Faz tempo que não falo do Apocalipse, não é? Creio que a evidência de que a Bíblia é, sem dúvida alguma, a Palavra Divina e de que, portanto, Deus existe, pode receber fartas contribuições da sua esfera de profecias infalíveis e absolutamente intrigantes. Os cristãos de hoje precisam entender que as Escrituras são uma verdade verificável e que a fé em Deus é gorda de fundamentos "científicos", podendo ser defendida em inúmeras áreas: astronomia, geologia, paleontologia, biologia em geral -química, física, matemática-, arqueologia -Bíblica e "Proibida"-, sabedoria sobre-humana -Provérbios e Evangelhos-, filosofia, psicologia -alma e experiências espirituais-, complexidade da assombrosa constituição dos textos sagrados e, como tido agora, cumprimento e perspectivas proféticas certeiras. De fato, quero usar de todas as ferramentas disponíveis para defender a fé, pois creio que a melhor forma de as pessoas pararem para refletir e se voltarem para Cristo está numa argumentação capaz de tornar o cristianismo coerente e verdadeiro aos seus olhos, naturalmente cegos pela ausência de inspiração e motivação promovida pelo Espírito Santo, João 10:26. As pessoas estão cansadas de ouvir sempre a mesma ladainha, desprovida de complexidade, desprovida de razão -aos seus olhos-, irrelevante, por falar de coisas que não conseguem entender! E é por isso que repudio o pensamento comum de que "a Bíblia não precisa ser defendida", como já ouvi algumas vezes por aí... é fácil para o cristão, que tem certeza por ter, de Cristo, recebido a sabedoria salvífica, abrir mão de uma abordagem coesa e válida perante os incrédulos, desprovidos de tal privilégio. O egoísmo, com base no comodismo de não destinar tempo, energia e recursos na obtenção de um conhecimento bíblico amplo, pleno, condizente com as realidades observadas e experimentadas em nosso mundo, tem custado um altíssimo preço... o preço do bom nome dos cristãos -tidos como ignorantes- e de almas perdidas com o deparar de um falso cristianismo, este ilógico e irracional, promovido por massas de crentes incultos. Acordemos!! No final das contas, esse enfraquecimento da Igreja faz parte dos Arautos do Fim...
No que segue, tratarei de tópicos para expressar o fato de que estamos na culminância das Profecias Finais, sem sensacionalismo ou apelação, mas com base numa análise honesta dos textos proféticos como os tenho interpretado e assim angariado certeza de que estamos no limiar do Apocalipse como a Bíblia o relata:
O problema: Mateus 24:34 é comumente usado pela crítica afim de afirmar que Jesus lançou profecias furadas, pois "já faz uns 2 mil anos que o Fim deveria ter acontecido". A questão, primeiramente, está na análise do versículo, sobre o que, de fato, significaria a expressão "geração" no contexto, referindo-se à uma era ou, necessariamente ao espaço de alguns décadas, que é o que creio. O que me parece claro é que o versículo não fala sobre o Fim na determinada geração de milênios atrás, mas, sim, no começo desse processo cataclísmico, com o princípio de todos os traços característicos do Apocalipse, mas não a sua culminância, pois, como diz o verso 36 desse mesmo capítulo: não temos conhecimento de data ou hora para o Dia do Senhor, acontecerá de modo súbito, sem estarmos esperando -2 Pedro 3:10- e, sem dúvida, se tivesse se consumado tudo e Cristo retornado com os apóstolos ainda em vida, esse aspecto seria burlado, pois eles, mais do que ninguém, mais do que nunca, esperavam ansiosamente a Segunda Vinda de Jesus com a certeza de que se daria enquanto ainda vivos. 2 Pedro 3:9 deixa claro o fato de que Deus, O Pai, está ampliando o tempo da estadia da humanidade pecadora nesse mundo por amor aos incrédulos, afim de dar-lhes mais chances de conhecê-Lo.
Peculiaridades apocalípticas de nossos dias:
É fato sabível que todas as gerações desde a ascensão de Cristo sentiam-se as últimas, as derradeiras e, também sabemos, todas as épocas, após escrito o livro de Apocalipse, sentiam-se em conformidade com as profecias e, logo, se viam como pertencentes aos Dias Finais. Isso é verdadeiro e, aparentemente, desanimador, pois podemos considerar que também erraremos caso creiamos que o fim pertence aos nossos dias e, por isso, não me arrisco a dizer que o mundo acabará em alguns anos, mas, por outro lado, as peculiaridades de nossa era, aptas a preencher lacunas que sempre existiram noutros tempos, parecem supôr que, de uma vez por todas, o Fim é uma perspectiva para as próximas décadas ou pouco mais de um século - não creio que as coisas persistirão para além desse período, pois o mundo, de modo inédito, parece estar ruindo em termos climáticos, ao lado de uma humanidade cada vez mais pobre de moral, força física e intelecto... vide o que se tem como arte hoje em relação ao que era valorizado há alguns séculos. O que seguem são alguns tópicos sobre essa questão:
-Tecnologia: nunca antes na história da humanidade o mundo se viu provido de um sistema inteligente que une inteiramente e sem interrupções todos os povos e pessoas -com acesso à internet. A comunicação imediata e ininterrupta reduz as distâncias, juntamente com a melhora dos meios de transporte, principalmente os aéreos, o conhecimento pleno da superfície terrestre tido pelos satélites e o sistema eficiente de estradas e veículos terrestres. O homem de séculos atrás poderia imaginar que o mundo estava chegando num limite de tecnologias, mas todos reconheciam que faltavam áreas desse mundo a serem dominadas e reconhecidas -nem ao menos possuíam eletricidade-, hoje, porém, no que se refere à crosta terrestre, nada resta - aviões tomam os céus, submarinos e sondas vasculham as profundezas dos mares, outras máquinas adentram o subsolo, todos os espaços da superfície do Oceano são cruzados por embarcações imensas e, quem diria, o mundo subatômico já se desmembra aos olhos dos computadores e nano-robôs. Todo o espaço entorno de nosso pequeno mundo se cerca de câmeras, umas voltadas para nossas casas e outras focadas no Universo das cercanias. Disso tudo, o mais impressionante, porém, é o fato de termos dominado rotas de matéria invisível para a troca de informações, por meio de ondas: rádio, sinais telefônicos, televisão, internet. Não há mais espaço curto! Em um dia você viaja para o outro lado do mundo e, em menos de um segundo, se conecta ao universo de toda e qualquer cultura, dentro do mundo cibernético - não parece haver mais muito o que inventar ou dominar, apenas sobrando o aperfeiçoamento.
Apocalipse 13:11-18, ao falar da Besta e do Governante Mundial, parece combinar com um mundo imerso em tecnologia e desprovido de fronteiras. João, ao escrever o livro inspirado, descreveu visões de coisas muito estranhas e, por serem estranhas e incomuns, teve que compará-las ou atribuir-lhes características de coisas que via e compreendia em seu contexto cultural e histórico. A descrição da Besta com "chifres, voz de dragão, poder de cura, capacidade de precipitar fogo do céu e aptidão de matar rebeldes" pode, muito bem, descrever uma máquina específica -ou uma série delas-, ou a própria representação da tecnologia, capaz de curar pelos avanços da medicina, rugir nas turbinas de aviões, com seus "dois chifres" laterais, ou "asas", e, no que se refere à guerra, desferir baterias de tiros ou bombardeios, afim de aniquilar todo o insurreto interceptado pelo intrincado sistema de controle e vigilância de um governo munido de sinais de rádio e internet, pela qual pode rastrear e vigiar indivíduos - os "gafanhotos" de Apocalipse 9:2-10 podem, se não demônios, significar maquias aéreas, nesse caso, helicópteros. É lógico que num clima de epidemias e pandemias, dentro de uma humanidade com a saúde mais fraca em todos os tempos -menos lapidada pelo sofrimento- e cujos medicamentos já não conseguem aniquilar certos tipos de vírus, o poder que dispôr dos serviços de saúde será supervalorizado e prestigiado.
A Besta também é responsável por inserir um sinal de identificação na testa ou na mão esquerda de todos os homens, coisa que também combina com a tecnologia atual, pois simplesmente tatuar um número não parece mecanismo eficiente de controle e, muito menos, moeda de compra e venda, mas hoje, com a internet, os cartões de crédito e as moedas globais, entendemos que o dinheiro não precisa mais encher as carteiras, não faltando muito para que um chip ou coisa do tipo, inserido debaixo da pele, venha a, sendo um mini-computador ligado à internet, servir-nos como um identificador -contento todos os nossos registros de identidade, pessoa física, nascimento e, é claro, o IP do próprio chip, ligando-nos constantemente a uma central- e moeda, pois substituiria os ditos cartões de crédito, dinheiro vivo... uma vez que, feita a aquisição, pela internet e um registo bancário, far-se-ia instantaneamente o débito - ou o depósito. A única forma, no final das contas, de tal trecho apocalíptico se resolver, é com a tecnologia, até porque essa ideia do chip é óbvia e inteligentíssima, principalmente para quem lidera, tanto que já vem sendo aplicada, de certo modo, em animais e, recentemente, em humanos, alicerçando uma tendência que se mostrará a melhor saída para as constantes crises econômicas em que mergulhamos como humanidade - lembre-se que, uma vez tornada essa a moeda, a quebrar barreiras monetárias e diferenças de valores entre cifrões, quem não aderir simplesmente não terá dinheiro e nem identificação. O mais interessante é que, pela primeira vez, os indivíduos poderão ser controlados constantemente, já que a ponte entre eles e uma central, um servidor do governo, estará inserida dentro da pele -e a possibilidade de se ligar à internet em qualquer lugar já é realidade. Tal sistema é semelhante a uma outra medida que em pouco tempo se efetuará: a colocação obrigatória de chips nos automóveis, que então poderão ser localizados pelos satélites em qualquer lugar. O número "666", dito no texto de Apocalipse, por sua facilidade de ser calculado, está em conformidade com o número da informática - levemos em conta que o 6 é o número atribuído ao homem dentro do judaísmo, que foi criado do sexto dia e é imperfeito diante de Deus, o 7, que é perfeito. O sistema do 666, portanto, é um sistema, primeiramente, criado e regido pelo homem.
Os versos 4-8 de Apocalipse 13 sugerem, antes de tudo, um governo mundial, já que toda a humanidade se curvará diante da Besta, do Grande Dragão. Ora, em primeiro lugar, diante de uma situação de calamidades climáticas, crises econômicas, fracassos políticos e guerras, o clamor por um líder mundial será quase que unânime -um prévia disso tivemos com a adoração de Baraque Obama enquanto concorria para a presidência, uns até o declararam como "o líder que o mundo precisa". O primeiro passo para unir o mundo é constituir uma moeda global -o dito chip-, como já vem sido feito aos poucos com os blocos econômicos, outro fator importante está no construir uma "aldeia global", fazer do mundo uma cultura, uma nação e, para tal, vem a mídia nas revistas, jornais, internet, rádio e televisão, pregando e martelando informações e idéias convenientes, além de promover a aniquilação das individualidades regionais, servindo o mundo inteiro dos mesmos conceitos, nivelando todos ao mesmo pensamento. As tecnologias de aproximação, ao encurtar distâncias e romper fronteiras, também promoverão esse pensamento de "comunidade global" e, como conseqüência, um líder será incumbido de governar essa tal comunidade -assim como a UE possui um presidente. Não é difícil imaginar que o mundo já é governado por poucas pessoas, de duas espécies: os donos dos maiores bancos internacionais, que alimentam todos os governos e indústrias multinacionais, e os detentores da informação mundial, que recebem todas as informações de nações, indústrias e, inclusive, dos bancos - o Google tem como objetivo absorver todo o conhecimento do mundo, o que inclui detalhes sobre as pessoas, controlando o que fazem na internet, recebendo informações pelas redes sociais... tendo acesso à arquivos do governo? Quero acreditar que não. É óbvio que quem controla o dinheiro e a informação domina nosso planeta e está acima, em termos de influência, dos governos, sendo, tecnicamente, líderes mundiais e, certamente, esses homens não somam mais de cem pessoas.
-Filosofia: de modo inédito, a humanidade procura a "paz mundial" e é com esse pensamento que o Fim se dará -1 Tessaloniceses 5:3. O movimento hippie, as marchas pela paz, o massivo incentivo da mídia pelo cessar das violências, tudo isso se enquadra na previsão de um mundo no limiar do caos. A idéia de "segurança", tida no versículo, se tornará plena durante o Governo Mundial, quando todos os indivíduos terão o chip -que não conseguirão retirar- e poderão ser rastreados em qualquer lugar e a qualquer momento, portanto, todos os criminosos serão rapidamente identificados, encontrados e punidos - isso se o próprio mecanismo inserido na pele não vier com alguma ferramenta de punição instantânea, através da liberação de ondas ou substâncias que venham a perturbar o cérebro. É lógico que haverá "paz e segurança", o que a humanidade hoje tanto deseja, mas tudo não passará do "pacífico" cochilo da fera selvática, que acorda de súbito e parte para a caçada, rejuvenescida.
A idéia, hoje, é que a humanidade se torne uma só, o pensamento pós-moderno prega que todas as religiões são iguais, que todos estão certos, que ninguém pode julgar ou ofender o próximo, tudo deve ser tido com aceitação, afim de nos tornarmos, como humanidade, uma "única família". Essa é a filosofia vigente, repleta de humanismo e, por meio da tecnologia, poderá consolidar seu predomínio.
Medidas estão sendo tomadas para que se evite a disciplina dos pais nos filhos, com o título de "luta contra a violência", com o intuito, segundo prega a psicologia, de se evitarem "traumas e futuros adultos violentos". É lógico que o problema real está nos pais que agridem as crianças, não nos que disciplinam com amor, e o fato é que tal oposição à boa disciplina física já tem constituído uma geração de pequenos totalmente insubmissos, que não discernem autoridades, que não respeitam os pais ou qualquer adulto. Desde a revolução sexual, principiada na década de 60, a juventude tem trabalhado na luta contra as instituições e autoridades, buscando quebrar toda as regras e sensos de moral, numa luta suicida por liberdade plena e o saciar dos prazeres, mas o problema é que hoje essa postura não se trata apenas de um levante, já é parte da cultura, tradição, marca registrada e direito inescusável dos jovens que, com respaldo da família -se não houver incentivo no lar, simplesmente desobedecem em rebeldia-, se lançam numa vida de libertinagem, vulgaridade e promiscuidade, regada à vícios e sexo, coisa que, ao lado da desobediência e desonra aos pais, é inédita -em tal intensidade- na história do mundo, fazendo valer, como nunca, o assombroso texto de 2 Timóteo 3:1-5, realidade quase que inimaginável aos antigos. Tal texto se fortalece quando lembramos do humanismo, antropocentrismo de nossos dias, também resulta num abandono do casamento, já que cada um quer trilhar seu próprio caminho, sem se "prender", aumentando o número de divórcios -vide 1 Timóteo 4:3-, fazendo esfriar o amor verdadeiro pelos próximos, com relacionamentos baseados em interesses e lucro -o amor também se esfria com relacionamentos "online", vide a expressão "sem afeto natural", do verso 3- e, veja só, o versículo 5 é a face do homem pós-moderno: bem vestido, de banho tomado e cabelo penteado, um sorriso no rosto e aparência amistosa, critico da intolerância, do retrógrado, da tirania, da violência e desigualdade, também não é agressivo, aparentemente uma "boa pessoa", mas, no fundo, é cruel, criticando apenas de boca, em hipocrisia, pois, no comodismo, nada, de fato, quer fazer, também gasta mais em futilidades do que em investimento na vida dos que padecem de privações, tornando-se uma espécie de assassino, já que, sabendo que muitos morrem de fome, frio ou doenças, permanece omisso, investido seu tempo, energia e recursos em seu próprio prazer - para tal, não abrindo mão da traição, calúnia e rebeldia, segundo os versos 3 e 4. É uma era regida pela mentira -1 Timóteo 4:2! O fim, como nunca, está próximo!!
-Apostasia: o descrédito para com a fé cristã, crescente em nossos dias, também é uma evidência do Fim, conforme a própria Palavra relata. A forma como a ciência tem sido dogmatizada e a fé cristã, maliciosamente, atacada como anticientífica e ilógica é uma mostra o espírito anticristão que se ergue. Igrejas escandalosas, como a Igreja Universal do Reino de Deus, pela ganância, corrupção, manipulação e mentiras escancaradas, têm ajudado a manchar o nome do cristianismo que, então, é desconsiderado científica e moralmente, equivalendo, aos olhos céticos, a uma doença para a sociedade. A forma como a fé cristã tem sido zombada e a aceitação geral dessa zombaria, como é com as músicas e a postura da tal de Lady Gaga, é outra mostra de quão grande está o destemor de Deus no mundo inteiro, para o qual é servido esse senso anticristão através da mídia mundial. De modo inédito na história, o cristianismo parece estar morrendo - alguns, inclusive, consideram que já vivemos uma era "pós-cristã", algo alarmante. O ateísmo e o paganismo têm crescido, juntamente com o islamismo, num duro embate ideológico e político com o cristianismo, cujos adeptos estão cada vez menos dispostos a seguir coerentemente e defender veementemente. Finalmente, a própria Igreja, enquanto perde crédito e membros, está dormindo. No final das contas, é tudo uma conseqüência do pensamento geral: se toda a humanidade é uma única família, todas as religiões devem ser respeitadas e igualadas, mas o cristianismo, com sua postura exclusivista, se opõe, torna-se um "mal" que precisa ser descartado, para o "bem" geral. Se a humanidade, unida como uma só, é capaz de fazer coisas maravilhosas e resolver os seus problemas, também não precisa de Deus... é o que dizem. Isso é fruto do humanismo, que também tem engessado muitos cristãos, acomodados e egoístas. Se o Governo Mundial, segundo afirma Apocalipse 13:5-6, for um declarado inimigo dO Criador e adorador do homem -666-, nenhum momento da história se faz tão pertinente quanto o nosso! 1 Timóteo 4:1 e Mateus 25:1-13 falam, respectivamente, de um crescimento absurdo da apostasia -abandono da fé- e da desistência de muitos cristãos, que cansam de esperar o retorno "demoradíssimo" de Cristo, coisa visível hoje - e quase impossível no princípio da Era Cristã, pois ninguém estava desesperançoso no retorno de Jesus, cansado de esperar, pelo contrário!
Lucas 17:26-37 pinta um quadro do Final dos Tempos: os homens estarão vivendo 'como' se nada de estranho estivesse acontecendo, poucos estarão esperando pela vinda de Cristo e as coisas seguirão numa espécie de normalidade, dentro um mundo tão sujo e perverso quanto o fora nos insuportáveis dias de Noé. Justamente nos nossos dias, pela primeira vez na história, a maioria dos homens cansou da crença em Jesus e decidiu deixar de esperá-Lo, vivendo, segundo a filosofia do carpe diem, somente o hoje, "como se não houvesse amanhã - imediatismo em nome do prazer absoluto. Tudo com respaldo religioso, com base em filosofias pagãs revividas, afim de suprir a espiritualidade individualista e confortável almejada atualmente - o xamanismo tem se levantado como uma religião boa e amiga da "Mãe Natureza", com potencial de unir a humanidade entorno da amada Terra e é aqui que posso interpretar a Besta de Apocalipse 13:11-15 como um grande sacerdote pagão, vestindo roupas cerimoniais e provido de poderes espirituais para curar, matar e persuadir, conforme expressei na postagem "Presságio" - revise o primeiro verso de 1 Timóteo 4, reconhecendo a expressão "doutrinas de demônios".
Apocalipse 13:11-18, ao falar da Besta e do Governante Mundial, parece combinar com um mundo imerso em tecnologia e desprovido de fronteiras. João, ao escrever o livro inspirado, descreveu visões de coisas muito estranhas e, por serem estranhas e incomuns, teve que compará-las ou atribuir-lhes características de coisas que via e compreendia em seu contexto cultural e histórico. A descrição da Besta com "chifres, voz de dragão, poder de cura, capacidade de precipitar fogo do céu e aptidão de matar rebeldes" pode, muito bem, descrever uma máquina específica -ou uma série delas-, ou a própria representação da tecnologia, capaz de curar pelos avanços da medicina, rugir nas turbinas de aviões, com seus "dois chifres" laterais, ou "asas", e, no que se refere à guerra, desferir baterias de tiros ou bombardeios, afim de aniquilar todo o insurreto interceptado pelo intrincado sistema de controle e vigilância de um governo munido de sinais de rádio e internet, pela qual pode rastrear e vigiar indivíduos - os "gafanhotos" de Apocalipse 9:2-10 podem, se não demônios, significar maquias aéreas, nesse caso, helicópteros. É lógico que num clima de epidemias e pandemias, dentro de uma humanidade com a saúde mais fraca em todos os tempos -menos lapidada pelo sofrimento- e cujos medicamentos já não conseguem aniquilar certos tipos de vírus, o poder que dispôr dos serviços de saúde será supervalorizado e prestigiado.
A Besta também é responsável por inserir um sinal de identificação na testa ou na mão esquerda de todos os homens, coisa que também combina com a tecnologia atual, pois simplesmente tatuar um número não parece mecanismo eficiente de controle e, muito menos, moeda de compra e venda, mas hoje, com a internet, os cartões de crédito e as moedas globais, entendemos que o dinheiro não precisa mais encher as carteiras, não faltando muito para que um chip ou coisa do tipo, inserido debaixo da pele, venha a, sendo um mini-computador ligado à internet, servir-nos como um identificador -contento todos os nossos registros de identidade, pessoa física, nascimento e, é claro, o IP do próprio chip, ligando-nos constantemente a uma central- e moeda, pois substituiria os ditos cartões de crédito, dinheiro vivo... uma vez que, feita a aquisição, pela internet e um registo bancário, far-se-ia instantaneamente o débito - ou o depósito. A única forma, no final das contas, de tal trecho apocalíptico se resolver, é com a tecnologia, até porque essa ideia do chip é óbvia e inteligentíssima, principalmente para quem lidera, tanto que já vem sendo aplicada, de certo modo, em animais e, recentemente, em humanos, alicerçando uma tendência que se mostrará a melhor saída para as constantes crises econômicas em que mergulhamos como humanidade - lembre-se que, uma vez tornada essa a moeda, a quebrar barreiras monetárias e diferenças de valores entre cifrões, quem não aderir simplesmente não terá dinheiro e nem identificação. O mais interessante é que, pela primeira vez, os indivíduos poderão ser controlados constantemente, já que a ponte entre eles e uma central, um servidor do governo, estará inserida dentro da pele -e a possibilidade de se ligar à internet em qualquer lugar já é realidade. Tal sistema é semelhante a uma outra medida que em pouco tempo se efetuará: a colocação obrigatória de chips nos automóveis, que então poderão ser localizados pelos satélites em qualquer lugar. O número "666", dito no texto de Apocalipse, por sua facilidade de ser calculado, está em conformidade com o número da informática - levemos em conta que o 6 é o número atribuído ao homem dentro do judaísmo, que foi criado do sexto dia e é imperfeito diante de Deus, o 7, que é perfeito. O sistema do 666, portanto, é um sistema, primeiramente, criado e regido pelo homem.
Os versos 4-8 de Apocalipse 13 sugerem, antes de tudo, um governo mundial, já que toda a humanidade se curvará diante da Besta, do Grande Dragão. Ora, em primeiro lugar, diante de uma situação de calamidades climáticas, crises econômicas, fracassos políticos e guerras, o clamor por um líder mundial será quase que unânime -um prévia disso tivemos com a adoração de Baraque Obama enquanto concorria para a presidência, uns até o declararam como "o líder que o mundo precisa". O primeiro passo para unir o mundo é constituir uma moeda global -o dito chip-, como já vem sido feito aos poucos com os blocos econômicos, outro fator importante está no construir uma "aldeia global", fazer do mundo uma cultura, uma nação e, para tal, vem a mídia nas revistas, jornais, internet, rádio e televisão, pregando e martelando informações e idéias convenientes, além de promover a aniquilação das individualidades regionais, servindo o mundo inteiro dos mesmos conceitos, nivelando todos ao mesmo pensamento. As tecnologias de aproximação, ao encurtar distâncias e romper fronteiras, também promoverão esse pensamento de "comunidade global" e, como conseqüência, um líder será incumbido de governar essa tal comunidade -assim como a UE possui um presidente. Não é difícil imaginar que o mundo já é governado por poucas pessoas, de duas espécies: os donos dos maiores bancos internacionais, que alimentam todos os governos e indústrias multinacionais, e os detentores da informação mundial, que recebem todas as informações de nações, indústrias e, inclusive, dos bancos - o Google tem como objetivo absorver todo o conhecimento do mundo, o que inclui detalhes sobre as pessoas, controlando o que fazem na internet, recebendo informações pelas redes sociais... tendo acesso à arquivos do governo? Quero acreditar que não. É óbvio que quem controla o dinheiro e a informação domina nosso planeta e está acima, em termos de influência, dos governos, sendo, tecnicamente, líderes mundiais e, certamente, esses homens não somam mais de cem pessoas.
-Filosofia: de modo inédito, a humanidade procura a "paz mundial" e é com esse pensamento que o Fim se dará -1 Tessaloniceses 5:3. O movimento hippie, as marchas pela paz, o massivo incentivo da mídia pelo cessar das violências, tudo isso se enquadra na previsão de um mundo no limiar do caos. A idéia de "segurança", tida no versículo, se tornará plena durante o Governo Mundial, quando todos os indivíduos terão o chip -que não conseguirão retirar- e poderão ser rastreados em qualquer lugar e a qualquer momento, portanto, todos os criminosos serão rapidamente identificados, encontrados e punidos - isso se o próprio mecanismo inserido na pele não vier com alguma ferramenta de punição instantânea, através da liberação de ondas ou substâncias que venham a perturbar o cérebro. É lógico que haverá "paz e segurança", o que a humanidade hoje tanto deseja, mas tudo não passará do "pacífico" cochilo da fera selvática, que acorda de súbito e parte para a caçada, rejuvenescida.
A idéia, hoje, é que a humanidade se torne uma só, o pensamento pós-moderno prega que todas as religiões são iguais, que todos estão certos, que ninguém pode julgar ou ofender o próximo, tudo deve ser tido com aceitação, afim de nos tornarmos, como humanidade, uma "única família". Essa é a filosofia vigente, repleta de humanismo e, por meio da tecnologia, poderá consolidar seu predomínio.
Medidas estão sendo tomadas para que se evite a disciplina dos pais nos filhos, com o título de "luta contra a violência", com o intuito, segundo prega a psicologia, de se evitarem "traumas e futuros adultos violentos". É lógico que o problema real está nos pais que agridem as crianças, não nos que disciplinam com amor, e o fato é que tal oposição à boa disciplina física já tem constituído uma geração de pequenos totalmente insubmissos, que não discernem autoridades, que não respeitam os pais ou qualquer adulto. Desde a revolução sexual, principiada na década de 60, a juventude tem trabalhado na luta contra as instituições e autoridades, buscando quebrar toda as regras e sensos de moral, numa luta suicida por liberdade plena e o saciar dos prazeres, mas o problema é que hoje essa postura não se trata apenas de um levante, já é parte da cultura, tradição, marca registrada e direito inescusável dos jovens que, com respaldo da família -se não houver incentivo no lar, simplesmente desobedecem em rebeldia-, se lançam numa vida de libertinagem, vulgaridade e promiscuidade, regada à vícios e sexo, coisa que, ao lado da desobediência e desonra aos pais, é inédita -em tal intensidade- na história do mundo, fazendo valer, como nunca, o assombroso texto de 2 Timóteo 3:1-5, realidade quase que inimaginável aos antigos. Tal texto se fortalece quando lembramos do humanismo, antropocentrismo de nossos dias, também resulta num abandono do casamento, já que cada um quer trilhar seu próprio caminho, sem se "prender", aumentando o número de divórcios -vide 1 Timóteo 4:3-, fazendo esfriar o amor verdadeiro pelos próximos, com relacionamentos baseados em interesses e lucro -o amor também se esfria com relacionamentos "online", vide a expressão "sem afeto natural", do verso 3- e, veja só, o versículo 5 é a face do homem pós-moderno: bem vestido, de banho tomado e cabelo penteado, um sorriso no rosto e aparência amistosa, critico da intolerância, do retrógrado, da tirania, da violência e desigualdade, também não é agressivo, aparentemente uma "boa pessoa", mas, no fundo, é cruel, criticando apenas de boca, em hipocrisia, pois, no comodismo, nada, de fato, quer fazer, também gasta mais em futilidades do que em investimento na vida dos que padecem de privações, tornando-se uma espécie de assassino, já que, sabendo que muitos morrem de fome, frio ou doenças, permanece omisso, investido seu tempo, energia e recursos em seu próprio prazer - para tal, não abrindo mão da traição, calúnia e rebeldia, segundo os versos 3 e 4. É uma era regida pela mentira -1 Timóteo 4:2! O fim, como nunca, está próximo!!
-Apostasia: o descrédito para com a fé cristã, crescente em nossos dias, também é uma evidência do Fim, conforme a própria Palavra relata. A forma como a ciência tem sido dogmatizada e a fé cristã, maliciosamente, atacada como anticientífica e ilógica é uma mostra o espírito anticristão que se ergue. Igrejas escandalosas, como a Igreja Universal do Reino de Deus, pela ganância, corrupção, manipulação e mentiras escancaradas, têm ajudado a manchar o nome do cristianismo que, então, é desconsiderado científica e moralmente, equivalendo, aos olhos céticos, a uma doença para a sociedade. A forma como a fé cristã tem sido zombada e a aceitação geral dessa zombaria, como é com as músicas e a postura da tal de Lady Gaga, é outra mostra de quão grande está o destemor de Deus no mundo inteiro, para o qual é servido esse senso anticristão através da mídia mundial. De modo inédito na história, o cristianismo parece estar morrendo - alguns, inclusive, consideram que já vivemos uma era "pós-cristã", algo alarmante. O ateísmo e o paganismo têm crescido, juntamente com o islamismo, num duro embate ideológico e político com o cristianismo, cujos adeptos estão cada vez menos dispostos a seguir coerentemente e defender veementemente. Finalmente, a própria Igreja, enquanto perde crédito e membros, está dormindo. No final das contas, é tudo uma conseqüência do pensamento geral: se toda a humanidade é uma única família, todas as religiões devem ser respeitadas e igualadas, mas o cristianismo, com sua postura exclusivista, se opõe, torna-se um "mal" que precisa ser descartado, para o "bem" geral. Se a humanidade, unida como uma só, é capaz de fazer coisas maravilhosas e resolver os seus problemas, também não precisa de Deus... é o que dizem. Isso é fruto do humanismo, que também tem engessado muitos cristãos, acomodados e egoístas. Se o Governo Mundial, segundo afirma Apocalipse 13:5-6, for um declarado inimigo dO Criador e adorador do homem -666-, nenhum momento da história se faz tão pertinente quanto o nosso! 1 Timóteo 4:1 e Mateus 25:1-13 falam, respectivamente, de um crescimento absurdo da apostasia -abandono da fé- e da desistência de muitos cristãos, que cansam de esperar o retorno "demoradíssimo" de Cristo, coisa visível hoje - e quase impossível no princípio da Era Cristã, pois ninguém estava desesperançoso no retorno de Jesus, cansado de esperar, pelo contrário!
Lucas 17:26-37 pinta um quadro do Final dos Tempos: os homens estarão vivendo 'como' se nada de estranho estivesse acontecendo, poucos estarão esperando pela vinda de Cristo e as coisas seguirão numa espécie de normalidade, dentro um mundo tão sujo e perverso quanto o fora nos insuportáveis dias de Noé. Justamente nos nossos dias, pela primeira vez na história, a maioria dos homens cansou da crença em Jesus e decidiu deixar de esperá-Lo, vivendo, segundo a filosofia do carpe diem, somente o hoje, "como se não houvesse amanhã - imediatismo em nome do prazer absoluto. Tudo com respaldo religioso, com base em filosofias pagãs revividas, afim de suprir a espiritualidade individualista e confortável almejada atualmente - o xamanismo tem se levantado como uma religião boa e amiga da "Mãe Natureza", com potencial de unir a humanidade entorno da amada Terra e é aqui que posso interpretar a Besta de Apocalipse 13:11-15 como um grande sacerdote pagão, vestindo roupas cerimoniais e provido de poderes espirituais para curar, matar e persuadir, conforme expressei na postagem "Presságio" - revise o primeiro verso de 1 Timóteo 4, reconhecendo a expressão "doutrinas de demônios".
-Perversidade: há menos de um século a humanidade ainda se via regida por sólidos conceitos de moral e ética, provindos de uma longuíssima tradição hereditária, com base em percepções cristãs de mundo. A promiscuidade, vulgaridade e devassidão eram tidas com repúdio e desonra, sendo duramente repelidas pelos pais de família na educação dos filhos, afim de encaminharem as moças, virgens e preparadas, para o casamento e os rapazes, fundamentados num fortíssimo senso de compromisso e valor, para o matrimônio e a liderança de um lar. Haviam, logicamente, os pervertidos, mas a sua fama e reprovação era geral e o próprio individuo reconhecia que caminhava no erro, com base no padrão de conduta imperante. Hoje a castidade é ridicularizada e a juventude se entrega em desonra e adultério em toda e qualquer oportunidade, o que se reflete na esfera musical e midiática em geral e aquilo que era tido como repulsivo, hoje é considerado normal, natural, opção individual - vide a expressão "consciência cauterizada", de 1 Timóteo 4:2 e leia Romanos 1:25. Analisando o primeiro capítulo de Romanos, podemos entender um pouco melhor em que situação nos encontramos: o verso 21 trabalha com a apostasia e o antropocentrismo; o 22 expressa a mentalidade imperante de nossos dias: "somos o auge da espécie humana, os mais sábios e desenvolvidos"; o 23 trabalha com o humanismo e, se pensarmos melhor, de certo modo com o evolucionismo: "não viemos de Deus, mas dos animais, eles nos 'criaram"; no "tudo pode" de hoje, chegamos nos versos 26 e 27, sobre homossexualismo: desde Cristo, com o Império Romano, Idade Média (...) até hoje, nunca o Ocidente aceitou e praticou tanto o ato homossexual, que já está ganhando defesas legais e fazendo calar a oposição; os versos 28-31 tratam de uma questão semelhante ao de 2 Timóteo 3:1-5: devassidão; o verso 32, por fim, termina de caracterizar a mentalidade atual: além da prática da iniquidade, "devemos aceitar, sem questionar, aquilo que os outros fazem e entendem como melhor" e nisso também se enquadram muitos cristãos pós-modernos, que simplesmente aceitam o pecado dos próximos -e buscam argumentos para também o promoverem. Tudo isso desagrada O Criador e, num dado nível, a Sua ira chegará num limite insuportável e, uma vez cheias as Taças da Ira de Deus -Apocalipse 16:1-, Seu juízo virá de modo aterrador e derradeiro. Deus tem tido paciência, mas, assim como com na antiga Canaã, as coisas chegarão num limite inadmissível -Gênesis 15:13-16. Estamos no limiar do Dia do Senhor!
-Conhecimento da vontade de Deus: João 16:7-8 expressa a missão da Igreja, como corpo de Cristo e habitação do Espírito Santo: anunciar o Evangelho para que os homens conheçam a "boa, agradável e perfeita vontade de Deus" -Romanos 12:2- e se tornem indesculpáveis, pois, uma vez conhecendo a Verdade, perderão os argumentos para pervertê-la. Deus é justo e só aplica juízo derradeiro e eterno após o indivíduo, conhecendo a Sua proposta, manter-se contrário -João 15:22-, esse é livre-arbítrio. Quando vemos que a realidade de João 16:7-8 está quase concluída -"o mundo inteiro a conhecer a Verdade"-, também podemos entender que Deus está prestes a despejar a Sua ira, concebendo que os insurretos o são por livre e espontânea vontade e, portanto, de antemão julgaram-se a si mesmos para a morte eterna e os que se entregaram à Cristo, senão retirados antes do caos no evento do Arrebatamento -1 Tessalonicenses 4:17-, serão provados e padecerão as tribulações de juízo, mas, após testados, receberão a Coroa da Vida Eterna -Apocalipse 2:10.
-Tendência histórica: depois de Cristo o mundo mudou. Nunca um império havia conquistando porções tão vastas e importantes do mundo como o Império Romano em seu auge, nunca uma religião imperara em tantas culturas e terras como a cristã - o que ainda hoje é exclusividade do cristianismo -, nunca o mundo se vira mergulhado em tantas grandes guerras e, tampouco, epidemias de tão grande mortalidade. Os dois primeiros milênios, ao que se sabe, foram totalmente diferentes dos relativamente homogêneos milênios anteriores, tudo em conformidade com as previsões de Cristo, de Paulo e de João. Existe uma tendência histórica que relaciona domínio mundial com guerras e epidemias, talvez como um juízo de Deus para quebrar com o orgulho dos líderes dessas potências -e evitar com que interfiram no caminhar profético para o Fim- ou, também, consequências naturais: um grande poder possui muitos inimigos, externos ou internos e, gananciosos e vingativos, principiam períodos belicosos, que geram fome, miséria e, na continuidade, formam culturas belicosas e, portanto, precárias, o que proporciona o alastrar de epidemias. Podemos identificar períodos assim ao longo dos dois últimos milênios, depois da ascensão de Cristo:
O Império Romano, nas primeiras décadas depois de Cristo, somente cresceu, atingindo o seu apogeu em termos de território e poder. A figura do Imperador se tornou a de um líder mundial, a angariar diversas culturas e línguas. Porém, não tardou em demasia para que os dominados ou vizinhos começassem a se unir em investidas militares contra o colosso latino, iniciando um processo de séculos de guerras constantes e intermináveis, até que o Grande Dragão fora degolado em sua capital, Roma, num cerco tenebroso, que eliminou quase todos os habitantes da cidade, abatidos por fome e pestes - Roma, com mais de um milhão de habitantes, terminou com algo entorno de 20 mil. Não muito depois, uma forte epidemia de peste bubônica terminou de julgar o Império, que caiu no Ocidente e foi substituído por sua filha, a Igreja Católica Romana, que reiniciou o processo: a figura de governança mundial passou a ser o papa e seu prestígio, com o tempo, fora invejado e almejado por muitos, o que desencadeou, para variar, outras guerras, como as desenvolvidas com a desavença entre Carlos Magno (imperador entre 800-814) e o papado romano, Leão III (pontífice entre 795 e 816). O fato é que guerras racharam a Europa constantemente durante a Idade Média, fazendo do ocidental um individuo quase que plenamente belicoso, nascendo e morrendo com um machado ou garfo na mão. O resultado desse tenebroso estilo de vida foi a famosa Peste Negra do séc. XIV, que eliminou 1/3 da população européia, calculada em aproximadamente 100 milhões. Nem citei a investida muçulmana, nesse meio tempo, em prol do governo mundial, à partir do séc. VIII, o que gerou um conflito de séculos contra os cristãos europeus, que promoveram uma série de cruzadas para recuperar o que perderam para os árabes que, em seguida, foram subjugados pelos mongóis.
No final da Idade Média reiniciava mais um desses períodos, desses ciclos: com as Grandes Navegações, incentivadas pelos Descobrimentos e pela demanda comercial, um país, em especial, deteve poder em uma parcela grande do globo: a Espanha que, de início, tomou para si a América praticamente inteira, reinando absoluta, especialmente, no que entendemos hoje por América Latina. Os conquistadores espanhóis, afim de garantirem a supremacia do rei da Espanha nas colônias, desenvolveram campanhas militares extremamente cruéis e tenebrosa nas terras indígenas, matando com fogo, aço e doenças europeias quase todos os ameríndios, mais especificamente os da América Central e Andina. Os impérios pré-colombianos se curvaram facilmente mediante algumas das maiores epidemias da história e a terrível fome abatida nos reinos sob tais circunstâncias. Semelhante cenário se repete com o posterior Império Britânico.
A história do século passado novamente nos brinda com uma repetição desse ciclo: disputas políticas e econômicas levantaram uma porção grande a humanidade numa guerra mundial, a Primeira Gurra Mundial, que foi, segundo estudos, a mais sangrenta da história -não em número de mortes, 9 milhões, mas em nível de brutalidade-, durando 4 anos, de 1914 até 1918 e, estranhamente, tendo sequência, em carnificina, com a terrível Gripe Espanhola, de 1918-22, que afetou 50% da população mundial -já interligada por aviões e navios mais velozes-, matando algo entre 20 e 40 milhões de pessoas. Como conseqüência da 1ª GM, surge a 2ª GM, inicialmente com o anseio de dominação mundial da parte de grandes ditadores, sendo eles, principalmente, Hitler, Missolini e Hirohito. O princípio de suas ações de conquista territorial, quase que de imediato, deu o estopim para a guerra que, no final das contas, matou algo entorno de 60 milhões de pessoas entre 1939-45, dando, sem cerimônia, princípio à Guerra Fria, na qual o mundo se dividiu ao meio, com duas superpotências dominado cada uma das fatias, EUA e URSS, esta que caiu em 1991. Os regimes do séc XX inovaram em mais uma questão apocalíptica: a perseguição à Igreja. O século em questão terminou com uma grande pandemia, a gripe aviária, e a primeira década do século XXI foi presenteada, de modo especial, pela gripe suína, que em questão de semanas se alastrou pelo mundo inteiro - os transportes rápidos e constantes, que ligam todas as nações, são a ponte mais rápida para a disseminação de diversos tipos de vírus e isso é preocupante, além de ser inédito na história, o que substitui muito bem a precariedade responsável pelas epidemias medievais.
Não sei se você notou, mas em todos os momentos históricos relatados conseguimos identificar figuras semelhantes, pelo menos em atitudes, aos Quatro Cavaleiros do Apocalipse, descritos em Apocalipse 6:1-8: primeiro vem o Líder Mundial, num cavalo branco e, de brinde, a Guerra, montada num cavalo vermelho, trazendo consigo a Fome, em seu cavalo negro e a Morte, sem seu cavalo amarelo. Não creio que o Apocalipse bíblico se resume a ciclos, tampouco creio que os Cavaleiros já estiveram entre nós, apenas quero evidencias, pelo exemplo histórico, de que o nosso mundo, enquanto está procurando um Líder Mundial, está comprando guerras, fome e pestes. Uma liderança mundial já se evidencia com as unificações monetárias, órgãos de controle internacional e petições de líderes religiosos e políticos, enquanto um cenário de guerra se ergue no levante muçulmano contra Israel, tensões entre EUA e Rússia, renascimento do pensamento comunista -mortífero- e tensões entre Israel e EUA -e aliados europeus- e o Irã, com sua parceira, a Coréia do Norte. Uma guerra com os níveis de tecnologia de que hoje dispomos, desenvolvida no campo cibernético e nuclear, será devastadora, primeiramente porque, pela internet, se pode bloquear os serviços de energia e produção da nação inimiga e, em segundo lugar, porque uma única bomba nuclear pode despejar radiação numa vasta área, aniquilando pessoas e promovendo a infertilidade do solo. Se alguma guerra explodir antes do Governo Mundial, a humanidade ficará tão perplexa que os clamores por paz e restauração retumbarão aos quatro ventos e, muito facilmente, um líder tido como pacífico e eficaz será apontado para o comando de uma comunidade global. O fato é que a guerra, principalmente a nuclear, gerará fome -mais do que já existe, com um bilhão de esfomeados e uma morte a cada 3,5 segundos, o que piora com as crises econômicas. A guerra matará, a fome matará, epidemias matarão -e já estão surgindo vírus resistente aos medicamentos- e um holocausto nuclear matará, isso sem contar que uma guerra tão violenta, juntamente com a constância de terremotos e atividades vulcânicas, alterará o clima terrestre -alterações no eixo e nas correntes marítimas e aéreas- e acelerará o colapso - secas, inundações, invernos e verões mortais... Um cenário tão assombroso e derradeiro virá com a nítida face dos Quadro Cavaleiros e os vindouros -ou contemporâneos- outros três Selos, sete Trombetas e sete Taças, com um evento cataclísmico ligado a outro, como conseqüência ou causador, pois o equilíbrio do mundo é como uma teia de aranha: o toque num ponto reflete em todo o sistema. Leia a postagem "O Fim".
-Colapso do Ocidente: Daniel, profeta no Exílio Babilônico, teve várias e certeiras visões sobre a história humana à partir da supremacia babilônica - você pode ler sobre evidências arqueológicas acerca disso nas postagens "Inegável" e "Espantosas letras". As visões de Daniel são de uma precisão incrível e validam até hoje as nossas perspectivas futuras, pois caminharam até o dia da Segunda Vinda de Cristo, especialmente em três delas: a dos Dois Carneiros -Daniel 8:20-25-, a da Estátua de Nabucodonosor -Daniel 2:38-45- e a das Quatro Bestas -Daniel 7:2-22-, juntamente com o trecho profético de Apocalipse 17:1-14, de João.
Os Dois Carneiros -8:1-9; 20-25: vou começar com essa profecia, pois já se cumpriu, sendo mais um reforço para as demais. É incrível como aquilo que o profeta disse realmente se cumpriu, segundo a soberania de Deus em Seus cuidados com a História da Redenção! Um dos carneiros, a possuir dois chifres, é a Medo-Pérsia, império constituído por duas partes, a Média e a Pérsia, assim como são os dois chifres. Daniel, durante o período de dominação persa na Babilônia, já alertava, na figura do bode de um só chifre, que um poderoso império, liderado por um único forte general, viria rapidamente do Ocidente e, golpeando o outro bode, o derrubaria, dominando vastidões de território nunca antes dominadas. Esse bode, o de um chifre, o próprio Daniel afirmar ser a Grécia, que cumpriu tal profecia na figura de Alexandre, O Grande que, rapidamente e com poder descomunal, derrubou a Medo-Pérsia. A profecia também trabalhou com a divisão do Império Macedônico após a morte do general, através da imagem do único chifre se tornando quadro chifres menores, que Daniel afirma serem quadro reis menores do que Alexandre, os mesmos quatro generais que partilharam o Império Alexandrino -Ptolomeu I, Seleuco I, Lisímacro e Cassandro, um deles constituindo inimizade com o povo de Israel -motivação da posterior Revolta dos Macabeus.
A Estátua de Nabuconosor -2:31-35; 38-45: essa profecia começa desde antes do domínio persa e caminha até o Dia do Senhor, melhor compreendida com base na profecia que seguirá na sequência. A estátua, constituída de vários metais, começara com a Cabeça de Ouro, que representava a Babilônia, menor em dimensões, mas mais deslumbrante e desenvolvida do que seus sucessores; o "reino inferior" que viria depois da Babilônia é como o "bode de dois chifres", acima: constituído de metal mais pobre, prata, mas maior em dimensões e tido em duas partes, representadas pelos dois braços; o "reino que tudo dominará", feito de bronze, representa a Grécia que, como uma só, assim como o "bode de um chifre", constituiu o maior império até então -o bronze simbolizava a armadura grega; o "forte e invencível" reino representado nas pernas de ferro é o Império Romano, que foi conhecido por seu poder incomparável e supremacia milenar. Esse império, porém, como Daniel percebeu, fora impregnado, em seus fundamentos, nos pés da estátua, por barro, o que alguns alegam terem sido os povos bárbaros, que derrubaram o Império do Ocidente, mas não conseguiram derrubar Roma de fato. Acho válido esse raciocínio, mas penso que o Império dividido ao meio representa nitidamente a divisão do Império Romano entre Ocidente e Oriente -verso 41-, o Ocidente, mais fraco, e o Oriente, mais forte, como está especificado no texto e, por isso, o Ocidente caiu em 476 d.C. e o Oriente durou até 1453, porém, isso não significou o fim de Roma, como já dei a entender: quando o Ocidente "caiu", Roma continuou existindo na figura da Igreja Católica Romana, enquanto o Império prosseguia no Oriente, mantendo-se as duas metades do dito reino. Enquanto o Oriente caia, o Ocidente, na figura da Igreja, constituía novos reinos cristãos, que foram o princípio de tudo o que entendemos como Mundo Ocidental hoje, seja a América, seja a Europa. Quando o Oriente caiu e foi engolido pelos muçulmanos, Roma persistiu no Ocidente noutras duas metades, consolidadas com a Reforma Protestante: a Igreja Católica Romana e as nações cristãs, que há tempos estão divididas, sem o misturar de "Estado e Igreja" -verso 43. Finalmente chegamos aos nossos dias, regidos pelo pensamento laico, mas onde ainda impera Roma - nos países ainda ditos cristãos e na Igreja, toda ela com origem primária em Constantino, séc. IV. O que vem na seqüência? É aqui que tudo se esclarece - e, de modo inédito na história, se encaixa no texto de Daniel:
No verso 44 vemos que a volta de Cristo e o Dia do Senhor se darão, o que indica que a última grande cultura a dominar o mundo é a romana, hoje na figura da Igreja e do Ocidente, portanto, quando "Roma" for derrubada chegará o Grande Dia. A Pedra, que é Cristo, virá quando a configuração de Roma compatível com o texto estiver formada e já em processo de decadência e, começando pelos pés -verso 34-, a "Roma atual", derrubará a estátua inteira, todos os povos serão desfeitos e o reinado esterno de Cristo com os Seus, os cristãos, se efetuará, como almejado por Deus desde a Queda. Não concluirei o raciocínio antes de falar sobre a profecia das Quatro Bestas e da Prostituta e o Dragão - lembre-se de que tudo isso é conclusão, percepção minha baseada numa análise individual e própria dos textos.
As Quatro Bestas -Daniel 7:2-22: Daniel, em sonho, vê quatro bestas saindo, simultaneamente, dos mares. A primeira besta, verso 4, é uma representação correta da Babilônia, que tinha na figura do "leão alado" um símbolo - há inúmeros entalhes e esculturas dessa criatura nas ruínas babilônicas. A profecia traz o leão alado como a Babilônia no seu apogeu, forte como um leão e vigorosa, sábia e expansiva como uma águia que voa longe - o poder de Nabucodonosor se deu para além dos territórios de seu império, com influências do Mediterrâneo ao Golfo Pérsico, da Ásia Menor até o Egito. A perda das asas indica a decadência da Babilônia depois de Nabucodonosor, a idéia de o leão ter se tornado homem remete a essa perda de poder - durante a decadência, a Babilônia se debilitou devido ao seu luxo, até cair diante da Medo-Pérsia.
O segundo animal, um grande urso cheio de apetite, representa a Medo-Pérsia -verso 5. Assim como a prata é inferior ao ouro -profecia da Estátua-, o urso é inferior -menos prestigiado- que o leão, mas, ainda assim, é poderoso -até mais que o leão. A expressão "se levantou de um lado" indica que a besta era constituída de mais de uma parte, de um "lado", conforme era a Medo-Pérsia, tida pelos Medos e pelos Persas, e as "três costelas" representam as três maiores conquistas da Medo-Pérsia: Lídia, Babilônia e Egito.
O terceiro animal, um leopardo de quatro cabeças e quatro asas -verso 6-, sem dúvida, representa a Grécia. O Império de Alexandre avançou com voracidade e grande velocidade, pois em poucos anos dominou extensões nunca antes dominadas, o que lembra a figura do leopardo: rápido e voraz - e nos lambra do bode que chega voando do Ocidente. As asas no leopardo adicionam aditivos de velocidade à criatura, a melhor forma de explicar a tamanha rapidez com que Alexandre dominou a sua parte do mundo. A idéia das quatro asas e quatro cabeças nos remetem ao bode que, de um chifre, acabou ficando com quatro, os quatro generais que partilharam o Império Grego depois da morte de Alexandre.
O quatro animal parece-se mais com um dragão -versos 7-12- e, na seqüência lógica, nos remete ao Império Romano, "terrível, muito forte, com dentes de ferro -segundo o metal lhe atribuído na profecia da Estátua-, apetite voraz por domínio". Roma aparece em três períodos: surgindo do mar, dilacerando e pisoteando o mundo e em decadência, dividindo-se em dez reinos menores, identificados como os povos bárbaros que dominaram a Europa e ocuparam em definitivo as porções do Império: ostrogodos, visigodos, francos, vándalos, suevos, alamanes, anglo-saxões, hérulos, lombardos e burgúndios - os hunos não chegaram a estabelecer domínios duradouros na Europa. O "chifre pequeno", que prega e emana sabedoria, que substitui outros três chifres, pode ser considerado a Igreja Católica Romana que, na inicial busca por poder, teve três principais inimigos a derrotar -os "três chifres mais antigos"-, opositores ao catolicismo por defenderem o arianismo: hérulos -os primeiros bárbaros a dominar Roma-, vândalos e ostrogodos. O "chifre pregador", no final das contas, parece uma alusão ao papa, o que nos dá as duas divisões de Roma tidas em Daniel 2: povos cristãos e Igreja Católica Romana - o verso 9 de Daniel 7 indica o poder da Igreja Católica e o verso 10 indica que esse domínio daria início ao Derradeiro Juízo. O verso 11 mostra que Daniel se interessou pela pregação do Grande Chifre, o que parece indicar, de fato, a Igreja Católica a aquilo que, em teoria, prega como uma igreja cristã. O mesmo verso trabalha com a mesma ideia da profecia da Estátua: é nesse ponto em que Roma é abatida, julgada ferozmente por Deus ou pela própria iniciativa humana -com levantes anticristãos, muçulmanos, pagãos e ateus. As outras nações do mundo, após a queda de Roma -Igreja Católica e nações cristãs ocidentais-, durarão algum tempo -verso 12-, como foi com a Estátua ruindo: primeiramente os pés foram atingidos. As outras culturas e etnias ocuparão o espaço político, religioso e econômico outrora dominado por Roma, arruinada, até que também caiam - é no processo da queda de Roma e levante desses povos que consigo encaixar o anticristo e o governo mundial. Então os outros reinos do mundo serão destruídos e Cristo retornará -versos 13 e 14.
A Prostituta e o Dragão - Apocalipse 17:1-14: a profecia de João se enquadra nas profecias de Daniel, principalmente na última relatada anteriormente. Uma prostituta vestida de vermelho, com a qual se prostituíram todos os povos da Terra, se vê sentada sobre um dragão com sete cabeças e dez chifres - Roma, a cidade em si, é conhecida por ter sido originalmente construída por sobre sete colinas -verso 9- e os dez chifres combinam com o que já fora dito, as cores vermelho e púrpura são muito valorizadas nas nações ocidentais e Igreja Romana, o vermelho simbolizava nobreza nos tempos de monarquia e o sangue de Cristo para os clérigos católicos; o púrpura, por ser tinta rara, era ainda mais nobre, ornamentando, inclusive, a guarda de elite dos imperadores romanos e o alto clero católico, nesse caso, até hoje. O ouro com que a prostituta se veste indica toda a pujança do poder imperante no mundo há milênios, dominando e colonizando quase todas as terras e povos, os europeus ocidentais, filhos de Roma - quando Noé profetiza em Gênesis 9:25-28, entende que Jafé, pai dos asiáticos e europeus, teria vastos domínios. Uma coisa é certa: a Prostituta e o Dragão representam as duas esferas do Ocidente, uns alegam que a Prostituta é a Igreja Católica Romana, que influencia o mundo e participou de atrocidades, como o holocausto nazista, mas eu prefiro pensar que se trata da cultura das nações ocidentais, que influencia o mundo todo e serve todas as nações com sua promiscuidade musical, cinematográfica e midiática em geral, além do ateísmo e recente paganismo, incentivando mundialmente abominações contra Deus e, portanto, o dragão seria o espaço geográfico ocupado por essa cultura, que domina o mundo com seu poder - não podemos especificar a questão dos sete sucessivos reis e do oitavo, que é dos sete e, tampouco, quais são os dez reis que receberão partes do domínio mundial, sendo autoridades políticas ou detentores de domínios econômicos, do próprio Anticristo, que surgirá, no contexto, no período de maior abominação da parte de Roma no mundo - será um indivíduo da cidade, da cultura relativa à Prostituta e, sobre o Dragão, terá domínio sobre todos os povos da Terra, vide o verso 15.
O fato é que a Prostituta, sobre seu Dragão, lutará contra Deus, zombando-o, promovendo a descrença ou o paganismo, e é o que o próprio Ocidente tem feito contra si mesmo atualmente. O detalhe mais interessante, no final das contas, visto no verso 16, é que o mundo se unirá para derrubar a Prostituta, que cairá primeiro, como na Estátua e com as Quatro Bestas - esse levante contra o Ocidente, vindo do Oriente e de dentro de nossa própria cultura ocidental. É nesse ponto derradeiro, em concordância com as duas outras profecias, que Cristo virá para julgar o mundo e estabelecer o Seu Reino Eterno, governando junto com os cristãos fiéis, cujo princípio se deve à Primeira Vinda, onde o cristianismo principiou e o pecado fora expiado - verso 14.
Conclusão: o colapso do Ocidente está muito relacionado aos Últimos Dias, e parece-me que tal colapso virá com o caos climático, guerras e outras crises políticas e econômicas. O fato é que o Ocidente já está morrendo!! As recentes crises econômicas na maior economia do mundo, EUA, e na Europa, berço do Ocidente, são evidências de que nossa cultura e domínio, como "romanos", deixará de imperar no espaço de algum tempo, sendo engolida, politicamente, por muçulmanos -grandes, como profetizado em Gênesis 16:10-12; 17:20; 21:18, Ismael é o pai dos árabes- e comunistas e religiosamente pelo islamismo, paganismo e ateísmo. A Igreja Católica já está morrendo, padecendo de terríveis crises, com fiéis a abandonando em massas, sua credibilidade caindo violentamente com base nas filosofias atuais e nos escândalos históricos e presentes e seu poderio econômico e político sendo vetado como consequência. As duas esferas do Ocidente, de Roma, portanto, estão caindo: a cultura e as nações cristãs, em termos de política e economia -num mundo que imerge na era pós-cristã- e a Igreja Romana -até mesmo a protestante, que tem a mesma origem primordial-, sendo sugada, desfalecida, pela apostasia, pelo islamismo, ateísmo e paganismo, já citados. Isso é inédito!! Em algumas décadas o mundo que conhecemos será diferente, com o Ocidente subjugado pelo Oriente e, nesse momento, com Roma caída, o mundo durará algum tempo e também ruirá, pois a "pedra" que está derrubando a "Estátua" é Cristo! Aquele que abaterá o Dragão, no final das contas, é Deus!! E quem virá, em seguida, cavalgando nas nuvens, com a espada empunhada, para julgar o restante da humanidade e garantir a Sua eterna supremacia, é O Filho e, certamente, isso acontecerá, assim como profecias tão antigas se cumpriram e evidentemente se cumprirão!! Apocalipse 19:11-21. Nosso mundo, de modo inédito, está em acordo com toda a perspectiva apocalíptica, portanto, prepare-se, porque Cristo, uma hora ou outra, se verá descendo dos céus!! Marcos 13:5-37 - especialmente o 26 e o 33.
Natanael Castoldi
Leia também:
-O colapso do Ocidente <-
-Expostos <-
-Derradeiro juízo
-Redescobridores da humanidade <-
-"Aqui jaz a humanidade" <-
-Pandemia <-
-Cataclismo
-Antigo Mal
-Em nome da honra
-Intento Malicioso <-
-Inversão
-Sala de tortura
-Distanciamento
-"Geração Emoção" <-
-Conhecimento da vontade de Deus: João 16:7-8 expressa a missão da Igreja, como corpo de Cristo e habitação do Espírito Santo: anunciar o Evangelho para que os homens conheçam a "boa, agradável e perfeita vontade de Deus" -Romanos 12:2- e se tornem indesculpáveis, pois, uma vez conhecendo a Verdade, perderão os argumentos para pervertê-la. Deus é justo e só aplica juízo derradeiro e eterno após o indivíduo, conhecendo a Sua proposta, manter-se contrário -João 15:22-, esse é livre-arbítrio. Quando vemos que a realidade de João 16:7-8 está quase concluída -"o mundo inteiro a conhecer a Verdade"-, também podemos entender que Deus está prestes a despejar a Sua ira, concebendo que os insurretos o são por livre e espontânea vontade e, portanto, de antemão julgaram-se a si mesmos para a morte eterna e os que se entregaram à Cristo, senão retirados antes do caos no evento do Arrebatamento -1 Tessalonicenses 4:17-, serão provados e padecerão as tribulações de juízo, mas, após testados, receberão a Coroa da Vida Eterna -Apocalipse 2:10.
-Tendência histórica: depois de Cristo o mundo mudou. Nunca um império havia conquistando porções tão vastas e importantes do mundo como o Império Romano em seu auge, nunca uma religião imperara em tantas culturas e terras como a cristã - o que ainda hoje é exclusividade do cristianismo -, nunca o mundo se vira mergulhado em tantas grandes guerras e, tampouco, epidemias de tão grande mortalidade. Os dois primeiros milênios, ao que se sabe, foram totalmente diferentes dos relativamente homogêneos milênios anteriores, tudo em conformidade com as previsões de Cristo, de Paulo e de João. Existe uma tendência histórica que relaciona domínio mundial com guerras e epidemias, talvez como um juízo de Deus para quebrar com o orgulho dos líderes dessas potências -e evitar com que interfiram no caminhar profético para o Fim- ou, também, consequências naturais: um grande poder possui muitos inimigos, externos ou internos e, gananciosos e vingativos, principiam períodos belicosos, que geram fome, miséria e, na continuidade, formam culturas belicosas e, portanto, precárias, o que proporciona o alastrar de epidemias. Podemos identificar períodos assim ao longo dos dois últimos milênios, depois da ascensão de Cristo:
No final da Idade Média reiniciava mais um desses períodos, desses ciclos: com as Grandes Navegações, incentivadas pelos Descobrimentos e pela demanda comercial, um país, em especial, deteve poder em uma parcela grande do globo: a Espanha que, de início, tomou para si a América praticamente inteira, reinando absoluta, especialmente, no que entendemos hoje por América Latina. Os conquistadores espanhóis, afim de garantirem a supremacia do rei da Espanha nas colônias, desenvolveram campanhas militares extremamente cruéis e tenebrosa nas terras indígenas, matando com fogo, aço e doenças europeias quase todos os ameríndios, mais especificamente os da América Central e Andina. Os impérios pré-colombianos se curvaram facilmente mediante algumas das maiores epidemias da história e a terrível fome abatida nos reinos sob tais circunstâncias. Semelhante cenário se repete com o posterior Império Britânico.
A história do século passado novamente nos brinda com uma repetição desse ciclo: disputas políticas e econômicas levantaram uma porção grande a humanidade numa guerra mundial, a Primeira Gurra Mundial, que foi, segundo estudos, a mais sangrenta da história -não em número de mortes, 9 milhões, mas em nível de brutalidade-, durando 4 anos, de 1914 até 1918 e, estranhamente, tendo sequência, em carnificina, com a terrível Gripe Espanhola, de 1918-22, que afetou 50% da população mundial -já interligada por aviões e navios mais velozes-, matando algo entre 20 e 40 milhões de pessoas. Como conseqüência da 1ª GM, surge a 2ª GM, inicialmente com o anseio de dominação mundial da parte de grandes ditadores, sendo eles, principalmente, Hitler, Missolini e Hirohito. O princípio de suas ações de conquista territorial, quase que de imediato, deu o estopim para a guerra que, no final das contas, matou algo entorno de 60 milhões de pessoas entre 1939-45, dando, sem cerimônia, princípio à Guerra Fria, na qual o mundo se dividiu ao meio, com duas superpotências dominado cada uma das fatias, EUA e URSS, esta que caiu em 1991. Os regimes do séc XX inovaram em mais uma questão apocalíptica: a perseguição à Igreja. O século em questão terminou com uma grande pandemia, a gripe aviária, e a primeira década do século XXI foi presenteada, de modo especial, pela gripe suína, que em questão de semanas se alastrou pelo mundo inteiro - os transportes rápidos e constantes, que ligam todas as nações, são a ponte mais rápida para a disseminação de diversos tipos de vírus e isso é preocupante, além de ser inédito na história, o que substitui muito bem a precariedade responsável pelas epidemias medievais.
Não sei se você notou, mas em todos os momentos históricos relatados conseguimos identificar figuras semelhantes, pelo menos em atitudes, aos Quatro Cavaleiros do Apocalipse, descritos em Apocalipse 6:1-8: primeiro vem o Líder Mundial, num cavalo branco e, de brinde, a Guerra, montada num cavalo vermelho, trazendo consigo a Fome, em seu cavalo negro e a Morte, sem seu cavalo amarelo. Não creio que o Apocalipse bíblico se resume a ciclos, tampouco creio que os Cavaleiros já estiveram entre nós, apenas quero evidencias, pelo exemplo histórico, de que o nosso mundo, enquanto está procurando um Líder Mundial, está comprando guerras, fome e pestes. Uma liderança mundial já se evidencia com as unificações monetárias, órgãos de controle internacional e petições de líderes religiosos e políticos, enquanto um cenário de guerra se ergue no levante muçulmano contra Israel, tensões entre EUA e Rússia, renascimento do pensamento comunista -mortífero- e tensões entre Israel e EUA -e aliados europeus- e o Irã, com sua parceira, a Coréia do Norte. Uma guerra com os níveis de tecnologia de que hoje dispomos, desenvolvida no campo cibernético e nuclear, será devastadora, primeiramente porque, pela internet, se pode bloquear os serviços de energia e produção da nação inimiga e, em segundo lugar, porque uma única bomba nuclear pode despejar radiação numa vasta área, aniquilando pessoas e promovendo a infertilidade do solo. Se alguma guerra explodir antes do Governo Mundial, a humanidade ficará tão perplexa que os clamores por paz e restauração retumbarão aos quatro ventos e, muito facilmente, um líder tido como pacífico e eficaz será apontado para o comando de uma comunidade global. O fato é que a guerra, principalmente a nuclear, gerará fome -mais do que já existe, com um bilhão de esfomeados e uma morte a cada 3,5 segundos, o que piora com as crises econômicas. A guerra matará, a fome matará, epidemias matarão -e já estão surgindo vírus resistente aos medicamentos- e um holocausto nuclear matará, isso sem contar que uma guerra tão violenta, juntamente com a constância de terremotos e atividades vulcânicas, alterará o clima terrestre -alterações no eixo e nas correntes marítimas e aéreas- e acelerará o colapso - secas, inundações, invernos e verões mortais... Um cenário tão assombroso e derradeiro virá com a nítida face dos Quadro Cavaleiros e os vindouros -ou contemporâneos- outros três Selos, sete Trombetas e sete Taças, com um evento cataclísmico ligado a outro, como conseqüência ou causador, pois o equilíbrio do mundo é como uma teia de aranha: o toque num ponto reflete em todo o sistema. Leia a postagem "O Fim".
-Colapso do Ocidente: Daniel, profeta no Exílio Babilônico, teve várias e certeiras visões sobre a história humana à partir da supremacia babilônica - você pode ler sobre evidências arqueológicas acerca disso nas postagens "Inegável" e "Espantosas letras". As visões de Daniel são de uma precisão incrível e validam até hoje as nossas perspectivas futuras, pois caminharam até o dia da Segunda Vinda de Cristo, especialmente em três delas: a dos Dois Carneiros -Daniel 8:20-25-, a da Estátua de Nabucodonosor -Daniel 2:38-45- e a das Quatro Bestas -Daniel 7:2-22-, juntamente com o trecho profético de Apocalipse 17:1-14, de João.
Os Dois Carneiros -8:1-9; 20-25: vou começar com essa profecia, pois já se cumpriu, sendo mais um reforço para as demais. É incrível como aquilo que o profeta disse realmente se cumpriu, segundo a soberania de Deus em Seus cuidados com a História da Redenção! Um dos carneiros, a possuir dois chifres, é a Medo-Pérsia, império constituído por duas partes, a Média e a Pérsia, assim como são os dois chifres. Daniel, durante o período de dominação persa na Babilônia, já alertava, na figura do bode de um só chifre, que um poderoso império, liderado por um único forte general, viria rapidamente do Ocidente e, golpeando o outro bode, o derrubaria, dominando vastidões de território nunca antes dominadas. Esse bode, o de um chifre, o próprio Daniel afirmar ser a Grécia, que cumpriu tal profecia na figura de Alexandre, O Grande que, rapidamente e com poder descomunal, derrubou a Medo-Pérsia. A profecia também trabalhou com a divisão do Império Macedônico após a morte do general, através da imagem do único chifre se tornando quadro chifres menores, que Daniel afirma serem quadro reis menores do que Alexandre, os mesmos quatro generais que partilharam o Império Alexandrino -Ptolomeu I, Seleuco I, Lisímacro e Cassandro, um deles constituindo inimizade com o povo de Israel -motivação da posterior Revolta dos Macabeus.
A Estátua de Nabuconosor -2:31-35; 38-45: essa profecia começa desde antes do domínio persa e caminha até o Dia do Senhor, melhor compreendida com base na profecia que seguirá na sequência. A estátua, constituída de vários metais, começara com a Cabeça de Ouro, que representava a Babilônia, menor em dimensões, mas mais deslumbrante e desenvolvida do que seus sucessores; o "reino inferior" que viria depois da Babilônia é como o "bode de dois chifres", acima: constituído de metal mais pobre, prata, mas maior em dimensões e tido em duas partes, representadas pelos dois braços; o "reino que tudo dominará", feito de bronze, representa a Grécia que, como uma só, assim como o "bode de um chifre", constituiu o maior império até então -o bronze simbolizava a armadura grega; o "forte e invencível" reino representado nas pernas de ferro é o Império Romano, que foi conhecido por seu poder incomparável e supremacia milenar. Esse império, porém, como Daniel percebeu, fora impregnado, em seus fundamentos, nos pés da estátua, por barro, o que alguns alegam terem sido os povos bárbaros, que derrubaram o Império do Ocidente, mas não conseguiram derrubar Roma de fato. Acho válido esse raciocínio, mas penso que o Império dividido ao meio representa nitidamente a divisão do Império Romano entre Ocidente e Oriente -verso 41-, o Ocidente, mais fraco, e o Oriente, mais forte, como está especificado no texto e, por isso, o Ocidente caiu em 476 d.C. e o Oriente durou até 1453, porém, isso não significou o fim de Roma, como já dei a entender: quando o Ocidente "caiu", Roma continuou existindo na figura da Igreja Católica Romana, enquanto o Império prosseguia no Oriente, mantendo-se as duas metades do dito reino. Enquanto o Oriente caia, o Ocidente, na figura da Igreja, constituía novos reinos cristãos, que foram o princípio de tudo o que entendemos como Mundo Ocidental hoje, seja a América, seja a Europa. Quando o Oriente caiu e foi engolido pelos muçulmanos, Roma persistiu no Ocidente noutras duas metades, consolidadas com a Reforma Protestante: a Igreja Católica Romana e as nações cristãs, que há tempos estão divididas, sem o misturar de "Estado e Igreja" -verso 43. Finalmente chegamos aos nossos dias, regidos pelo pensamento laico, mas onde ainda impera Roma - nos países ainda ditos cristãos e na Igreja, toda ela com origem primária em Constantino, séc. IV. O que vem na seqüência? É aqui que tudo se esclarece - e, de modo inédito na história, se encaixa no texto de Daniel:
No verso 44 vemos que a volta de Cristo e o Dia do Senhor se darão, o que indica que a última grande cultura a dominar o mundo é a romana, hoje na figura da Igreja e do Ocidente, portanto, quando "Roma" for derrubada chegará o Grande Dia. A Pedra, que é Cristo, virá quando a configuração de Roma compatível com o texto estiver formada e já em processo de decadência e, começando pelos pés -verso 34-, a "Roma atual", derrubará a estátua inteira, todos os povos serão desfeitos e o reinado esterno de Cristo com os Seus, os cristãos, se efetuará, como almejado por Deus desde a Queda. Não concluirei o raciocínio antes de falar sobre a profecia das Quatro Bestas e da Prostituta e o Dragão - lembre-se de que tudo isso é conclusão, percepção minha baseada numa análise individual e própria dos textos.
As Quatro Bestas -Daniel 7:2-22: Daniel, em sonho, vê quatro bestas saindo, simultaneamente, dos mares. A primeira besta, verso 4, é uma representação correta da Babilônia, que tinha na figura do "leão alado" um símbolo - há inúmeros entalhes e esculturas dessa criatura nas ruínas babilônicas. A profecia traz o leão alado como a Babilônia no seu apogeu, forte como um leão e vigorosa, sábia e expansiva como uma águia que voa longe - o poder de Nabucodonosor se deu para além dos territórios de seu império, com influências do Mediterrâneo ao Golfo Pérsico, da Ásia Menor até o Egito. A perda das asas indica a decadência da Babilônia depois de Nabucodonosor, a idéia de o leão ter se tornado homem remete a essa perda de poder - durante a decadência, a Babilônia se debilitou devido ao seu luxo, até cair diante da Medo-Pérsia.
O segundo animal, um grande urso cheio de apetite, representa a Medo-Pérsia -verso 5. Assim como a prata é inferior ao ouro -profecia da Estátua-, o urso é inferior -menos prestigiado- que o leão, mas, ainda assim, é poderoso -até mais que o leão. A expressão "se levantou de um lado" indica que a besta era constituída de mais de uma parte, de um "lado", conforme era a Medo-Pérsia, tida pelos Medos e pelos Persas, e as "três costelas" representam as três maiores conquistas da Medo-Pérsia: Lídia, Babilônia e Egito.
O terceiro animal, um leopardo de quatro cabeças e quatro asas -verso 6-, sem dúvida, representa a Grécia. O Império de Alexandre avançou com voracidade e grande velocidade, pois em poucos anos dominou extensões nunca antes dominadas, o que lembra a figura do leopardo: rápido e voraz - e nos lambra do bode que chega voando do Ocidente. As asas no leopardo adicionam aditivos de velocidade à criatura, a melhor forma de explicar a tamanha rapidez com que Alexandre dominou a sua parte do mundo. A idéia das quatro asas e quatro cabeças nos remetem ao bode que, de um chifre, acabou ficando com quatro, os quatro generais que partilharam o Império Grego depois da morte de Alexandre.
O quatro animal parece-se mais com um dragão -versos 7-12- e, na seqüência lógica, nos remete ao Império Romano, "terrível, muito forte, com dentes de ferro -segundo o metal lhe atribuído na profecia da Estátua-, apetite voraz por domínio". Roma aparece em três períodos: surgindo do mar, dilacerando e pisoteando o mundo e em decadência, dividindo-se em dez reinos menores, identificados como os povos bárbaros que dominaram a Europa e ocuparam em definitivo as porções do Império: ostrogodos, visigodos, francos, vándalos, suevos, alamanes, anglo-saxões, hérulos, lombardos e burgúndios - os hunos não chegaram a estabelecer domínios duradouros na Europa. O "chifre pequeno", que prega e emana sabedoria, que substitui outros três chifres, pode ser considerado a Igreja Católica Romana que, na inicial busca por poder, teve três principais inimigos a derrotar -os "três chifres mais antigos"-, opositores ao catolicismo por defenderem o arianismo: hérulos -os primeiros bárbaros a dominar Roma-, vândalos e ostrogodos. O "chifre pregador", no final das contas, parece uma alusão ao papa, o que nos dá as duas divisões de Roma tidas em Daniel 2: povos cristãos e Igreja Católica Romana - o verso 9 de Daniel 7 indica o poder da Igreja Católica e o verso 10 indica que esse domínio daria início ao Derradeiro Juízo. O verso 11 mostra que Daniel se interessou pela pregação do Grande Chifre, o que parece indicar, de fato, a Igreja Católica a aquilo que, em teoria, prega como uma igreja cristã. O mesmo verso trabalha com a mesma ideia da profecia da Estátua: é nesse ponto em que Roma é abatida, julgada ferozmente por Deus ou pela própria iniciativa humana -com levantes anticristãos, muçulmanos, pagãos e ateus. As outras nações do mundo, após a queda de Roma -Igreja Católica e nações cristãs ocidentais-, durarão algum tempo -verso 12-, como foi com a Estátua ruindo: primeiramente os pés foram atingidos. As outras culturas e etnias ocuparão o espaço político, religioso e econômico outrora dominado por Roma, arruinada, até que também caiam - é no processo da queda de Roma e levante desses povos que consigo encaixar o anticristo e o governo mundial. Então os outros reinos do mundo serão destruídos e Cristo retornará -versos 13 e 14.
A Prostituta e o Dragão - Apocalipse 17:1-14: a profecia de João se enquadra nas profecias de Daniel, principalmente na última relatada anteriormente. Uma prostituta vestida de vermelho, com a qual se prostituíram todos os povos da Terra, se vê sentada sobre um dragão com sete cabeças e dez chifres - Roma, a cidade em si, é conhecida por ter sido originalmente construída por sobre sete colinas -verso 9- e os dez chifres combinam com o que já fora dito, as cores vermelho e púrpura são muito valorizadas nas nações ocidentais e Igreja Romana, o vermelho simbolizava nobreza nos tempos de monarquia e o sangue de Cristo para os clérigos católicos; o púrpura, por ser tinta rara, era ainda mais nobre, ornamentando, inclusive, a guarda de elite dos imperadores romanos e o alto clero católico, nesse caso, até hoje. O ouro com que a prostituta se veste indica toda a pujança do poder imperante no mundo há milênios, dominando e colonizando quase todas as terras e povos, os europeus ocidentais, filhos de Roma - quando Noé profetiza em Gênesis 9:25-28, entende que Jafé, pai dos asiáticos e europeus, teria vastos domínios. Uma coisa é certa: a Prostituta e o Dragão representam as duas esferas do Ocidente, uns alegam que a Prostituta é a Igreja Católica Romana, que influencia o mundo e participou de atrocidades, como o holocausto nazista, mas eu prefiro pensar que se trata da cultura das nações ocidentais, que influencia o mundo todo e serve todas as nações com sua promiscuidade musical, cinematográfica e midiática em geral, além do ateísmo e recente paganismo, incentivando mundialmente abominações contra Deus e, portanto, o dragão seria o espaço geográfico ocupado por essa cultura, que domina o mundo com seu poder - não podemos especificar a questão dos sete sucessivos reis e do oitavo, que é dos sete e, tampouco, quais são os dez reis que receberão partes do domínio mundial, sendo autoridades políticas ou detentores de domínios econômicos, do próprio Anticristo, que surgirá, no contexto, no período de maior abominação da parte de Roma no mundo - será um indivíduo da cidade, da cultura relativa à Prostituta e, sobre o Dragão, terá domínio sobre todos os povos da Terra, vide o verso 15.
O fato é que a Prostituta, sobre seu Dragão, lutará contra Deus, zombando-o, promovendo a descrença ou o paganismo, e é o que o próprio Ocidente tem feito contra si mesmo atualmente. O detalhe mais interessante, no final das contas, visto no verso 16, é que o mundo se unirá para derrubar a Prostituta, que cairá primeiro, como na Estátua e com as Quatro Bestas - esse levante contra o Ocidente, vindo do Oriente e de dentro de nossa própria cultura ocidental. É nesse ponto derradeiro, em concordância com as duas outras profecias, que Cristo virá para julgar o mundo e estabelecer o Seu Reino Eterno, governando junto com os cristãos fiéis, cujo princípio se deve à Primeira Vinda, onde o cristianismo principiou e o pecado fora expiado - verso 14.
Conclusão: o colapso do Ocidente está muito relacionado aos Últimos Dias, e parece-me que tal colapso virá com o caos climático, guerras e outras crises políticas e econômicas. O fato é que o Ocidente já está morrendo!! As recentes crises econômicas na maior economia do mundo, EUA, e na Europa, berço do Ocidente, são evidências de que nossa cultura e domínio, como "romanos", deixará de imperar no espaço de algum tempo, sendo engolida, politicamente, por muçulmanos -grandes, como profetizado em Gênesis 16:10-12; 17:20; 21:18, Ismael é o pai dos árabes- e comunistas e religiosamente pelo islamismo, paganismo e ateísmo. A Igreja Católica já está morrendo, padecendo de terríveis crises, com fiéis a abandonando em massas, sua credibilidade caindo violentamente com base nas filosofias atuais e nos escândalos históricos e presentes e seu poderio econômico e político sendo vetado como consequência. As duas esferas do Ocidente, de Roma, portanto, estão caindo: a cultura e as nações cristãs, em termos de política e economia -num mundo que imerge na era pós-cristã- e a Igreja Romana -até mesmo a protestante, que tem a mesma origem primordial-, sendo sugada, desfalecida, pela apostasia, pelo islamismo, ateísmo e paganismo, já citados. Isso é inédito!! Em algumas décadas o mundo que conhecemos será diferente, com o Ocidente subjugado pelo Oriente e, nesse momento, com Roma caída, o mundo durará algum tempo e também ruirá, pois a "pedra" que está derrubando a "Estátua" é Cristo! Aquele que abaterá o Dragão, no final das contas, é Deus!! E quem virá, em seguida, cavalgando nas nuvens, com a espada empunhada, para julgar o restante da humanidade e garantir a Sua eterna supremacia, é O Filho e, certamente, isso acontecerá, assim como profecias tão antigas se cumpriram e evidentemente se cumprirão!! Apocalipse 19:11-21. Nosso mundo, de modo inédito, está em acordo com toda a perspectiva apocalíptica, portanto, prepare-se, porque Cristo, uma hora ou outra, se verá descendo dos céus!! Marcos 13:5-37 - especialmente o 26 e o 33.
Natanael Castoldi
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