgindo é triste. Com 10 anos eu mesmo, com meu pequeno martelo de FERRO -não plástico- e com pregos de verdade e COM PONTAS -sem as frescuras de hoje-, tive a liberdade e a criatividade para construir, em madeira, um pequeno forte apache, para reproduzir batalhas entre meus bonequinhos -sentiram a violência? Será que as minhas batalhas foram fruto de algo reprimido, de um trauma? Por pouco não virei um assassino! - A psicologia pós-moderna e sua estupidez! Bom, meu pai também me disciplinou, não com castigos sem fundamento, mas com algumas boas surras -sem violência ou maldade, com amor perceptível.
Hoje sou grato por ter sido disciplinado de fato, pois isso ajudou a construir minha identidade, ajudou a construir o homem que sou. Sem poder ter mexido com madeira, pregos e matado as eventuais aranhas nas pilhas de lenha, sem ter apanhado às vezes, sem ter acompanhado meu pai caçando e etc, eu poderia, tranqüilamente, ter me tornado um fresco repulsivo, caricatura da imagem do que é ser homem. Graças à Deus nasci num ambiente onde formei-me como devo ser e aprendi a respeitar autoridades.
Aqui está uma das causas da decadência: um bando de adultos que sofreram, resolveram criar seus filhos com mimos e futilidades, sem levantar uma única mão para discipliná-los, deixando-os reinar. Minha geração, na grande maioria, vem desse tipo de lar. Os que estão nascendo de alguns anos pra cá se vêem numa situação ainda pior, sim PIOR: são filhos de pais que foram mimados, são filhos de homens incompletos, de mulheres incompletas - aos dois anos já sabem que reinam no lar, pois os pais são fracos e, aos cinco, conhecem seus "direitos" de não serem disciplinados. Caminham, pisoteiam seus pais como se fossem escravos. Sentem-se deuses: seus pais foram instrumentos usados por uma força maior para serem genitores dessa criatura superior e são obrigados a beijar seus pés e nutrir sua vida fútil a todo custo, já que pertencem à uma raça inferior. -É claro que as crianças pequenas não concebem a situação de forma tão complexa, mas é praticamente assim que agem, estimuladas por pais estúpidos.
Criadas com todo o luxo e mimos imagináveis, recebendo tudo o que querem, tudo o que a "Xuxa manda ter", as crianças de hoje adentram um mundo confuso para mim. Não, possuem tantas coisas que não sobra tempo para a tarefa "sem graça" de desenhar e pintar, também não é nada interessante ler ou olhar as gravuras de um pequeno livro. Não... o notebook da Xuxa é mais legal, tem mais funções. Se o último modelo de celular tem tudo o que uma criança precisa... pra que desenhar? Isso sem esquecer que ela pode ver pela milésima vez o DVD do Luan Santana e ouvir coisas muito interessantes para seu desenvolvimento infantil: traição, "meteoro da paixão", amor incontrolável. Ou assistir na TV uns clipes da Lady Gaga, a sua prostituta preferida. Tantas opções! Se ela tem 10 anos, ou 8... quem sabe 7, pode fazer coisas ainda mais legais, porque está "quase" adulta: criar um Orkut e conhecer pessoas novas... ficar conversando no msn até quatro da manhã e, de bônus, entrar no mundo da pornografia. Parece uma rotina bastante construtiva (?), não?
Eu fico pensando... o que de bom entra na cabeça dessas crianças? Nem a luz do sol elas conhecem direito! É claro que a culpa desse caos não está apenas nelas, nos pais e nos jovens da minha idade. A mídia é a grande fonte desse problema - não sei bem se a mídia foi a causadora disso ou apenas está acompanhando e aligeirando o retardo da humanidade.
Não posso me esquecer dos desenhos que assistia quando mais novo. Eram obras de arte, feitas à mão e trabalhadas com perfeição e proporcionalidade. Lembro-me com taquicardia, confesso, de um marcante episódio do desenho da Liga da Justiça, quando o Super-Homem vai para um futuro pós-apocalíptico e perde os poderes. Nesse ambiente ele mata o líder de uma matilha de lobos e faz uma capa com sua pele, domando os outros para servirem de tração para um trenó improvisado que construiu. Isso é só um exemplo daquilo que FAZIA BEM e estimulava a criatividade com os enredos coerentes e complexos. Hoje alguns dos desenhos que mais fazem sucesso trazem um "adolescente" todo-poderoso e que se transforma em uma quantidade infindável de alienígenas apertando os botões de seu relógio -não, nunca assisti Ben 10, mas sei algo-, uma esponja de cozinha homossexual ou dois irmãos feitos com traços geométricos e que constróem tudo. Os desenhos são absurdamente simplórios, com traços toscos e sem fundamento, contando histórias sem cabimento, com enredos fraquíssimos e acontecimentos descontínuos -um episódio não tem ligação com outro. Um bando de adolescentes coloridos tomaram o posto de super-heróis, lugar ocupado, outrora, por personagens adultas. Isso reflete a situação real da sociedade.
Nas roupas também se percebe a mudança. Você vê por aí um guri de 12 anos com calça remendada? Ou um piá de 7 usando uma roupa decididamente infantil? Não... eles querem "marquinhas", estar na moda, arrasar com as meninas, estar lustros e bonitinhos, pois são vaidosos desde o nascimento.
O pior vem agora... as músicas! No sábado passado estive na casa de uma amiga, junto com o grupo de jovens da igreja e, no toca discos dela colocamos um vinil com cantigas de roda para rir e lembrar do passado. Reparei numa coisa: onde estão as músicas infantis atualmente? Aquelas que estimulam brincadeiras e que são próprias para as crianças? Não me refiro às raras músicas infantis de hoje, que tratam as crianças como retardadas, mas aquelas com algum sentido e fundamento. Lamento, mas esse tipo de indústria musical deixou de dar lucro e está desaparecendo, fazendo os pequenos correrem atrás de "ídolos", se prostrarem perante pseudo-heterossexuais, maquiados, com roupas coloridas e franjas ridículas sobre os olhos. Não existe mais música infantil... o pior é que as letras das músicas de hoje são menos complexas e sóbrias do que as letras das velhas músicas infantis! - Mais uma vez os "adolescentes" tomaram o controle: a música, hoje, é regrada conforme seus desejos.
O pior disso tudo é que metade das músicas que escutam estimulam coisas que não deveriam ser estimuladas na sua idade. Apenas namoro, sexo, traição. Como pode, crianças de 10, 11, 12 anos ouvindo funk? Bebendo? Além dessa música pornográfica, há a música eletrônica - que em complexidade está abaixo de todos os níveis. Quase nunca alguma letra, às vezes um refrão com duas frases sem nexo. Batidas incessantes e repetitivas, sem melodia, sem conteúdo, sem sentido. As músicas não possuem início, meio ou fim. Mais parecem lanças extremamente afiadas aptas a penetrar no crânio do ouvinte e arruinar seu cérebro. -> Escute ->aqui<- uma música eletrônica (eu não ouvi inteira) e compare com a que segue ->aqui<-
As filosofias pós-modernas, aquilo que a mídia e as escolas incentivam, também prejudica. "Tudo liberado", "você é livre para fazer o que quiser", "tem 10 anos? Está quase na idade de fazer sexo!", "seja mente-aberta", "seja imparcial", "seja relativista, todo mundo tem suas verdades e não existe o 'errado". Ora, estimular a imparcialidade é estimular a morte do senso crítico, é destruir a personalidade do indivíduo! Sem personalidade, a criança acaba indo na onda da maioria, pois assim fica mais segura, já que seus pais bobões não sabem como criá-la e pensam que a criança tem noção do que quer, do que precisa - com três anos está apta a escolher o que e como será, assim não interferem... não educam um menino para ser um menino ou a menina para ser menina, já que precisam "deixá-lo escolher o que ACHAR melhor". Isso é nojento!
Que criatura, em sã consciência, largaria seus filhos à mercê de um predador voraz? Esse tipo de pai esquece que se ele não orientar seu filho, outro o fará... a mídia o fará. Não existe real "liberdade de escolha" para uma criança. E é esse o objetivo! Arruinar toda o senso de moral, toda a tradição, todo o bom senso - que outrora vinha de casa - e, assim, estraçalhar o indivíduo, humilhando-o terrivelmente, tendo-o como um cãozinho encoleirado. Um escravo... é distraído com 'presentinhos' e anestesiado pelo sexo deliberado, enquanto o despedaçam aos poucos, o esquartejam.
A não influência dos pais em questões essenciais, a influência dos pais em questões fúteis -dar tudo mastigado-, a influência da mídia nos filmes, desenhos, músicas e nos relacionamentos, além das filosofias e psicologia pós-modernas, estão, simplesmente, proibindo as crianças de usar seu cérebro, proibindo-as de pensar. Não há estímulo, basta apenas seguir os instintos. Não existe mais beleza, não existe mais complexidade, a criatividade não é mais necessária. Todo o conjunto de estímulos negativos construiu, de forma evidente, uma verdadeira "indústria do retardo".
... A sociedade atual está formando, em massa, verdadeiros retardados, seres estúpidos, fúteis, inúteis, imprestáveis! Vermes!! Perdeu-se completamente a graça de uma vida simples, o sentido. A alegria está em incompreensíveis maquinas mágicas, que transportam para um mundo cibernético e gélido, nas roupas que possuem 2 cm² ou a minúscula estampa de uma marca, em verdadeiras músicas do inferno... que não são MÚSICAS, pois não possuem traços musicais. Nada mais tem graça, nada mais dura, nada mais satisfaz. NADA. Não há mais mistério (conhecem TUDO antes do tempo), não há mais enigma, não há mais ansiedade (ganham TUDO antes da hora), não há mais euforia.
A carência de valores e perspectivas, o turbilhão de mudanças e informações fazem as crianças não se contentarem mais com nada por muito tempo. Querem sempre a "coisa nova e mais cara". Libertinagem e o estímulo à vulgaridade e ao sexo já produziram, na minha geração, uma corja de viciados em pornografia e adultério. Minha geração até teve bons exemplos e uma infância razoável... agora, imagine no que vai dar a geração que está nascendo e crescendo agora! Chegarão no LIMITE DA PERVERSÃO, reconstruirão SODOMA. Sim, isso já está sendo profetizado pela ciência: diz-se que em três gerações a humanidade será bissexual, pois hoje já não há mais muitas diferenças entre os sexos -"unisex" ->veja aqui<-. Para mim, o bissexualismo nada mais é do que o estágio mais pútrido e profundo da libertinagem e perversão, o sexo oposto já não basta, tudo o que tiver "carne" é válido para satisfazer os instintos bestiais.
Estamos chegando no limite. Deus promoveu duas grandes destruições no passado quando a situação chegou no nível em que estamos chegando: o fim do mundo pré-diluviano e a destruição de Sodoma e Gomorra. Esse padrão só pode me dizer uma coisa: estamos perto do Fim, pois Deus não suportará por muito tempo essa situação... assim como eu. Ah, pela primeira vez eu estou torcendo para que esse mundo humano seja aniquilado logo! Pena que 2012 é apenas propaganda da mídia.
Natanael Castoldi

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2 comentários:

  1. Nossa, meus parabéns por conseguir demonstrar e passar o que tu sente com tanta facilidade.E meus pêsames por viver nessa época decadente com a capacidade de pensar que tu tens.Bom,sou uma adolescente, mas acredite concordo com TUDO que falaste, já pensei muito sobre tais assuntos e mesmo convivendo com essas situações quase que diariamente ainda fico perplexa com algumas coisas que presencio. Vou te seguir e ler teus textos, pois esse foi o prato de entrada e confesso que estou curiosa para ler mais. tchau,tchau, e boa sorte com o fim da era de humanos sensatos.

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  2. Opa! Vlw mesmo Kelly ^^, fico muito feliz pelas tuas palavras, me estimulam a continuar lutando contra a destruição do belo mundo em que nasci! Obrigado por estar ao meu lado nessa luta! Somos poucos, mas podemos fazer alguma diferença.
    Fico muito feliz por te ter como leitora e espero que continue gostando das postagens!
    Abraço!!

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