De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; pelo contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 2 Pedro 1:16

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Seriedade

Bom, depois de algum tempo decidi escrever novamente uma postagem voltada para a postura cristã de fato. Tudo o que vivi nesses últimos tempos me fez migrar, gradativamente e novamente, de uma perspectiva mais fria e teórica da Palavra para uma postura mais prática, de ver Deus agindo de maneira inquestionável, mudando vidas à olhos vistos. Foi isso que aconteceu na Viagem Missionária que fizemos semana passada no curso ATOS, quando fomos para Erebango, norte do Rio Grande do Sul, passar cinco dias por lá, afim de levarmos o Evangelho à todas as escolas e turmas, à creche, às famílias... Também trabalhamos com os índios guaranis, os drogados e etc. O fato é que foi perceptível o agir de algo colossal por detrás de nosso serviço, obviamente Deus, já que tudo deu extremamente certo, pessoas retornaram à igreja, outras decidiram se converter e consegui fazer várias amizades, mas o mais gratificante foi ver, após a visita que fizemos à aldeia guarani, uma boa parte da aldeia visitando, por vontade própria, a Igreja Batista no domingo à noite, incluindo o cacique e o pajé. Eles nunca tinham entrado nessa igreja -alguns foram ouvir falar de Jesus há pouquíssimo tempo- e, do anda, a aldeia toda foi profundamente impactada por Cristo. Isso é o cristianismo: estar no meio, estar com os que precisam, sem temor, sem tremor - de fato, vi como Deus nos dá ousadia para chegarmos perante todos, assim como o Seu Espírito amolece aqueles que mais nos assustam. Estar lá evangelizando não foi um fardo, fiquei exausto com extremo prazer e alegria!!
A questão que refleti há alguns dias vem como fruto direto de uma visão mais prática da Palavra, que transpassa todo o conhecimento: seriedade. O que quero dizer com "seriedade" é que o cristianismo é, sim, um assunto sério, que exige respeito e temor, que exige dedicação e entrega total, não havendo meio-termo, não havendo possibilidade de frieza, não havendo contínua -e maligna- calmaria, longo descanso em terra: o cristianismo não é brincadeira, ele tem teoria apenas para desenvolver a prática e essa prática se resume em abrirmos mão de nós mesmos para que Cristo viva em nós, tornar-nos em nada para que Deus faça o que quiser conosco, nos humilharmos e mostrarmos fracos, para que possamos viver em serviço aos outros, dedicando todas as nossas energias na conversão, perseverança e motivação dos próximos, suprindo-lhes física e espiritualmente, mesmo que isso desgaste nosso corpo e nosso espírito - na verdade, o desgaste do corpo, representando um sacrifício de nossa carne, apenas fortalece o nosso espírito, tornando-nos mais dependentes dos outros, ampliando nosso amor por eles, e tornando-nos mais dependentes de Deus, ampliando nosso amor pelo Pai, que tanto nos ama. Não quero dizer que o cristianismo é algo triste e doloroso, pelo contrário: mortificando nossa carne traiçoeira e efêmera, nos tornamos, gradativamente, o que originalmente deveríamos ser, recuperando, aos poucos, nossa identidade genuína, nos encontrando, vivendo com perspectiva, com uma razão, com uma Causa. Somos felizes à medida que o Espírito de Deus nos alegra e nos faz exultar com o bem e a satisfação dos próximos. O Corpo de Cristo deve ter como marca a alegria, natural de uma comunidade desapegada das riquezas enganosas da carne e do mundo, de uma comunidade totalmente unida, ligada em amizade e apoio mútuo.
Com seriedade e alegria, assim deve ser tido o cristianismo. A seriedade nos faz buscar santidade e servir até que, se necessário, nosso corpo não suporte. A alegria nos motiva a servir e nos faz ser luz num mundo cada vez mais melancólico, tomado de pessoas carentes e solitárias, frustradas, mergulhadas em vícios e totalmente movidas pelos prazeres momentâneos e terrivelmente mentirosos: pífias miragens num deserto tórrido. Devemos ser sal e luz para os que correm incessantemente atrás de ilusões para, no final, apenas encontrar a solidão num asilo ou numa velha casa, em profunda tristeza e desilusão, esperando nada menos do que a morte como meio de se libertar da frustração e exaustão. Nós temos futuro, nós temos causa, nós temos identidade, nós temos amor!! É disso que nossa sociedade precisa e é com nossa retumbante alegria, de uma genuína e simples felicidade, totalmente embasada no fato de sermos filhos de Deus, que os incrédulos desesperados verão uma saída, uma solução. Mas não se engane, só com seriedade é que conseguiremos, além da ortodoxia -o reto crer-, viver a ortopraxia -o reto agir-, só com seriedade conseguiremos ter alegria com temor, só com seriedade conseguiremos ser cristãos de fato, que seguem à risca a proposta de Cristo e, só sendo cristãos de fato, é que teremos como demonstrar a verdadeira alegria, que só pode vir de Deus. Uma coisa depende a outra: a seriedade na fé produz a alegria (Lucas 10:20; Filipenses 4:4) de sermos filhos de Deus e a alegria nos motiva a manter a seriedade nesses termos (Lucas 1:74-75; Efésios 6:18).
Algo que atualmente tenho visto nas igrejas que estão desandando espiritualmente por aí, se resume numa imensa falta de temor e tremor perante o Senhor do Universo. As congregações deixaram de formar um corpo, uma comunidade totalmente unida e interdependente, assim como dependente de Cristo, para se constituírem em verdadeiros clubes, onde cada busca a felicidade individual por meio de anseios de prosperidade e vitória material, ou na busca por status e "dons" espirituais para ter renome no mundo gospel. A seriedade está se perdendo, o pecado já não é mais problema, pois "Deus não se importa mais com isso", não existe mais Céu nem Inferno: "o Céu é aqui e agora, devemos reinar nesse mundo hoje, devemos ser prósperos LOGO", é o que dizem; o Inferno é ruim demais para ser citado, "um Deus bom não vai mandar ninguém pra lá, não importa a tua postura, por mais impura que seja", não há mais conseqüências, basta falar em milagres e riquezas, pois assim a igreja enche mais rapidamente. E a Segunda Vinda de Cristo? A esperança de sermos achados nEle? A expectativa de nos mantemos santos para quando Ele voltar? Bom, a Segunda Vinda já foi esquecida, ninguém quer prestar contas de sua imundície, "o que vale é só o prazer imediato, o EU" e assim a igreja de nossos dias, de modo geral, tem deixado de ser cristã de fato, pois todos os grandes fundamentos da fé estão sendo abandonados e o cerne da Obra de Cristo, o cerne da vida cristã, que é se doar aos outros, tem perdido espaço para um capitalismo selvagem. 
Essa falta de temor, a falsa alegria que tem se abatido numa igreja corrupta, sincrética, cuja liturgia se baseia no uso de velas, "vassouras abençoadas", "martelos da bênção", "sabonetes purificadores"(...) e veterotestamentária, tentando reconstruir a realidade judaica do "Templo feito por mãos humanas" como casa de Deus, anulando o valor da morte de Jesus, faz com que a postura do indivíduo não represente muita coisa. O que o cristãos faz na ordem do dia -e da noite- não tem mais importância nenhuma, contanto que seja dizimista, pode pecar à vontade -pode beber, pode adulterar, pode roubar-, pode, tudo ele pode e isso não é mais relevante, criando a falsa idéia de que Deus não vê ou que não vai fazer nada, que Ele não zela pelo Seu nome e pela Noiva do Filho, crendo que a postura impura não vai prejudicar a igreja, tampouco a própria vida. Em resumo, tudo está se tornando em meros rituais, religiosidade puramente mística ou, noutro extremo, profundamente gélida, bastando apenas uma aparição na igreja, o cumprimento de um cronograma, o "mexer de uns pauzinhos" e pronto, "Deus está satisfeito" e a impureza pode prosseguir dominando a vida do cristão, que é falso e mentiroso no domingo de celebração e devasso durante o restante da semana. Na verdade o que tem acontecido nesse universo sincrético daquilo que já fora cristianismo, é um crescente ateísmo prático, ou seja: a pessoa finge que Deus não existe nalguns momentos oportunos, afim de prosseguir dominada pela carne. O fato é que, para se chegar ao ponto em que chegamos, só pode haver, no coração de muitos, uma descrença total na existência do Deus Vivo, devido à falta de temor, à zombaria, à frieza - uns, voluntária e involuntariamente desacreditando a existência espiritual -pois não o temem- e outros descrendo no Deus cristão, pois vivem uma religião pagã, embora intitulada de cristã, e exaltam um deus que não está na Bíblia: o deus que se deixa levar por rituais, o deus que aceita o pecado, o deus que supervaloriza o dinheiro e as riquezas. O modo de culto que muitos "cristãos" de hoje empregam, na verdade, parece agradar mais ao "Outro" do que ao Senhor do Universo. São mesmo cristãos? Não sei, sei que Deus julga... E julga de forma justa, extremamente benigna para Seus filhos e terrivelmente torturante para os Seus inimigos!
A verdade é que Deus nos leva muito mais a sério do que pensamos, Ele compreende e releva tudo o que falamos, nossos atos retumbam com muito mais poder do que concebemos, sim, somos mais influentes do que normalmente compreendemos. Deus entende o que falamos e o valor que Ele nos dá, o nível de interesse que Ele tem para conosco, O fazem levar em conta todas as palavras que desferimos e todos os passos que damos, respondendo de forma coerente com o que pedimos através de tudo o que fazemos. Com Deus não se brinca, Gálatas 6:7, acaso somos mais fortes do que Ele?! 1 Coríntios 10:22. Há uma série de exemplos bíblicos de seríssimas conseqüências na vida de indivíduos, famílias e da nação de Israel por intermédio das atitudes de um ou outro irresponsável. Vale a pena analisarmos alguns desses casos para que repensemos nosso cristianismo, nossa postura, nosso crédito para com as coisas de Deus.
Adão, "pecadinho": o primeiro homem é, também, o culpado por nossa natureza falha e mortal. Adão e Eva vivam felizes no Éden, tendo plena liberdade de ser e agir, porém privados de uma só coisa: comer o Fruto Proibido (Gênesis 2:12-17). Foi uma proibição, uma ordenança de Deus: "não faça isso!" Mas Adão e sua esposa não relevaram suficientemente a ordem do Pai e comeram esse tal fruto. O resultado desse único ato de desobediência é que o ser humano tornou-se mortal, suscetível à doenças e à ação maligna, passou a sofrer para trabalhar e ter filhos e se tornou inimigo da natureza e das feras selvagens (Gênesis 3). O Pecado, que entrou em Adão pelo simples fato de ter desobedecido Deus uma primeira vez, hoje atinge algo entorno de 7 bilhões de pessoas e está levando para o Inferno uma imensa quantidade delas, que, antes da morte, ainda padeceram de profundo sofrimento e dor, num dificílima vida. É claro que não somos como Adão, O Primeiro, vindo de Deus, mas é de se pensar no quanto nossa postura tem potencial destrutivo não só para nós, mas para nossas igrejas, nossas famílias e nossa sociedade."É só um pecadinho!" Será?
Cão, desrespeito: o mais jovem filho de Noé foi também o alvo de uma grande maldição desferida por seu pai. Após o Dilúvio, ao colher o fruto da videira e produzir vinho, Noé embebedou-se e ficou nu - eu até entendo essa postura da parte do ancião, pois, sem dúvida, o mundo logo após o Dilúvio não passava de um charco fétido e sem grande beleza, o que deveria ser deprimente. Cão, o primeiro a ver seu pai nu, riu-se dele e maliciosamente chamou os outros dois irmãos para que o vissem. Cão pecou ao desrespeitar, ao ferir a honra de Noé, ao desafiar a sua autoridade e, por isso, Noé, irado com a postura de seu filho, lançou uma profecia malévola sobre ele e toda a sua descendência, que hoje compreende os povos africanos: "sua descendência sempre irá servir aos seus irmãos" e, de fato, os resultados dessa profecia são vistos ao longo de grande parte da história -Gênesis 9:21-29.
Quem é o nosso pai? Quem dizemos ser O Pai? Deus. O quanto O temos honrado mediante esse mundo maligno?! Sei que grande parte dos ditos cristãos está atentando, sem temor algum, contra o nome de Deus, seja rindo-se dEle em piadas, seja na devassidão e mal exemplo, seja na corrupção, seja no usar vão de Seu nome ou atribuindo-Lhe feitos e vontades que Ele não fez e não tem. "Não tem problema brincar um pouco..." Como somos estúpidos nessas horas... O Deus que pode fender um abismo imenso abaixo de nossos pés a qualquer momento não é alguém de quem se zomba!
Esaú, impulso: lá estava Esaú, voltando, provavelmente, de alguns dias de caçada, dias que, pelo visto, não lhe reverteram sucesso, se via esfomeado - creio ter sido, de fato, uma fome considerável, partindo do ponto de que ele não teve êxito na caçada. Ao ver seu irmão, Jacó, preparando lentilha -ou guisado-, cedeu aos impulsos de seu corpo e trocou a refeição, que mataria a fome do momento, pela sua primogenitura e, logicamente, Jacó aceitou a proposta -Gênesis 25:30-34. O resultado disso é que a profecia incondicional de Deus para Abraão, de terra, descendência e bênção mundial, herdada por Isaque, o filho prometido, foi então passada para Jacó, que tornara-se o primogênito e herdeiro.
Quantas vezes deixamos o impulso do momento tomar conta de nossa mente, aniquilar a razão, nos dominar e fazer-nos pecar? Será que esses lapsos são tão insignificantes assim?! Ah, Deus releva tudo o que fazemos! E, muitas vezes, mesmo que não o falemos, nossas atitudes são como a de Esaú: quando entre Deus e uma vida reta como Seus filhos e o pecado, traço típico e imperante dos incrédulos, escolhemos livremente pelo pecado, estamos, automaticamente, negando a filiação de Deus, pois o homem não "fala" apenas por palavras, mas por meio de atitudes - ainda bem que Deus tem paciência e insiste, com base no Seu infinito amor. Mas cuidemos: alguns -ou muitos- naufragaram na fé achando que um pecadinho aqui e ali não faz diferença nenhuma -1 Timóteo 1:19.
Levi, vingança: o filho de Jacó, Levi, perdeu o direito a ter uma terra em Canaã, obrigando-se a habitar nas tribos de seus irmãos, nas tendas deles, pelo fato de ter, ao lado de Simeão, vingado com extrema violência os atos dos habitantes de Siquém. Por isso a tribo de Levi ficou encarregada, no Êxodo, de cuidar do Tabernáculo e, posteriormente, do Templo, no período dos Reis, já que, não tendo terra onde habitar, se via disponível para o serviço integral. A questão, porém, não é o serviço religioso, mas a maldição de Gênesis 49:5-7, resultado eterno de um ato impulsivo de Levi e Simeão, que, provavelmente, acharam que lhes era lícito vingar sua família, que esse ato cruel era "bem" motivado o suficiente para não ser relevado por Deus, mas não, a justiça deles contradisse a Palavra do Eterno, que é inquestionável e inegociável.
Quantas vezes em nossa vida tentamos arranjar bons argumentos e motivações para cometer um pecado? Quantas vezes procuramos tornar lícito o ilícito?! Mentimos para nós mesmos! Deus não negocia Suas ordenanças, não há excessões, não pode-se bajulá-Lo!! "Ah, eu menti por uma boa causa..." Meu amigo, ser cristão é aguentar no osso as conseqüências de ser honesto o tempo inteiro! E esse é o nosso diferencial, apenas assim Deus nos honra!!
Moisés, falta de temor: no Êxodo hebreu Moisés mostrou-se um homem extremamente paciente e dedicado ao serviço, mas no ponto do livro de Números ele já estava esgotado mediante um povo blasfemador e impaciente. É no capítulo 20, versículos 10-12 que ele perde de vez a calma e, evidentemente se ira, além do povo, com Deus. Essa única falha, essa falta de temor perante o Pai, ao lado da falta de fé, fez com que Moisés, após décadas na frente do seu povo, guiando-os para Canaã, a Terra Prometida, perdesse a oportunidade de também entrar nela, morrendo no deserto ao lado de toda a geração que saíra do Egito.
É claro que nós podemos ser sinceros para com Deus e falarmos tudo o que sentimos, mas Ele quer respeito e esse respeito deve resistir mediante todos os problemas e desafios que se levantarem perante nós. Enquanto respeitamos a Deus, também devemos mantér o amor pelos próximos, não importando o que venhamos a receber deles. Muitas vezes usamos o argumento dos problemas para descontar em Deus e naqueles que nos cercam, mas essa falta de devoção e entrega ao Pai certamente não resultará em boa coisa.
Espias, falta de fé: em Números há um acontecimento dramático: quando Israel finalmente chega às "portas" da Terra Prometida, 12 espias, um de cada tribo, são enviados para analisar a região e estudar os inimigos que viriam pela frente. Após 40 dias de peregrinação em Canaã eles voltam e 10 deles resmungam perante Moisés, dizendo ser impossível que consigam tomar posse da promessa de Deus, pois o povo cananeu é muito poderoso, alguns são gigantes e outros moram em cidades colossais. A falta de fé e o desânimo contagiante desses espias, que fez o povo todo temer, fez com que Deus, irado com a nação de Israel, extremamente descrente e rebelde, enviasse o povo para padecer de quase 40 anos de viagens infindáveis pelo deserto, afim de que todos os que saíram do Egito, blasfemadores e infiéis, morressem e uma nova geração, nascida no Êxodo, pudesse, então, tomar posse da Terra Prometida. A descrença no poder de Deus da parte de 10 homens, a contagiar outros, fez com que centenas de milhares perdessem o direito à Promessa e morressem em terras áridas. Apenas Josué e Calebe, dos 12 espias, receberam a recompensa da Promessa, porque creram. Números 13:26-33; 14:1-24.
Quantas vezes nós, ao nos depararmos com barreiras, às vezes por comodismo, às vezes por desamparo, achamos que é melhor desistir, descrendo no poder de Deus? Como nossos atos, nossa pouca fé, contagiam os que nos cercam?! Nós responderemos pelo quanto cremos e pela maneira como influenciamos nossos irmãos!
Acã, "pecado oculto": o livro de Josué nos conta uma história preocupante: os exércitos de Israel, liderados por Josué, estavam perdendo batalha após batalha, Deus parecia não estar mais do lado de Seu povo. Então O Pai revelou à Josué o motivo de tantas perdas: "há anátema no Meu povo" -Josué 7:13. Josué então saiu a procurá-lo e encontrou-o: um homem de nome Acã tomou para si despojos de guerra, indo contra o que Deus ordenara, além de tê-lo feito em sigilo, sem o consentimento de seu líder. Essa atitude pecaminosa de Acã resultou na morte por apedrejamento -da mesma forma sofreram todos os de sua casa e até mesmo os seus animais -Josué 7:20-26.
Muitas vezes pensamos que um pecadinho aqui e ali não vai nos fazer mal e muito menos fazer mal a outros, basta fazê-lo em oculto que não teremos problemas, acontece que a nossa postura maliciosa pode influenciar espiritualmente toda a vida de nossa família e igreja,  perfurando o casco da embarcação onde todos navegam juntos, ateando fogo no teto de sapê da cabana onde todos habitam. Esse cristão que pensa que o pecado oculto não influencia ninguém, é como um Cavalo de Tróia no meio em que vive: infestado de trevas é um impecílio para a igreja, um bloqueio para a ação de Deus na congregação. E como fazemos isso!! Deveríamos levar mais a sério a nossa postura...
Saul, arrogância: quando tomou o trono de Israel, isso contra a vontade, não demorou muito para Saul demonstrar o seu caráter. No capítulo 15 de 1 Samuel há o relato de uma grande vitória de Saul sobre os amalequitas, mas, ao lado dessa vitória, o arrependimento da parte de Deus pelo fato de ter instituído Saul como rei. Por que isso? Porque Deus não se preocupa só com vitórias e sucesso da parte de Seus filhos, Ele quer, antes de tudo isso, devoção e obediência. Saul venceu, mas desobedeceu a Deus quando, ao invés de destruir tudo o que os amalequitas tinham, como Ele o havia ordenado, permitiu que seus guerreiros tomassem para si o melhor do gado do rei aprisionado. Saul ainda planejara, por conta própria, oferecer o melhor desse gado como sacrifício a Deus, sem atentar para a necessidade da figura do sacerdote - ele mesmo, em sua arrogância, achava-se no direito de fazê-lo. Quando Saul achou-se bom e autossuficiente demais, Deus o reprovou e o "simples" ato de ter pego o gado e providenciado o seu sacrifício sem o aval de Deus o fez perder o direito de ser rei de Israel, assim como a sua linhagem - versículos 20-30.
Nós também seguidamente achamos que chegamos num nível de conhecimento bíblico e "poder" espiritual alto o bastante para começarmos a andar por conta, crendo que as nossas idéias e vontades estão em paralelo ou acima das de Deus, achando que sabemos melhor do que Deus o que fazer ou, pior ainda, pensando que nossa balança está tão inclinada pro "bom" que podemos pecar, ir contra a vontade de Deus, pois temos créditos com Ele. Mas Ele não releva essas coisas, Ele vê nosso coração!! A arrogância é o caminho mais rápido para a idolatria de nós mesmos e, logo, o abandono de Deus e dos ideais cristãos, que se baseiam em amor, humildade e entrega.
Davi, imediatismo: Davi, "o homem segundo o coração de Deus", também teve seus dias negros, mas o que o salvou da ira divina foi a sua humildade em reconhecer seu pecado, a prontidão em se humilhar e quebrantar perante o Pai, ao contrário de Saul, que tentou discutir com Deus -o que lhe reverteu em juízo. Mas a postura de Davi, por mais que ele tenha se humilhado, não ficou impune, reverteu-se em sua descendência. O rei de Israel deixou-se seduzir pela imagem de Bate-Seba banhando-se e buscou em seu coração uma maneira de tomá-la para si e, por fim, com ela se deitou, engravidando-a. Para evitar que Urias, o marido de Bate-Seba, soubesse do evento, Davi tramou contra ele, enviando-o para a morte certa na retaguarda dos exércitos de Israel em batalha -1 Samuel 11. No capítulo 12, então, Deus falou por intermédio do profeta Natã, dizendo que o mal promovido por Davi traria a violência para a casa de Israel e, no versículo 11, dá a entender que o fato de Israel ter sido tomado repetidamente por outros povos ao longo da história tem conseqüência direta com o que Davi fez. Além do desmoronar da casa de Davi, Deus alertou sobre a vergonha que Israel passaria e sobre a morte do filho que ele teve com Bate-Seba. Davi pensou que pecando às escondidas nada lhe aconteceria, mas sua postura trouxe conseqüência terríveis sobre o Povo Escolhido. O imediatismo, o domínio dos instintos e prazeres sobre Davi o levou a adulterar e à assassinar, o que fez cair terrível juízo sobre a sua descendência.
E você? Pensa que um ou outro pecado não faz diferença? Que fazê-lo em oculto lhe deixará impune? Que teu pecado só trará problemas, quanto muito, a ti mesmo? Está enganado. Um pecadinho aqui e ali faz toda a diferença, fazê-lo em oculto não muda nada perante Deus e, sem dúvida, influencia negativamente tua casa, tua igreja. Cuidado! Deus é juiz!!
Salomão, desvio: o filho de Davi ainda recebeu alguns privilégios de Deus, apesar do pecado do pai. A sabedoria que O Senhor concedeu ao grande rei de Israel o fez expandir as terras, encher de riquezas a nação e torná-la famosa no mundo e isso, aos poucos, transformou o outrora bom coração de Salomão num poço de ganância: a vida de Salomão tornou-se mera politicagem em nome de riquezas, passou a casar-se com mulheres pagãs, afim de expandir suas alianças políticas com outros reis e, para facilitar, ele permitiu que o paganismo se infiltrasse com poder em Israel - inclusive ele mesmo passou a prestar culto os ídolos. As riquezas perverteram Salomão: ele abriu as portas, algumas excessões, para a impureza, afim de lucrar mais, porém essas "excessões" logo o contaminaram e o fizeram esquecer de Deus. O ato de Salomão, que "dividiu o coração", fez com que Deus julgasse Israel, dividindo-o também. Em seguida ocorreu todo um conflito civil e a nação se dividiu entre Israel e Judá, com profecias de dominação e aniquilação para ambas -1 Reis 11:1-13.
E nós? Como temos nos portado? Será que achamos que um pouquinho de impureza aqui e ali não vai fazer mal? Será que, almejando lucro, é válido abrir excessões? Muitas igrejas de hoje tem se portado como Salomão: aceita-se tudo e todos sem incentivar uma mudança de vida da parte dos "convertidos", afim de que mais gente encha as igreja, dizime e o pastor tenha mais poder e fique mais popular, porém essa aceitação do impuro já mostra resultados: a igreja, em muitos lugares, está se corrompendo profundamente e perdendo, abrindo mão, da presença de Deus. É por isso que o cristianismo hoje é mal falado por todos, motivo de piadas e vergonha. Pensemos nisso! Como cristãos, como temos lidado com o Mal? A aceitação das trevas nos faz, gradativamente, penetrar nelas, nos permite dominar por elas e então, por fim, nos desviamos. Deus leva a sério o pouquíssimo respeito e consideração que temos para com Ele, com a Obra e para com os demais! Ele leva a sério e nos julgará segundo essa nossa postura!!
Hebreus no pós-exílio, retorno: uma prova derradeira de que Deus não está para brincadeira se lê em Neemias: após o juízo de Deus em Judá e o Exílio, o Povo Escolhido voltou para casa afim de recomeçar, agora eles tinham uma nova chance para acertar, fazendo o que Deus quer. Porém, não tardou e muitos hebreus se misturaram aos estrangeiros, cometendo, novamente, o erro de Juízes: reinserindo a impureza e a contaminação de que haviam se livrado no Exílio. Os judeus, que no capítulo 10, versículo 30, prometeram que não se envolveriam com os estrangeiros, afim de mantér a retidão em Deus, no capítulo 13 já estavam se casando com mulheres doutros povos -versos 23-30. A reação de Neemias é drástica: anulou os casamentos, afim de cortar esse mal crescente e evitar o pior. Os hebreus estavam voltando à podridão em que já estiveram e só uma atitude extremamente agressiva pôde evitar -momentaneamente- isso.
Devemos pensar como Neemias, pois a vida com Deus é mais importante do que tudo!! Se há algo errado, um pecado, um problema, seja lá o que for, temos que ser drásticos e energéticos como oposição, seja em nossa vida, seja em nosso meio. A coisa é séria, não estamos de brincadeira, uma brecha para o mal pode fazer tudo ruir!! Não demos oportunidade ao Maligno!
Eu poderia citar outros exemplos, pois são muitos, mas creio que esse já bastam. A questão que uns podem levantar é que estamos na Nova Aliança e que tudo mudou, o que é verdade, porém, os cristãos que querem arranjar argumentos para o pecado, esquecessem-se que Deus não mudou! O mesmo Deus que julgou severamente o Mal outrora é o Deus que hoje seguimos! Mesmo que a Aliança tenha mudado, a vontade do Pai e Sua natureza não mudaram, o padrão moral de Deus continua o mesmo!! O Seu anseio por obediência entrega total não mudou! E, inclusive, o Seu senso de justiça continua igual: Ele irá punir o Mal, Ele irá punir os homens segundo os seus corações, seja hoje ou seja no Juízo Final. Estejamos atentos, cristãos! Ainda existe o Inferno e o Juízo, Jesus ainda não voltou, o pecado é uma realidade e Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre!! Isso é absoluto e independe das teologias mirabolantes que perambulam por aí, independe do teu ponto de vista! É assim e pronto. Temos Cristo, a quem devemos nos entregar e o exemplo que devemos seguir: o exemplo de humildade, amor, entrega e martírio. Então sejamos com e como Ele, isso basta! A vida cristã nunca existiu para ser fácil nesse mundo, pelo contrário! Há problemas, há desafios, há muita dor e muitas lutas!! Mas, mesmo assim, conseguimos ser as pessoas mais alegres desse Universo, pois temos algo que ninguém além de nós tem: acesso, por intermédio do Santo Filho, ao Deus Eterno, fonte suprema de amor e vida!! Sendo assim, o hoje, de luta, pouco vale mediante de uma eternidade inteira de paz e felicidade!! Portanto, tomemos a Espada e a afiemos para a batalha, não há tempo há perder, não estamos num "faz-de-conta", é tudo muito sério e veraz! Uma guerra existe e temos que lutá-la, para que um dia encontremos a paz que hoje só a Espada pode providenciar!! Hebreus 4:12 e Efésios 6:17.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Inversão

Hoje, enquanto tomava meu banho diário, refleti sobre algumas das questões mais relevantes de nossa sociedade atual, algumas dessas, por sinal, serão tratadas no trabalho de conclusão de teologia básica do curso ATOS. Por fim, percebi que os mais fortes movimentos de nosso governo e sociedade se contradizem, o argumento de um lado invalida o argumento do outro, evidenciando a total falta de razão e validade das idéias propostas, que não são defendidas com base numa sólida verdade, apenas com base numa grandíssima maldade.
Vou começar a postagem falando sobre aborto e desarmamento. O argumento máximo das feministas sobre o aborto é: "eu faço o que quero com meu corpo e tirar de mim um pedaço de carne disforme e inumano é um direito meu". Eu simplesmente não sei onde foi parar a razão humana, o nosso senso intelectual, de perceber o óbvio, de notar e concordar com o inquestionável, pois o que se vê hoje é um bando de seres bípedes, vestidos de forma bizarra, alienados exclusivamente nos prazeres instintivos, principalmente o sexo, sem tempo ou condições de pensar, tampouco produzir algo decente. Eu tenho certeza que os dias de glória da humanidade se perderam nas areias do tempo, hoje não passamos de uma caricatura daquele que construiu as Pirâmides ou o Coliseu.  Nossa mente está tão enfraquecida que não mais concordamos com aquilo que era consenso, por sua obviedade, pelos povos mais primitivos: se você nunca viu nascer uma galinha de uma mulher, então é óbvio que o feto é HUMANO, não há como mudar isso, essa é uma realidade inegociável, à partir do momento em que algo vivo concentra toda a informação humana, que só precisa de tempo e nutrição para formar os traços típicos do homem, então esse algo é um HUMANO VIVO. Se eu arranco do chão um broto de árvore, estou arrancando o que? Um alface? Não, uma árvore, pois aquilo não é e não pode vir a ser outra coisa, senão uma árvore. A mente humana está tão depravada que já não mais consegue conceber uma realidade tão simplória... E, ainda por cima, crê que o feto faz parte do corpo da mãe, que é apenas uma membrana, dando o direito de a mãe, fazendo "o que quer com o seu corpo", extraí-lo e matá-lo - como se o completo ser humano que há no seu útero tivesse alguma coisa haver com a mãe, não sendo um ser completo, embora dependente. -Não sei se a mente humana está, de fato, tão depravada, ou se o ser humano está, conscientemente, se fazendo um assassino frio e traiçoeiro.
Eu não sei, não sei mesmo, de onde vem o misticismo todo que envolve a nossa sociedade na questão do aborto, como se o bebê não fosse humano até o dia do seu nascimento e, apenas quando viesse à luz, do nada, puff, se tornaria, de algo inumano, em algo humano. Como se mudasse alguma coisa na informação genética do pequeno o ambiente uterino ou o ambiente externo. O fato é que bebês prematuros de 6 meses ou antes conseguem, nalguns casos, sobreviver, o que indica que já são seres humanos. Se é crime matar um bebê prematuro de seis meses, por que não seria crime matar um bebê de mesma idade, mas que esteja ainda preso à mãe?! Outro detalhe a ser observado é que, se basta para o feto receber a nutrição por parte da mãe que o resto todo ele realiza por conta, que ele se encarrega de todo o seu desenvolvimento, então a mãe não tem domínio sobre a sua vida, que é autônoma, ficando óbvio que ele é um ser em si mesmo, com anseio de viver e crescer, de sobreviver e garantir para si um espaço na humanidade... essa pequena criatura, que sabe lutar, desde o princípio, pela sua própria vida, está muito longe de ser um "amontoado de células disforme".
Ok, enquanto há todo um movimento atraente e cada vez mais aceito se disseminando em nossa sociedade, cuja única proposta é assassinar centenas de milhares simplesmente porque algumas moças deixaram-se levar pelos seus instintos perversos e se descuidaram -e que não querem pagar o preço de suas próprias decisões-, há outro movimento em andamento e também crescendo grandemente, devido ao grande apoio e estímulo -ou melhor, inspiração- do nosso "querido" governo: o desarmamento do povo. O detalhe interessante é que nessa outra questão os militantes vêm com a proposta de diminuir o número de homicídios em nossa nação - ou seja, enquanto defendem o homicídio por meio do aborto, crêem ser viável combatê-lo por meio do desarmamento. Com base nessa imensa hipocrisia, me resta perguntar: onde está a moral? Onde está a razão dessa proposta?!  Não sei...
O fato é que vi por aí que um dos argumentos da campanha, que se fortalece no país, se baseia em dados, que supostamente alegam que grande parte das armas usadas por criminosos brasileiros atualmente vêm de origem legal e são de fabricação nacional, fazendo-os apontar os lares como maiores fornecedores de armas da nação. Porém o que eles maliciosamente ocultam é o fato de que nossa polícia corrupta também usa armas de cunho legal e de fabricação nacional - isso se tal estatística é verdadeira, já que as próprias pesquisas de preferência nas eleições do ano passado pareceram-me, sinceramente, forjadas, pois o resultado nas urnas mostrou-se largamente diferente. 
Bom, partindo de um ponto de vista lógico, nenhum assaltante desarmado irá entrar numa casa, que sabe conter uma arma, afim de roubar essa arma - tampouco o fará se já estiver armado. A verdade observada -e lógica- é que, sabendo que determinado civil possui uma arma de fogo, o assaltante irá pensar uma mil vezes antes de assaltá-lo e, provavelmente, desistirá - o argumento contrário é que o assaltante é quase um homem de guerra, totalmente douto na arte das armas e que um cidadão comum jamais irá estar no seu nível num embate armado, porém a realidade, segundo mais se escuta, é que grande parte dos ladrões são inexperientes e entram em desespero quando são descobertos e enfrentados. Eu moro numa cidade, Encantado, Rio Grande do Sul, onde o povo, grande parte constituído de descendência italiana e recentemente -além de parcialmente- urbano, possui, de modo geral, alguma arma de fogo em casa. Vê-se assaltos, sim, em estabelecimentos comerciais, mas, sinceramente, de pessoas conhecidas eu NUNCA ouvi relato algum de assalto em casa -um ou outro relato da parte de desconhecidos, mas são extremamente raros. É óbvio que nenhum guri viciado em crack irá tentar invadir uma residência cujo proprietário possui uma espingarda... e como o número de armas nas casas é alto, ele não irá arriscar assaltar casa alguma, pois nunca saberá se tal família está ou não armada.
A questão é que arma em casa não aumenta o índice de homicídios, na pior das hipóteses o mantém, mas a grande probabilidade é que ele diminua. Um homem armado dificilmente irá tentar contra outro homem armado - isso vale para assaltantes e civis em geral. O fato é que não é por ser uma arma que ela é sangrenta e será usada para matar -uma faca não o é-, a arma serve, na maioria dos casos, como um símbolo de autoridade e soberania do cidadão sobre a sua propriedade e tal símbolo, por si só, irá evitar, quase que sempre, que o uso de violência seja necessário, já que, só por ele, o bandido já irá evitar dar as caras. Eu acho isso plenamente viável: eu tenho o direito de ser soberano naquilo que tenho, eu tenho o direito de defender a minha família com o que me for mais eficiente - e creio que, sim, entre perder ou ter sequestrado um membro da família ou ver um assaltante, pelo menos, com um tiro na perna, fico com o assaltante atirado ao chão. A questão não é eu ter ou não uma arma, o problema é que todos saibam que eu fui obrigado a me desarmar e que, com essa certeza, uma corja imunda venha, com plena segurança, invada o que eu tenho, ameace a mim e a minha família, roube meus pertences à vontade e vá embora tranquilamente para fazê-lo também noutra residência. Um só criminoso pode arruinar muitas famílias, roubando e matando, mas um cidadão que consiga se defender à altura, pode cortar esse mal pela raiz e evitar toda a seqüência.
É claro que há muitos pais de família alcoólatras, malandros ou doentes, que possam vir a usar mal de sua arma, por isso fica óbvio que o acesso às armas deve vir acompanhado de treinamento e relatórios sobre o passado do indivíduo. É lógico, também, que armas em casa provocarão um ou outro homicídio, mas dos problemas que atentam contra a vida, eu sou obrigado a escolher o menor -não existe, segundo a postura errônea do homem, algo que não venha acompanhado de nenhum traço maldoso. Enfim, é melhor que morram dois ou três por intermédio de alguns civis comuns, do que setenta ou oitenta pelas mãos dos criminosos... e é melhor que esses dois ou três que venham a morrer, sejam os próprios criminosos. O interessante é que jamais ocorrerá uma matança, caso o povo tenha acesso legal às armas de fogo, pois basta a morte de um único criminoso ao assaltar um lar que o exemplo se espalha e centenas de outros criminosos irão se retrair.
Ultimamente eu tenho dado umas lidas no blog "PELA LEGÍTIMA DEFESA DA VIDA" e tenho visto inúmeras notícias de quanto o desarmamento como proposta contra o homicídio é falho. Por exemplo: no estado da Virgínia, EUA, o porte de armas de fogo em bares e restaurantes foi permitido e o índice de violência com armas de fogo em bares caiu 5,2%! Entre 2010 e 2011 ocorreram 145 crimes armados nesses estabelecimentos, mas no ano anterior ao da lei, foram 153. A razão disso é óbvia: não temos que temer o cidadão comum quando armado, pois ele não está afim de matar ninguém e nem de roubar nada, temos é que temer o criminoso armado, que quer matar e roubar -e esse ladrão, que quer fazê-lo, por sua vez, teme o cidadão comum que está armado e acaba se contendo. A Flórida também é um exemplo: entre 1º de outubro de 1987 e 31 de janeiro de 2010 tal estado americano emitiu 1.704.624 portes de arma para a população, um número altíssimo, e, de 1997 até 2006 o número de homicídios caiu pela metade, ao lado da diminuição de outras formas de crime. Por outro lado, na Grã-Bretanha o número de assassinatos aumentos drasticamente, "mesmo" que se tenha intensificado o banimento das armas na União: de 1979 a 1992 o número de armas para cada 100.000 pessoas caiu de 1992 para 1611, enquanto o número de crimes violentos subiu de 261 para 554. De 89 para 92, o número de armas caiu de 2006 para 1611 e o de crimes violentos subiu de 474 para 554. Em Washington, EUA, o banimento das armas foi instituído em 1976: antes havia menos de 40 assassinatos a cada 100.000 habitantes e no ano da aprovação da lei, menos de 20, porém no início da década de 90 esse número já estava em mais de 80! No Brasil também temos um triste exemplo: o estado do Alagoas, que é o vice-campeão na entrega de armas, também é o estado mais violento, homicida, do país.
A realidade do Alagoas me explica muita coisa: como estado conhecido por sua violência, a campanha do desarmamento, com suas promessas de paz, foi largamente aceita pelo povo, sem outras esperanças - o caos fez a população se lançar de cabeça na proposta do governo. O problema é que o tempo passou e a violência não diminuiu, pelo contrário! Como se explica isso? Os que eram violentos antes, continuaram sendo, os que não eram, continuaram não sendo... mas os que não são violentos, agora também não possuem armas, enquanto os violentos, sim! É uma questão muito lógica... se evidencia a malícia de nosso governo ao propor, com base em argumentos ridículos, o desarmamento.

A Bíblia já nos alertou em 1 Tessalonicenses 5:3 para não crermos nas promessas de paz desferidas pelo governo desde século e, de fato, ao que parece, essa suposta forma de se obter paz por meio do desarmamento só irá provocar um aumento da violência. Como o governo nacional não venceu no referendo do desarmamento -e, coincidentemente, foi o meu Rio Grande do Sul o maior opositor do desarme nacional, cerca de 86% de "NÃO", é, "ainda assim", um dos estados menos violentos do país-, está apostado firmemente no desarme opcional e local. A estratégia, ao que me parece, é repetir o que ocorreu no Alagoas: tirando parte das armas, aumenta-se a violência, aumentando-se a violência, o povo se desespera e corre atrás de uma solução, o governo oferece um novo referendo do desarmamento propondo o desarme completo como solução para a paz e o povo, então, sem ver outra alternativa, apoia essa medida e, por fim, a nação, ou melhor, os civis comuns se desarmam -porque os criminosos, os corruptos e os "coronéis" de toda a espécie continuarão armados. O que segue é um aumento da violência, "forçando" o governo a intervir de forma mais invasiva e vigilante, rompendo, com o incentivo da sociedade assustada, a soberania do lar e do indivíduo, a liberdade - com o tal argumento de "proteção" é que nossa atual presidência está propondo aumentar o controle da troca de informações na internet. Em meio ao caos, as pessoas se desesperarão ainda mais e virá um homem prometendo salvar a nação e este será louvado e eternizado no posto de líder nacional, então um regime totalitário criará forma e o povo, então desarmado, não terá como se defender, como reagir. A nível mundial, estamos falando do Governante do livro de Apocalipse.
Nosso governo, enquanto diz que a grande culpa da violência armada está nas casas, não pune adequadamente os criminosos que captura, os dá regalias ou proporciona lacunas legais para que eles consigam se libertar rapidamente -isso se a pena não durar dois anos. O assassino não sofre grande disciplina na prisão e é solto algum tempo depois -enquanto está preso, não podemos esquecer de como negocia e participa do crime por meio de celulares e internet. O problema da violência, no fim das contas, é culpa do homem de bem ou da impunidade?! Parece a mesma estratégia que a mídia mundial tem usado quanto ao Aquecimento Global: "indivíduo, a culpa é toda sua, somente sua! Faça algumas coisa para salvar o mundo, você é o responsável por isso!", enquanto as grandes indústrias estão pouco se importando com essa história - até porque ela é bem falsa. Em resumo: a culpa do governo impune é jogada sobre nós, pressionando-nos a fazer alguma coisa... e essa coisa, nosso governo sugere, é entregar as armas. Por isso o Brasil não tem aderido à penas mais sérias e corretivas, como a pena de morte: "que exista violência, daí se pode culpar o povo e, assim, manipulá-lo mais facilmente."
"Pena de morte? Você é a favor?!" E se eu te disser que sim? Não sei se ela funcionaria bem num país tão confuso quanto o Brasil, não sei se ela seria bem usada aqui e se seria seguro para a Igreja, num futuro próximo, ter de desafiar uma nação opressora e que tenha fundamento legal para a pena de morte, mas analisando pela lógica, a pena de morte é viável, pois, como defensor da vida, eu sou obrigado a aceitar a idéia que mais coopera com ela. Estranho falar assim da pena de morte? Não. A pena de morte, assim como a arma de fogo nas mãos civis, é mais um símbolo do que algo propriamente sanguinário: os criminosos irão se conter simplesmente por medo de morrer e, logo, deixarão de cometer seus crimes e, por fim, o corredor da morte ficará vazio. Alguns, obviamente, serão condenados e mortos, mas bastam poucos, pois estes servirão de exemplo para os demais criminosos que, por sua vez, buscarão evitar passar pelo mesmo, o que culmina em não cometer o mesmo crime que os julgados cometeram. É óbvio que a pena de morte só deve ser aplicada em casos extremos - noutros, seria interessante haver trabalho duro, pagando em serviço -na prisão- o prejuízo causado por determinado crime, além de uma multa por quebrar a lei.
"Mas a justiça pode cometer erros e matar inocentes!" Pode sim, mas é um preço que tem que ser pago: é melhor julgar quarenta assassinos e cometer o erro de matar um inocente, do que deixar impunes esses quarenta assassinos que, por sua vez, matarão dezenas de outros inocentes. 
"Mas o criminoso poderia se arrepender e se converter!" Poderia, sendo uma hipótese. Mas a mera hipótese não é suficiente para se por em risco toda a sociedade, sem contar que um exemplo de pena cumprida serve para que muitos outros criminosos se redimam e, portanto, evita que vários cidadãos de bem sejam mortos, ampliando, vastamente, as possibilidades de conversão destes, já que não morreram. É mais viável que morra um criminoso, tendo este o potencial de matar muitos cidadãos, do que um homem de bem, que, quem sabe, seja cristão, pois esse cristão pode, se for um cristão verdadeiro, levar, através de sua vida, a Palavra da Vida para muitos.
"Mas ninguém tem o direito de julgar sobre a vida dos outros!" Verdade, ninguém pode matar ninguém e é aqui que entra a questão: quando se consolida uma lei que deixa claro que a morte é o preço de determinado crime e o criminoso, ciente disso, decide por cometer tal crime, então, automaticamente, ele mesmo está pedindo para morrer, providenciando a sua própria morte - ele que se mata, ninguém além dele mesmo o faz. Até porque, no final das contas, todo o assassino sabe que o que ele de fato merece é morrer. A Lei Mosaica, quando atribuía a pena de morte para determinado pecado, baseava-se nesse conceito, procurando proteger a sociedade e mantê-la em ordem. O cristianismo também tem esse traço: o Inferno, a pena de morte ao que não quer Deus, não é nada mais do que o local para onde vão os que escolheram e o fizeram cientes dos riscos - Romanos 1:31.
É claro que a ignorância proporcionada pelas instituições de ensino e pela mídia faz com que quase toda a população não tenha condições mentais de portar uma arma e de compreender a razão da pena de morte, mas a culpa disso é do governo, que precisaria investir mais na integridade intelectual de seu povo - o que, obviamente  não quer, já que isso resulta em multidões de pensadores críticos. É mais fácil deixar todos se tornarem como animais, serem domados pelos seus instintos bestiais - e legalizar o aborto para facilitar.

Pense bem... a figura humana tem perdido o respeito devido, a autoridade, a soberania: há multidões lutando em prol de uma percepção fria do ser humano, em prol de um imenso infanticídio e há um governo querendo invadir sua propriedade e tirar teus pertences e direitos. Tal frieza e brutalidade em relação ao ser humano é um ingrediente perigosíssimo nas mãos de um governo que quer monopolizar o poderio armado e ter acesso à toda a informação da sociedade. A idéia de um único poder deter todo o acervo nacional ou mundial em determinada área é perigosíssima! À partir do momento em que só criminosos, policiais e o exército possuirão armas, não haverá oposição da parte dos civis comuns no momento em que isso se fizer necessário.
Algo semelhante está acontecendo à nível global, falo da Google. A colossal empresa tem como objetivo máximo concentrar toda a informação mundial em seus servidores - e você vê isso ao pesquisar no Google ou ao deixar um perfil seu num site de relacionamentos. A Google já parece maior e mais influente do que a Coca-Cola, ela está trabalhando no desenvolvimento de aparelhos, sistemas e programas nas mais variadas áreas da tecnologia, em poucos anos cresceu mais do que qualquer empreendimento e hoje ela já define o que é internet, não havendo concorrência à altura. O problema do monopólio da informação é que quem, porventura, controlá-lo, terá, automaticamente, o controle do mundo inteiro, podendo criar ou remover informações como lhe parecer melhor, podendo rastrear qualquer pessoa, podendo definir o que as pessoas sabem e o que elas não podem saber. Como as grandes corporações já são maiores e mais poderosas do que os países, não haverá fronteiras para o controle mundial - os países se prostram, há uma força maior do que eles e da qual eles dependem, da qual seus órgãos governamentais, suas empresas, seu comércio, seu povo... dependem. Aquele que, futuramente, controlar esse grande monopólio da informação irá, sim, dominar sobre as nações e não haverá nada para impedí-lo - caso contrário, ele faz uma grande usina hidrelétrica parar de funcionar. Alarmante? Nada além de uma versão universal daquilo que está para acontecer no Brasil doutra maneira.
Leitor: abra teus olhos! Eu não vejo outra forma de as coisas acabarem, senão dessa, pois a mentira está escancarada, o que só pode evidenciar uma imensa malícia da parte daqueles que nos governam e doutrinam. Você sabia que antes de Hitler atentar contra os estabelecimentos comerciais, as casas e as vidas dos judeus alemães ele promoveu um massivo recolhimento das armas judias?! Pois é! É fácil imaginar como num dia irão desarmar e no outro irão lançar o terror. Não há como discutir a maldade por detrás desse tipo de medida, pois seus argumentos não se fundamentam, isso sem contar com a oposição de idéias em relação à outros movimentos que se levantam, como o aborto. Eu escrevo e finalizo essa postagem como um cristão que tem o direito e o dever de lutar contra as bobagens que se disseminam maldosamente em nossa sociedade e que, sem dúvida, se consolidadas, trarão consigo uma série de terríveis conseqüências para os incrédulos, para os cristãos e a Igreja. Estejamos atentos, sejamos ousados, não nos calemos!! Nós nos entregamos ao Senhor do Universo, façamos valer essa entrega fazendo o que Ele quer!  Resistamos até o fim, até a morte!!

Ainda lhe resta alguma dúvida sobre o nosso perigoso governo atual? Leia "Aqui jaz a humanidade", "Genocídio intelectual", "Intento Malicioso" e "Sala de tortura".

Natanael Castoldi

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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Encontro inesperado

Noutro dia, falando com meu primo, fiquei sabendo que está em circulação uma nova teoria darwinista, verdadeiramente nova, que há uns poucos anos atrás nem se via nos livros, cujo nome comum é Teoria do Equilíbrio Pontuado. Eu não sei muito sobre ela, apesar de ter lido um artigo, além da conversa com meu primo, mas acho que já vi o suficiente para escrever essa postagem.
Em 1972 é lançado o primeiro artigo desenvolvendo algo sobre essa nova visão da teoria da evolução, baseado num estudo anterior de Ernst Mayr, grande biólogo do século XX, cujos autores foram os paleontólogos Niles Eldredge e Stephen Jay Gould, aparentemente desiludidos com o darwinismo tradicional. A principal teoria de Darwin, ampliada pelo auxílio dos darwinistas e neodarwinistas, com o tempo foi perdendo força, fôlego. Os principais argumentos, ditas "evidências", que davam respaldo à teoria da evolução convencional, demonstraram-se nada menos do que especulações, baseadas exclusivamente na esperança, sendo mais apostas do que ciência observada... para os naturalistas não havia outra forma de explicar a evolução, senão com com base nos pilares tradicionais da teoria - primeiro partiram do ponto de que a evolução existiu para, então, arranjarem, ou forjarem, as evidências. Acontece que a macroevolução ainda não tinha dado -e nunca deu- "sinal algum de vida" e, tampouco, a famosa Coluna Geológica, argumento máximo do darwinismo, havia sido encontrada - o fundamento de todo o argumento evolutivo se encontrava na suposta existência de uma sucessão de fósseis em ordem crescente de desenvolvimento nas camadas geológicas, o que evidenciaria uma evolução da complexidade do seres vivos. Mayr, de fato, preocupou-se com o fato de que a Coluna Geológica estipulada por Darwin inexistir, não havia uma sucessão coesa e gradativa de fósseis nas camadas do solo e, ao invés disso, grandes "saltos evolutivos", sem elo evolutivo algum, sem intermediário.
O problema a ser resolvido, analisando o fato de que os "elos perdidos" da evolução nunca deixaram de estar "perdidos", é que a evolução precisaria ter ocorrido de outra forma para ser constatada como verdade. A única alternativa plausível era respeitar o que se observava no solo: os "saltos evolutivos"  davam a entender que os seres, num período, encontravam-se em êxtase e que, subitamente, entravam num processo evolutivo explosivo, transformando-se, de uma criatura, noutra bem diferente... O que fazia mais sentido, baseado no fato de que é difícil imaginar como sobreviveria um intermediário entre "rato" e morcego, entre um réptil e um mamífero, pois a Seleção Natural aniquilaria o ser defeituoso. Para os idealizadores dessa teoria, há períodos da história natural em que o processo evolutivo "pontua-se", ou seja, em que, do "equilíbrio", subitamente várias espécies entram num processo evolutivo drástico, tornando-se, de uma geração à outra, outros seres, com outros sistemas. Um exemplo disso é que não existe nenhuma outra criatura fossilizada abaixo dos trilobitas, que são seres relativamente complexos: de onde vieram, se não há nada próximo deles em camadas anteriores?! Segundo essa teoria, então, um réptil com patas perfeitas para caminhar, do nada tornar-se-ia possuidor de asas perfeitas para voar, ou seja: mudaria de réptil perfeito para ave perfeita de forma extremamente rápida. Existe, só analisando essa afirmação, que é a única provável quando se abre mão do gradualismo, uma probabilidade absurdamente mínima de êxito, pois os fatores para se transformar totalmente e com perfeição um sistema -e ainda por acaso-, são inúmeros e exigem, sim, o intermédio de um intelecto organizador.
Além dos milagres fantásticos que essa teoria exige, há um outro inconveniente para os céticos: eles descobriram Deus... não só porque é impossível que, do nada, um "rato" perfeito vire um morcego perfeito, mas porque esses "saltos evolutivos" deixam de indicar, propriamente, uma evolução dos seres vivos e passam a se enquadrar muito mais nos eventos da Criação. Triste e inesperado encontro da parte dos céticos... Se eu parto do ponto de que os Dias da Criação foram Dias-Era, não literais -até porque o Dia 6 fala de uma criação do homem e da mulher, mas no capítulo 2 de Gênesis evidencia-se que o homem e a mulher foram criados em dias separados-, então eu encontro total respaldo para o que se observa no registro fóssil. Como se sabe, Deus criou os seres vivos em períodos distintos -vegetação, seres aquáticos, répteis -aquáticos-, aves, répteis terrestres, mamíferos em geral e o ser humano- e, partindo do ponto de que o Equilíbrio Pontuado prega a mudança súbita dos seres vivos, podemos entender que aquilo que tal teoria e o registo fóssil mostram não passam da mudança de um "dia" para outro "dia" da Criação. Talvez Deus tenha usado o artifício de mudança genética nesses "saltos".  Bom, com base no fato de que nosso solo indica o "salto evolutivo" e a alternativa cética, o gradualismo, é invalidada por essa razão, além do fato de ser impossível na prática, então sobra-nos, quase que sem discussão, alegarmos o bom e intelectual serviço de Deus nessa história -você não acha que uma casa de constrói explodindo rochas com dinamites, não?!- E esse serviço de Deus, evidenciado pela observação, está muito bem descrito na Bíblia. Não me parece que a explicação cética do Equilíbrio Pontuado seja mais coerente do que a teísta - mas eu ainda acho que a Terra é jovem e que foi o Dilúvio que deu um jeito de remexer o solo, soterrar mais profundamente os seres mais primitivos e etc.
A primeira implicação do "salto evolutivo", que é a única possibilidade evolutiva quando se analisa a a verdade prática, é que Deus existe. A segunda implicação do Equilíbrio Pontuado é que o deus que existe é o Deus cristão, pois combina perfeitamente com a Sua Palavra. Se a Bíblia, milenar, acertou na explicação sobre as Origens, e o fez muito antes do que os cientistas fizeram -além de tê-lo feito sem o auxílio de estudos científicos-, então, mais uma vez, evidenciamos a inspiração divina, pois Moisés não poderia acertar de forma tão precisa a verdade que somente hoje a ciência tem conseguido vislumbrar. Se a Bíblia acertou nas origens e é inspirada, então é quase uma conseqüência ter todo o restante da narrativa bíblica como verdade inquestionável - até porque ela inteiramente se liga, de forma muito íntima, ao Gênesis. O cristianismo, portanto, derruba as filosofias pós-modernas e alegações dos céticos, que o rotulam como "traço cultural", "fruto do instinto", "promovido e promotor da irracionalidade", para se evidenciar a Verdade Absoluta, contendo, somente nele, o que é certo e inquestionável.
O detalhe que mais quero desenvolver, sendo a terceira implicação, está na postura incoerente dos céticos com relação à nova teoria. O engraçado é que os criacionistas, desde longínqua data, estão argumentando constantemente: "não existe gradualismo, pois não se encontraram os elos evolutivos", "não existe gradualismo, pois não existe Coluna Geológica", "não existe gradualismo, pois o intermediário, quase sempre defeituoso, não sobreviveria". Eu mesmo já cansei de escrever sobre isso e sei bem como os céticos sempre ignoraram-me quando fiz tais alegações em debates na internet -nos idos de meus 12-14 anos. É estranho como eles sempre desconsideraram totalmente a postura criacionista embasada em tais argumentos, rindo-se de nós, chamando-nos de "acéfalos" e jamais, em  momento algum, considerando uma vírgula sequer de nosso discurso, mesmo que não tivessem uma resposta à altura. Ok, eles sempre demonstraram grande repúdio aos argumentos lógicos e racionais dos cristãos, mas, daí surge um movimento dentro do ceticismo que se baseia exatamente nos mesmos argumentos dos criacionistas e, do dia pra noite, ele se fundamenta como a teoria mais aceita do universo evolucionista. Estranho, não? Eles sempre riram-se de nossa argumentação, mas a mesma argumentação, utilizada para outro fim -menos coerente-, hoje lhes é motivo de louvor. Com base nesse evento, os céticos, que se consideram as mentes mais livres e desenvolvidas de nossa sociedade, perdem todo o sentido de ser, toda a moral, toda a razão de seu argumento, pois escancarou-se, grandemente, que a motivação máxima do ateu ser o que é não está na evidência observada, está, simplesmente, no anseio de ter Deus distante.
Bom, eu já tinha argumentado sobre o fenômeno citado acima nas postagens "Ilha do Medo" e "Perdidos no pântano". Nessa segunda postagem, 22/02/11, eu descrevi, com base na observação, o fenômeno de negação ou aceitação de uma mesma evidência por parte dos céticos: tudo o que o cético fala em relação às teorias céticas deve ser dado como verdade até que outro cético prove o contrário e tudo o que um crédulo fala deve ser considerado fraude até que um cético prove que não o é. Inteligente, não? Onde está o fundamento racional do ceticismo? Parece mais uma religião cheia de dogmas, na qual os fiéis, extremamente devotos, aceitam, sem questionar, tudo e somente o que os seus sacerdotes falam. Há muito mais anticristianismo do que ateísmo "imparcial" no mundo da ciência cética... Por que? Não sei, mas me parece que há algo terrivelmente malicioso por detrás dessa postura, desse descrédito infundado para com o cristianismo e do depósito de crédito exacerbado para com a ateísmo. Não há como conceber outra coisa, senão malícia, da parte daqueles que ignoram uma evidência quando dita pelos cristãos, mas a aceitam com total submissão quando defendida por outros céticos. O problema é que essa postura da parte dos ateus não é fruto de sua personalidade, de seu fervor individual, é algo que vêm de uma vontade maior, é algo estimulado por uma mente verdadeiramente satânica, que não poupa, na mídia ou nas instituições de ensino, parcialismo e desonestidade, inventando ou monstrualizando as lacunas da oposição, inventando ou engrandecendo exageradamente as evidências favoráveis e que, para tal, não abre mão da censura, da manipulação, do tendencialismo.  O que eles querem? Nada mais do que o fim do cristianismo, o guardião da família, a Verdade máxima sobre Deus. Por que? Você pode ler algo nas postagens: "Reis de tudo?", "Por que se opor?", "Passado revivido", "Presságio" e "Intento Malicioso".
A quarta implicação dessa história está na mudança de planos da parte da ciência cética. Eles trabalharam por muito tempo dogmatizando os pilares tradicionais do darwinismo, tentando adaptar o mundo natural aos moldes da teoria do "santo" Darwin, ignorando qualquer argumento avesso à elas,  divulgando-as como se fossem totalmente infalíveis e inquestionáveis, dando total segurança aos seus fiéis seguidores de que as especulações do "onisciente" e "onipresente" Pai da Evolução, que, segundo uma revista "Supertendenciosa", ou "Supermentirosa", é "o homem que matou Deus", eram absolutamente certeiras e completamente viáveis. Em resumo: o "cânon" do ateísmo já estava completo: Coluna Geológica, Seleção Natural, mutações e macroevolução. Não havia nada para ser tirado e mais nada para ser incluso, tudo estava, em teoria, perfeitamente coeso, e sendo tido como sagrado, inalterável e inerrante. Foi mais ou menos assim que me foi apresentado o evolucionismo gradualista no Ensino Fundamental e Médio. Por sorte eu nunca depositei o menor crédito nos preceitos ateístas... pois, se o tivesse, com essa do Equilíbrio Pontuado teria me esborrachado: tudo o que me foi pregado como totalmente viável e, supostamente, respaldado com infindáveis evidências, do nada, é tido como impossível, pois, na verdade, não existe quase nenhuma evidência para sustentá-lo! No mínimo me sentiria traído, pois a mentira da parte dos divulgadores da teoria me pareceria óbvia - e é. Poxa! Me fizeram crer no gradualismo como algo inquestionável e, do nada, ele é lançado nas chamas!
No final das contas, não existe certeza alguma, é tudo fachada, é tudo aparência... o imenso colosso de bronze é, na verdade, um magricelo cão vira-lata. Se o alicerce máximo do darwinismo caiu por terra... o que mais, na teoria da evolução tradicional, pode ser creditado? Considerado?! Se aquilo que mais fora defendido, na verdade não existe, imagine o restante da teoria!! Eu já tinha falado sobre algo parecido nas postagens "Desespero" e "Os Melhores Contos da Mitologia Cética". Mas a sem-vergonhice dos sacerdotes do ateísmo não para por aqui, pois, por mais que eles já tenham mudado de idéia, eu aposto que hoje mesmo milhões de crianças, adolescentes e jovens foram minados com apologia ao evolucionismo gradualista, tido, perante eles, como inquestionável, mesmo que já se encontre totalmente aniquilado. De fato, tudo não passa de uma mirabolante mitologia.
Ok. O gradualismo, que é impossível, evidenciaria um projeto continuado, de um Criador intelectual construíndo, gradativamente, seres mais e mais complexos à partir da forma mais primitiva de vida. O "salto evolutivo", única opção viável ao ateísmo, por possuir uma série de milagres inquestionavelmente improváveis com base no acaso, indica um projeto de "reforma", "reformulação" dos seres existentes da parte do mesmo Criador intelectual, que desfaz um sistema perfeito e, com uma variação na combinação da informação, estrutura, repentinamente, outro sistema perfeito. Eu falei sobre isso, usando os "ridículos" argumentos criacionistas, mas "louváveis" argumentos dos céticos, na postagem "Ilusão".

Como concluiremos essa postagem? Bom, o que mais fazer senão apelar para que você aceite, de uma vez por todas, o Deus cristão, que há milênios já deixou clara toda a Verdade, inerrante e imutável? Por que não abrir mão do ceticismo, errante e mutável? Quanto tempo durará o Equilíbrio Pontuado, se todo o resto já fora, subitamente, descartado?! Eu prefiro me manter na fé cristã, que sempre e constantemente tem vencido e se consolidado com o avanço da ciência. Não demos crédito à mente satânica que tem trabalhado com intensa malícia, na divulgação dos ideais céticos, em prol do caos!! Sejamos, com todo o prazer, a resistência!! Fortaleçamo-nos no Pai Criador, vistamos a Armadura, ergamos a Espada, enfrentemos com ousadia e persistência a oposição, em prol da sobrevivência desse mundo, da sobrevivência da liberdade, por amor aos incrédulos, por amor à Deus!! Eles, os descrentes, precisam conhecer Aquele que nos salvou, Aquele por quem lutamos com tanto ímpeto!!
Natanael Castoldi

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