De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

segunda-feira, 11 de julho de 2011

"Aqui jaz a humanidade"

"-Pai, você pode me falar mais sobre os humanos? - Pergunta o pequeno curioso, e seu velho pai, com um leve sorriso, responde a questão:
-Ah, meu jovem, os humanos eram seres engraçados, vê-se nos seus resquícios. Mesmo dotados de uma mente tão profunda como o oceano e tão complexa quanto a floresta que cerca nossa aldeia, conseguiam se curvar e humilhar ao nível de nossos cães, o pior é que o faziam voluntariamente. Eles eram capazes de construir máquinas que nenhum de nós sequer consegue compreender, mas, ironicamente, se preocupavam tanto consigo mesmos, com seu futuro, quanto uma ingênua e efêmera borboleta. - O pequeno se curva na cama e questiona novamente:
-Não compreendo. Pensei que tinham sido aniquilados pelas hostilidades desse mundo... não foram? - O pai abre um sorriso:
-Não, não foram. Eles floresceram por milênios, idealizando e construíndo, mas chegaram num ponto em que, no ápice da tecnologia, começaram a se reduzir como ser, perdendo a perspectiva de futuro, ofuscando seus horizontes como raça, enegrecendo seu interior. - Um suspiro: -Filho, observando o futuro caótico que os esperava, nas hostilidades deste mundo, deixaram de construir e de crescer como seres e, lançando aos prazeres irracionais de sua natureza, ainda apegada ao passado tribal, almejando todas as alegrias que o tempo restante poderia lhes proporcionar, passaram a aniquilar-se. Seus prazeres colocaram em jogo a sobrevivência de sua essência racional e da célula fundamental de sua sociedade: a família. Sim, eles se envenenaram, destruíndo-se como criatura e, à partir de si mesmos, destroçando suas casas. Amedrontados com o fim iminente, se suicidaram, por isso não existem mais. Está aí um exemplo daquilo que não devemos fazer. - O pai sorri, colocando sua grande e áspera mão sobre a cabeça raspada de seu filho."
Eu não sei que raça você imaginou ali acima, no diálogo, mas o valor do exercício está nas palavras. Não achei maneira mais franca, objetiva e reflexiva do que esta projeção de um fictício futuro pós-apocalíptico, pois ela me permitiu, de forma breve, expressar aquilo que penso sobre a postura e mente do homem contemporâneo: caos, estupidez, insanidade. Sim, a humanidade está se matando, deixando de semear os grãos do futuro e se abastando do produto que os anteriores cultivaram, de forma à enegrecer toda a boa perspectiva de sobrevivência. A idéia existencialista que predomina no Ocidente, com base na filosofia do carpe diem, dá aval para o aflorar da besta selvagem que somos em nossa carne, pois a regra é aproveitar o tempo presente, não havendo passado nem futuro, portanto, todos os prazeres estão liberados e unidos, como falange mortal, numa cruzada contra a razão, a vida, a liberdade, o legado. Não se pode perder tempo pensando, construíndo a vida de amanhã e um legado póstumo, o que vale é o EU e o AGORA - o predomínio, o reino dos prazeres, inibe qualquer esforço ou luta "desnecessária". Como apenas o EU basta, o EU é deus, na concepção humanista e individualista do homem pós-moderno, então o prosseguir da vida após a MINHA morte é irrelevante, a idéia de um legado duradouro às próximas gerações, algo não-lucrativo. Liberdade? "Ela é desnecessária quando tenho sexo, conforto e entretenimento a exceder."
O homem, tornado em animal, abandonando a razão pelo instinto, vivendo como um cão doméstico, deixando de lado sua característica mais gritante e, a partir disto, arruinando suas marcas mais primordiais e típicas, como a sede por sobreviver e crescer, a honra e o compromisso e a célula familiar, abandona, enterra sua humanidade, condena-se. Uma prévia do que é deixar de "ser humano" é o que estou presenciando acontecer em nosso querido país, o Brasil: um governo mentiroso, trabalhando em prol de uma vontade global, emburrece e torna o povo extremamente dependente e cego, para explorá-lo, roubá-lo, sugar-lhe tudo o que tem, como se fosse um animal de rebanho, que só existe para servir, para nutrir, para lucrar - não percebo nas políticas nacionais algo que demonstre real amor e interesse pelo bem do povo, não vejo nos programas do governo algo que fuja do interesse político e financeiro, afim engordar os poderes máfia que domina nossa "nação" e construir o projeto ideal de país no quebra-cabeças mundial para a pavimentação do caminho da "Aldeia Global" e de um "presidente da Terra".
Leitor, quero que saiba que o nosso atual governo tem raízes e interesses comunistas - e você bem sabe no que resultou o "benigno" projeto de Marx na URSS: ditadura ateísta, com base numa exploração geral do povo, enquanto apenas a elite governante detinha as riquezas e a liberdade. Também quero que saiba que nossa atual líder participou de uma guerrilha cujos planos fundamentais eram de natureza ditatorial: eles realmente queriam fazer do Brasil um regime parceiro da URSS. Aqui entram os métodos para tal: a luta armada não funcionou como esperavam, mas serviu para que os "defensores da paz" se tornassem heróis, enquanto que o poder que combatiam passou a ser considerado verdadeiramente satânico, através da disseminação massiva e forçada de idéias opostas à ele, bombardeadas pela mídia e aceitas com grande fervor pelo povo, sedento por liberdade.
A democracia, embora bem intencionada e baseada numa idéia louvável, é fraca, à medida que ela permite arruinar-se. Hoje presenciamos no mundo oriental uma maior expansão islâmica e a ascensão de inúmeros líderes muçulmanos em diversos países, com conseqüência da instalação de uma ditadura islâmica. Como esses líderes chegam ao poder? Conforme o islamismo cresce em determinada nação, eles se candidatam à presidência, através da abertura democrática, garantindo os votos de quase, senão todos, os muçulmanos do território. Assim que chegam ao poder democraticamente, dão um golpe de estado, fecham partidos e instalam sua ditadura, perseguindo, sem pudor, cristãos e outros rebeldes. O que estamos presenciando no Brasil não é muito diferente: através da democracia, os comunistas chegaram ao poder e, com o rosto limpo, um sorriso aberto e o estímulo ao "pão e circo", angariaram mais e mais partidários e admiradores, garantindo sucessivas vitórias políticas e a consolidação de seu poder na presidência e noutros setores de relevância. Para o um golpe, não falta muito.

Grandes ditaduras da história se levantaram depois de um desarmamento massivo do povo, primeiro com um longo e estimulante discurso de paz, manipulando o povo traumatizado pelas guerras e pela violência para, então, conseguir voluntariamente - e legalmente - as "repulsivas" armas civis, precedendo golpes de estado num momento em que a população se via desarmada e inofensiva. Quase chegamos lá uns anos atrás, no famoso e, felizmente fracassado, referendo sobre a proibição das armas de fogo no Brasil. Mas não tarda e o golpe é tendado novamente.
Grandes ditaduras e ditadores sempre se levantaram, antes de seu regime opressivo, pela propaganda midiática, mostrando-se ao povo como libertadores, heróis, patriotas, fontes de esperança e glória - vide a história de Hitler. Para tal, não pouparam a aparição em fotografias cuidadosamente planejadas, afim de transmitir uma imagem amorosa e fraternal, enquanto forte e encorajadora, assim como não abriram mão de filmes, programas de TV e rádio, revistas e livros. O povo, frustrado e abatido, exultava com a imagem promissora e arrebatadora do salvador da nação e se entregava à manipulação. O que vejo hoje, principalmente pelo fato de nosso último presidente ter sido figura heróica de documentários, livros e de um filme tendencioso e da "presidenta" atual estar para ter sua história também retratada no cinema, é uma repetição dos métodos sedutores anteriormente aplicados - e os efeitos se repetem, já que o atual partido está há 9 anos no poder, ficará no mínimo 12 e, provavelmente, mais 4, mais 4, mais 4... 12 ou 16 anos no poder já é tempo demais - sinto cheiro de golpe.
Grandes ditadores antes de conseguirem o poder, nos tempos em que trabalharam com imagens falsas, nunca conseguiram evitar alguns deslises, o desmanchar de sua maquiagem e a revelação de relâmpagos de sua verdadeira face. Esses "deslises" foram resultado de atritos necessários com seus oponentes, sejam outros políticos, seja o povo ou seja a lei, afim de aplainar o caminho para seu golpe. O atentado à constituição nacional que há alguns meses validou o casamento homossexual, extrapolando os limites legais e constitucionais do Brasil, nos deu um breve resumo sobre o que o poder atual é capaz de fazer em nome de seus interesses e o que, muito provavelmente, está se propondo a conseguir: estar acima da lei, acima de todos os poderes. Esse golpe deixou claro o caráter e as intenções daqueles que nos governam. Falando de homossexualismo, a PLC 122, que visava o endeusamento da classe GLS, possuía caráter opressivo e ditatorial, trabalhando com desonestidade e censura, já que tentou reprimir a liberdade de expressão do povo em relação à prática homossexual. Como uma bola de neve a descer a colina, esse princípio de privação à liberdade, tente a se amplificar - outro traço típico de regimes ditatoriais.
Dentro dessa questão, das raízes ditatoriais se expondo, está a nivelação das classes, com falsas promessas de igualdade: o governo aprisiona os pobres com toda a espécie de auxílios, fazendo-os como gado, totalmente dependentes - "cotas", "bolsas", "vales" -, enquanto amplia o custo de vida. O resultado é óbvio: a classe média, sem benefício algum, se reduz e empobrece, enquanto os ricos não são tão afetados - ou enriquecem mais ainda. No final, parece-me que restarão duas classes: pobres e ricos, que é exatamente como se define socialmente um regime comunista. Igualdade = pobreza; riquezas = líderes. O Brasil caminha para isso, enquanto os pobres podem viver -mal e porcamente- sem trabalhar, apenas dependendo do governo, e os preços de toda a espécie de produtos sobem, fazendo declinar a classe média.
Grandes ditaduras e regimes totalitários nunca se ergueram sozinhos, antes disso, o poder arranjou alianças, parcerias políticas de nações cujo sistema já fosse ditatorial ou que também caminhasse para tal. O que vemos no atual governo, liderado por remanescentes, por filhos dos ideais soviéticos, é essa busca - aproximando-se de líderes ditatoriais como Hugo Chaves, Evo Moralles, Marmud Armadinejad... E estes, como sabemos, têm um carinho especial pela Rússia, China e Coréia do Norte.

Por fim, todo o grande regime conseguiu se erguer após algum período de emburrecimento e bestialização do povo, aniquilando a opinião e a iniciativa. Um povo sem conhecimento, é um povo morto. Vemos, no Brasil, um sistema de ensino podre, com profissionais jogados às traças, livros didáticos tendenciosos e superficiais, estruturas arruinadas. Da escola à faculdade, uma grande lavagem cerebral é feita nas crianças e jovens, esvaziando sua mente e inserindo nela uma opinião pronta e segundo a vontade estatal, que prioriza o ateísmo e anticristianismo e, portanto, a libertinagem. A televisão está infestada de programas escolhidos e calibrados para cada dia da semana e cada horário do dia, segundo o tipo de público predominante, afim de atingir todos. Podemos ver isso nas novelas da Globo: "Malhação", direcionada ao público jovem -mas vista também pelo infantil-, mostra aquilo que o adolescente deve procurar, gostar e se aprisionar: sexo e rebeldia. A novela seguinte trabalha com um humor nada inocente, a próxima, se envereda mais na temática religiosa, incentivando um abandono da genuína fé cristã e propondo o espiritismo ou alguma outra religião tipicamente brasileira. Por fim, a última novela do dia, colocada no horário em que os pais que trabalham até tarde já estão em casa, serve para atacar aquilo que temos de mais precioso como sociedade: a família. Traição, promiscuidade, vulgaridade, rebeldia, homossexualismo... Com o passar dos anos, a mensagem é intensificada e transmitida, sempre, de uma maneira mais explícita, destruindo e aprisionando o povo cada vez mais, de geração em geração.
Prisões, ruínas. Algo que me impressionou nos últimos tempos foi a proposta da distribuição de Kits Gay nas escolas estaduais, para estimular o homossexualismo entre as crianças, investimento desnecessário e destrutivo, enquanto falta merenda, material, salários e estrutura nas escolas. Então hoje eu pensei na razão disso: prisões! A fome, a necessidade, cria dependências urgentes e contamina, toma completamente a mente do atingido, que se prende e depende mais do Estado - da mesma forma, a fome e a carência de qualidade de ensino emburrece, e a ignorância é outra prisão. Por fim, o estímulo à promiscuidade, através da quebra de valores tradicionais e apologia ao homossexualismo, prende, desde cedo, as crianças ao sexo - aqui entra também o projeto de instalação de máquinas de preservativos das escolas. Um povo imobilizado pelo caos da fome e da ignorância e suprido de sexo está amordaçado - ou satisfeito em se prostituir, desinteressando-se com outras questões, enquanto precisa suprir seus vícios sexuais, ou com fome demais para se preocupar com outros assuntos, que considera questão para pessoas mais "sabidas". Todos se tornam escravos e seus instintos, o de sobrevivência e o de reprodução, gritam mais alto do que a mente, do que a razão.
O mais interessante nessa questão toda é que o governo está trabalhando com mais dedicação nas escolas ou nos territórios infantis, seja trazendo a necessidade, criando o "caos controlado", seja oferecendo material ou ideias para que os pequenos moldem sua mente e pratiquem aquilo que os irá engaiolar. Eles começam influenciando as crianças, assim como os nazistas fizeram, para garantir um futuro segundo seus preceitos. Através das crianças de hoje, o poder atual garantirá um futuro com adultos aprisionados e, de geração em geração, a colheita dos frutos desse investimento, já que os filhos dos pequenos de hoje tendem a ser piores do que eles. Lembro-me de uma aula de filosofia do ano passado -que já comentei no blog ->aqui<-, quando concluía o Ensino Médio: meu professor disse-me algo espantoso sobre o projeto de avanço da pornografia no Brasil que, com programas de TV, músicas e internet, mina, gradativamente, a cabeça da juventude nacional, afim de fomentar nas crianças e jovens um forte vício em pornografia, para que, futuramente, a indústria pornográfica tenha clientela fiel - em 10 anos, aproximadamente, o Brasil será como ou pior que a Holanda de hoje, com prostituição e sexo liberado ao ar livre e à luz do dia.
O sexo domina a nossa sociedade atual: tudo o que os jovens querem e para o qual se moldam e dedicam energias, é o sexo. O índice de gravidez juvenil se amplia sem paralelo e a iniciação sexual começa já no início da adolescência, com um número cada vez maior de CRIANÇAS de 14 anos já se enveredando nisso. O aborto, com o discurso de "controlar o próprio corpo", não passa de um argumento para a facilitação da prostituição sem conseqüências. O casamento está deixando de existir, para evitar uma "prisão" civil, caso o indivíduo não se encontre mais suprido sexualmente pelo parceiro e queira conhecer outras pessoas e ter novas experiências sexuais - caso esteja casado, acaba trabalhando com traição, atitude cada vez mais comum e defendida pela ciência: "traição é hereditário", "o homem tem tendência genética para trair"... Caso não se queira trair, mas há um desagrado sexual, o divórcio parece alternativa atraente e por isso cresce assombrosamente. Por fim, vejo crianças de 11 anos "pegando", "consumindo" outras pessoas semanalmente, vejo adultos se portando como jovens, sem compromisso ou casamento, e vejo idosos regressando à adolescência, querendo aproveitar com total promiscuidade seus últimos anos. Não é à toa que já se especula que em 3 gerações a humanidade será bissexual.
Como creio que, segundo uma elite mundial, determinada nação faça algo sem a inspiração e desejo de uma vontade central e em prol de um determinado fim, vejo a relação de depravação nacional com a depravação mundial como um sinal dos tempos: o anseio pela destruição do ser e da família é geral. Nesse âmbito me chama a atenção uma recente declaração da ONU, que visa a liberdade total de escolha da juventude mundial, atacando os preconceitos com dependentes químicos, prostitutas, homossexuais e etc. A fração do texto que mais evidenciou a mente maligna por detrás é a seguinte: “Visualizamos um mundo em que os Direitos e Saúde Sexual e Reprodutiva dos Jovens sejam plenamente transformados em realidade e onde os jovens possam experimentar e celebrar sua sexualidade. Como esquecer, com base nisso, da Marcha para a Legalização da Maconha? Da Marcha das Vagabundas? A juventude tem o "direito" de se aprisionar em vícios e de se portar e apresentar com vulgaridade e promiscuidade sem abusos sexuais... liberdade? Direitos humanos?! Vejo prisões, vejo a instauração do caos, e vejo, sim, o direito humano - de permitir-se escravizar. Leitor, lembre-se da lição romana: "pão e circo" para apaziguar o povo e facilitar a tirania.
O incentivo à promiscuidade sexual, aos vícios e à destruição dos valores morais tradicionais é um estímulo à destruição da família. Não havendo mais casamento, não havendo mais pudor, não havendo mais legado, a instituição familiar, da forma como existe há séculos e da maneira que evidentemente funciona, tem sido ameaçada. Quando as crianças são tidas como donas de si, senhoras do mundo e estimuladas à rebeldia, quando não existe mais hierarquia e autoridade n0 lar, a família perece. Quando o governo e a mídia passam a educar e ensinar doutrinas aos filhos no lugar dos pais, abolinado a soberania familiar, a própria família perde o real sentido e valor. Quando não existe mais motivação honrosa e nobre de se casar e mantér um casamento, de ter filhos e educá-los, a instituição familiar, baseada na fidelidade e no compromisso, entra em ruínas - conforme o individualismo avança, o prazer e o lucro pessoal impera, a família, como célula coletiva, desfragmenta-se. Mas, por que a necessidade tão urgente de nosso governo destruir o indivíduo e a família? O indivíduo, quando livre e estimulado a pensar, é uma ferramente de rebeldia e opinião contra um estado tirânico, por isso é bom emburrecê-lo, aprisioná-lo, distraí-lo - "formar trabalhadores, não pensadores". A família é o núcleo fundamental da sociedade, a instituição onde impera e se perpetuam os valores tradicionais de moral, ética e legado, a família fortalece e incentiva o indivíduo, lhe dá um motivo, uma causa pelo que lutar e a defender. Desfragmentando a família e sua importância, os valores se diluem, o povo se dispersa como areia, não há mais razão pelo que lutar - e um governo tirânico pode, facilmente, dominar a população. Mais fácil moldar areia do que pedra bruta.
Nessa questão de específica destruição da família, não basicamente do indivíduo, percebo outros fenômenos tomando a sociedade. Aqui entra uma matéria que li na Zero Hora há uns tempos, falando sobre as "megafestas" de nossos dias, que estão virando moda: no lugar das simples e pequenas festas familiares, com salgadinhos e doces comuns e, algumas vezes, caseiros, em momentos relativamente breves, em que o centro da festa era, além da celebração de um evento importante na vida do indivíduo, a celebração da família, estão surgindo "megaeventos", caríssimos e suntuosos, afim de demonstrar a importância do homenageado e a riqueza da sua família, mas o aspecto mais alarmante disso é a troca do encontro familiar por um evento heterogêneo, repleto de pessoas estranhas, sem real afeto pelo festejado ou ligação profunda com sua família, que são convidadas - ou se convidam - apenas para presenciarem, serem testemunhas, da grandeza do evento, se enciumarem e se esbaldarem em bebidas e promiscuidade. A atração não é mais a pessoa, com base nos laços afetivos e sanguíneos, mas aquilo que tal pessoa tem a oferecer.
Essa troca torna explícito algo que impera em nossa sociedade: o narcisismo. O EU é o mais importante, tudo pelo ego e vaidade. A família não tem mais graça, perde o valor e a importância, o EU precisa aparecer para toda a sociedade e o que mas vale é a imagem, a repercussão do evento. As disputas de ego e recursos que ocorrem entre os promotores do evento, anulam o sentido fundamental de uma festa de aniversário, casamento ou bodas, e aprisionam, na medida que um deve superar o outro, afim aparecer mais. A família, aquilo que realmente dura e pelo que vale a pena se dedicar, fica para depois, fica por último.
O feminismo também chega como arma letal contra a família: o homem é repulsivo, uma pedra no caminho das mulheres. Casar e se prender a um homem, ajudando-o em casa e constituíndo como ele uma família, passa a ser tido como humilhação. O homem não pode mais exigir nada, pois, dessa forma, é tido como machista - e se não fizer o que as mulheres exigem, é um machista ainda pior. Segundo o feminismo, a mulher tem direito total de fazer o que deseja com o seu próprio corpo, o que estimula a promiscuidade sexual, o aborto e o desinteresse em ter filhos -em se esforçar e danificar fisicamente para encubar por nove meses um descendente do homem, "que humilhação"! O menino não pode mais ser educado para ser homem, pois isso é machismo. A menina deve ser educada para dominar sobre o homem, para "evitar o machismo". Os filhos, quando tidos, são feitos cabides para a vaidade e a inserção dos ideais dos pais que disputam, servindo mais como arma ou trunfo, do que como um ser com personalidade, sentimentos e um futuro. No final das contas, tudo se inverte, o homossexualismo aumenta e o desinteresse em casamentos e filhos, também. Leia mais -> aqui <-.
O homossexualismo tem atacado os valores tradicionais da família - não se pode, também aqui, criar meninos para serem homens, pois isso é "homofobia". Tudo é "homofobia"... O que me parece estupidez, como diz meu irmão, Ticiano Castoldi, Minas Draug: "não é porque não sou muito chegado em aranhas que tenho aracnofobia". A prática homossexual ataca o homem e a mulher, que seriam os cabeças da família, destronando-os e pervertendo-os, portanto, atingindo a instituição familiar como um todo - e a sociedade. Uns tempos atrás vi no Fantástico, se não em engano, uma matéria sobre casamento homossexual e adoção de filhos: duas mulheres, há anos juntas, haviam conseguido adotar um menino, o que, por si só, é estranho e prejudicial à criança, partindo do ponto que uma guri sem pai facilmente se marginaliza ou guarda traumas imensos, devido ao vácuo da ausência de uma figura masculina em casa, mas o que mais me chamou a atenção foi a evidente face vitoriosa daquelas "mães", que faziam do bebê mais um troféu de vitória e vaidade do que um pequeno que merece amor - ao meu ver, ele foi adotado mais para provar e auto-afirmar os direitos homossexuais, do que para se constituir uma família de fato. Qual é o futuro dessa criança? Constituir uma família normal, dificilmente...
Dentro deste tema, surgem os novos modelos familiares: pais casados com filhos, mães solteiras, filhos de vários pais diferentes... O detalhe é que, outrora, isso tudo era tido com repúdio pela sociedade, mas hoje, nem ao menos gera polêmica. A família, como ela é, está perdendo o sentido, o valor, a razão - e o governo e as mídias sabem muito bem como promover e estimular isso.

Em paralelo ao estímulo à atitudes e filosofias que ataquem diretamente a família, está a militância ateísta e anticristã. Qual a relação disso com a família? Ora, a Bíblia é o livro sagrado que mais e melhor defende a pureza individual e a consolidação da instituição familiar. É aqui que reside a desonestidade intelectual das instituições de ensino e da mídia: tudo o que tange ao cristianismo é questionado sem base em real estudo e razão, enquanto o que tange ao ceticismo, é defendido com o melhor de que dispõem. Mesmo assim, o ceticismo se alicerça na areia: não há evidência alguma de nada que defendem, mas ainda assim o defendem. É algo engraçado: aquilo que é bom ao ateísmo é forçado, calibrado, moldado conforme melhor agradar às teorias céticas, enquanto que aquilo que o agride é censurado, modificado ou deturpado desonestamente. Da mesma forma, nenhuma outra religião deste mundo é tão confiável, complexa e profunda quanto o cristianismo, mas apenas ele é questionado e atacado, apenas ele padece de tantos ataques desonestos. A mente Ocidental é difícil de entender, já que tentam destruir seu próprio coração cultural e o fazem com total malícia e ódio - a resposta mais provável, ao meu ver, é que, com o estímulo midático e governamental, a grande defensora da moral e da família, que também trabalha contra o feminismo, homossexualismo e rebeldia, precisa ser derrubada em prol dos planos da elite dominante, que almeja ter nas mãos uma sociedade instável, caótica e fácil de manipular. Veja só: com o avanço do feminismo e do homossexualismo e a consequente oposição cristã, mais e mais a população nacional e mundial criará eversão à Palavra e aos cristãos - por isso não tardará e a fé cristã será privada de sua expressão com os argumentos de homofobia, machismo e privação da liberdade. Outro detalhe é que nossa "nação" tem se aproximado de nações inimigas da fé cristã, além das filosofias ocidentais. Analisemos e tomemos cuidado!
Caro leitor, preste atenção na movimentação das sombras, preste atenção nas corjas negras que se movimentam nas colinas distantes e se aproximam aos poucos. Logo o pior irá acontecer! O meu apelo é simples: seja o oposto daquilo que o governo está defendendo: creia em Deus, se santifique e evite aprisionar, seja um emissário da moral, da tradição, seja um defensor da família! Talvez assim consigamos retardar um pouco mais o inevitável e mantér macio o caminho para a divulgação da fé cristã, pois quando o cerco de fato fechar, as coisas se tornarão terrivelmente difíceis. De momento, apenas não permita que a tua humanidade morra! - Leia Efésios 5, que fala de santidade e sobre a família.
Natanael Castoldi

Leia mais:
Desonestidade da ciência cética

Depravação deste mundo

Governo global

Reação cristã

No blog Minasdraug, Ticiano Castoldi:

terça-feira, 5 de julho de 2011

A Ofensa

Com os trabalhos de final de semestre e as férias que se aproximam, não creio que conseguirei escrever tão cedo depois dessa postagem. Aproveite pra dar uma voltinha pelo blog. -> Prioridades.

Pela segunda vez desde o final de fevereiro consegui ir para casa passar uns dias e, no sábado, como normalmente acontece quando um seminarista aparece em sua "igreja natal", tive o prazer de levar uma mensagem aos jovens. Aproveitei a oportunidade para desenvolver melhor algumas reflexões que já tinha feito sobre o retumbante livro de Malaquias, transmitindo idéias úteis para mim, para os ouvintes e, sem dúvida, para todo o cristão, idéias que hoje, mais do que nunca, estão sendo enterradas e pervertidas pelas igrejas. Falo sobre caráter e santidade.
A questão que quero levantar para iniciar a reflexão é fundamental: como você vê Deus? Qual é o padrão de santidade e justiça que você O atribui? Qual o nível de sua fé, o quanto você o teme? Crê realmente que Ele TUDO sabe e TUDO vê?!

Antes de ler a seqüência, gostaria de avisá-lo que o conteúdo que segue é, sim, de caráter forte e talvez pesado aos olhos de alguns - até quero que seja. O que vem logo mais é fruto da minha percepção sobre a postura de muitos cristãos em relação à fé cristã - e, em algumas questões, eu me encaixo na triste realidade. Eu preferia não falar sobre isso, mas falarei, porque vejo ser necessário, tanto para mim, quanto para outros muitos - com pesar, com grande dor, decepção, vergonha, tristeza, eu falarei, não com ira em si, não como um julgador, não como um arrogante seminarista - e espero não transmitir essa imagem-, mas como um cristão falho, que quer corrigir-se e alertar sobre aquilo que está fazendo o cristianismo ser difamado e zombado pelo mundo, que tem travado a pregação do genuíno Evangelho, que tem pervertido a igreja. Eu falo, acredite, por amor. Como sentinela a perceber o inimigo se aproximando, não me calarei, mas alertarei, mesmo que de forma rude e, aparentemente, agressiva. Há coisas que eu preciso corrigir em mim, há coisas que devem ser corrigidas na igreja, se temos temor de Deus! Nos esforcemos por amor! Amor à Deus, aos incrédulos, aos novos e velhos cristãos, às nossas crianças, herdeiras de nosso trabalho!! Sim, serei rude, à ponto de alguns mal interpretarem, mas é melhor que coisas mudem através de um amor corretor, do que através de beijos falsos e bajuladores. Sei que não sou eu quem vai corrigir, quem deve julgar, mas não me custa alertar, pois não tardará e o juízo de Deus virá - o que será bem pior aos insubmissos.
Minhas palavras dão armas aos céticos? Leitor, a depravação da igreja é evidente para todos, o problema é que a nossa postura corrupta como cristãos não chega aos céticos como atos puramente humanos, eles atribuem isso a Deus! Quero deixar claro que a corrupção da igreja é produto de uma postura anticristã, antibíblica! Deus não gosta disso, não deveria ser assim! Quero que o cristão perceba isso, quero que o cético também o veja! Alguns podem pensar ao lerem o que segue: "Quem esse cara pensa que é?" De fato, não sou muito mais do que um guri de 18 anos, sem experiência ou moral, mas a pergunta, mesmo assim, deve ser outra, não com base em mim, que escrevo, mas com base no que está escrito: "Quem eu penso que Deus é?!" Espero que o que segue, assim como se aplicou a mim e me deixou envergonhado de mim mesmo, estimulando a tentativa por mudar, te faça, apesar do peso das palavras -ou por meio dele-, refletir, analisar-se, fortalecer-se. Essa é a minha motivação, esse é o meu interesse e é por essa causa que eu ponho em jogo o meu nome. Me perdoe se caso você se ofender, essa não é a minha intenção.
Como eu acho absurda, pobre a percepção sobre Deus de, na minha percepção, bem mais da metade dos cristãos atuais - como eu acho deprimente a minha própria postura vez por outra. A verdade é que a maioria dos cristãos vive um "ateísmo prático", volta e meia fingindo que Deus não existe, que Ele nada vê, nada sabe, nada faz, nada é, crendo que está pecando na surdina, que está conseguindo trapacear, enganando tudo e todos... achando que sairá impune. Pior ainda é quando não apenas finge que Deus não existe, mas quando quebra a cabeça tentando moldar uma concepção de Deus que ateste para a sua sem-vergonhice, arranjando argumentos fajutos para tornar o Criador segundo a sua necessidade pecaminosa, pois "Ele é amor", "Ele perdoa", "Ele me fez assim". Sim, essa idéia, essa falta de temor, se alastrou pelo mundo ocidental. Vejo a igreja norte-americana e européia aceitando o homossexualismo como normal e "de Deus", além de uma frieza sem medida. Vejo, além do Hemisfério Norte, uma igreja impura no Brasil, que está construíndo uma verdadeira indústria, virando modismo, baseada em shows, gritaria, comércio, manipulação, hipocrisia! Sim, existe muita coisa boa, existem igrejas verdadeiras e muitos cristãos exemplares, MUITOS, mas em todo o lugar eu vejo, e em lugares de minha própria vida, uma percepção nebulosa de Deus e de vida cristã.
O cristianismo atual, da prosperidade, da libertinagem, do fanatismo, do legalismo, da apostasia, trabalha, de modo geral, mais distante da verdade do que o catolicismo romano, aproximamdo-se de um paganismo primitivo, onde o que impera é o politeísmo, de deuses errantes, fracos, "bobões", distantes, vaidosos, gananciosos e ignorantes em relação ao mundo que tentam, com muita dificuldade, subjugar. Posso facilmente perceber em muitos cristãos atuais a consumação de genuíno paganismo, com base nos adjetivos acima: somos politeístas na medida que consideramos a nós mesmos como sendo deuses e, na supervalorização das coisas deste mundo, idólatras; temos Deus como errante, pois o vemos como um ser confuso, que não sabe bem o que quer, que falha, que erra, ao passo que aceita o tranquilamente o nosso pecado; vemos Deus como um ser fraco, que precisa urgentemente de nossa ajuda espiritual e financeira, que erra, que não sabe o que nos é melhor, que tem menos poder do que seus filhos, que sabe menos, que faz menos, que é menos; O consideramos, quase sempre, "bobo", crendo que conseguimos enganá-Lo, fazê-Lo inexistir alguns minutos, manipulá-Lo, moldá-Lo, personalizá-Lo; O vemos como sendo distante à ponto de não atentar para nossos erros e falhas - muitos O vêem como sendo muito próximo, outro extremo, transpassando os limites do temor, desrespeitando Deus de forma a fazê-Lo parecer meloso, carente, tratando-O quase como um namorado, que é um tremendo absurdo; também deixamos claro que cremos que Deus é vaidoso, que precisa de nossa adoração, de nosso louvor, de nossos tributos, de nosso serviço, de nossa riqueza para que Sua estima se eleve, não constituíndo um relacionamento de amor conosco, mas de mera extração; também O vemos como alguém ganancioso, que lidera uma grande indústria de comércio gospel, que somente habita edifícios adornados de ouro, que só responde aos seus servos depois do devido pagamento, que só está no louvor mais sofisticado e estrondoso...
A nossa visão do Criador, à partir daqui, se envereda em concepções verdadeiramente satânicas, tendo Deus como um mercenário, que só serve quando remunerado - que precisa de remuneração -, um mentiroso - que não responde como "prometeu" às nossas frescuras, mesmo com o devido pagamento -, um ladrão - que nos rouba apenas para enriquecer -, um mafioso - que trabalha como líder de uma grande indústria de manipulação, corrupção e hipocrisia, afim de lucrar -, um servo, um escravo - que só existe para nos servir -, um pai rico - a quem temos todo o direito de explorar -, um pedaço de carne - que podemos temperar como quisermos e devemos consumir até nos saciarmos -, um "vovô do Céu" - que só existe para nos presentear -, um tio milionário - de quem disputamos a herança -, um segurança - que só serve para nos proteger -, um adorador - que nos criou para sermos seus deuses, a quem Ele deve adorar e se curvar em serviço e devoção -, uma muleta - que apenas serve para suporte, apoio, ferramenta -, uma escada - nada além de uma forma de subir mais alto -, um espelho - para onde olhamos quando queremos nos envaidecer -, uma poltrona - onde sentamos confortáveis e estatizamos -, um tapete - no qual podemos pisar para não sujarmos nossos pés, ou deitarmos e rolarmos -, uma máquina - que facilmente se manipula com uma moedinha ou uma senha -, um cãozinho - que disciplinamos, repreendemos, limitamos e moldamos segundo a nossa vaidade e para o nosso próprio prazer... Somos tão estúpidos! Onde está nossa razão? Pra que serve nosso cérebro?! É A COISA MAIS LÓGICA DO UNIVERSO: O Criador jamais, JAMAIS, É e SERÁ segundo nossos preceitos ridículos! É inconcebível o fato de compreendermos o Senhor do Universo de formas tão absurdas... É IMPOSSÍVEL compreender os motivos e o tamanho dessa mentalidade totalmente irracional!!
A causa dessa postura mortal é a vitória de nossa carne, a persistência ou o renascer da velha criatura, onde o pecado impera. Queremos, de todas as formas, com todos os meios e através de todas as pessoas, sermos grandes, em nome de nossa vaidade, de nosso orgulho. Nossa idéia sobre Deus se amolda aos nossos anseios pecaminosos e fazemos dEle nada mais do que uma ferramenta para a nossa glória, tentamos usar de Deus para nos consolidarmos deuses, crendo que o Senhor do Universo é menor, mais fraco e menos importante do que nós. Como efeitos de tal mentalidade surgem as posturas legalistas, fanáticas e libertinas. A libertinagem é resultado óbvio da vitória da natureza humana sobre o caráter de Cristo. A mente, cauterizada pelo pecado e por heresias, vê Deus como amigo da impureza ou distante e fraco o suficiente para não relevar a imundície - o EU é o senhor, o cristão quer o conforto e a comodidade de crer no Soberano Senhor, mas, ao mesmo tempo, se deleitar nos prazeres, na imoralidade.
O fanatismo tem Deus como insano, caótico, que facilmente se impressiona, que se alegra mais com quem gritar mais alto, que se deixa levar pela oração mais bonita, longa e bem decorada, que ama mais quem rodopia mais rápido ou dá o melhor rugido - também há a percepção sobre Deus como sendo fraco e manipulável: "todo o meu pecado será perdoado se gritar bastante", por mais ritualístico e vazio que seja o culto, crêem que Deus se deixará levar... e, muitas vezes, pensam que Deus gostará, mesmo quando fazem o culto para o seu próprio louvor, como um verdadeiro show de talentos, de poder, ou um desfile de moda e prosperidade - o cristão grita para ser mais valorizado pelos outros, crê que o louvor só é bom quando lhe agradar e que a palavra só e válida quando o pastor falar algo que lhe soe bem - isso é humanismo, egocentrismo!
Por fim, o legalismo, no qual parcialmente já entramos e onde pretendo me deter mais nessa postagem: enquanto o cristão libertino crê que Deus é ignorante e impuro, o cristão fanático, que Deus é insano, impressionável e manipulável, o legalista O vê como alguém que se limita ao material, que se deixa levar por rituais vazios, por meros roteiros e atividade mecânicas. Toda uma liturgia, a necessidade de utensílios mágicos - como o shofar, o candelabro, a bandeira de Israel, a vassoura "varre-demônio", o sabonete "lava-pecado" -, que mais beiram o fanatismo, a supervalorização do edifício da igreja, como sendo santo - uma espécie de panteísmo? -, o elevar do pastor ao nível divino, assim como o elevar do EU, o recitar de louvores decorados, de orações padronizadas... demonstram uma lamentável percepção sobre Deus, de modo a agir como um computador, acionado com códigos repetitivos, ou como um demônio, que exige uma série de símbolos, rituais e trocas para agir: "só estarei no seu meio se houver um shofar", "só estarei em ti se tomar banho com o meu sabonete purificador", " só estarei em tua casa se comprar a minha vassoura para varrer os espíritos e energias malignas".
Tratamos Deus meramente como uma energia cósmica, que se aciona quando aclamada e que podemos manipular com elementos materiais ou palavras mágicas - mais uma vez, paganismo -, um poder do universo que está ao nosso dispor, para nosso uso e abuso. Muitas vezes o cristão legalista e fanático trata - ou tenta tratar - com Deus por meios utilizados por feiticeiros e bruxos de culturas pagãs: "para uma magia acontecer aqui, eu preciso retirar um elemento de lá". Então ele crê que, depositando dinheiro de forma interesseira e ritualística no caixa da igreja, ou comprando uma rosa abençoada ou a santa gravata do pastor, Deus irá lhe abençoar automaticamente, sendo a bênção objeto de troca. Nesse mesmo cenário, da feitiçaria, cremos que o relacionamento com Deus é quantitativo: "quanto mais dinheiro eu der, mais Ele me abençoara", "quanto mais eu repetir essa oração, mais facilmente Ele me responderá"... Como se Deus fosse comprável, Seu poder estivesse à leilão, Sua presença, produto de venda. Essa concepção de Deus é extremamente terrível, pois Ele é tratado de forma semelhante a uma "mulher da vida", por assim dizer: passando determinado tempo apenas com quem lhe pagar melhor, mas, sendo tal tempo limitado, o pagamento precisa ser novamente efetuado para aumentá-lo. LEITOR: a vida com Deus não é quantitativa, é QUALITATIVA -Marcos 12:41-44!- Você consegue conceber até onde a mente dos cristãos atuais tem conseguido chegar?! Por essas e outras que vejo, sem querer jugar, que bem mais da metade da igreja pós-moderna está condenada ao Inferno. Os cristãos extremamente legalistas, libertinos ou fanáticos, não são cristãos coisa nenhuma! São pagãos ou ateus travestidos de "filhos de Deus" - não adianta apenas se intitular "cristão", se a prática é pagã ou cética! A prática irá evidenciar a fé, não apenas a placa!
Dentro da libertinagem, do fanatismo e do legalismo há um aspecto, segundo o que tenho analisado pela razão e pela Palavra, que pode ser considerado a maior de todas as afrontas a Deus: o desprezo. Considero essa A Ofensa, pois revela uma total falta de temor, de consideração, de gratidão, de conhecimento sobre o Eu Sou. Para Deus creio não haver nada pior do que a zombaria e ela está presente em todo o cristão libertino, fanático ou legalista: "viu só, Deus? Eu estou pecando e sei que você não gosta disso e nada irá fazer!", "Deus, eu sei que você é surdo e então preciso gritar mais que os outros para ser ouvido", "Senhor, eu creio que você não é esperto o suficiente para perceber que aquilo que estou cantando agora na igreja não passa de hipocrisia e de palavras decoradas, mas, mesmo assim, quero que você escute e me presenteie por isso".
O desprezo para com Deus é crer que você pode enganá-Lo, fazê-Lo de bobo. Veja bem: Saul parece ter pecado menos que Davi, pois não há evidência de homicídio e adultério, assim como educou melhor seus filhos, porém foi de Davi que Deus mais se agradou. Por que? Porque "quantidade" não tem grande relevância para Deus, o que Ele mais quer é respeito, temor e anseio por um relacionamento com Ele. Saul, quando pecou, tentou argumentar com Deus, justificar-se, como se Deus estivesse errado ou pudesse ser enganado por mentiras, enquanto Davi sempre foi transparente e se humilhou com toda a devoção e entrega perante o Pai, reconhecendo sua posição.

Muitas vezes agimos como Saul, tentando enganar a Deus - e essa é a pior ofensa. Tratamos a vida com Deus como obrigação, como lei, e vivemos de rituais vazios e roteiros ordenados e mecânicos simplesmente por interesse: não despertar a ira do Pai e conseguir Suas bênçãos e a salvação. Servir verdadeiramente a Deus é esforço demais para os cristãos atuais, que buscam a maior distância segura possível do Senhor, podendo relaxar na mornidão espiritual e nos prazeres, enquanto estão confortável psicologicamente. Muitas vezes nos pegamos tentando encontrar lacunas na Bíblia para o pecado, "passar a perna" em Deus, ou fazemos coisas boas e que, supostamente, agradam ao Pai, para, depois, poder pecar tranquilamente, até o ponto em que a balança estiver quase equilibrada. Ou desprezamos tudo isso e nos apegamos ao sacrifício de Cristo apenas para tranquilizar a consciência, pecando em demasia e pedindo perdão para poder voltar a pecar - usando de Deus como ferramente libertina. Como Deus repudia essa postura!
Leitor: Deus não quer teu ritual! Ele não se limita às tuas palavras vazias, Ele não se fortalece com o teu culto, Ele não precisa da tua música, do teu dinheiro, das tuas palmas! O Deus Criador não precisa da tua ajuda, das tuas habilidades, de nada do que tu tem a oferecer, pois Ele te criou - Ele não precisa de nada! Quem precisa é TU!! Deus não se alegra com a hipocrisia, a mentira de lábios que cantam o que o coração não deseja, do louvor decorado e vazio, da oração forjada - feita mais para limpar a consciência ou agradar os próximos -, Ele não quer a falsa adoração do cristão que canta ansioso para se retirar do culto ou o faz pensando na vizinha! Ele não se contenta com uma leitura legalista da Bíblia, como se fosse um livro mágico, um horóscopo, poxa! Deus não irá se alegrar apenas no fato de tu estar fingindo que lê a Palavra dEle! Creio ser até pior, pois, tendo acesso à ela, a falta de temor se mostra tamanha à ponto dela ser lida enquanto a cabeça vaga em pecados, interesses e anseios - você sabe do que falo... ou nunca "leu" algo e, depois, se deu conta de que não sabia nada do que tinha "lido"?! - Ou ora e, logo em seguida, não se lembra de sua oração ou da oração do outro? O mesmo se aplica à palavra do pastor na celebração. - Você não sabe o tamanho do peso que sinto em ter que escrever isso, a tristeza em relação a mim e ao que vejo se alastrando. Não deveria ser assim! O que estamos fazendo?!
Deus NÃO quer o ritual!! Deus não que que tentemos fazê-Lo de bobo!! Pois o ritual não passa disso... ou o legalista não se vê, no ritual, como alguém que está conseguindo apaziguar Deus? Parece-me que estes tratam Deus como uma força neutra, que pode ser revertida em benigna se "bem" tratada ou maligna, se não receber ofertas. Essa postura trata Deus como se Ele fosse irracional, como se não percebesse o interesseiro por detrás do ritual. O mais engraçado nessa história é que o cristão se sente bem e com as contas em dia deixando Deus por último na sua semana e no seu dia, sempre em segundo plano quando entra em questão o conforto e o prazer pessoal - "antes mais um tempo de sono do que de Deus", ou melhor: "mais um tempo comigo sendo meu deus" -, um tempo com O Criador fica pros últimos minutos do dia, isso quando fica... ou apenas para o domingo, "se não estiver frio demais para ir ao culto" - ou: "se EU não estiver muito frio para ir ao culto". Como pode! Damos nosso pior para Deus e cremos que está tudo bem... isso é desprezo! Damos "vazio" para Deus e queremos que Ele nos seja bom!
Por fim, vamos ao livro de Malaquias, que é magnífico. Deus mostra-se muito mais consciente e criterioso do que estamos acostumados a conceber, analise a razão maravilhosa da passagem, a começar nos versículos 6-14 do primeiro capítulo:
"O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o meu temor? diz o SENHOR dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que nós temos desprezado o teu nome?
Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do SENHOR é desprezível.
Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o SENHOR dos Exércitos.
Agora, pois, eu suplico, peça a Deus, que ele seja misericordioso conosco; isto veio das vossas mãos; aceitará ele a vossa pessoa? diz o SENHOR dos Exércitos.
Quem há também entre vós que feche as portas por nada, e não acenda debalde o fogo do meu altar? Eu não tenho prazer em vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão. Mas desde o nascente do sol até ao poente é grande entre os gentios o meu nome; e em todo o lugar se oferecerá ao meu nome incenso, e uma oferta pura; porque o meu nome é grande entre os gentios, diz o SENHOR dos Exércitos.
Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é impura, e o seu produto, isto é, a sua comida é desprezível. E dizeis ainda: Eis aqui, que canseira! E o lançastes ao desprezo, diz o SENHOR dos Exércitos; vós ofereceis o que foi roubado, e o coxo e o enfermo; assim trazeis a oferta. Aceitaria eu isso de vossa mão? diz o SENHOR.
Pois seja maldito o enganador que, tendo macho no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor o que tem mácula; porque eu sou grande Rei, diz o SENHOR dos Exércitos, o meu nome é temível entre os gentios."

Temos Deus com menos honra com que ao nosso vizinho. Damos o nosso pior para Deus, mesmo tendo como dar o melhor, assim O temos como depósito de refugo. Nós, Seus filhos, o mostramos ao mundo com desonra, O desvalorizamos, profanamos o Seu nome e O fazemos objeto de deboche! Vou explicar melhor: o sacrifício defeituoso é fruto de mero legalismo: "já que Deus assim quer, tenho que dar, pra não irá-Lo. Melhor se não quisesse!", parece o pensamento geral. "Já que obrigação e eu me considero como deus, então vou dar ao Pai algo que não me custe nada, algo sem valor algum pra mim, escória, assim lucro e Deus, que, no fundo, não creio existir, não se importará." Os hebreus dos dias de Malaquias davam para Deus aquilo que não lhes tinha valor, a ovelha que não era boa para comer, que logo morreria ou que não daria boas crias, indicando o quão pouco eles O valorizavam, o quanto O desprezavam. Da mesma forma nós, quando damos o pior - e menor - do nosso tempo - e sua qualidade -, o pior de nossas habilidades, de nosso louvor, de nossa entrega, colocando Deus por último e numa posição em que, segundo nosso egoísmo, não teremos prejuízo algum, explicitamos nosso desprezo para com o Pai, e quanto Ele não tem relevância em nossa vida, sendo idólatras em nós mesmos - e ninguém pode servir a dois senhores, Mateus 6:24. Pensamos que conseguimos trapacear e enganar Deus, mas, como Ele não é bobo, quem se quebra somos nós mesmos, já que Ele nos larga de mão e deixa-nos seguir em nossas veredas de mentira e enganação.
-Veja bem: Davi, em 2 Samuel 24: 21-25, negou-se a dar algo sem valor algum para Deus, fez questão de pagar um preço, como oferta de temor, amor e gratidão! Temos de diminuir em nós mesmos, afim de valorizarmos mais a Deus, não ter em em Deus uma ferramenta de auto-valorização! Leia sobre o fariseu e o publicano em Lucas 18:10-14: você busca a Deus com base em real devoção e amor por Ele ou fomentando o amor próprio, enveredando-se no narcisismo?-

"Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós. Se não ouvirdes e se não propuserdes, no vosso coração, dar honra ao meu nome, diz o SENHOR dos Exércitos, enviarei a maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e também já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.
Eis que reprovarei a vossa semente, e espalharei esterco sobre os vossos rostos, o esterco das vossas festas solenes; e para junto deste sereis levados." (Almeida) / "Por causa de vocês eu vou destruir a sua descendência; esfregarei na cara de vocês os excrementos dos animais oferecidos em sacrifício em suas festas e lançarei vocês fora, juntamente com os excrementos." (NVI)
HONRA! COMPROMISSO! CARÁTER!! Onde estão os cristãos verdadeiros?! Se você dá o seu pior à Deus, achando que pode enganá-Lo, o que espera como retorno?! Se você lança ESTERCO para Deus, o que quer que Ele faça?! Você desonra terrivelmente o nome de Deus em tua vida e no testemunho aos outros. Você crê que Deus é cego o suficiente para confundir esterco com mel? Então por que O dá esterco, esperando que Ele se agrade?! Veja mais na passagem 2:13-14
"Há outra coisa que vocês fazem: Enchem de lágrimas o altar do Senhor; choram e gemem porque ele já não dá atenção às suas ofertas nem as aceita com prazer. E vocês ainda perguntam: "Por quê? " É porque o Senhor é testemunha entre você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo matrimonial."

3:7-8
"Desde o tempo dos seus antepassados vocês se desviaram dos meus decretos e não os obedeceram. Voltem para mim e eu voltarei para vocês", diz o Senhor dos Exércitos. "Mas vocês perguntam: ‘Como voltaremos? ’
"Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que te roubamos? ’ Nos dízimos e nas ofertas."
"Como roubo de Deus?" Ora, se Ele te fez ser tudo o que tu é, se Ele te deu tudo o que tu tem, querem privá-Lo de tudo o que Ele, por honra e mérito merece, é roubo! Se Ele te fez inteligente ou te deu grande sustento, e tu usa de desculpas de privar-se dEle para ter mais tempo para estudar ou ganhar dinheiro, então está tentando roubar de Deus aquilo que Ele te deu!! Mal agradecido, traidor, víbora! Mateus 3:7-8; Mateus 7:21; Mateus 12:34.
3:13-14
"Vocês têm dito palavras duras contra mim", diz o Senhor. "Ainda assim perguntam: ‘O que temos falado contra ti? ’
"Vocês dizem: ‘É inútil servir a Deus. O que ganhamos quando obedecemos aos seus preceitos e andamos lamentando diante do Senhor dos Exércitos?"
Quem diz isso? Como o diz? Qualquer um que, conhecendo a Deus, vê na prática do mal algo mais lucrativo e urgente do que a boa conduta cristã, afirma, com todas as letras: "é inútil servir a Deus, é mais viável viver na desobediência!" E ainda questiona: "Deus, que te tenho feito?", achando que está tudo bem, bastando pedir perdão... Mas Deus vê o coração, o perdão com base no desejo de pecar mais Ele repudia, veja Oséias 6:1-6:
"Venham, voltemos para o Senhor. Ele nos despedaçou, mas nos trará cura; ele nos feriu, mas sarará nossas feridas. Depois de dois dias ele nos dará vida novamente; ao terceiro dia nos restaurará, para que vivamos em sua presença.
Conheçamos o Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera que regam a terra. "
"Que posso fazer com você, Efraim? Que posso fazer com você, Judá? Seu amor é como a neblina da manhã, como o primeiro orvalho que logo evapora. Por isso eu os despedacei por meio dos meus profetas, eu os matei com as palavras da minha boca; os meus juízos reluziram como relâmpagos sobre vocês. Pois desejo misericórdia, não sacrifícios, e conhecimento de Deus em vez de holocaustos."
Deus não está de brincadeira! Não quer brincar de "esconde-esconde", ou melhor: "peca-perdoa-peca". Quem vive dessa forma também está zombando de Deus, do sacrifício de Cristo, de Seu amor!! DEUS VÊ O CORAÇÃO!! Quem usa de Deus e do sacrifício de Cristo apenas como ferramenta de conforto psicológico para mais pecado, que usa Deus como algo para ser consumido, adaptado, objeto de crescimento pessoal, na verdade se coloca acima dEle, como sendo o seu deus. Sim, isso está dentro dA Ofensa, e Deus tem uma resposta à altura, vide Ezequiel 28:6-9:
" ‘Por isso, assim diz o Soberano Senhor: " ‘Porque você pensa que é sábio, tão sábio quanto um deus, trarei estrangeiros contra você, das mais impiedosas nações; eles empunharão suas espadas contra a sua beleza e a sua sabedoria e traspassarão o seu esplendor fulgurante. Eles o farão descer à cova, e você terá morte violenta no coração dos mares. Será que então você dirá: "Eu sou um deus" na presença daqueles que o matarem? Você será tão-somente um homem, e não um deus, nas mãos daqueles que o abaterem."
Deus não quer ser usado! Também não quer minha falsidade, minha hipocrisia, meu ritual, minha malícia. Que fique claro! Deus criou-nos para um RELACIONAMENTO, não um jogo de trocas, comércio, manipulação. Ele só irá te aceitar se você demonstrar interesse em ser Seu amigo -e em tê-Lo como teu Senhor- e, para tal, precisa buscar a disciplina naquilo que sabe que O agrada, por mais doloroso que seja, precisa buscar santidade, pois Ele é santo, precisa seguí-Lo de coração! Isso é assunto de grande relevância desde o Antigo Testamento, veja em 1 Samuel 15: 22-23 (1), Salmos 40: 6-8 (2), Salmos 51:16-17 (3) e Salmos 69:30-31 (4):
(1) "Samuel, porém, respondeu: "Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros. Pois a rebeldia é como o pecado da feitiçaria, e a arrogância como o mal da idolatria. Assim como você rejeitou a palavra do Senhor, ele o rejeitou como rei"."
(2) "Sacrifício e oferta não pediste, mas abriste os meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelo pecado, não exigiste. Então eu disse: Aqui estou! No livro está escrito a meu respeito. Tenho grande alegria em fazer a tua vontade, ó meu Deus; a tua lei está no fundo do meu coração."
(3) "Não te deleitas em sacrifícios nem te agradas em holocaustos, se não eu os traria. Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás."
(4) "Louvarei o nome de Deus com cânticos e proclamarei sua grandeza com ações de graças; isso agradará o Senhor mais do que bois, mais do que touros com seus chifres e cascos."
Em Gênesis 4:3-5 mostra que Deus se agradou mais de Abel por oferecê-Lo o seu melhor, um primogênito de seu rebanho, que criara e no qual se apegara desde filhote, enquanto Caim deve ter arrancado uma planta qualquer no mato, que lhe custara menos tempo, investimento e amor. Abel demonstrou maior entrega, consideração, valorização, honra e temor perante Deus, por isso o Pai se aproximou mais dele, aquele que mais demonstrava interesse num relacionamento. Nós só seremos aceitos por Deus se desejarmos, de coração, estarmos com Ele, sendo como Ele quer, entregando-O como "sacrifício" o melhor de nosso tempo, nossas habilidades, recursos - não digo para dar ao seu pastor todo o seu dinheiro, isso é loucura, eu digo para estar disposto a ser o que Deus quer que seja e, para tal, use aquilo que Ele te deu, sem ganância, sem egoísmo. No final das contas, Paulo, aos Romanos, no capítulo 12, no versículo 1, deixa claro qual, na Nova Aliança, é o nosso melhor sacrifício para Deus: "Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês."
Para ter uma única noite com o rei, Ester se preparou por doze meses! E no dia esperado, não se travestiu em maquiagens e falsidade, mas apresentou-se assim como de fato era, sendo a que mais agradou Xerxes - Ester 2: 12, 15-17. O que temos feito nós, como Igreja, como Noiva de Cristo, enquanto esperamos - se é que esperamos - a sua vinda, como nosso Esposo? Temos nos preparado devidamente, com o melhor do nosso tempo, de nós mesmos, segundo o que Ele orientou? Ou, enquanto Ele está "longe", entrado em adultério com este mundo e seus poderes, não sendo mais a "virgem" por Ele esperada, mas uma "prostituta" que Ele deixará para trás? Pense nisso! Filipenses 2:12 - Paulo aos filipenses.
O que fazer, para ser sacrifício perfeito, santo e agradável? Buscar santidade, seguir compromissado! Como? Filipenses 3:13-14; 17; 21. 4:4-9:
"Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. / Irmãos, sigam unidos o meu exemplo e observem os que vivem de acordo com o padrão que lhes apresentamos. / Pelo poder que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos corpos humilhados, para serem semelhantes ao seu corpo glorioso."
"Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se! Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor. Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.
Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. Tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim, ponham-no em prática. E o Deus da paz estará com vocês."
Que nossa leitura da Palavra seja baseada no interesse, não em lucro pessoal, mas em conhecer mais de Deus! Que nossas orações sejam conversas com um amigo! Que nosso louvor seja, de fato, para Deus, não para nós!! Conversemos com Ele sem interesses, sem tentarmos impor nosso mundo e nossas condições, façamos com que Ele envolva o nosso mundo! Que tal mundo torne-se Ele!! O que Deus menos quer é frieza, desprezo, falta de temor. O que Ele mais quer é transparência, sinceridade, intimidade!! Tenhamos temor e amor pelo nosso maravilhoso Pai!!

Natanael Castoldi

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