De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

sábado, 31 de dezembro de 2011

Pausa

Após boas semanas de férias e poucas postagens, terei de passar mais um mês fora e, provavelmente, sem escrever nada, como já aconteceu no mesmo período do ano passado. Aproveite pra ler as postagens mais recentes ou se aprofundar nos arquivos mais antigos desse blog. Obrigado!! Bom final de ano!!

-Tempo de descanso
-Na montanha
-Prioridades

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

"Geração Emoção"

Dizem que o homem, referindo-se à figura masculina, possui a parte racional do cérebro mais desenvolvida do que a mulher, ou seja: o homem é, naturalmente, mais racional em suas percepções de mundo e, portanto, em suas escolhas e atitudes, sendo, por isso, mais frio e bruto do que a mulher que, por sua vez, é mais emotiva, nutrindo mais apego às pessoas e necessitando de constante relacionamento e comunicação. Essa diferença nítida entre os dois sexos rege muito de nossos julgamentos e postura: o homem tende a julgar um indivíduo ou evento mais pelas conseqüência e natureza da questão do que pelo que as pessoas envolvidas são ou deixam de ser, enquanto a mulher irá relevar muito mais as questões dos indivíduos e o seu julgamento, provavelmente, será calibrado pelas esferas emocionais das pessoas em questão e não somente pelos resultados de suas atitudes. Essa é a diferença entre uma mente mais racional e uma mais emocional: o evento, a frieza da imagem bruta do que de fato é ou aconteceu é o fundamento primo do julgamento e postura para a mente mais racional, enquanto a emotiva, potencializando os sentimentos em relação ao que é ou aconteceu, permitirá que o fruto da emoção seja mais um critério de avaliação, ou seja, se "eu me sinto bem com isso", então o apoio como correto e se eu me sinto mal, o julgo incorreto - não digo que essa é uma característica exclusivamente feminina, mas digo que isso é fruto de uma mente mais emotiva do que racional, o que é maléfico, pois emoção e sentimento é algo individual e relativo e quando o julgamento se baseia no que sinto, então a verdade se banaliza e se torna subjetiva, a nível global, não havendo uma vereda sólida a reger a sociedade, nossa humanidade culminará num caos incorrigível.
A diferença que existe entre o cérebro masculino e feminino é vasta e nítida, facilmente percebida desde o berço: bebês meninos tendem a focar menos nas pessoas e mais no ambiente que os cerca, explorando, desde cedo, o mundo ao seu redor, enquanto a menina tende a olhar fixamente nos olhos das pessoas que cuidam dela, demonstrando o quanto naturalmente valoriza o laço afetivo e emocional. Também é por isso que meninos, quando crianças, naturalmente brincam de luta e guerra, explorando jardins e bosques, desafiando a altura de árvores e a profundidade de lagos, enquanto as meninas ligam-se às suas bonecas e passam horas cuidando delas, lhes preparando chás, dando-lhes aulas... de preferência tudo isso ao lado de outras meninas. O cérebro masculino também é projetado para cooperar com a função protetora e supridora do homem no lar, já que num momento de risco o cérebro masculino recebe uma quantidade maior de sangue, afim de manter-se ativo e conseguir raciocinar satisfatoriamente num momento de estresse e crise, mantendo a razão no limiar da morte, enquanto o cérebro feminino passa a receber bem menos sangue numa situação idêntica, o que inibe a dor, mas deixa a mulher confusa e, não raramente, a paralisa em perplexidade - essa natureza adversa explica parte do porquê de os homens sempre terem se envolvido mais em caçadas, explorações e batalhas do que as mulheres, mais voltadas ao lar, artesanato e prole. O que se conclui, logicamente, é que natureza do homem e da mulher divergem vastamente e por isso é impossível alegar, com base em provas, que somos idênticos e que, portanto, podemos exercer com a mesma qualificação as mesmas funções - isso não passa de falácia, de absurda mentira. Você preferiria ser criado, quando bebê, por uma mulher, mas salvo de um incêndio por um homem.
Por que estou falando sobre isso? Porque o que vejo ultimamente sendo massivamente incentivado pela mídia e pelo povo manipulado e transtornado é a supremacia da emoção sobre a razão, o que há de ter uma causa. Mas antes de expor com mais incisão o problema, vou tentar contar a sua história, o que facilita o entendimento do meu raciocínio:

Desde o Éden essa era uma realidade, uma essência reconhecida e respeitada: a família, sua honra e a participação de todos os membros intensamente e em seus devidos lugares e papéis. Eu disse "era", porque com a Revolução Industrial algo mudou: como antes não havia uma indústria a contratar centenas de pais de famílias para passar quase todos os dias de todas as semanas trabalhando em seu ambiente barulhento e esfumaçado, o sustento familiar geralmente era garantido por cada família individualmente e dentro de suas propriedades, muitos pela pecuária e agricultura, outros pela caça, comércio, cutelaria... havendo uma divisão de trabalho dentro do ambiente familiar, enquanto as mulheres tratavam de uma questão, os homens ratavam doutra e as crianças, envolvidas nessa atmosfera, acompanhavam todo o processo, sendo doutrinadas pelos pais e mais velhos em geral desde o berço, afim de herdarem os taletos e negócios da família. Ora, isso era maravilhoso para o desenvolvimento dos pequenos, que partilhavam de momentos de lazer com as outras crianças, enquanto ajudavam no serviço e, com isso, desenvolviam desde cedo seu corpo físico e intelectual - não falo de conhecimento em si, mas falo de capacidades e potenciais. É claro que isso era indispensável para a formação de adultos calejados, maduros e minados de princípios e honra, mas há outro aspecto na comunidade do lar que considero ainda mais importante, até porque a sua extinção é uma das causas do caos que está se instalando em nosso mundo pós-moderno: o filho homem ainda era orientado por um pai presente, enquanto o acompanhava o dia inteiro em seu serviço tipicamente masculino, ou seja: um indivíduo nascido para ser homem era muito bem doutrinado por um homem formado, o que consolidava a suas inclinações naturais.  Porém esse ciclo tradicional, esse ambiente vital, é bloqueado com a Revolução Industrial.
Quando o campo e as organizações familiares perderam total espaço para a indústria e os camponeses foram obrigados a abandonar suas antigas fontes de sustento e ruir com a tradição familiar em prol de um novo sistema, o homem também começou a morrer. A figura responsável, por meio da razão e da típica dedicação exaustiva em prol de um fim, pelas maiores descobertas e inventos da humanidade, entrou em declínio. Os pais de família foram praticamente sequestrados de seus lares e trancafiados em salas de máquinas, onde passavam quase todo o seu tempo, e as crianças começaram a ficar todo o tempo com as mães e, nalguns casos, avós. A indústria consumia tanto os homens que nem nos curtos tempos de descanso estavam dispostos a orientar seus filhos adequadamente. O resultado é que gerações de homens passaram a nascer e se desenvolver num universo governado por mulheres, de quem recebiam as primeiras orientações no lar e em quem se espelhavam, por passarem a maior parte do tempo diante delas, e, logo mais, de quem receberam toda a educação escolar. Não quero menosprezar as mulheres, mas convenhamos que as diferenças anatômicas e psicológicas são vastas demais para se obter bons resultados em uma educação dirigida exclusivamente por apenas um dos sexos - uma menina não se forma corretamente se for orientada só pela mãe ou pelo pai e, tampouco, um menino em igual situação. O que se espera de um ser cuja natureza se sustenta fortemente na razão quando educado forçadamente por uma influência muito mais emotiva? Essa é a questão: desde a Revolução Industrial os homens começaram a morrer porque o que é essencialmente masculino entrou em declínio pela massiva e, por que não, suprema influência feminina. Como uma bola de neve, uma árvore que cresce ou um dique onde a água se acumula, a situação foi piorando com o tempo, principalmente porque as mulheres, entendendo a sua posição mais favorável, com o fôlego de domínio e liberdade, com base no imenso poder em suas mãos, passaram a se levantar em movimentos feministas, inimigos da tradição e da sociedade patriarcal.
Com meu raciocínio e minha própria análise da história, chego a uma conclusão para nossos dias: o citado "império da emoção" que nos cerca atualmente só se consolidou com tal poder porque a parte mais racional se curvou diante da parte mais emotiva, simplesmente isso! De uma sociedade patriarcal, regida pelo líder ríspido e determinado, migramos para uma sociedade inconstante, fundamentada na plena emoção, sem restrições, sem contrapeso. É lógico que fria razão é destrutivo, assim como total emoção também, e é por isso que o casal heterossexual, como originalmente fora projetado por Deus, é o equilíbrio perfeito para alicerçar uma sociedade sadia. Bom, não estou preocupado em agradar todos e sei que esse texto é ofensivo para muitos, mas a ofensa só deixa mais evidente a mensagem aqui transmitida - com base na razão e na frieza das evidências chego à verdades inconvenientes, o que, por sinal, toda a verdade costuma ser. Que também fique claro que não estou dizendo que o homem não tem emoções, sendo apenas razão, e que a mulher não tem razão, sendo só emoção, pois, pela razão, aplicada ao que se percebe, não poderia alegar isso, trata-se apenas do ponto mais evidente de ambos, o que, também, não nega excessões.
De qualquer modo, os dias em que valorizamos mais a vida de animais do que de alguns seres humanos -porque cães são "fofinhos"-, os dias em que temos pena de disciplinar fisicamente os nossos filhos -porque eles são "indefesos"-, os tempos em que os criminosos, por dó, são absolvidos de modo impune, são os mesmos dias em que o homem tem perdido seus domínios e está sendo massacrado por hordas feministas, são os mesmos dias em que a educação das crianças é quase que totalmente feminilizada - pois, afinal, professoras são mulheres -, os mesmos dias em que os homens se ausentam do lar para, em bebedeiras, fugir de sua realidade deprimente ou, no trabalho, garantir o sustento familiar. Parece coincidência demais... o fato científico se assenta muito bem na realidade observada em nossa sociedade e, por isso, me obrigo a aceitar a conclusão na qual cheguei.
Emoção x razão:
Um exercício bem simples para compreender os diferentes potenciais da razão e da emoção está na mera observação dos resquícios do passado. O que hoje a nossa sociedade emotiva observa com os olhos românticos na catedral de Notre Dame, França, só foi possível com base na razão. A imensa estrutura de pedra, cuja nave possui 127 metros de comprimento, 48 de largura e arcos de 35 metros de altura, só pôde sair do papel porque seus criadores não olharam para todo o sofrimento físico e psicológico que o processo de construção envolveria, não prestaram atenção nos perigos, não permitiram que os obstáculos da impaciência ou do comodismo interferissem no andamento da obra, mas, sim, determinaram um fim absoluto e irrevogável e, sem relevar os sacrifícios dos meios, iniciaram o trabalho com a certeza, com base na frieza e determinação, de que aquilo, um dia, estaria terminado. Pela emoção muito provavelmente teriam deixado os clamores da mente e do corpo falarem mais alto do que as vontades e os planos racionais. É por isso que dizem que homens servem melhor para batalhas do que mulheres, pois, pela razão, pela frieza e determinação, o homem marcha ignorando todos os clamores físicos e psicológicos de seu corpo e alma, enquanto a mulher se detém, antes da batalha física, numa batalha ainda maior dentro de sua mente, corroendo-se de medo e sofrendo imaginando o sofrimento das famílias envolvidas, o sofrimento dos companheiros de luta e, inclusive, o sofrimento dos inimigos. A emoção, por fim, contraria os objetivos e planos preconcebidos, pois paralisa o indivíduo ou o faz tomar decisões precipitadas. Enquanto a mente racional não releva a dor no processo de se erguer uma ferrovia, pois pensa nos benefícios vindouros, a mente emocional prefere evitar o processo doloroso e, portanto, fica sem a ferrovia e os seus benefícios. Noutras palavras: pela razão você constrói o Titanic, mas pela emoção você o destrói.
É claro que temos exemplos péssimos de sociedades totalmente frias e racionais, como a regida pela ideologia de Mao Tsé-Tung, que matou cerca de 70 milhões de pessoas, ou pelo pensamento de Stálin, que promoveu o assassinato de algo entorno de 60 milhões, ou, ainda, o fanatismo de Hitler, responsável pela morte de 40 milhões. É por isso que Deus criou o homem e a mulher com picos diferentes para, unidos, se completarem, e é por isso que é necessário que nenhuma das partes perca sua área de atuação. No final das contas, a família tradicional sempre supriu bem as necessidades humanas, tendo um patriarca determinado a, pela razão, caminhar na frente de todos, pisando nos espinhos e arrebentando as correntes pelo caminho, enquanto a mulher ia logo atrás com os filhos, dando-lhes o suporte emocional.
Os perigos da emoção:
A supremacia da emoção, baseada na confusão de uma verdade individual e, logo, relativa, é genitora de vários movimentos totalmente maléficos. Primeiramente, quando abandona-se a razão, quando não existe mais uma liderança forte e determinada, todos se sentem no direito de governar, pelo menos no que se resume à sua vida, logo o antropocentrismo é exatamente aquilo que o homem emotivo procura: "eu sou o centro, o meu prazer, a minha vontade, o meu sucesso é tudo o que importa." É claro que isso culmina numa desmobilização tremenda, no reinado da lei do mais fácil, no comodismo e é por isso que ninguém mais se presta a construir algo que seja útil para as próximas gerações, pois o que vale é o "eu hoje", "todo o meu suor só pode escorrer se o benefício for para mim". Ninguém mais se preocupa em manter tradições e sistemas antigos, pois "se algo me priva de fazer o que eu quero, deve ser destruído", já que "eu sempre estou certo", já que "devo fazer aquilo que me faz sentir bem" e com isso destrói-se todo o suporte ético e moral que garante a sobrevivência de nossa espécie, da civilização. Em busca de meu próprio prazer momentâneo, faço questão de ajudar a dinamitar todos os alicerces vitais da sociedade, arruinando, por causa de meu individualismo desregrado, a vida de centenas de contemporâneos e, provavelmente, dos milhares das gerações futuras. É por isso que os jovens não se importam mais em ficar aos amassos na rua, diante de crianças até então ingênuas, ou o rebelde faz questão de ouvir seu funk cheio de obscenidades diante dessas mesmas figuras sem atentar para a integridade delas, fazendo valer a sua vontade por sobre o direito delas de crescerem de modo saudável. 
Falando em crianças, parece-me impossível esquecer que a diminuição da natalidade no Ocidente pós-modernista tem relação direta com o egoísmo e resposta aos clamores do corpo: o corpo quer prazer? Faz-se sexo. O corpo quer evitar as dores da gravidez e parto, além de não ter que se deter no processo estressante e caro em cifrões e tempo, que demanda uma criança? Tenha só um filho, nenhum ou, pior, aborte aquele está gerando.
A emoção está fazendo pais, que sentem pena dos filhos, evitarem toda a forma de rispidez na educação da criança -pois ela é "bonitinha"-, permitindo que ela governe a si mesma e ao lar, permitindo que ela, com sua parca sabedoria e conhecimento, destrua a si mesma e, futuramente, venha a arruinar o lar inteiro, seja o dos seus pais ou seja o que venha, futuramente, a constituir - a mente mais racional irá ponderar essas questões e, mesmo que seja doloroso disciplinar o filho, pelo bem futuro, o fará não poupando a vara e o olhar seco. A emoção está fazendo uma legião de seres definitivamente irracionais se deterem vorazmente na defesa de animais de estimação agredidos -porque são "fofinhos"- antes de fazê-lo em prol de outros seres humanos vítimas de fome, violência, exploração -porque não são tão "fofos" assim... A emoção está fazendo as pessoas equivalerem homens e animais, considerando em igual nível o valor deles, o que, com base na razão, se impossibilita, já que é óbvia a diferença entre eles e porque, logicamente, como seres humanos, devemos presar mais pela vida de nossos iguais, humanos, do que pela vida dos inumanos. A emoção luta contra penas duras à criminosos, com dó dos indivíduos, enquanto a razão analisa tanto o saldo positivo quanto negativo de uma pena brutal e considera mais benéfica para uma sociedade organizada e próspera uma pena dolorosa, de preferência mortal. A emoção luta em prol do desarmamento do povo, porque a imagem de uma arma cria "sensações ruins", enquanto a razão nos leva a considerar que milhões de pessoas de bem armadas dariam medo às centenas de criminosos, o que faria a criminalidade diminuir. A emoção acha que a mulher deve ser igual ao homem e fazer tudo o que o homem faz, enquanto a razão aceita a verdade de que as diferenças entre ambos os tornam mais aptos para exercer determinadas funções adversas. A emoção acha que o homossexual precisa ter tanto espaço e poder quanto o heterossexual, mas a razão me diz que o homossexualismo agride violentamente a constituição familiar tradicional e que isso pode fazer arruinar a sociedade estabelecida. A emoção me faz crer que todas as religiões são verdadeiras, porque isso me faz sentir bem, enquanto a razão me obriga a aceitar o fato de que uma única origem e natureza para o Universo obrigatoriamente indica uma única fonte criadora e regedora. A emoção me faz relativizar a moral, mas a razão me faz relevar o que de fato faz bem para a sociedade como um todo e repudiar aquilo que é potencialmente ruim. A emoção me faz batalhar em prol de meus prazeres, sejam sexuais, sejam gastronômicos, sejam eletrônicos, mas a razão me leva a cooperar com a minha integridade física, assim como com a integridade da outra pessoa envolvida, além de considerar o respeito pela honra de minha família. A emoção me faz aceitar tudo o que os outros pensam e fazem, afim de não ofendê-los, mas a razão me leva a desafiá-los quando errados, pois sua postura é maléfica para a integridade e estabilidade de minha comunidade. Bom, a emoção me faz trilhar as veredas dos institutos irracionais e bestiais que habitam a carne humana, o que só pode culminar em selvageria e caos, enquanto a razão me obriga a lutar contra esses instintos insanos em prol da sobriedade, em prol da sobrevivência.
O ser humano emotivo é um ser humano ridículo antes de nobre. Não há mais honra, não há mais sacrifício, não há mais causa, não há mais defesa da moral, da ética, dos mais novos e velhos, não há mais beleza, nem cavalheirismo, nem cortesia, ninguém mais quer se dar ao trabalho de construir um belíssimo e sólido castelo, para deixar como herança, se pode erguer uma cabana de palha e se entreter em orgias e bebedeiras antes de morrer, deixando apenas ruínas para os próximos -"e que se virem atrás de seu coração". Como ninguém mais quer construir o futuro, preferindo cavar e ornamentar minuciosa e ricamente a sua própria cova, o que podemos esperar do dia de amanhã? Logicamente o caos, pois a validade das coisas que os antigos construíram, com base na razão, logo chegará ao fim e só sobrará papel, palha e plástico, para queimar, derreter e ser levado pelo vento. O castelo a que me refiro é, antes de tudo, um cenário propício para o desenvolvimento dos futuros, um ambiente seguro, bem delimitado e cercado pela clareza da moral e ética, pela honra, pelo esforço, pelo sacrifício e a cabana de palha, nada mais do que um cenário erguido pela emoção e com base nos anseios carnais momentâneos - e é num mundo insano, que equivale animais a humanos, que incentiva o reinado de crianças, que menospreza o homem, que supervaloriza o homossexualismo e bissexualismo, que relativiza toda a moral e que tem como verdade qualquer ideologia ou religião, que nossos filhos estão para crescer. Nós não precisamos nos esforçar para entender que tudo isso se baseia na emoção, que é fruto de mentiras convenientes, que é exatamente o que naturalmente e instintivamente buscamos, portanto, também não precisamos nos esforçar para compreender que isso tudo é perigosíssimo para a nossa humanidade, que não passa de uma arapuca, gaiola, peçonha. O ditado diz que "o peixe morre pela boca", pois nada, atraído pela isca, para o anzol, já que tal isca lhe parece atraente e saborosa. Me parece que a humanidade de hoje está imitando o peixe em tal situação, já que se vê apta a abocanhar vorazmente aquilo que mais lhe dá prazer e satisfação, sem atentar para o gancho de metal. Pela emoção o homem não pensa e cai na armadilha, pela razão o homem se controla e priva do prazer momentâneo em prol da sobrevivência futura. O problema é que nossa humanidade sabe que tudo se trata de uma armadilha e, suicida, continua nadando ao seu encontro... por que?! Porque todos nós, emotivos, movidos pelo prazer e instinto, preferimos morrer regados de prazer do que garantir a sobrevivência da humanidade futura, já que ela não terá "nada a ver conosco". A incessante busca por felicidade individual, fundamentada na insanidade bestial, é a isca perfeita para caíramos nas garras daquele que quer nos fritar e consumir. É como um homem pular de um abismo de mil metros porque há um belo tesouro no fundo... "Mente invertida" e "Inversão".
Ora, é claro que devo valorizar as pessoas e criar laços afetivos com elas, mas é mais claro ainda que eu devo confrontá-las quando percebo que sua postura está prejudicando a sociedade -assim como devo ser confrontado- e, ao contrário do que dizem, a moral, o certo, o bom, não são relativos, são absolutos e facilmente identificáveis: o que não ataca os fundamentos vitais da humanidade, mas os fortalece, é bom, enquanto o que ataca tais fundamentos, é ruim, porque coopera com a morte -"O Ideal" e "Olhos de goblin". Por isso que Deus, pela Bíblia, nos incentiva a considerar a razão antes da emoção, mantendo o raciocínio e a sobriedade por sobre os instintos e prazeres carnais, pois a mente ativa evita tropeços e insanidades. É nisso que encontramos mais um ponto favorável para a validade do cristianismo: ele vai contra tudo o que naturalmente queremos e procuramos, ele nos estimula a lutarmos contra nossas vontades carnais e imediatistas em prol de coisas duradouras, de coisas eternas. Também parece ser por isso que a mente satânica que governa esse mundo tem estimulado tanto a luta contra a fé cristã e militado tanto em prol do carpe diem, do individualismo, do consumismo, dando milho aos pombos, suprindo com "pão e circo" a massa insana, desestimulando a formação de um real senso crítico e criando distrações e falsas polêmicas para que se tire o foco daquilo que realmente importa, dos miseráveis, daqueles que, padecendo fome, também são escravos dos que dominam. É mais fácil dominar seres irracionais do que racionais, pois os irracionais equivalemos a animais domesticáveis e os racionais, a humanos que domesticam.
Abra teus olhos!! Há coisas terríveis acontecendo e, sem dúvidas, a nossa sociedade, fervilhando em hormônios e impulsos, se sobrecarregará e explodirá como um barril de pólvora. Seres tão imediatistas, tão insanos e impulsivos, não podem ir longe demais, pois logo tropeçam em espinhos, afundam nalgum lamaçal, morrem de sede em terras tórridas, pois iniciaram louca marcha sem preparar os devidos suprimentos. Estamos destruíndo a família, a moral, a ética, o cristianismo, estamos destruíndo tudo em prol do relativismo regrado pela supremacia da emoção individual - e um rebanho esparso no campo é mais vulnerável aos lobos famintos do que um rebanho unido, da mesma forma que um lobo sozinho morre de fome e frio, por não ter liderança nem companheiros de caçada e repouso. Sejamos sóbrios! A emoção só nos irá destruir!! E eu, definitivamente, tenho medo do que pode se tornar uma geração que equivale cães e homens... com que dificuldade apoiariam um genocídio ou uma perseguição ao que consideram ofensivo e incômodo?! Pois a verdade incomoda... a verdade cristã, definitivamente, é uma pedra no caminho dos que querem criar as próprias regras. A solução? Mulheres: respeite os homens, mas continuem sendo mulheres, pois sua natureza é essencial para o equilíbrio masculino; homens: respeitem as mulheres, mas continuem sendo homens, pois sua natureza é essencial para o equilíbrio feminino; todos: lutemos pelo que realmente é válido e duradouro, pelo que é bom para a sociedade, não somente para nós mesmos! Para tal é necessário deixar de falsa e hipocritamente militar no comodismo da internet e agir de modo efetivo!! Porém, não nos esqueçamos: a única forma de sermos tão altruístas e sábios é considerando que a verdade absoluta está fora de nós, pois se encontra em Deus e que, por isso, não somos donos da razão e verdade, mas, sim, responderemos em juízo pelo que fizermos em relação à verdade dO Criador, estabelecida nitidamente na Palavra.
Natanael Castoldi

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domingo, 25 de dezembro de 2011

Impossível

No momento em que escrevo festejamos o Natal. É claro que a data da festa em si não é correta, mas isso não tira a importância memorial do evento que, pelo menos pra um em cada cem, tem algum valor que sobressai a hipocrisia religiosa e ritualística ou os cifrões e status. A questão é que algo assombrosamente maravilhoso é relembrado nesse dia: há mais de dois mil anos O Criador fez de si mesmo uma criatura para, então, poder habitar em meio a corrupção humana e, vivendo como homem, experimentar o sofrimento e fraqueza do imperfeito e, como um de nós, criar a ponte salvífica para O Perfeito, que é Ele na condição divina, que é O Pai, que O gerou e O enviou. Na verdade, existem outras culturas religiosas que falam de eventos semelhantes, do filho dos deuses descendo ao mundo para morrer -fruto de um anseio comum, provavelmente principiado em Gênesis 3:15-, mas nenhuma cultura expõe o evento de modo tão eficaz como a Bíblia, que serve o fato na mesma bandeja com que serve a razão, a filosofia, a verdade observável e experimentável. Nenhum mito religioso, por mais que trabalhe com algo semelhante, formula toda uma profundíssima teologia acerca disso, limitando-se a dizer simplesmente que "aconteceu", mas não nos dando motivo algum para crermos, porém com a Bíblia não é assim, são 66 livros que falam, basicamente, do mesmo assunto, que são dirigidos à mesma questão central, uns escritos milênios antes de Cristo e outros escritos algumas décadas depois de Sua morte e ressurreição, verdade que por si só já sobrepõe a Palavra por sobre qualquer mito, pois ela é testemunha da passagem do Filho esperado, indicando que, de fato, Ele veio ao mundo, isso sem contar com o fato de que a Palavra contém centenas de profecias proferidas antes do Messias nascer e quase todas, estranha ou divinamente, se consumaram com a Sua habitação entre os homens - as outras hão de se consumar nos Últimos Dias. A evidência histórica, fortalecida pela arqueologia, mas inegável pela própria existência do Novo Testamento e do cristianismo, são fundamentos  inquestionáveis e foi com base no incontestável que o famoso escritor inglês do século XX, C.S. Lewis, se curvou do ateísmo ao cristianismo, já que, de todos os contos que relatam a vinda do filho celestial ao mundo, o que se refere a Jesus é o único que realmente aconteceu.
Há inúmeros motivos para creditarmos tudo à Bíblia. Atualmente ninguém mais ousa questionar a existência de Jesus no passado, embora muitos ainda duvidem de Sua divindade, o que é no mínimo estranho, já que citam como verdade histórica o relato bíblico dos Evangelhos acerca da face palpável do ministério de Cristo e, ao mesmo tempo, negam os pontos que são em demasia espirituais, dando credibilidade ao autor apenas em parte, algo esquisito, pois se ele foi honesto no que se refere ao "natural", por que haveria de estar mentindo no que se refere aos eventos sobrenaturais? Bom, de qualquer forma, uma testemunha ocular a relatar em papel o que vira, reforçada por cópias manuscritas de seus dias -alguns fragmentos de pergaminho são, inclusive, da sexta ou sétima década depois do nascimento do Filho- não me pareceria disposta a forjar descaradamente uma mentira que a ninguém poderia enganar, pois o contato que Jesus teve com dezenas de milhares é um crivo infalível para definir se o que os apóstolos pregaram foi ou não verídico, já que eles não poderiam persuadir o povo que viu Cristo a crer no que não presenciaram - é o mesmo que alguém te fazer acreditar que você, ontem, atravessou um rio à nado quando, na verdade, nem saiu de casa. Eles não poderiam afirmar para uma multidão que tal viu Jesus multiplicar pães e peixes quando, na verdade, o determinado povo não presenciou isso... Mas eles afirmaram, o que, por si só, já parece bastar para crer, pois duvido que seriam ousados o suficiente para mentir para o povo de forma tão estúpida, caso o relato fosse falso. Jesus também, ao contrário do que dizem alguns historiadores, não angariou multidões por encabeçar uma revolução contra o Império Romano, contra o qual todos estavam insatisfeitos, pois ele nunca incentivou rebelião contra os governantes, pelo contrário, favoreceu a prestação de contas à César, o Imperador -Mateus 22:16-22-, interferiu nas atividades do Templo dos judeus -Mateus 21:12-13-, quebrou tradições judaicas -Lucas 13:14-17- e desafiou a elite do povo judeu -Mateus 9:33-34. Com isso não quero dizer que Jesus favorecia o Império Romano, até porque foi morto com a autorização de Pilatos -Mateus 27:24-, a questão é que a preocupação dO Filho estava em pregar uma Vida Eterna pelo Seu sangue e não militar em prol das coisas terrenas, por isso não tinha partido, nem estandarte humano, se vendo apto a questionar e repreender a todos, assim como a todos salvar -Mateus 6:20. 
A questão que quero relevar com isso é simples: Jesus atraiu multidões para si não por intermédio de uma política insurreta -apesar de ter um pensamento totalmente original e profundo, o que, por si só, O faz único e divino-, porque Ele mesmo fez questão de repreender todos os bajuladores -inclusive os que queriam torná-Lo rei, o que mostra que, se Ele quisesse, teria promovido uma revolução possivelmente maior do que a dos Macabeus, no período inter-testamentário-, vide João 6:25-27, Marcos 10:17-22 e Lucas 9:57-62. Jesus, por vezes carismático, era também rude e incisivo, falando a todos exatamente o que não queriam ouvir, desafiando todos os poderes e hipocrisias, questionando tanto a pobres quanto a ricos e, mesmo assim, multidões sempre O seguiram. Como isso foi possível? A única boa explicação se encontra nos eventos miraculosos e puramente espirituais de Seu ministério, coisa que os céticos ignoram. É lógico que aquele que alimentava, curava e expulsava demônios em tempos de terror e miséria na Palestina, seria seguido por milhares, e foi exatamente esse o mecanismo que Ele usou para atrair um povo sedento, primeiramente por amor, mas principalmente para, trazendo a si multidões, lhes fazer ouvir a Boa Nova salvífica e, a partir dos que ouviram, ver a mensagem se espalhando com o vento. A mensagem de Cristo era, sim, suave em muitos aspectos, reconfortando e dando esperanças, mas parece-me que não pode ter sido apenas a mensagem o fator atrativo do ministério, pois um povo insatisfeito com o Império certamente se contentaria mais em ter um líder político e militar e incentivar a rebelião -que aconteceu cerca de 30 anos depois da morte e ressurreição de Cristo- do que a paz -João 14:27- e o amor pelos inimigos -Mateus 5:44. Parece-me que a única forma de fazer um povo miserável ouvir justamente o que não queria era alimentando-o e curando-o para, demonstrando o poder de Deus, tornar-se alguém, no mínimo, confiável. Mas como um pobre andarilho galileu alimentaria multidões e os curaria? Certamente não tinha dinheiro para comprar mantimentos nem medicamentos -se é que existiam medicamentos eficazes para problemas que até hoje não conseguimos solucionar-, logo, o que nos resta, é crer em milagres totalmente divinos.
Outro fator essencial para se aceitar o poder divino do Cristo está na expectativa suprida: Jesus afirmou ser O Messias diante de um povo que num passado relativamente distante conhecera Moisés, Josué, Sansão, Davi, Elias, Eliseu... Ou seja, eles não acreditariam em alguém que afirmasse ser o Ungido do Senhor se ele não demonstrasse sinais divinos específicos, e se Jesus, dizendo-o, foi largamente aceito pelas multidões, então, de fato, supriu com excedências tudo o que se esperava, em termos de poder divino, dO Messias profetizado - certamente em milênios de espera o povo judeu já estava acostumado a lidar com falastrões. É claro que, no final das contas, foi o povo quem procurou pela morte dO Filho, pois, como já dito, quase todos nutriam ódio incontrolável pelo governo estrangeiro e, quando viram que Jesus não era o rei esperado e que não estava interessando em agrupar os exércitos celestiais para a conquista de Jerusalém, ignoraram todas as evidências de milagres assombrosos e procuraram trucidá-Lo, sem saber que o Antigo Testamento apresenta dois cenários distintos da atuação dO Filho, não um só: primeiramente vindo como humilde cordeiro sacrificial, em prol da expiação do pecado, como diz Isaías 53, sendo o ponto culminante daquilo que iniciara na primeira Páscoa, início do Êxodo -cap. 12- e, posteriormente, vindo com o esplendor de um rei, para governar eternamente sobre os justos -Oséias 14:4-9-, conforme a Aliança Davídica -2 Samuel 7:8-17-, o que ainda esperamos. De qualquer forma, Jesus, sendo o contrário do que os judeus esperavam, Deus nascido numa caverna e tendo como primeiro berço uma manjedoura, filho de um pobre carpinteiro, habitante de uma terra de camponeses marginalizados, acompanhado, entre outros, de pescadores e mulheres -descreditadas na época- e tão pobre quanto o mais pobre dos homens, só pôde sobreviver três anos afirmando sendo O Messias porque realizava sinais e milagres -ele era a pessoa que os judeus não queriam e, ainda por cima, falava o que não esperavam ouvir, logo, a sua única esperança de aceitação foram os milagres - sem eles Jesus não teria se tornado popular e, provavelmente, o teriam matado muito antes da hora. Por fim: Jesus existiu, os apóstolos escreveram a verdade e Cristo promoveu, sim, sinais e prodígios, logo, Ele era, e É, realmente, O Filho!
Mas por que, além do que está exposto, o Novo Testamento merece confiança? Primeiramente porque somente um gênio sobre-humano conseguiria dar continuidade e unidade tão assombrosas ao enredo de milênios contido no Antigo Testamento - o Novo Testamento, ao mesmo tempo que se liga perfeitamente a cada vírgula e detalhe contigo no Antigo, é uma grandíssima surpresa, pois nos mostra a resolução de tudo o que fora sendo erguido nos tempos antigos da forma que ninguém esperava, ninguém suspeitava, O Messias que todos ansiavam desde o Período Patriarcal veio para mais do que um dia libertar os justos, veio para quebrar todos os preconceitos judaicos e gentílicos: desafiou o legalismo e a tradição, esteve com prostitutas, ladrões e estrangeiros, não defendeu partido ou poder secular algum, andou com mulheres e rudes galileus, ele mesmo fora pobre, desafiou todos à mudança de vida, independentemente de seu cargo e posição social. Esses dois aspectos tornam o Novo Testamento autêntico e divino, pois nenhum homem conseguiria forjar algo tão preciso e, ao mesmo tempo, tão novo e espantoso, trata-se de uma resposta perfeita e absolutamente inesperada, indo contra tudo o que os homens realmente queriam e buscavam. Se o Novo Testamento fosse forjado, afim de atrair multidões, não poderia ter sido feito por uma única pessoa, pois há uma diversidade ímpar de autores, estilos e datas, e, ainda assim, não teria sido bem projetado, pois foram usados traços repulsivos para qualquer bom judeu da época: Jesus questionou a forma com que os fariseus praticavam a Lei, Jesus era considerado jovem demais para ganhar o respeito dos anciãos, Jesus nasceu em miséria, vindo de uma família pouco valorizada, crescendo em uma terra não muito bem vista, em meio a uma sociedade de camponeses também desvalorizados pelos homens cultos, além de ter desenvolvido o seu ministério em pobreza, ao lado de galileus tão marginalizados quanto ele e, pior, ao lado de mulheres, que, como já disse, eram muito pouco prestigiadas pelos judeus, mas existem dois fatores principais que fazem do Novo Testamento algo escrito com total sinceridade: dois dos Evangelhos foram escritos por discípulos íntimos de Jesus, homens galileus, ou seja, camponeses pouco valorizados, João sendo pescador, o que lhe dá ainda menos credibilidade, e Mateus, um cobrador de impostos, naturalmente odiado pelo povo e, como segundo ponto, o fato de terem sido mulheres as primeiras testemunhas do evento mais importante do cristianismo: a Ressurreição. Maria Madalena e Maria, mãe de Jesus, dão o primeiro relato do sepulcro aberto -Mateus 28:1-8. Se, naquela época, você quisesse transmitir confiança forjando algo, não iria se dizer camponês, nem galileu e, tampouco, daria muito espaço às mulheres, principalmente em eventos tão relevantes.
A natureza literária do Novo Testamento também deixa clara a sua autenticidade, pois o texto é sempre muito direto e bruto, sem ornamentos ou precauções, coisa típica de quem está inseguro. A clareza e objetividade dos relatos, sem muitas explicações, mostra que os autores sabiam muito bem sobre o que estavam falando e que a existência e os feitos de Cristo precediam o relato escrito, facilitando o serviço do autor, que, já ciente de que os leitores sabiam de quem e sobre o que ele estava escrevendo, só precisava se deter em uma visão geral dos eventos e nalguns detalhes específicos e de valor determinante, não era necessário dizer que Jesus existiu e argumentar em prol disso, pois todos já o sabiam, a questão era apresentá-Lo como O Messias relatando, em especial, Suas sabedoria e os eventos milagrosos, e nem para tal se preocuparam em argumentar demais quanto a autenticidade do relato, pois, também, as palavras de Jesus e a fama de Seu poder já haviam tomado o mundo antes dos manuscritos. A maior confusão para os que contestam a autenticidade a Bíblia está bem nisso: eles pensam que o cristianismo ganhou poder através das Escrituras, mas não! As Escrituras do Novo Testamento vieram como reforço a um movimento que já estava bem forte, cujos destinatários eram de igrejas cristãs que em momentos de perseguição e crise passaram a depender da doutrina escrita, afim de fortalecer a fé e lutar contra as heresias crescentes. Enquanto o Império Romano e os judeus perseguiam a nova crença, ela fora ganhando espaço entre o povo marginalizado e, não tardando, entre a elite, fazendo curvarem-se os filósofos e, inclusive, tomando membros da guarda de elite do imperador romano e, não tardando, o próprio imperador. Isso mesmo: o movimento inaugurado por um andarilho galileu morto desonrosamente e mantido, primeiramente, por pobres camponeses, dominou o mundo, mesmo mediante perseguição e inimizade das elites e do Estado. É fácil, então, entender que Cristo realmente foi o que está escrito, pois o povo pobre não se leva pelas filosofias profundas, mas se entrega pelo que vê e, por terem visto e sentido, é que os pobres encabeçaram o começo da revolução cristã, que, pela sua filosofias profundíssima, logo atraiu os pensadores, que se entregaram sem ambições, já que, inicialmente, ao lado de Cristo, aceitaram serem os alvos de caçadas ferrenhas. Em resumo, a verdade de Cristo se alastrou pelo mundo por meio de missionários totalmente convictos e dedicados para, não tardando, ser reforçada pelos manuscritos de testemunhas oculares totalmente sinceras e bem intencionadas, que, por sinal, não pouparam seus textos de detalhes desanimadores - como a vergonhosa atitude de Pedro ao negar Jesus três vezes -Mateus 26:34.
Mas o movimento principiado com Cristo, se tivesse parado com a Sua ressurreição, certamente não teria tido todo o efeito que hoje podemos analisar, e é a continuidade do ministério dO Filho após a sua ascensão que o restante do Novo Testamento relata, sendo a Igreja o Corpo de Cristo. O livro de Atos é assombroso nessa questão e podemos trabalhar em prol de sua autenticidade com argumentos semelhantes aos já usados: alguns de seus protagonistas são galileus, os mesmos camponeses que seguiram Jesus, exceto Paulo, que teve uma visão dO Filho, afim de se converter; os apóstolos não poderiam tratar Jesus falando sobre coisas que o povo não tinha realmente presenciado e a estrutura do texto é objetiva e transmite segurança demais para ter sido forjado, até porque trata-se de uma carta com um remetente específico, já que Lucas mesmo afirma ter escrito para Teófilo, a quem também dedicou o seu Evangelho. O fato de ter sido uma carta torna o texto ainda mais confiável, pois vê-se que não se trata de algo forjado para persuadir multidões, mas uma correspondência entre amigos, provida da sinceridade e coleguismo típicas de um relacionamento assim. Lucas, após estudar vastamente sobre o Cristo e os apóstolos de que tanto se falava, relatou por escrito o fruto de suas pesquisas e enviou a um sábio, aparentemente, grego. Parece-me que tanto Lucas quanto Teófilo estavam especialmente interessados em desvendar as verdades sobre aqueles que tanto chamavam a atenção do mundo da época, porque, de fato, relatos de milagres assombrosos e palavras revolucionárias, falando de Cristo ou dos apóstolos, se disseminavam pelo povo de forma a instigar a curiosidade de todos. Lucas, penso eu, como um homem letrado e de cultura, assim como Teófilo, não se deixou levar simplesmente pelo que ouvira, pois tudo era fantástico demais para simplesmente ser crido, então decidiu ir ver para crer, concluindo, felizmente, que tudo se tratava de uma assustadoramente maravilhosa verdade, tanto sobre Jesus, quanto sobre os apóstolos. Atos não se trata de uma carta persuasiva em estética e profundidade, mas apresenta-se simplesmente como um relato honesto e sincero do fato histórico, relatando, em breves palavras, somente o que aconteceu e foi dito, sem muitos "parênteses" do autor.
A autenticidade do livros de Atos é evidência do que podemos concluir pela lógica: os discípulos não poderiam alegar sua autoridade apostólica sem nenhum sinal e prodígio, pois o próprio Jesus lhes havia dado poder -Lucas 10:9; Mateus 10:8-, portanto, se diziam terem estado com O Filho, deveriam provar tanto que, de fato, haviam estado com Ele, quanto que, verdadeiramente, Jesus era O Messias e, para tal, nada melhor do que favor divino como autenticador. O que começou com João Batista, culminou com Jesus e se encorpou com os apóstolos, realmente mexeu o mundo, pois para os judeus parecia nítido o poder de Deus já que, por alguns momentos, feitos tão extraordinários quanto os dos antigos profetas se desenrolavam diante dos seus olhos e, para os de fora, a evidência era a prova de que o Deus de Israel era maior, mais ativo e mais poderoso do qualquer outro deus. Jesus é diferente de Thor, porque Ele existiu no mundo visível, dentro da história e num tempo relativamente recente, não era como um conto obscuro, de uma era remota ou realidade isolada. Da mesma forma, os apóstolos existiram no mundo real, visível e recente, além de terem recebido respaldo da escrita, eles diziam ter tido contato com O Cristo e nenhum de seus contemporâneos ousava questionar essa idéia, o que parece provar que Jesus de fato existiu e que Ele, realmente, esteve com as pessoas que alegam terem estado com Ele. Eles não só falaram sobre os dias em que estiveram com O Filho de Deus, mas repetiram, sem falha, a Sua mensagem, e comprovaram a sua afirmação através de feitos assombrosos, que você pode achar facilmente na leitura de Atos. Dos feitos, o que parece ter dado maior força à Igreja foi o dia de Pentecostes, Atos 2, cuja maravilhosa e evidente descida do Espírito Santo levou três mil a se converterem à Cristo e fez o nome dO Filho e dos apóstolos ali presentes se espalharem pelo mundo mediterrâneo através dos judeus da diáspora. Se o relato fosse mentiroso, provavelmente alguns dos muitos milhares que compareceram a esse dia teriam se manifestado em oposição, até porque, como já disse, você não pode fazer alguém crer numa mentira sobre ele mesmo e, da mesma forma, os apóstolos não poderiam dizer aos judeus da diáspora que algo estrondoso aconteceu no Pentecostes, quando ninguém de fato o presenciou - isso se fortalece quando levamos em conta que três mil se converteram, o que, se fosse mentira, logo desabaria, pois todos se perguntariam: "onde estão os tais 3 mil?!" É a mesma coisa que eu afirmar que existe um prédio de noventa andares na minha cidade de vinte mil habitantes, tentando enganar o povo que, familiarizado com a pequena Encantado, certamente não acreditaria.
A expansão geográfica relatada no livro também é um fator de autenticidade, primeiro porque tamanha expansão, em poucas décadas chegando à capital do Império, não poderia ter se dado sem nenhuma evidência espiritual, sem nenhum milagre ou assombro, até porque havia vasta oposição e, segundo, porque se o livro não falasse a verdade, seria fácil demais para os habitantes dessas terras negarem os relatos e feitos apostólicos suposta e mentirosamente desenrolados na frente de suas casas - felizmente não temos documentos com tais afirmações, pelo contrário: toda a inicial oposição contra a fé cristã nunca questionou a existência de Cristo, o que Ele fez e, tampouco, a existência dos apóstolos, suas viagens e seus feitos, trabalhando mais no questionamento da postura incômoda dos seguidores dO Messias. Existe ainda outro fator de determinante valor para confirmar a validade de Atos: Lucas cita inúmeros nomes de autoridades políticas da época, além de eventos seculares ou eclesiásticos, e a análise história desse nomes e eventos somente constata e localiza sem erro o livro de Atos na história. Seria fácil demais desmanchar o relato de Atos se os líderes ali apresentados não tivessem tido contato real com os apóstolos ou se a experiência deles com os seguidores de Cristo tivesse sido diferente, primeiro porque Teófilo parecia culto o suficiente, devido ao nível de texto que Lucas lhe destina, para perceber mentiras desse tipo e, segundo, porque os outros muitos leitores a quem o relato fora inicialmente destinado fariam a mesma análise e perceberiam incoerências, incluindo as figuras citadas. Você não pode mentir para alguém utilizando-se de algo que faz parte da vida daquela pessoa, como eu dizer que seu cachorro preto e peludo é, na verdade, laranja e pelado. Da mesma forma, Lucas não falaria de uma liderança eclesiástica ou secular fictícia para um povo que conhecia muito bem o cenário político do Mediterrâneo daqueles dias, para eles era simples entender, por exemplo: o Evangelho chegou com poder e de súbito na Ilha de Malta -Atos 28-, isso é fato! O relato dos acontecimentos diz que milagres paulinos precederam as conversões e não há ninguém que afirme o contrário, além de não haver outra explicação para uma aceitação tão estrondosa, até porque viajantes que por lá passaram constataram a mudança e ouviram dos habitantes locais sobre os eventos. Era simples: se o indivíduo não acreditasse no relato, bastava ir até o local determinado e conferir - felizmente todos os que fizeram isso ouviram das testemunhas oculares a verdade relatada na Bíblia, senão haveria toda uma documentação a questionar. O fato é que o testemunho dos que viram, ouviram e tocaram em Cristo e nos apóstolos precedeu toda a escritura do Novo Testamento, logo, trata-se de evento histórico, não literatura mal intencionada.
Vou concluir o artigo com as cartas de Paulo, incluindo no raciocínio também as cartas não paulinas: tudo o que Paulo escreveu não o foi para persuadir povos, mas para orientar povos já persuadidos pela verdade histórica e inquestionável dos atos de Cristo e dos atos apostólicos. O que temos hoje de cartas na Bíblia são, na verdade, documentos que nós "confiscamos", que não foram escritos para nós, mas faziam parte do diálogo entre o apóstolo e seus seguidores, o que, como acontece com Atos e Lucas, dá mais credibilidade ao texto, tratando-o como um assunto comum entre as duas partes, com ambos os lados já conhecedores da verdade em questão, mas um doutrinando o outro - nós apenas nos metemos nessa história, tomando as cartas e extraíndo delas a verdade eterna do Deus imutável. Se Jesus tivesse vindo há poucas décadas, nós descobriríamos o Seu pensamento através dos apóstolos bipando seus telefones fixos, invadindo suas caixas de e-mail, fazendo parte de um grupo de remetentes. A mensagem não é somente confiável porque tratava-se do fruto da busca sincera de duas partes parceiras, mas porque o apóstolo trabalhava com sinais e prodígios a constatar a sua autoridade divina - Paulo não era louco de relatar feitos miraculosos dele para uma igreja específica se aquilo, de fato, não tivesse acontecido, pois a mentira logo circularia e ele cairia em descrédito, porém nunca, nunca isso aconteceu, portanto, é bem provável de que ele sempre falou a verdade e, sem dúvidas, promoveu sinais apostólicos. É maravilhoso o fato de hoje termos em mãos o produto daquele que, inspirado por Deus, alicerçou boa parte de nossa teologia, ainda mais porque as evidências, através de sua sabedoria, de seus sinais miraculosos e dos frutos de seu trabalho, nos dão plena certeza de que se trata, realmente, de alguém inquestionavelmente confiável.
Historiadores do primeiro século, como Josefo, nos dão relatos oculares da explosão cristã, inclusive apontando Cristo como o precursor - o que é obvio, já que todo o efeito precisa de uma causa ou causador -, além disso temos os famosos Pais da Igreja, pensadores e cristãos de influência que lideraram a movimento cristão logo após a morte dos apóstolos. Alguns dos Pais da Igreja alegam terem sido discípulos dos apóstolos ou seguidores de discípulos dos mesmos, o que autentica a existência apostólica e do próprio  Jesus e valida os relatos miraculosos contidos no Novo Testamento, pois os apóstolos deram suas vidas Àquele que afirmaram ter promovido feitos grandemente sobrenaturais e estes foram seguidos por indivíduos que não só continuaram crendo nos milagres de Cristo, mas que também alegaram e fortaleceram a idéia de que os próprios apóstolos promoveram sinais semelhantes aos dO Filho. Ao lado dos discípulos de Jesus e dos seus sucessores há multidões de pessoas que também se envolveram de uma forma ou de outra nesses maravilhosamente espantosos dias, o que só fortalece mais o relato, pois, como já disse, não temos ninguém, no início da Era Cristã, a afirmar que nem Cristo e nem os apóstolos fizeram o que alegaram ter feito. A própria expansão da Igreja é evidência desse princípio profunda e poderosamente espiritual.
O fato é que não se pode negar o relato bíblico, não há fundamentos que se sustentam para uma oposição. Por favor, pense! Se ao menos 10% dos milagres relatados nas Escrituras tiverem acontecido, já temos evidência de SOBRA pra acreditar em Deus e na divindade de Cristo, e crendo que 10% fora possível, é muito fácil considerar os 90% restantes como viáveis, pois a impossibilidade, através do nítido poder dO Pai, deixa de existir. Felizmente a Bíblia não deixa dúvidas de que ela é inteiramente confiável, primeiro pela sua assombrosa natureza, cuja unidade e profundidade, confeccionada ao longo de 1,5 milênios e por dezenas de autores, está acima de nossa compreensão, e segundo porque grande parte de suas profecias se cumpriram e a arqueologia a constata quase que inteiramente. Não existe nenhuma possibilidade do ceticismo destruir a verdade cristã, primeiramente porque a Bíblia é uma testemunha espantosa da existência de Deus, em segundo lugar porque há mecanismos e complexidades no Universo a depender da ação intelectual, em terceiro lugar porque EU vivo esse Cristo e O sinto de forma profunda, além de todos os relatos de eventos espirituais que eu presenciei e dos quais ouvi falar, e, em quarto lugar, porque nenhuma teoria naturalista exclui a possibilidade da existência espiritual, que pode coexistir, existir em paralelo à matéria, sem ser vista ou tocada, mas que eu posso ter certeza da existência com base nas evidências nessa postagem relatadas. Com tudo isso me parece mais seguro creditar verdade à inquestionável evidência vivida e documentada, do que nalgum pedaço questionável de fóssil ou coisa parecida - o problema é que ao invés de interpretar o pedaço de osso conforme a evidência mais forte, molda-se a evidência mais forte ao pedaço de osso, deturpando a realidade mais provável.
Aqui finalizo a minha postagem natalina, procurando deixar claro o fato de que é simplesmente impossível negar a vinda, a morte, a ressurreição e a ascensão de Cristo, não existe argumento, não existe evidência, não existe filosofia ou qualquer outra coisa que possa desafiar a inegável e inabalável verdade histórica - que se constata diariamente com a mudança de vida de milhares que se entregam aO Filho. Repensemos os nossos conceitos e argumentos, há muito mais coisas sobre as quais refletirmos do que normalmente concebemos.
Natanael Castoldi

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domingo, 4 de dezembro de 2011

Voltemos ao cristianismo!

Sim, fiquei bastante tempo sem escrever aqui no blog. É importante tirarmos tempo para nos abastecermos mais do que produzirmos, volta e meia Deus nos leva para tempos de descanso e, de fato, esses últimos tempos foram muito especiais, pois pude dedicar-me mais aos relacionamentos, já que não me vi horas a fio escrevendo aqui. Talvez essa seja a nova tendência do meu blog, até porque já não tenho mais muito o que escrever.
O que segue é o produto de umas breves reflexões que fiz de súbito, trabalhando conceitos cristãos através de imagens e pequenas frases - e talvez isso seja mais efetivo do que grandes textos. Como sabemos, a humanidade pós-moderna tem esquecido de verdades inquestionáveis e tem questionado a Igreja com base em pré-concepções geralmente infundadas. Vou trabalhar com uma seqüência lógica de conceitos, afim de revitalizar em ti as grandes verdades desse mundo e do cristianismo.

Antes de tudo, vou postar a imagem polêmica que principiou todo o restante de minhas reflexões fundamentadas nos moldes em questão, isso juntamente com a minha resposta:
Imagem original:
Minha resposta:
O homem é naturalmente bom? Eis uma pergunta relevante para nossos dias, nos quais realmente pensamos que somos boas pessoas e, por isso, merecedores do Céu. Com as imagens que seguem, espero mudar em ti essa percepção absurda.
Militância prol liberdade sexual  x  luta contra a fome
 Direitos dos animais x direitos dos seres humanos
Muito gasto com Michael Jackson -exemplo-  x  pouco gasto em mantimentos aos pobres
 Muito tempo ouvindo Lady Gaga -exemplo-  x  pouco tempo em meio aos pobres
Grande tristeza pela morte de Steve Jobs -exemplo-  x  tristeza alguma pelo sofrimento de milhões

Você realmente é uma boa pessoa? Ou um verdadeiro assassino, que, pela omissão, mata centenas de pessoas em prol de teu próprio comodismo?! Você se acha uma pessoa culta, que critica a sociedade e os seus problemas, mas não levanta o traseiro do sofá para fazer nada! Malditos homens que somos!! Nos achamos bons, mas lutamos antes pela liberdade sexual de alguns, do que pelo suprir das necessidades vitais básicas de milhões! Lutamos antes pelo conforto e vida de animais irracionais do que pela sobrevivência de milhões -ou mais de um bilhão- de seres humanos que padecem de toda a espécie de privação! Poxa, nós damos mais valor aos animais do que aos homens!! Mas, ainda assim, nos achamos boas pessoas, mesmo que invistamos quase todos os nossos recursos em prol de nosso prazer, sem destinar um centavo sequer aos que nada possuem; ainda assim dedicamos todo o nosso tempo à procura de nosso bem estar, enquanto outros muitos não possuem bem algum. Nós choramos mais pela morte de uma celebridade que nos ignorava, do que pela dor de centenas de milhões que fariam de tudo para comer os farelos de pão que caem de nossas mesas!! Você ainda se acha uma "boa pessoa"? Prefiro te chamar de assassino, ladrão, arrogante e egoísta - prefiro me considerar isso. Tenho certeza que tudo o que mais merecemos é, sem dúvida, o Inferno!! Ora, Deus é justo!

Você acha que agrada à Deus? Essa é outra pergunta relevante para os nossos dias. Se todos hoje pensam que são boas pessoal, então todos pensam que agradam muito à Deus, esquecendo-se de que não são "bons meninos" e que ser "bom" não necessariamente implica em estar com O Pai. Espero que você entenda isso com as imagens que seguem:
 Tempo e apreciação por Harry Potter -exemplo-  x  tempo e apreciação por Cristo
 Respeito e reverência por Bill Gates -exemplo-  x  respeito e reverência por Cristo
 Anseio pela vinda do Papai Noel -presentes e crescimento material-  x anseio pela vinda de Cristo
Fé e créditos à pessoa do Presidente Lula -exemplo-  x  fé e créditos à pessoa de Cristo

Ora, como você pode se achar um "amigo de Deus" se O considera tão pouco? Se Ele é o último na tua vida?! Sejamos honestos: todos nós tratamos Deus mais como um inimigo do que como um amigo, logo, todos nós merecemos, sim, o Inferno, que é a única alternativa para quem quer passar a eternidade longe dEle.

"Ok, eu não sou uma boa pessoa e, geralmente, estou longe de ter Deus como amigo. Mas, ainda assim, faço diferença positiva no ambiente em que vivo, sendo o melhor que posso numa realidade distante da pobreza." Será? De qualquer forma, isso não te aproximaria de Deus... Mas tente contestar as imagens que seguem:
 Eletrônicos -prazer ou trabalho-  x  família
 Noitadas com amigos -prazeres-  x  fidelidade -tempo e valor- no casamento
 Estilos e gostos expressos publicamente  x  respeito pelos outros, principalmente os mais velhos
Promiscuidade e devassidão  x  integridade física, psicológica e espiritual das crianças

Pelo visto, você não é um agente tão positivo assim no ambiente em que vive -nem eu-, parecendo-se mais uma criatura ingrata e egocêntrica, que não está nenhum pouco preocupada com a integridade dos próximos, fazendo o mundo inteiro circular em torno de si e crendo que o teu prazer individual vale mais do que o bem estar de todos, que o futuro da humanidade pode ser jogado no lixo em nome de teu prazer HOJE.

"Certo, eu sou uma pessoa que se move antes pela emoção do que pela razão e, definitivamente, não represento um acréscimo positivo nesse mundo. Tudo bem. Mas será que estou tão errado assim se até mesmo a igreja e seus cristãos estão mergulhados nesse mesmo tipo de situação?" Essa é uma boa pergunta e para ela há uma resposta ainda melhor, que espero que seja bem compreendida com as imagens abaixo:
 Vaidade e lucro pessoal  x  relacionamento com Cristo
 Vaidade e lucro pessoal  x  valor e dedicação à família
 Entrega aos valores mundanos -exemplo: Harry Potter-  x  entrega aos valores bíblicos
 Religiosidade  x  relacionamento genuíno com Cristo
Religiosidade -ritual de culto-  x  amor pelo próximo
Religiosidade -devoção ritualística-  x  amor pelo próximo
Valor e dedicação à família  x  religiosidade
 Magnitude material da igreja  x  simplicidade e evangelismo
Vida pobre e sacrificial de Cristo  x  prosperidade material
 Verdade bíblica  x  postura hipócrita da igreja
Postura hipócrita da igreja  x  postura santa de Cristo

"Certo, certo... as falhas da igreja e dos cristãos não são falhas de Cristo. Entendo isso. O problema está nas pessoas, não na fé cristã. Mas, mesmo assim, a igreja está suja, por isso acho que posso viver a minha religiosidade individual sem igreja alguma e sem depender da Palavra. Posso tentar ser uma pessoa melhor sem estar num ambiente de igreja nem ter cultura bíblica". Esse é um pensamento muito comum nos nossos dias, mas a Bíblia nunca deu aval para isso!! Não há como escapar dessa verdade, por mais incômoda que seja! Sim, a igreja de nossos dias está pervertendo-se, mas isso não te impede de, estando inserido nela, ser um verdadeiro cristão e promover mudança, segundo a vontade de Cristo. Se você for bíblico, fará isso.
 Religiosidade herética  x  cristianismo bíblico
 "Cristianismo" sem "Corpo de Cristo"  x  fé dentro do "Corpo de Cristo"

 "Tá bom, você venceu. Eu sou uma pessoa muito má, totalmente egoísta e acomodada, que quer saber muito pouco de Deus e que critica desonestamente a Igreja e Cristo como forma de argumentar em prol de meu comodismo e prazer desregrado, pois, no fundo no fundo, o que realmente quero é não me submeter à Deus. O problema, definitivamente, está em mim antes de estar nos outros. Eu sou culpado." Pronto, chegamos no ponto culminante de todo esse pensamento: somos totalmente vis e merecedores do Inferno, pois detestamos Deus e os próximos, idolatrando-nos, pois achamos que podemos nos trilhar nossos próprios caminhos, como se não existisse uma Verdade Absoluta no fundamento de tudo. Cristãos e incrédulos: voltemos à sobriedade, voltemos à Verdade!! Façamos isso para o nosso próprio bem, façamos isso para bem de nossos próximos, para o bem desse mundo inteiro! A tendência, fora disso, é o caos e a aniquilação individual e mundial. Eu exorto: por amor à Deus, por amor ao próximo e por amor a ti mesmo, mude de postura!! Eu também te falo isso por amor, simplesmente por amor.
Natanael Castoldi

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