Após uma série de postagens sobre vida cristã e antes de outras ainda, decidi escrever novamente sobre apologética, que é, de fato, a área do conhecimento cristão que mais me inspira, onde sinto, a cada novo achado arqueológico, geológico ou paleontológico, meu coração bater mais forte e minha fé fortalecida, já que vejo a verdade do Deus Criador ser reforçada e consolidada mediante um mundo que quer destruí-Lo mais por rebeldia e egoísmo do que por anseio de conhecer o que é verdadeiro. Esse artigo é fruto, primeiramente, de algo que encontrei por acaso enquanto vagava na internet, o que segue é a minha reflexão acerca de uma relativamente velha notícia.
A seguinte notícia circulou massivamente pelos meios de comunicação no final de março de 2008, cuja manchete dizia -e ainda diz: "Placa de 700 a.C. traz relato de 'destruição de Sodoma'" -leia-a aqui. A notícia da BBC Brasil (31/03/2008) relata que, no ano em questão, cientistas britânicos conseguiram decifrar os escritos cuneiformes de uma placa de argila datada de algo entorno de 700 a.C. e se depararam com o testemunho feito por um astrônomo sumério sobre a passagem de um asteróide na região onde residia. Essa placa foi encontrada em meados do século XIX por Henry Layard e fora nominada de Planisfério, porém seu conteúdo permaneceu nas sombras até a citada tradução. Alan Bond e Mark Hempsell, através de computação gráfica, reconstruíram o céu visto há milhares de anos e descobriram que o evento relatado é do dia 29 de junho de 3123 a.C. (calendário juliano). Segundo eles, metade do tablete informa sobre a posição dos planetas e das núvens no dia do evento e a outra metade relata a trajetória do objeto em questão - que deveria ter cerca de um quilômetro de diâmetro. Obs: percebo que a datação se encaixa no período provável da existência das antiquíssimas cidades do período dos patriarcas e, também, o quanto os nossos ancestrais tinham um conhecimento assombroso de astronomia, o que parece ir contra a teoria predominante de que viemos de homens extremamente rudimentares.
A notícia segue: Mark Hempsell diz que, pelo tamanho do objeto e pela rota que ele traçou, é provável que seja aquele que se chocou contra os Alpes Austríacos, na região de Köfels, onde há indícios de um grandíssimo deslizamento de terra. Não há uma cratera para esse asteróide, que, segundo os pesquisadores, voou rente ao chão, deixando um rastro de destruição e, só então, se chocou à terra num golpe cataclísmico. Tal asteróide teria produzido uma bola de fogo de até 400 ºC e devastado uma área de cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados. O pesquisador credita a descrição bíblica da destruição de Sodoma e Gomorra -Gênesis 18:20 - 19- ao evento em questão, devido às semelhanças entre as descrições - cidades cuja existência já está confirmada desde a década de 70, quando G. Pettinato e P. Matthiae divulgaram o que acharam na década de 60 nas ruínas de Ebla, a maior cidade síria em 3 mil a.C: entre 17 mil tabletes cuneiformes, havia um que citava em ordem as mesmas cinco cidades de Gênesis 14:2-8, dando ênfase à Sodoma e Gomorra. Isso entra em concordância com outro achado nas margens do Mar Morto: camadas de metros de cinzas, que indicam uma imensa catástrofe envolvendo chamas - leia aqui. A notícia termina dizendo que a interpretação bíblica para este evento é um juízo de Deus sobre a imundície moral dos habitantes dessas cidades.
Eu acho isso tão engraçado! Após uma série de fortíssimas evidências de que a Bíblia está certa e de que Deus verdadeiramente está trabalhando, consideram que a Bíblia "apenas relata" uma "interpretação" dos fatos, dizendo que, embora ela fale de algo que aconteceu, precipitou-se ao afirmar os motivos desse ocorrido. Ao ler essa notícia -e conceber isso- comecei a refletir sobre a malícia, a maldade por detrás do pensamento cético acerca das evidências da veracidade bíblica e da existência de Deus: se não existe nenhuma evidência arqueológica ou de qualquer natureza, então, automaticamente o relato bíblico é fraudulento, mitológico, e se encontram alguma evidência arqueológica ou de qualquer natureza acerca da ocorrência de um evento bíblico, então a Bíblia apenas "interpretou", já que o evento passa a ser explicável com base em causas totalmente naturais. Ou seja: sem evidência, não aconteceu; com evidências, então não foi Deus, porque a natureza pode tê-lo promovido. Quanta desonestidade!! Os céticos são geniais ao se utilizarem de um mecanismo assim, pois, dessa forma, nunca, jamais, poderão alegar a existência de Deus. A mesma coisa estão fazendo massivamente acerca das 10 Pragas do Egito e da travessia do Mar Vermelho -Êxodo 7-11; 13-15-, pois havendo uma explicação natural para a vinda de dez terríveis pragas consecutivas para destruir a nação egípcia e a passagem de mais de dois milhões de homens pelo meio do mar, eles apelam para a casualidade, como se fosse provável tão grande número de coincidências. Segundo eles, esses eventos, por serem naturalmente explicáveis, de fato aconteceram, mas os outros todos - que, se os citados foram reais, também deveriam ter sido -, como a abertura do Rio Jordão por Josué -Josué 1-, são tidos como mitos, porque "não possuem explicação natural". De repente somos nós, os de hoje, que têm o poder para determinar a verdade dos antigos?! É fácil estabelecer um padrão de verdade segundo nossos anseios e necessidades e julgar os fatos históricos com base nesse tendencioso padrão.
O problema dos céticos nessa questão é que se esquecem de que o mesmo Deus que promoveu os milagres que eles alegam terem sido frutos da casualidade e ação da natureza, é o Deus que criou toda essa tal natureza e que, por conseqüência, pode ter se utilizado da matéria que Ele mesmo criou para destruição ou salvação. O relato da destruição de Sodoma e Gomorra fala de fogo literal, não espiritual, logo, se foram encontradas evidências naturais desse tal fogo, não estão alegando nada menos do que a ação de Deus nesse evento em questão. E que ação!! Deus queria destruir Sodoma e Gomorra e, com um toque de Seu poder, devastou com uma bola de fogo uma região de aproximadamente 1 milhão de quilômetros quadrados, cozinhando-a à 400 ºC e fazendo uma nuvem de fumaça chegar-se até o Egito. Parece coincidência demais com o relato bíblico para que o evento tenha sido meramente natural. A questão é que, concebendo esse fato, temos de aceitar, ou pelo menos nos aproximar a isso, a existência real de Abraão, o que nos remete à descendência profética do patriarca que, de fato, chegou ao Egito por meio de Jacó, José e seus outros irmãos para, posteriormente, ter saído de lá por intermédio de Moisés, que foi o libertador dos hebreus com base nas 10 Pragas -verídicas- e na Travessia do Mar -também verídica. Concebendo verdade bíblica acerca das personagens e dos fatos de Abraão até Moisés, não nos custa muito creditar nos demais fatos e nas demais personagens. A questão é que, entendo a historicidade honesta e inquestionável das Escrituras, devemos também aceitar eventos totalmente sobrenaturais, como a destruição de Jericó -Josué 6-, comprovada pelas escavações de Kathleen Kenyon em 1950, datando-a como ocorria em 1550 a.C. ou, segundo Bryant G. Wood, 1410 a.C. O interessante é que no relato bíblico da destruição de Jericó temos a cananéia Raabe -Josué 6:17-, auxiliar dos espias hebreus, que está inclusa na genealogia de jesus -Mateus 1:5. Se formos ligando os pontos, com base nas evidências arqueológicas, logo temos que aceitar toda a narrativa bíblica e, como conseqüência, a existência de Deus - do Deus cristão.
Voltando ao evento da destruição de Sodoma e Gomorra, temos outro detalhe: como Moisés, que escreveu a Torá e, logo, o Gênesis, teria arranjado informações de milênios passados, de um povo e uma região que desconhecia, no meio do Êxodo? Como teria escrito, sem vastos estudos -talvez com base nalgum conhecimento obtido, como príncipe egípcio, nalguma escola faraônica- algo tão preciso sobre uma história, um povo e uma terra tão nebulosa para ele? O problema do cético é que ele se apega à pontos muitos superficiais quando quer desmanchar a verdade bíblica, pois o fato de o relato do Gênesis ter sido escrito não muito antes de um milênio e meio antes de Cristo, torna assombrosa a idéia de ter sido extremamente certeiro ao relatar algo ocorrido mais de mil e quinhentos anos antes dele. Isso, para mim, é uma evidência explícita da ação de Deus, que inspirou o grande profeta no momento em que escrevia aos hebreus, afim de fazer-lhes conhecer sua história e dar-lhes uma nova identidade. Então, desapegado da superficialidade, questiono: se Moisés acertou sobre Sodoma e Gomorra, por que estaria errado sobre os dias da Criação? Se há evidência da ação espiritual na confecção das Escrituras, por que não há de ter havido atividade espiritual nO Princípio? Então, estranhamente, eu uso da historicidade da queda de Sodoma e Gomorra como evidência de que o Universo fora criado!! O ateu precisa aprender a ligar todos os pontos, pois se Moisés recebeu essa informação precisa, sobre Sodoma e Gomorra, da parte de Deus, então é mais provável que fora Deus quem destruiu tais cidades e, também, é mais provável que foi Deus quem, de fato, deu origem ao Universo. Parece-me uma resposta bem decisiva!
Noutro dia constatei esse pensamento cético, de se apegar num único ponto para fundamentar todo o seu ceticismo, ao assistir um documentário no Discovery sobre o pensamento do andróide Stephen Hawking e suas novas idéias sobre a probabilidade da inexistência de Deus. Confesso que não entendi muito bem o que ele falou, pois tratava-se da "verdade" sobre o Universo ter surgido do Nada, com base na insana suposição de que existe algo como o oposto da matéria, a matéria negativa que, em equilíbrio com a matéria positiva, resultava em zero, alegando a possibilidade de a "matéria positiva" ter vindo do nada. Eu acho isso, embora provável matematicamente, um atentado à razão, pois é impossível que haja alguma matéria abaixo do nível zero de matéria, para ser "matéria negativa" - até porque "matéria negativa" é logicamente impossível. De qualquer forma, com base no seu raciocínio matemático, ele disse que Deus não existe - afirmando verdade naquilo que é mera teoria, já que nunca foi observado nem experimentado na prática. Desse ponto, apenas com base nisso, parece continuar havendo um empate técnico entre a idéia de Deus e de "não-Deus", com 50% de chances de cada lado estar certo, pois trata-se do Eterno, do simplesmente "ser ou não ser". O problema é que Hawking baseia seu presente ateísmo num único ponto, que é O Princípio, mas esquece de analisar todos os demais pontos dessa história, porque logo depois dO Princípio há a formação de um Universo extremamente complexo, mais bem ajustado do que qualquer circuito ou máquina que venhamos a construir, trabalho tão perfeito que exige a existência de um Projetista Perfeito - leia a postagem "Geocentrismo". Depois ele precisa vencer a barreira da Origem da Vida à partir da não-vida, o que é um absurdo - leia a postagem "Ilusão". Se não tropeçou, ele agora precisa entender se é possível haver uma evolução dos seres vivos sem o trabalho de um Zelador, de um Arquiteto por detrás de todo o processo - leia a postagem "Encontro inesperado". Se ele vencer essa barreira, ainda precisa tentar ligar o ponto acerca da colossal humanidade de que temos evidência no passado, aquela que contradiz a Teoria da Evolução, ao mostrar um ser humano desenvolvido demais para ter vindo de uma criatura rudimentar - leia a postagem "Ufologia?". Se ele conseguir explicar isso sem apelar para alienígenas, terá de explicar ceticamente o porquê de tantos relatos de demônios e criaturas sobrenaturais ao longo da história - leia a postagem "Bestiário". Se, ainda assim, ele permanecer de pé, terá de arranjar uma explicação para a natureza excepcional da Bíblia em relação aos demais livros - leia a postagem "Por que se opor?". Se ele ainda tiver fôlego, terá de explicar ceticamente toda a evidência histórica das Escrituras - leia a postagem "Espantosas letras". Se for possível que chegue até aqui, ainda não poderá dizer-se bem-sucedido, pois falta entender como a Bíblia, historicamente viável, é tão precisa em suas profecias - leia a postagem "Desafio profético". Para concluir, terá de explicar os próprios problemas acerca de seu ateísmo -leia a postagem "Perdidos no pântano". Se ele, por milagre, sair vitorioso, terá de se deparar, simplesmente, com a razão de Deus, que é inescapável - leia as postagens "Pelo que luto" e "Inescapável". O problema do cético é que se ele tropeçar num só desses pontos, então faz cair por terra todas as suas idéias, já que, por exemplo, não adianta creditar seu ateísmo à possibilidade de o Universo ter se originado casualmente, se todo o resto das evidências exige Deus. Pela Lei de Hess, há um número maior de fatos que necessitam de Deus do que o inverso, logo, a idéia de Deus vence. Não adianta se basear no número 100 se a contagem pára no número 1! Os céticos se fundamentam em evidências que, para existirem, sucederam eventos que necessitaram de Deus. Isso é extremamente ilógico!
A minha conclusão, com base em toda a gama de esferas do conhecimento que exigem a ação de Deus, é que, entre o "não-Deus" e O Deus nas Origens, fico com Deus, pois Ele foi necessário em momentos posteriores às tais Origens. Entre o "não-Deus" e O Deus no fato de Sodoma e Gomorra, eu fico com Deus, porque Ele fora necessário antes desse evento e se mostra evidente em eventos posteriores. Ligando TODOS os pontos, eu sou obrigado a reconhecer a ação de Deus!!
Para você continuar refletindo, vou introduzir a conclusão com outro evento bíblico interessante: Daniel 8 é tão certeiro em sua profecia, recebendo interpretação no próprio capítulo, que muitos historiadores negam-se a acreditar que o texto em questão fora escrito antes dos eventos ali profetizados, pois parecem-se mais com o relato posterior de uma testemunha, do que as predições de um profeta, tamanha é a precisão. Isso, de fato, assombra a todos os que leem esse e outros textos, como Isaías 53, que fala, explicitamente, de Jesus Cristo, principalmente quando se compreende que a os manuscritos foram escritos antes dos tempos para os quais profetizam. Daniel, por exemplo, é um dos livros do Antigo Testamento com maior respaldo arqueológico, a evidenciar ser anterior ao cumprimento dos dizeres de seu oitavo capítulo. A profecia de Daniel 8 cita, entre outras coisas, a ascensão dos gregos, a subjugar os persas, mas o livro só apresenta três palavras gregas, o resto se lê em hebraico e aramaico, o que mostra ser obra anterior ao predomínio da cultura e do alfabeto grego no Mundo Antigo. Há cópias inteiras do Livro de Daniel nos achados dos Manuscritos do Mar Morto, que o colocam, no mínimo, para antes do século II a.C. e, com a evidências lingüísticas, já que o aramaico do livro indica os dias do Exílio, o temos como original dos tempos de domínio babilônico e persa. Escavações em Ur, no templo de Nabonido, também trouxeram à luz uma personagem até então exclusivamente bíblica do livro de Daniel, de nome Belsazar. Entendendo, então, que tratamos de um livro anterior ao domínio grego, não podemos fugir da profecia e da existência de Deus, pois todo o relato de Daniel 8 consumou-se após os dias em que fora escrito:
Versículos 20-25: os medos e persas são representados pelo bode com dois chifres, este que dominava nos dias de Daniel. A Grécia, com um só governante potentíssimo, é representada pelo bode de um só chifre, que vêm rapidamente do Ocidente para derrubar a Medo-Pérsia. Não demora e o grande chifre se quebra e é substituído por 4 chifres menores, que o texto deixa claro serem 4 governantes a dividir o reino do primeiro, sendo eles mais fracos do que seu antecessor. Exatamente isso aconteceu com o império de Alexandre Magno: após sua morte, seus maiores generais dividiram seu império em quatro partes: o Egito e a Palestina para Ptolomeu I; a Síria e, em seguida, a Palestina, tomada de Ptolomeu, para Seleuco I; a Pérsia para Lisímacro e a Grécia e Macedônia para Cassandro. A profecia ainda diz que um desses reis destruiria o Povo Santo e foi o que aconteceu quando os selêucidas dominaram a Palestina entre 204 e 166 a.C., não tardando para desestimular o judaísmo e tornarem-se anti-semitas sob o governo de Antíoco Epifânio, que massacrou 40 mil judeus e, depois, entrou no Santo dos Santos e sacrificou uma porca, animal imundo aos olhos judaicos, no local mais sagrado de Israel, derramando seu sangue por todo o Templo e, em seguida, tornando-o um templo dedicado à Zeus. Vários costumes hebraicos acerca da Lei foram proibidos, inclusive a circuncisão - tudo isso foi desencadeando a famosa Revolta dos Macabeus.
Josefo, famoso historiador judeu, alega que no dia em que Alexandre Magno entrou vitorioso em Jerusalém o Sumo Sacerdote apresentou-lhe uma cópia do livro de Daniel, mostrando-o tal profecia, que naquele exato dia se via cumprida em parte. Diz-se que próprio Alexandre creu no que lia e, dizendo, considerou que tal livro, de fato, relatava a sua vindoura vitória definitiva sobre os persas, o que logo mais se cumpriu. Esse momento espetacular desenrolou-se aproximadamente 150 anos antes da suposta falsificação que é sugerida pelos críticos. Alexandre, de fato, parecia crer que o Deus de Israel estava levando-o à vitória, o que pode explicar o por quê dele ter privilegiado sobremaneira o povo hebreu, indo muito além dos privilégios dados a qualquer outro povo conquistado, por exemplo: privando-o do pagamento de impostos ao Império no Ano Sabático. Alexandre parecia reconhecer que, havendo uma profecia favorável à ele da parte do Deus de Abraão, deveria favorecer o Seu povo, afim de seguir próspero. O que o cético diz à respeito disso?!
Isso te parece suficiente? Então vou te dar mais uma carga de profecias cumpridas em Daniel, dessa vez o capítulo 2. Nabuscodonosor teve um sonho misterioso que apenas Daniel conseguiu interpretar, tratando de uma grande estátua feita de ouro, prata, bronze, ferro e barro. Vamos direto ao que se diz nos versículos 38-45: a "cabeça de ouro" representava o presente reinado de Nabucodonosor, a imagem da glória neobabilônica, repleta de vitórias militares, riquezas imensuráveis e esplendor. A Babilônia é representada como "cabeça de ouro" porque, de fato, era uma cidade abundante em ouro e riquezas e Nabucodonosor era o maior rei de seus dias. Mas esse reinado, disse Daniel, seria subjugado por outro, representado pelo "peito e os braços de prata" -versos 32 e 39-, que foi a Medo-Pérsia, "dois braços". A Medo-Pérsia ocupou mais espaço e durou mais tempo do que a Babilônia, assim como o "peito e os braços" são mais do que a "cabeça", mas foi feita de matéria inferior, "prata", o que se vê, de fato, ao concebermos que houve menos luxo e magnitude entre os persas do que entre os babilônicos, além de terem eles, os persas, cultura e ciência menos desenvolvidas, obrigando-os a adotar a cultura e o conhecimento babilônico. O "ventre e as pernas de bronze" -versos 32 e 39- representam a Grécia, vinda depois da Medo-Pérsia, para subjugá-la e, feito isso, conforme relata o verso 39, dominou o "mundo inteiro", ou melhor, o Mundo Antigo, tanto militar e politicamente, quanto culturalmente - o bronze pode se referir à indumetária de guerra dos gregos. As "pernas de ferro", que aparecem na seqüência, referem-se, nitidamente, ao Império Romano, que engoliu o mundo grego e dominava absoluto em seus dias de plenitude, mas a profecia também fala do dia em que esse reino seria divido ao meio, como foi com o Império Romano Ocidental e Oriental - uma metade, fraca, caiu nas mãos dos bárbaros e a outra, mais forte, prosseguiu no Oriente ainda por vários séculos. Roma, embora não exista mais como Império, sobrevive no Ocidente com o que veio das nações bárbaras, que, como os francos medievais, consideravam-se um Novo Império Romano, e, noutro âmbito, através da Igreja Católica Romana. De qualquer forma, a profecia ainda conta com a vinda de uma pedra a esmagar todos esses reinos - falamos de Cristo. A queda atual das potências ocidentais e a perda de poder da Igreja Católica parecem ser indícios da proximidade do cumprimento dessa maravilhosa profecia - essa é minha interpretação.
Há ainda outras profecias assombrosas no Antigo Testamento, mas parece-me suficiente terminar por aqui, afinal, assim como alfabetizamos nossos filhos e esperamos que depois eles leiam por conta própria, orientamos os céticos ao conhecimento correto e esperamos que eles, por sua própria vontade, o ampliem posteriormente. O que fica das passagens de Daniel e de Gênesis, no começo da postagem, é simples: se elas se comprovam pela evidência histórica, então a Bíblia é extremamente confiável historicamente e, se a Bíblia está adequada com a história, esses fenômenos proféticos e cataclísmicos só podem evidenciar a ação de Deus - isso é inquestionável!! Se eu parto desse ponto, então sou obrigado a reconstruir toda a minha compreensão das origens do Universo e da Vida com base na existência inviolável do Criador - ou partir da evidência desse Criador para creditar de maneira sólida os eventos cataclísmicos, proféticos e milagrosos da Bíblia como fruto de Sua ação, não do acaso. De qualquer forma, sempre, ligando todos os pontos, chegarei à verdade de Deus, pois não adianta discutir: com uma análise honesta sobre toda a plenitude da história natural e humana, não podemos fugir dO Pai. O cético e sua mídia tentam ignorar Deus, mas isso só é possível com base em "pura" e desonesta rebeldia. Hoje eu te escrevi isso para exortar-te a alimentar um verdadeiro senso crítico, que não aceita simplesmente porque alguns dizem e que não ignora apenas porque não quer crer e prefere ir na onda da maioria. Analise a plenitude das coisas, a plenitude das ciências, ligue todos os pontos, não só o que te convém. Einstein -físico e um dos maiores cientistas da história-, Pasteur -grande biólogo e químico nas áreas da medicina- e Francis Bacon -famoso filósofo- fizeram isso e, unanimemente, concluíram: “Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima." O filósofo Francis Bacon ainda leva isso à sua área de domínio: “Um pouco de filosofia leva a mente humana ao ateísmo, mas a profundidade da filosofia leva-a para a religião.” Isaac Newton, grande matemático e físico, após tê-lo feito, é determinante: "A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última descoberta." Assim como fez e concluiu Voltaire, o grande iluminsta: "É preciso tapar os olhos e o entendimento para pretender que não há nenhum desígnio na natureza; e se há desígnio, há uma causa inteligente, Deus existe." E por que não citar o maior astrônomo de nossa história, Galileu Galilei? Pois ele mesmo disse, pra quem pensa que ele era um ateu inimigo de Deus: "A Matemática é o alfabeto que Deus usou para escrever o Universo". Timothy Ferris, portanto, tem toda a razão ao afirmar que "o homem encontra a Deus detrás de cada porta que a ciência logra abrir." Não adianta tentar fugir, é tudo muito simples, como bem disse Fernando Pessoa, um dos maiores escritores portugueses, acerca do Pai: "Deus é o existirmos e isto não ser tudo". Realmente simples. Que isso tudo te faça refletir.
Natanael Castoldi
Leia também:
-Pandemia
-Simplicidade
-"Os Melhores Contos da Mitologia Cética"
-A Grande Mentira
-A Razão
-Sucessão religiosa
-Mente invertida
-Dor de cabeça
-Apologia ao suicídio
-Desespero
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crentelhos sempre pinçando oq convém e simplesmente ignorando todo o resto, e epopéia de gilgamesh, ai não conta né?
ResponderExcluirNão me venha com "crentelhos". No mais, tenho um artigo sobre isso no meu outro blog. Espero que leiahttp://entreomalhoeabigorna.blogspot.com.br/2013/09/o-antigo-testamento-originou-se-de.html!
ExcluirA única coisa que discordo é sobre a igreja católica ser um dos reinos que Cristo Irã destruir ,ora a igreja venceu as perseguições do império romano e ainda fez de Roma a sede visível da igreja, hoje ela Luta contra as ideologias anti cristãs,Não tem cabimento a sua interpretação, mas fora isso vc fez um grande trabalho.
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